Sustentabilidade
Chicago/CBOT: A soja em alta embalado pelo mercado climático e dos subprodutos – MAIS SOJA

Por T&F agroeconômica, comentários referentes à 21/05/2025
FECHAMENTOS DO DIA 21/05
O contrato de soja para julho, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 0,93%, ou $ 9,75 cents/bushel a $ 1062,75. A cotação de agosto, fechou em alta de 0,83% ou $ 8,75 cents/bushel a $ 1059,00. O contrato de farelo de soja para julho fechou em alta de 0,51 % ou $ 1,5 ton curta a $ 294,1 e o contrato de óleo de soja para julho fechou em alta de 0,67 % ou $ 0,33/libra-peso a $ 49,83.
ANÁLISE DA ALTA
A soja negociada em Chicago fechou em alta nesta quarta-feira. A nova alta das cotações da oleaginosa ainda segue baseada nos subprodutos e nos demais grãos. O óleo de soja está em evidência, com a possibilidade de extensão até 2031 dos créditos tributários 45Z para produtores de combustíveis de baixo carbono, incluindo o biodiesel.
Chuvas recentes na Argentina, que podem prejudicar parte das lavouras que ainda não foram colhidas, assim como na China, onde milho e trigo sendo afetados pode abrir espaço para um grão substituto mantêm o mercado climático no radar do mercado.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
MELHORA CONDIÇÃO DOS CRÉDITOS (altista)
A soja foi negociada em alta pela terceira sessão consecutiva em Chicago. A melhora foi novamente influenciada pela firmeza do óleo (a posição de julho somou US$ 7,28 e foi ajustada para US$ 1.098,54 por tonelada), dada a possibilidade de extensão até 2031 dos créditos tributários 45Z para produtores de combustíveis de baixo carbono, incluindo o biodiesel.
EUA/ARGENTINA-CHUVAS ATRAPALHAM PLANTIO/COLHEITA (altista)
Contribuíram para a tendência de alta o excesso de umidade no cinturão de soja/milho do leste dos EUA, o que pode atrasar o plantio e até forçar o replantio, além de complicações decorrentes das chuvas recentes em regiões agrícolas da Argentina, que podem ter afetado o volume e a qualidade de parte da safra atual.
BRASL-ANEC AUMENTA EXPORTAÇÕES (altista para o Brasil e baixista para CBOT)
O limite para as altas foi imposto pelo bom desempenho das exportações brasileiras. Nesse sentido, em sua atualização semanal de estimativas. a Associação Nacional dos Exportadores de Grãos do Brasil elevou sua projeção para as exportações brasileiras de soja em maio de 14,27 para 14,52 milhões de toneladas, ante 13,48 milhões em abril e 13,47 milhões em maio de 2024. Em relação aos embarques de farelo de soja, a entidade elevou muito ligeiramente sua estimativa para o mês corrente, de 2,34 para 2,36 milhões de toneladas, ante 2,21 milhões em abril e 1,97 milhão no quinto mês do ano passado.
TARIFAS-POSIÇÃO DA CHINA (altista)
Sobre a relação entre China e Estados Unidos após a recente trégua, durante uma reunião do Conselho Geral da Organização Mundial do Comércio em Genebra, a China sustentou hoje que as negociações comerciais com os Estados Unidos são um passo importante para fechar as lacunas, mas que o que é realmente necessário é o multilateralismo “indispensável” para encontrar uma solução para a crise comercial global.
“Embora as negociações bilaterais possam às vezes funcionar, a China acredita que o multilateralismo é a escolha inevitável e definitiva para enfrentar os desafios globais”, declarou a delegação chinesa. Ele acrescentou que “tarifas unilaterais e a ameaça de ‘tarifas recíprocas’ são como jogar lenha na fogueira, o que é simplesmente errado. Uma ordem econômica e comercial internacional aberta, estável e baseada em regras atende aos interesses de todos”, enfatizou a delegação chinesa.
TARIFAS-POSIÇÃO DOS EUA (altista)
Por sua vez, os Estados Unidos instaram os membros a resolver o que chamaram de falhas nas relações comerciais que causaram enormes déficits comerciais e a reformar urgentemente o sistema da OMC. “O sistema multilateral de comércio, como está estruturado atualmente, não conseguiu abordar os sérios desafios que o próprio sistema enfrenta”, afirmou uma declaração da delegação dos EUA. A declaração acrescentou que os membros da OMC não conseguiram abordar sérios desequilíbrios comerciais e certas políticas que descreveu como contrárias aos princípios da OMC.
