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Vassoura-de-bruxa da mandioca é confirmada em território indígena

Na última quinta-feira (15), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou o primeiro foco da praga quarentenária vassoura-de-bruxa da mandioca no Pará. O caso foi divulgado pela pasta nesta semana.
A ocorrência foi registrada na Terra Indígena do Parque do Tumucumaque, localizada no extremo norte do município de Almeirim, próxima à fronteira com o Suriname.
A inspeção foi realizada em 28 de abril por técnicos da Superintendência de Agricultura e Pecuária do Amapá (SFA/AP) e da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Estado do Amapá (Diagro), após recebimento de denúncia. As plantas com sintomas suspeitos estavam na Aldeia Bona, localizada na Terra Indígena do Parque do Tumucumaque.
Duas amostras de material vegetal foram coletadas e enviadas para análise no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em Goiás (LFDA/GO). Os laudos oficiais confirmaram a presença da praga em ambas as amostras.
Doença em área de difícil acesso

O foco encontra-se em uma área remota, de difícil acesso, onde vivem comunidades indígenas com vínculo administrativo apenas com o estado do Amapá. A região está distante das principais zonas produtoras de mandioca no Pará e só é acessível por meio de voos fretados.
A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), em parceria com o Mapa, realiza levantamentos fitossanitários em todo o estado como parte do plano emergencial para prevenção da praga.
Segundo a autarquia, até o momento, não há registro de suspeitas em áreas comerciais de produção nem interceptação de material vegetal suspeito nas barreiras de fiscalização instaladas.
Detecção da vassoura-de-bruxa
O Mapa esclarece que a vassoura-de-bruxa não tem relação com a praga do cacaueiro. Embora o fungo não ofereça risco à saúde humana, é altamente destrutivo para as lavouras de mandioca.
A praga foi detectada pela primeira vez em 2024 pela Embrapa Amapá, em terras indígenas de Oiapoque. A doença causa ramos secos e deformados, nanismo, proliferação de brotos fracos e finos nos caules, clorose, murcha, seca das folhas e morte das plantas.
A dispersão ocorre principalmente por meio de material vegetal contaminado, ferramentas de poda, solo e água.
*Sob supervisão de Victor Faverin
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O que muda no setor de soja com a aprovação da Lei do Licenciamento Ambiental?

A aprovação da Lei Geral do Licenciamento Ambiental (PL 2.159/2021), nesta quarta-feira (21), pelo Senado Federal, pode representar um marco para o agronegócio brasileiro, com reflexos diretos na cadeia de soja. O texto, que unifica e simplifica as regras para a concessão de licenças ambientais, segue agora para nova análise na Câmara dos Deputados.
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Embora a proposta não altere diretamente o trâmite para desmatamento de novas áreas agrícolas, ela é vista com entusiasmo por lideranças do setor como uma medida que destrava investimentos essenciais para o avanço da soja. Estradas, armazéns, agroindústrias, usinas de etanol e até corredores logísticos como a Ferrogrão poderão sair do papel com mais rapidez.
Para Lucas Beber, presidente da Aprosoja Mato Grosso, a nova legislação representa um salto de competitividade. ”As pessoas tentam sempre induzir ao desmatamento, mas o PL não trata disso. Ele centraliza mais de cem normas perdidas e moderniza o país. Vai destravar obras estruturantes que vão baratear custos, acelerar o escoamento da produção e fortalecer o produtor rural”, explica.
Ele destaca que a soja será diretamente beneficiada com a possível viabilização da Ferrogrão, ferrovia estratégica para Mato Grosso. ”Só ela pode economizar R$ 8 bilhões por ano em frete e gerar mais de 6 mil empregos. É disso que estamos falando: tornar o Brasil competitivo sem perder o critério ambiental”, reforça Beber.
Outro impacto citado é a facilitação no licenciamento de fontes de energia limpa, como solar e eólica, amplamente usadas no campo. Com mais energia disponível e barata, o produtor rural ganha autonomia, reduz custos e pode ampliar sua capacidade produtiva, inclusive nas áreas mais remotas.
Para o setor da soja, a mensagem é direta e clara: menos burocracia, mais eficiência, mais infraestrutura e, principalmente, mais condições para que o Brasil avance com segurança jurídica e ambiental. Mesmo com a necessidade de nova votação na Câmara, o sentimento entre os produtores é de que o país está mais perto de destravar todo o seu potencial agrícola.
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Nove municípios são investigados por casos de gripe aviária