Fonte: T&F Agroeconomica
Post Views: 3
Sustentabilidade
Eficiência de fungicidas no tratamento de sementes do trigo na Rede de – MAIS SOJA

Resumo
O tratamento de sementes tem papel fundamental no sistema de manejo integrado e sustentável de culturas agrícolas, inclusive de trigo (Triticum aestivum), uma vez que elimina patógenos associados à semente e evita sua transmissão para plântulas, promovendo estabelecimento adequado e uniforme das plantas. Com o objetivo de avaliar a eficiência de fungicidas no tratamento de sementes para o controle de patógenos de trigo, foram realizados seis ensaios utilizando-se sementes da safra 2023 originárias de diferentes regiões tritícolas brasileiras e isolados de Fusarium graminearum e de Bipolaris sorokiniana. Foram testados seis fungicidas para controle de F. graminearum e cinco fungicidas para controle de B. sorokiniana, além de controles positivo e negativo (com e sem infecção natural do patógeno), além de controle químico padrão. Todos os fungicidas testados apresentaram controle sobre os patógenos. Os fungicidas que apresentaram melhores níveis de controle foram as misturas contendo benzimidazois, para F. graminearum, e a mistura com fluxapiroxade e mefentrifluconazol, para B. sorokiniana. Os fungicidas piraclostrobina + tiofanato-metílico + fipronil e o tiofanato-metílico + fluazinam foram boas opções para controle equilibrado de ambos os patógenos, com eficiência de controle superior a 85%.
Introdução
O tratamento de sementes com fungicidas é uma estratégia de controle de doenças que atacam principalmente as plantas nas fases iniciais de desenvolvimento, causando danos nas raízes e em folhas, comprometendo o estabelecimento uniforme da cultura. Diversas doenças de importância econômica para cultura do trigo são causadas por patógenos transmitidos via semente, como mancha-amarela (Pyrenophora tritici-repentis, syn. Drechslera tritici-repentis), mancha-marrom (Cochliobolus sativus, syn. Bipolaris sorokiniana), septoriose ou mancha da gluma (Parastagonospora nodorum, syn. Stagonospora nodorum), carvão do trigo (Ustilago tritici), brusone (Pyricularia oryzae patótipo Triticum), giberela ou fusariose (Fusarium graminearum). Dessa forma, sementes oriundas de lavouras que apresentaram doenças foliares e/ou de espiga podem carregar patógenos contaminantes que serão transmitidos para a nova lavoura no momento da semeadura. No caso das doenças mencionadas, as taxas de transmissão da semente para parte área variam entre 20 e 80% (Guterres et al., 2015). Destaca-se que a presença de F. graminearum nas sementes está relacionada à podridão comum das raízes de trigo. Já o fungo B. sorokiniana, associado às sementes, interfere na germinação, além de causar podridão comum de raiz e morte prematura de plantas jovens e, quando transmitido para plântula, são observados sintomas como manchas escuras nas hastes e primeiras folhas, iniciando a doença na parte aérea (Lau et al., 2020).
As principais finalidades do tratamento de sementes de trigo são: eliminar fungos associados à semente; evitar a transmissão de patógenos para plântulas; proteger as plantas jovens do ataque de fungos necrotróficos presentes no solo e restos culturais; evitar podridões radiculares; evitar a morte prematura de plantas; auxiliar no controle de fungos biotróficos, como oídio e ferrugem, na parte área de plantas jovens; reduzir a fonte de inóculo primário de doenças nas lavouras; auxiliar no estabelecimento uniforme de estante da cultura; e reduzir ou prevenir a introdução e disseminação de patógenos em novas áreas de produção (Hossen et al., 2014; Guterres et al., 2015; Bertoncelli et al., 2023).
A qualidade sanitária e fisiológica das sementes de trigo é dependente também das condições climáticas, sendo um reflexo do ano em que foram produzidas, e pode ser impactada por outros fatores, como o manejo da lavoura. Uma forma de verificar a qualidade fitossanitária é a realização de testes de patologia de sementes, uma vez que fornecem informações sobre os principais patógenos associados e auxilia na escolha de produtos mais específicos e eficazes (Henning, 2005; Hossen et al., 2014).
Em áreas sob monocultura de trigo ou de culturas que compartilham doenças de mesmo agente patogênico, como milho, triticale, centeio e cevada, o tratamento de sementes é crucial para o início de uma boa lavoura, assim como para cultivares mais suscetíveis a manchas foliares. Também é importante utilizar esta estratégia em sementes originadas de plantas de cultivos expostos a condições de alta umidade, com incidência de giberela, brusone e manchas foliares (Sbalcheiro et al., 2022).
A safra de trigo de 2023 apresentou problemas f itossanitários principalmente em decorrência de condições climáticas favoráveis a doenças (manchas foliares) ao longo do ciclo da cultura, e à alta incidência de giberela nas espigas das lavouras da região Sul (Sbalcheiro et al., 2024). Neste contexto, a Rede de Ensaios Cooperativos promoveu a realização de experimentos multilocais objetivando avaliar a eficiência de produtos no tratamento de sementes para controle de F. graminearum e B. sorokiniana em sementes de trigo oriundas da safra 2023.
Os resultados do estudo estão alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 2 e 12 da Organização das Nações Unidas (ONU), pois permitem a escolha de fungicidas mais eficientes no controle de fungos associados a sementes do trigo e à diminuição das perdas das lavouras em decorrência de doenças de início de ciclo. Além disso, possibilitam preservar a renda do produtor e a produtividade da cultura do trigo.
Material e métodos
Foram realizados seis ensaios utilizando sementes de trigo provenientes de vários locais, produzidas na safra 2023 (Tabela 1). As sementes tratadas com diferentes fungicidas (Tabela 2) foram avaliadas seguindo a metodologia de “blotter test” conforme padrões de teste de sanidade (Brasil, 2009),com a distribuição equidistante de 400 sementes de cada tratamento em caixas tipo gerbox transparente, medindo 11 x 11 cm, contendo três folhas de papel de filtro qualitativo previamente esterilizadas e embebidas em água destilada e esterilizada. As caixas foram incubadas por 7 dias à temperatura de 22 °C, sob fotoperíodo de 12 horas de luz/12 horas de escuro. Após o período de incubação, foi observada, em microscópio estereoscópico, a ocorrência de estruturas de patógenos nas sementes (frutificações específicas típicas do crescimento de fungos), sendo os resultados expressos em incidência (porcentagem) dos patógenos detectados.
Para verificar o nível de contaminação inicial das sementes e quais os microrganismos (fungos) presentes, determinando a infecção natural da amostra (T1, controle negativo), realizou-se avaliação prévia da taxa de incidência de fungos patogênicos nas sementes do ensaio, utilizando a metodologia “blotter test”. Após a quantificação da infecção natural, realizou-se a inoculação desta amostra de sementes, quando necessária, para garantir nível mínimo de 20% de incidência do patógeno alvo (F. graminearum e B. sorokiniana), para cada ensaio.
O método de inoculação dos alvos foi realizado separadamente, com a finalidade de observar o controle para cada patógeno, utilizando-se cultura pura do patógeno alvo, desenvolvida em placas de Petri de 9 cm de diâmetro, com meio de cultura BDA (200 g de extrato de batata; 20 g de dextrose; 12 g de ágar; e água destilada para 1 L). As placas foram incubadas por 7 dias em câmaras de crescimento a 22 °C e sob regime de 12 horas de luz/12 horas de escuro. As sementes foram pré-desinfestadas com solução de hipoclorito de sódio a 1% por 3 minutos, secas em ar corrente e protegidas de contaminação. Após este período, em cada placa do alvo foram colocadas até 10 g de sementes em contato com a superfície das colônias do fungo alvo, sendo esta agitada manualmente por 30 segundos, permitindo maior adesão do inóculo à superfície das sementes. As placas com as sementes inoculadas foram incubadas em condições de laboratório por até 36 horas.
Após a inoculação, e antes de serem tratadas com fungicidas, as sementes foram retiradas das placas e colocadas sobre papel absorvente para secagem ao ar e à sombra em câmara protegida, durante 24 horas. Foi realizado teste de quantificação da eficiência da inoculação e, com base neste resultado, a concentração do patógeno foi diluída com adição de sementes sadias para gerar amostra de trabalho com, aproximadamente, 20% de incidência do patógeno alvo, para compor o controle positivo (T2).
Desta forma, a incidência observada no tratamento T1 refletiu a ocorrência natural dos fungos nas sementes sem inoculação, enquanto os demais tratamentos foram padronizados para alcançar, aproximadamente, 20% de incidência do patógeno alvo nas sementes. O tratamento T2, controle positivo, foi inoculado com o patógeno, mas não recebeu aplicação de fungicidas, sendo, portanto, a referência para calcular a porcentagem de controle dos demais tratamentos.
Os produtos em teste foram preparados conforme indicação do fabricante quanto à dose a ser utilizada (Tabelas 2 e 3), utilizando-se volume de calda de 600 mL por 100 kg de sementes. Procedeu-se à distribuição do produto em saco plástico, impregnando as paredes para obter melhor cobertura e, após, a adição das sementes da amostra de trabalho inoculada, garantindo homogeneização das mesmas com os produtos conforme cada tratamento.
Na análise conjunta dos dados dos seis ensaios realizados para cada alvo, utilizaram-se modelos lineares mistos (LMM) para avaliar o efeito dos tratamentos na variável-resposta incidência do patógeno. O modelo, ajustado separadamente para cada patógeno, incluiu efeitos fixos para os tratamentos e efeitos aleatórios para as fontes de variação atribuídas aos blocos, cultivares e avaliadores. A variável resposta incidência foi transformada utilizando-se a raiz quadrada para atender às suposições de normalidade e homogeneidade das variâncias. A fim de comparar as médias de incidência estimadas nos tratamentos, foi aplicado o teste de Tukey, com nível de significância de 5%. O controle dos patógenos corresponde ao percentual de redução da incidência em relação ao tratamento com inoculação (T2, controle positivo) utilizando-se a fórmula:
Todas as análises estatísticas foram realizadas utilizando-se o software R (R Core Team, 2024).
Resultados e discussão
As sementes utilizadas nos ensaios provenientes da safra 2023 de Cafelândia (E1), Palmeira (E3), Passo Fundo (E5) e Itaara (E6) apresentaram infecção natural por F. graminearum e B. sorokiniana (Tabela 4). De Cafelândia, PR, 64,8% das sementes estavam naturalmente infectadas por F. graminearum, um percentual consideravelmente alto em comparação com os demais locais. Por outro lado, a incidência natural de B. sorokiniana foi baixa nas sementes de todos os locais avaliados, sendo a maior incidência (6%) no ensaio de Palmeira, PR. As sementes apresentaram maior incidência de patógenos, principalmente de F. graminearum, devido às condições climáticas favoráveis à infecção deste fungo na espiga que ocorreram na safra de 2023 e, consequentemente, a maior associação e transmissão via semente. Esse fato enfatizou a importância do tratamento de sementes de trigo na safra 2024 com a finalidade de minimizar os problemas decorrentes da baixa qualidade fitossanitária das sementes, e de reduzir danos às lavouras de trigo (Sbalcheiro et al., 2024).