O painel Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves (SRN) mantido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e atualizado duas vezes ao dia mostra, até o momento, nove municípios com investigação em andamento de possível caso de gripe aviária.
Nos locais, já foram feitas coletas de amostras que ainda não possuem resultado laboratorial conclusivo. São eles:
- Triunfo (RS): criação doméstica (subsistência)
- Gaurama (RS): criação doméstica (subsistência)
- Derrubadas (RS): silvestre – vida livre
- Chapecó (SC): criação doméstica (subsistência)
- Ipumirim (SC): criação doméstica (comercial)
- Garopaba (SC): silvestre – vida livre
- Salitre (CE): criação doméstica (subsistência)
- Aguiarnópolis (TO): criação doméstica (comercial)
- Eldorado do Carajás (PA): criação doméstica (subsistência)
Os municípios de Estância Velha, no Rio Grande do Sul; Nova Brasilândia, em Mato Grosso; e Gracho Cardoso, em Sergipe; todos com criação de aves de subsistência, constavam no sistema na segunda-feira (19), mas os testes descartaram a existência da doença.
Até o momento, o sistema informa que foram feitas 3.971 investigações de suspeitas de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves, cujas doenças-alvo são Influenza Aviária e Doença de Newcastle.
Transparência brasileira
Em coletiva de impresa no início da noite dessa segunda-feira (19), o ministro do Mapa, Carlos Fávaro, disse confiar que pela transparência com que o governo brasileiro conduz o caso é que a confiança de todos os compradores de carne de frango, ovos e derivados será reconquistada.
“O Brasil é o único país do mundo que mantém um sistema atualizado duas vezes ao dia com casos confirmados e em investigação de gripe aviária. Todo o mundo pode acompanhar passo a passo a forma como estamos lidando com o problema”, declarou.
‘Gripe aviária chegou tarde ao país’
Fávaro também fez questão de ressaltar que os primeiros reportes oficiais de circulação do vírus da gripe aviária no mundo datam de 2006 e foram necesários quase 20 anos para que a doença se estabelecesse no Brasil, tamanha a robustez do sistema sanitário nacional.
“Esse vírus só entrou no plantel brasileiro agora. Depois que chegou às aves silvestres, com casos no Espírito Santo e em São Paulo, demorou cerca de dois anos para ser detectado em granjas comerciais. Em outros países, esse intervalo foi muito mais curto”, finalizou o ministro.
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Cortes no Proagro são suspensos por Comissão de Agricultura

Os efeitos de sete resoluções do Conselho Monetário Nacional (CMN) com impactos vistos como negativos pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) ao Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) foram suspensos pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (21).
O Proagro é um instrumento de apoio ao custeio de pequenos e médios produtores rurais afetados por eventos climáticos ou pragas. Segundo o relator, o deputado Tião Medeiros (PP-PR), as alterações promovidas pelo CMN comprometem a efetividade do programa e atingem diretamente os agricultores familiares.
Entre as mudanças criticadas está a redução dos limites de indenização do Proagro Mais: de R$ 22 mil para R$ 9 mil no caso de culturas temporárias, e de R$ 40 mil para R$ 9 mil no caso de culturas permanentes.
Para Medeiros, trata-se de um grave retrocesso na política de proteção de renda no campo. “Essas alterações deixam o agricultor familiar sem alternativas para financiar suas atividades. Sem a cobertura adequada do Proagro, ele é forçado a assumir custos mais altos, inclusive recorrendo a crédito com fornecedores de insumos, o que agrava ainda mais sua vulnerabilidade”, afirmou o parlamentar.
Agora, a proposta segue para análise nas Comissões de Finanças e Tributação (CFT) e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).
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