A incidência média estimada de B. sorokiniana foi inferior à de F. graminearum no controle negativo, com ocorrência natural dos patógenos na safra 2023. Quando os tratamentos químicos foram avaliados na análise conjunta, observou-se que todos foram eficazes na redução da incidência de F. graminearum e de B. sorokiniana em relação ao tratamento com inoculação (T2, controle positivo) (Figura 1 e Tabelas 5 e 6).
Com relação à incidência de F. graminearum, o controle negativo (T1) apresentou 7,8% de incidência média de infecção natural. Para os tratamentos comparativos, os valores médios variaram de 0,8% (T5, tiofanato-metílico + fluazinam) a 37,9% (T2, controle positivo) (Figura 1A, Tabela 5). Entre os tratamentos fungicidas em teste (T3 a T9), o tratamento T4 (fluxapiroxide e mefentrifluconazol) apresentou maior incidência, diferindo significativamente de todos os outros tratamentos com fungicidas, exceto do tratamento T7 (carboxina + tiram). Os tratamentos T5 (tiofanato-metílico + fluazinam) e T6 (clorotalonil + tiofanato-metílico) apresentaram as menores incidências; no entanto, não diferiram estatisticamente dos tratamentos T8 e T9. A porcentagem de controle do patógeno variou de 62%, no T4, a 97,9% no T5. Os tratamentos fungicidas à base de fluxapiroxade + mefentrifluconazol (T4) e carboxina + tiram (T7) apresentaram controle inferior a 80%. Por outro lado, os tratamentos T5, T6, T8 e T9 destacaram–se com controle superior a 90%. Esses tratamentos incluem fungicidas pertencentes à classe química dos benzimidazois, sugerindo uma possível relação entre a ação fungicida desse grupo químico e a elevada eficiência observada no manejo do patógeno. O uso de produtos com esse princípio ativo tem se mostrado eficaz no controle de F. graminearum (Machado et al., 2017).
Nos ensaios com alvo o patógeno B. sorokiniana, o controle negativo (T1) apresentou incidência média de 1,0% de infecção natural. Para os demais tratamentos, com uma taxa de infecção do patógeno de, aproximadamente, 20% de incidência, os tratamentos utilizados resultaram em incidência média de sementes infectadas variando de 0,9% (T4, fluxapiroxide e mefentrifluconazol) a 24,5% (T2, controle positivo) (Figura 1B, Tabela 6). Todos os fungicidas testados reduziram significativamente a incidência nas sementes em comparação ao controle positivo (T2). O tratamento T4 (fluxapiroxade e mefentrifluconazol) destacou-se por apresentar a menor incidência de sementes infectadas em relação aos tratamentos T6 (clorotalonil + tiofanato-metílico) e T7 (carboxina + tiram), além do controle positivo (T2). A porcentagem de controle variou de 78,9% no tratamento T6 (clorotalonil + tiofanato-metílico) a 96,6% (T4, fluxapiroxade e mefentrifluconazol). O fungicida composto por fluxapiroxade e mefentrifluconazol foi mais eficaz no controle de B. sorokiniana do que aqueles compostos por clorotalonil + tiofanato-metílico e carboxina + tiram.
Embora o fungicida à base de carboxina + tiram (T7) tenha alcançado um dos menores desempenhos no controle de ambos os patógenos, ainda demonstrou boa eficiência, atingindo 75,9% de controle para F. graminearum e 79,7% para B. sorokiniana. O tratamento T4 com a mistura de fluxapiroxade e mefentrifluconazol destacouse como um dos mais eficientes no controle de B. sorokiniana, embora tenha apresentado o menor percentual de controle para F. graminearum em comparação com todos os fungicidas, exceto o tratamento T7 (carboxina + tiram). Em contrapartida, o tratamento T6 (clorotalonil + tiofanato-metílico) mostrou alto controle de F. graminearum, mas foi um dos menos eficazes para B. sorokiniana. Apesar dessas diferenças de desempenho, ambos os tratamentos demonstraram níveis elevados de controle dos fungos e, portanto, permanecem como opções viáveis para o tratamento de sementes visando ao manejo integrado de ambos os patógenos.
Conclusões
1) A eficiência dos fungicidas para tratamento de sementes de trigo varia significativamente de acordo com o patógeno-alvo e a formulação do produto. 2) Todos os fungicidas avaliados foram eficientes no controle de Fusarium graminearum e de Bipolaris sorokiniana em sementes de trigo.
3) Para F. graminearum, os tratamentos contendo misturas com benzimidazois apresentaram melhores níveis de controle.
4) Para B. sorokiniana, o tratamento contendo mistura com fluxapiroxade e mefentrifluconazol apresentou melhor nível de controle.
5) Para se alcançar controle equilibrado de ambos os patógenos, com eficácia superior a 85%, os tratamentos com piraclostrobina + tiofanato-metílico + fipronil e tiofanato-metílico + fluazinam destacaram-se como as opções mais eficazes.
Confira o Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento 127 completo, clicando aqui!
Fonte: Embrapa
Autor:Embrapa Trigo
Site: Embrapa
Post Views: 5
Sustentabilidade
Eficiência de fungicidas para manchas foliares do trigo na Rede de Ensaios Cooperativos, safra 2024 – MAIS SOJA

Resumo
A cultura do trigo (Triticum aestivum) é afetada por um grupo de fungos causadores de manchas foliares, entre os quais se destacam Pyrenophora tritici-repentis (mancha-amarela), Cochliobolus sativus (mancha-marrom) e Parastagonospora nodorum (mancha da gluma). Esses patógenos podem ocorrer de forma isolada ou conjunta, causando perdas de produtividade. O objetivo desse trabalho foi avaliar a eficiência de diferentes fungicidas para o controle de manchas foliares do trigo no Brasil, através de uma rede multilocal de ensaios cooperativos. Na safra de 2024, foram conduzidos 14 ensaios (sete no Rio Grande do Sul, cinco no Paraná, um em Minas Gerais e um no Distrito Federal), sob infecção natural em campo. Nos ensaios, foram usadas cultivares com diferentes reações de resistência/suscetibilidade às manchas foliares e adaptadas às regiões do ensaio. Os tratamentos fungicidas englobaram diferentes princípios ativos, associados num mesmo produto e/ou em combinação de mais de um produto comercial. Todos os fungicidas testados, nas condições dos ensaios, com três aplicações sequenciais, demonstraram eficácia no controle de manchas foliares no trigo, com destaque para o produto contendo propiconazol + azoxistrobina + pidiflumetofem.
Introdução
As manchas foliares do trigo causadas por um grupo de fungos, entre os quais se destacam Pyrenophora tritici-repentis (mancha-amarela), Cochliobolus sativus (mancha-marrom) e Parastagonospora nodorum (syn. Stagonospora nodorum, mancha da gluma), afetam a cultura, levando a perdas significativas de produtividade e de qualidade dos grãos. Esses patógenos podem ocorrer de forma isolada ou compondo o complexo de manchas foliares, quando incidem de forma conjunta na mesma planta e/ou na mesma folha. Sintomas com lesões necróticas são observados no tecido foliar, geralmente com halo clorótico. Em cultivares suscetíveis, ocorre expansão das lesões, que reduzem a área fotossintética ativa da folha afetada, intensificando os danos e as perdas. Comumente, são as primeiras doenças observadas nas lavouras devido à alta habilidade saprofítica, com capacidade de sobrevivência em sementes, em restos culturais (entre uma safra e outra) e em outros hospedeiros, como centeio e triticale (Lau et al., 2020; Maciel et al., 2020).
A mancha-amarela do trigo é, preponderante no complexo de manchas foliares, mais frequente e intensa nas lavouras na Região Sul do Brasil. A mancha-marrom, de ocorrência predominante no norte do Paraná ao Centro-Oeste brasileiro, destaca-se por seu agente patogênico ser mais frequentemente associado às sementes de trigo, enquanto que a mancha da gluma é de menor incidência no Brasil e com maior importância nos Estados Unidos e Austrália (Bertagnolli, 2018; Lau et al., 2020; Maciel et al., 2020).
Anos com precipitações pluviais após semeadura e volumes de chuvas frequentes nas primeiras fases de desenvolvimento do trigo favorecem o aparecimento de manchas foliares. Essa situação pode se agravar se for associada à ausência de tratamento de sementes e ao uso de áreas de monocultura de trigo. No caso de uso de cultivares com suscetibilidade à doença, submetidas a condições climáticas favoráveis, é indispensável o controle químico com aplicações de fungicidas. O controle químico tem a f inalidade de minimizar os danos nas folhas, diminuindo a formação de novas lesões e sua expansão, que podem acarretar em perda de folhas e reduções de produtividade. As estratégias de controle disponíveis atualmente são: diversificação de culturas, uso de cultivares com resistência, uso de sementes sadias e/ou tratamento de sementes, equilíbrio nutricional da planta (evitando deficiência de nitrogênio) e aplicação de fungicidas na parte aérea (Lau et al., 2020; Kuhnem et al., 2021).
A Rede de Ensaios Cooperativos de Trigo reúne diversas instituições de pesquisa e empresas, públicas e privadas, para condução de ensaios de campo com o objetivo de avaliar a eficiência de fungicidas (registrados ou em fase de registro no Ministério da Agricultura e Pecuária – Mapa) em relação ao controle do complexo de manchas foliares, sob infecção natural, nas principais regiões tritícolas do Brasil, em cada safra. A primeira publicação para o controle de manchas foliares foi realizada nas safras 2018 e 2019 (Santana et al., 2021). Desde então, seguiram as publicações das safras 2020 e 2021 (Santana et al., 2024), 2022 (Ferreira et al., 2023) e 2023 (Ferreira et al., 2024). Este documento relata os resultados obtidos nos ensaios cooperativos para controle de manchas foliares de trigo com uso de fungicidas, na safra de 2024.
Os resultados do estudo estão alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 2 e 12 da ONU, pois permitem a escolha de fungicidas mais eficientes no controle de manchas foliares do trigo e a diminuição das perdas das lavouras em decorrência dessa doença. Além disso, possibilitam preservar a renda do produtor e a produtividade da cultura do trigo.
Material e métodos
Na safra de 2024 foram conduzidos 14 ensaios de eficiência de fungicidas para controle de manchas foliares em trigo (sete no Rio Grande do Sul, cinco no Paraná, um em Minas Gerais e um no Distrito Federal) (Figura 1), fazendo uso de cultivares com resistência/suscetibilidade variada às manchas foliares e adaptadas às regiões dos ensaios (Tabela 1). O delineamento experimental foi de blocos ao acaso, com nove tratamentos e quatro repetições por tratamento. A área total mínima da parcela experimental foi de 11 m2, com espaçamento entre linhas de 0,17 m e densidade de semeadura de 300 a 350 sementes viáveis m2. Quando necessário, de acordo com as estratégias de manejo de cada local, as sementes foram tratadas com inseticida sistêmico imidacloprido + tiodicarbe (300 mL 100 kg-1 sementes) antes da semeadura. A adubação foi realizada conforme Informações Técnicas para Trigo e Triticale, safras 2024 e 2025 (Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale, 2024).
Nos ensaios, foram utilizados tratamentos com fungicidas com distintos ingredientes ativos de diferentes grupos químicos (Tabela 2). Além destes tratamentos, os ensaios contaram com um controle negativo (T1), sem aplicação de fungicida para a doença alvo, e um controle para comparação, com trifloxistrobina + tebuconazol (T2).
Foram realizadas três aplicações sequenciais de fungicidas, sendo a primeira no estádio 31 (primeiro nó visível e segundo nó perceptível — alongamento), a segunda no estádio 49 (folha bandeira totalmente expandida — fim do emborrachamento), e a terceira no estádio 55 (com 25% de florescimento), pela escala de Zadoks et al. (1974), respeitando-se intervalo de, no mínimo, 12 dias e, no máximo, 18 dias. As pulverizações foram realizadas com pulverizador de precisão com pressão constante, volume de calda de 150 L ha-1 e espectro de gotas médias a finas. Fungicidas com Registro Especial Temporário (RET) para experimentação foram utilizados apenas nas empresas credenciadas junto ao Mapa (Tabela 1).
A avaliação da severidade das doenças, na folha bandeira (FB) e na folha bandeira-1 (FB-1), foi realizada seguindo a escala adaptada de Lamari e Bernier (1989) em todas as plantas das três linhas centrais de cada parcela experimental. Para acompanhamento da evolução das doenças, foram realizadas duas avaliações de sintomas: a primeira aos 14 dias após a segunda aplicação de fungicidas, e a segunda, aos 14 dias após a terceira aplicação de fungicidas. A porcentagem de severidade observada 14 dias após a terceira aplicação foi utilizada para análise estatística multilocais. Foi realizada análise estatística e demonstração na forma de diagrama ‘boxplot’.
O rendimento de grãos (kg ha-1) de cada parcela foi estimado com ajuste a 13% de umidade, sendo a área mínima de colheita de 4 m2. A amostragem foi no centro de cada parcela ao final do ciclo da cultura e foi usado para o cálculo de rendimento e do peso do hectolitro (PH).
Os dados foram analisados utilizando-se modelos lineares mistos para avaliar o efeito dos tratamentos fungicidas nas variáveis-resposta: severidade, rendimento e peso do hectolitro (PH) de grãos. Os modelos incluíram efeitos fixos, associados aos tratamentos fungicidas, e efeitos aleatórios para capturar as fontes de variação atribuídas aos blocos, locais e cultivares. Quando necessário, as variáveis-resposta foram transformadas para atender às premissas de normalidade e homogeneidade das variâncias. A comparação das médias estimadas de severidade, rendimento e PH entre os tratamentos foi realizada por meio do teste de Tukey, com nível de significância de 5%. O controle das manchas foliares foi calculado como o percentual de redução da severidade em relação ao tratamento sem aplicação de fungicida (Tratamento 1, controle negativo), utilizando-se a seguinte fórmula:
Todas as análises estatísticas foram realizadas utilizando-se o software R (R Core Team, 2024).
Resultados e discussão
Análise das parcelas sem aplicação de fungicidas: a ocorrência natural de manchas foliares em trigo foi registrada em 12 dos 14 locais avaliados, considerando-se as parcelas do tratamento 1, sem aplicação de fungicidas (Tabela 3). Em Cafelândia, não foram observados sintomas, enquanto que, em Capão do Leão, a condução final do experimento foi inviabilizada por condições ambientais desfavoráveis na safra de 2024. A severidade das manchas foliares variou de 1,6% (Planaltina) a 50,0% (Coxilha), com média aritmética geral de 21,0%. Os locais onde as doenças foliares tiveram severidade acima da média geral foram Ponta Grossa (E7), Coxilha (E9), Jaboticaba (E11) e Passo Fundo (E12 e E13). Ponta Grossa e Jaboticaba também estiveram entre os municípios que apresentaram severidade acima da média (28,6%) observado na safra de 2023 (Ferreira et al., 2024).
A média do peso do hectolitro (PH) dos grãos de trigo foi de 69,2 kg hL⁻¹, variando entre 51,1 em Ponta Grossa e 79,8 kg hL⁻¹ em Passo Fundo (E13). Grãos obtidos nos ensaios conduzidos nos municípios de Cafelândia, Guarapuava, Palmeira, Ponta Grossa, Cruz Alta e Passo Fundo (E12) apresentaram PH médio inferior a 72 kg hL⁻¹, sendo classificados como fora do padrão comercial (fora do tipo). Nos municípios de Jaboticaba e Campo Mourão, os grãos apresentaram PH médio de 72 e de 73,8 kg hL⁻¹, respectivamente, sendo classificados como Tipo III. Já os grãos produzidos em Planaltina, Coxilha e Santa Bárbara do Sul apresentaram PH entre 75 e 78 kg hL⁻¹, classificados como Tipo II, destinados principalmente à moagem e outras finalidades. Por outro lado, grãos destinados diretamente à alimentação humana foram obtidos somente no município de Passo Fundo (E13), com PH médio superior a 78 kg hL⁻¹, o mínimo exigido para a classificação como Tipo I (Brasil, 2010).
Os dois ensaios conduzidos em Passo Fundo (E12 e E13) apresentaram discrepâncias significativas na classificação dos grãos, possivelmente relacionadas a fatores como condições específicas da cultivar utilizada, áreas experimentais e ocorrência de doenças. No entanto, a influência de manchas foliares sobre o PH foi descartada, visto que a severidade dessas doenças foi numericamente maior no E13, embora os grãos dessa área tenham obtido a melhor classificação. Em contrapartida, a ocorrência severa de outras doenças, como giberela e brusone, nesses ensaios, podem ter impactado diretamente o PH dos grãos. Estas doenças, que acometem as espigas, estão fortemente associadas ao desenvolvimento inadequado ou limitado dos grãos, mesmo em locais onde a severidade das manchas foliares foi relativamente baixa (Ferreira et al., 2024).
O rendimento médio de grãos foi de 2.538 kg ha⁻¹, com valores variando de 463 em Ijaci (MG), a 5.493 kg ha⁻¹, em Passo Fundo (E13, RS). Não foi observada relação consistente entre a ocorrência de doenças e o rendimento de grãos. Por exemplo, no ensaio E1, conduzido em Planaltina, a baixa produtividade não foi acompanhada por alta severidade de manchas foliares. Ademais, ensaios com altas produtividades, como em Passo Fundo, apresentaram severidade de manchas foliares superior a 25%. Esses resultados corroboram observações feitas na safra de 2023, na Rede de Ensaios Cooperativos de Trigo (Ferreira et al., 2024). Portanto, a avaliação da relação entre a severidade das manchas foliares e o rendimento do trigo em diferentes regiões deve levar também em conta os fatores ambientais e as práticas de manejo agrícola que influenciaram essas interações.
Análise das parcelas com e sem fungicida: a análise da eficácia dos fungicidas não incluiu os ensaios realizados em Cafelândia (ausência da doença) e em Capão do Leão (perda do experimento). Nos demais locais, observou-se que todos os fungicidas testados foram capazes de reduzir a severidade de manchas foliares no trigo, com valores variando de 3,7% para o tratamento à base de propiconazol + azoxistrobina + pidiflumetofem (T8) a 8,4% no controle para comparação (T2 – trifloxistrobina + tebuconazol) e comparação ao controle negativo sem aplicação de fungicidas (T1) com 18,9% de severidade (Figura 2A, Tabela 4). A eficácia dos fungicidas oscilou entre 55,6% (T2) e 80,5% (T8, propiconazol + azoxistrobina + pidiflumetofem). Entre os fungicidas avaliados, o tratamento T7 à base de pidiflumetofem e azoxistrobina + ciproconazol, e o T8, à base de propiconazol + azoxistrobina + pidiflumetofem, foram os mais eficazes no controle da doença, superando significativamente todos os outros tratamentos, exceto o tratamento T6, composto por epoxiconazol + cresoxim-metílico e piraclostrobina + epoxiconazol. O desempenho estatisticamente similar entre os tratamentos T7 e T8 pode ser atribuído ao uso de dois ingredientes ativos em comum, diferindo apenas em um componente. O controle positivo (T2) apresentou desempenho inferior em relação a todos os tratamentos fungicidas testados. Apesar da diferença estatística entre os tratamentos fungicidas, todos apresentaram severidade menor que 8%.
A associação de dois produtos comerciais no tratamento T7 também demonstrou maior eficácia no controle da doença em comparação com os tratamentos T5, T3 e T2. No entanto, o tratamento T7 não apresentou diferença estatística dos tratamentos T4 e T6. O controle para comparação, representado pelo tratamento T2, apresentou desempenho inferior em relação à maioria dos tratamentos testados, exceto ao tratamento T5. Apesar da diferença estatística entre os tratamentos fungicidas, todos apresentaram severidade menor que 8,4%.
O rendimento médio estimado de grãos de trigo nas parcelas sem aplicação de fungicidas foi de 2.100 kg ha⁻¹, valor significativamente inferior ao observado nas parcelas tratadas com fungicidas (Figura 2B, Tabela 5). Nas parcelas tratadas, o rendimento médio variou entre 2.546 kg ha⁻¹, no tratamento T2, e 2.898 kg ha⁻¹ no tratamento T3, resultando em incrementos de produtividade que variaram de 440 a 792 kg ha⁻¹. Observou-se que as parcelas que apresentaram os maiores rendimentos não coincidiram com aquelas que registraram a menor severidade de manchas foliares, o que sugere que outros fatores, além da severidade, também podem ter contribuído para os resultados de produtividade.
Em relação ao peso do hectolitro (PH), o tratamento T1 apresentou valor médio de 69,8 kg hL⁻¹, significativamente inferior aos valores observados nos tratamentos com aplicação de fungicidas, com exceção do T2 (Figura 2C, Tabela 6). Entre os tratamentos avaliados, apenas T3 e T8 produziram grãos com PHs superiores ao do controle para comparação; entretanto, não diferiram estatisticamente dos tratamentos T4, T5, T6 e T7. Contudo, nenhuma das médias estimadas atingiu valores superiores a 75 kg hL⁻¹, limiar necessário para a classificação no Grupo II (Brasil, 2010).
Conclusões
1) Todos os fungicidas testados demonstraram eficácia no controle de manchas foliares no trigo, com destaque para os produtos contendo propiconazol + azoxistrobina + pidiflumetofem e pidif lumetofem e azoxistrobina + ciproconazol, que superaram os 76,7%.
2) Além de proporcionarem controle superior da doença, nos tratamentos com esses fungicidas foram observados maiores rendimento de grãos e PH. No entanto, apesar desse desempenho específico, não foi observada relação direta entre a severidade das manchas foliares e o rendimento de grãos nos tratamentos testados.
3) A falta de relação entre rendimento de grãos e severidade de doenças foliares em trigo sugere que outros fatores, como doenças que afetam diretamente as espigas, ou condições ambientais específicas, podem ter desempenhado papel relevante na determinação do rendimento.
Os resultados de controle de manchas foliares de trigo aqui apresentados servem para comparativo entre alguns produtos fungicidas disponíveis para os produtores ou ainda em fase de registro, e a utilização de três aplicações sequenciais do mesmo produto não deve ser tomada como indicação de controle. A alternância de fungicidas com mecanismos de ação distintos deve ser observada como regra, para se evitar o surgimento de variantes mais agressivas de patógenos (Resumo…, 2025).
Confira o Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento 128 completo, clicando aqui!
Foto de capa: Antunes, Joseani Mesquita
Fonte: Embrapa Trigo
Autor:Embrapa Trigo
Site: Embrapa
Post Views: 2
Sustentabilidade
Relatório de Safra Algodão – maio de 2025 – MAIS SOJA

A colheita do algodão já começou e a estimativa é de produção recorde no Brasil! Estima-se que a safra 2024/2025 chegue a 3,95 milhões de toneladas de algodão, registrando uma alta de 6,8% com relação a 2023/2024. Metade da área plantada no Paraná e 40% da produção de São Paulo já foram colhidas. Na Bahia, os primeiros campos no estado também já começaram com a colheita.
Neste ano também foi registrado o aumento da área plantada no país, que deve ser 10,3% maior se comparada com o ciclo de 2024/2025, chegando a 2,14 milhões de hectares. Já a produção têxtil acumulou alta de 13,7% e criou 8 mil novos postos de trabalho de janeiro a abril de 2025. Para o período comercial 2024/2025, é projetado um aumento de 8,2% nas exportações, com expectativa de 2,90 milhões de toneladas enviadas para os parceiros comerciais do Brasil. Nos últimos 8 meses, o Vietnã é o principal destino das exportações do algodão brasileiro, representando 19% do total embarcado.
O Brasil ultrapassou os EUA e chegou à liderança nas exportações mundiais de algodão na safra 2023/24. Para a safra 2024/25 e 2025/26, as projeções indicam que o Brasil se manterá como primeiro colocado no ranking do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Acesse o relatório completo: https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2025/05/Relatorio_safra_Abrapa.Mai2025.pdf
Fonte: Abrapa
Autor:ABRAPA
Site: Abrapa
Post Views: 7
- Tech21 horas ago
Paraná e Rio Grande do Sul lideram preços de soja; confira as cotações no Brasil
- Featured5 horas ago
O futuro da moda em Campo Verde: lançamento do Fashion Week acontece nesta sexta-feira I MT
- Sustentabilidade24 horas ago
Marco Legal para o Licenciamento Ambiental deve melhorar competitividade do algodão brasileiro – MAIS SOJA
- Tech19 horas ago
Nove municípios são investigados por casos de gripe aviária
- Sustentabilidade3 horas ago
Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) de abril ficou 5% acima do mês anterior – MAIS SOJA
- Featured22 horas ago
MT está entre os três melhores estados em emprego e renda do país
- Tech22 horas ago
Chuva ‘no ponto’ e cultivares: safra de soja quebra recorde em MT
- Business20 horas ago
Milho ganha cada vez mais espaço nas principais regiões produtoras de Rondônia