Sustentabilidade
Projeto Embrapii aposta em biodefensivos de macroalgas, microrganismos marinhos e óleos essenciais para substituir agrotóxicos – MAIS SOJA

Desenvolver biodefensivos agrícolas sustentáveis a partir de macroalgas, microrganismos marinhos e óleos essenciais. Este é o principal objetivo do projeto DISBIO. A iniciativa é liderada pela Unidade Embrapii Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras (ISI B&F) com investimento da Embrapii, por meio da aliança entre empresas, a partir do modelo Basic Funding Alliance (BFA).
O projeto, que tem como coexecutor estratégico a Unidade Embrapii Instituto SENAI de Inovação em Biomassa (ISI Biomassa), conta com orçamento de R$ 15 milhões e visa substituir ou reduzir o uso de agrotóxicos convencionais no controle de pragas como a lagarta-do-cartucho e o percevejo marrom nas culturas da soja e milho, além de fungos fitopatogênicos agentes causais da ferrugem asiática e mancha alvo na cultura da soja, por meio de soluções biológicas eficazes e ambientalmente seguras.
O controle de pragas e doenças são hoje um dos principais desafios técnicos, econômicos e ambientais da agroindústria brasileira, ainda fortemente dependente de tecnologias importadas e manejo através do uso massivo de defensivos químicos. O Disbio propõe justamente o desenvolvimento de produtos agrícolas a partir da biodiversidade marinha e vegetal brasileira como fonte de inovação tecnológica nacional, promovendo a soberania no desenvolvimento de biodefensivos e criando oportunidades sustentáveis para a indústria nacional.
Apesar de representar atualmente cerca de 23% da área agrícola brasileira, o setor de bioinsumos — que inclui biodefensivos, inoculantes, bioestimulantes e solubilizadores — tem apresentado um crescimento robusto. Na safra 2023/2024, o mercado movimentou aproximadamente R$ 5 bilhões, com um crescimento de 15% em relação à safra anterior. Nos últimos três anos, a taxa média anual de crescimento foi de 21%, superando significativamente a média global. A expectativa é que esse número alcance R$ 17 bilhões até 2030, estimulado por exigências ambientais internacionais, especialmente da Europa e da Ásia.
A expectativa é de que o projeto abra uma ampla gama de possíveis aplicações a partir dos resultados obtidos. O mapeamento, desenvolvimento e intensificação de métodos extrativos permitem a obtenção de novas moléculas bioativas. Além disso, segundo os pesquisadores, o desenvolvimento de novas formulações e o escalonamento dos processos permitem a identificação e aplicação de moléculas com potenciais industriais, atendendo outras áreas como, por exemplo, o setor alimentício, cosmético e farmacêutico.
O presidente da Embrapii, Alvaro Prata, destaca o potencial da bioeconomia brasileira. “A indústria nacional tem um potencial extraordinário para liderar o desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras, especialmente no setor do agronegócio”, diz. “É necessário e estratégico contribuir para desenvolvimento de ações que promovam o encontro da vocação produtiva do país com a inovação tecnológica”, complementa.
A Nitro, empresa brasileira de insumos agrícolas de nutrição e biológicos, é participante do projeto. “O grande diferencial do Disbio é a possibilidade de combinarmos os diferentes potenciais de ativos que vêm do oceano, tanto de origem vegetal quanto microbiana, e de plantas cultivadas, todos de origem natural e oriundos do metabolismo desses organismos”, salienta o gerente de Inovação em Biológicos da Nitro, Ítalo Férrer. “Esses ativos, além de apresentarem atividade de defesa, também apresentam propriedades de bioestímulo para diversas culturas agrícolas, com destaque para a soja e o milho. Essa combinação única pode resultar em um produto híbrido multifuncional”, complementa.
Além da Nitro, o Disbio também conta com a participação da empresa Regenera Moléculas do Mar e da startup Kohua, responsáveis por fornecer microrganismos e macroalgas tropicais com potencial de ação defensiva. “Mesmo utilizando apenas uma parcela dos microrganismos disponíveis, identificamos ativos com alto potencial de atuação contra pragas agrícolas”, destaca a gerente de P&D da Regenera, Jéssica Scherer.
A coordenadora da Unidade Embrapii e chefe de pesquisa do ISI Biomassa, Layssa Aline Okamura, celebra a parceria estabelecida com a Embrapii. “O papel da Embrapii como agente transformador e impulsionador da pesquisa e inovação no Brasil, especialmente através do modelo de Basic Funding Alliance em que o fomento chega até 90%, é essencial para projetos de baixo TRL e alto risco tecnológico”, diz. “A continuidade e ampliação desse tipo de apoio são fundamentais para que o Brasil se torne um líder em inovação e tecnologia no cenário global e eleve o potencial transformador das Instituições de Pesquisa e Indústria brasileiras”, conclui.
O ISI Biomassa ficará responsável pelos estudos de consórcios, dosagens ideais e avaliação dos impactos no solo. “O projeto representa uma oportunidade única para validar, em escala laboratorial, o uso de óleos essenciais, extratos de algas e microrganismos no controle de pragas e doenças”, afirma Desireé Soares da Silva, gestora do projeto no ISI Biomassa.
A Kohua, startup derivada da Cia das Algas, aposta no uso de tecnologia verde e extração sustentável para transformar algas em soluções agrícolas. “Nossa contribuição está ligada à sustentabilidade ambiental e social, desde a coleta responsável de macroalgas até o desenvolvimento de bioinsumos eficientes”, diz o CEO da empresa, Thiago Sampaio.
Segundo a gestora do projeto, Larissa Porciuncula, do ISI B&F, a atuação das empresas desde a fase inicial é essencial para orientar o desenvolvimento e garantir viabilidade técnica e econômica. “Trabalhar com projetos de baixo TRL exige forte integração com o setor produtivo desde o início.” A expectativa é que, até 2026, a fase laboratorial esteja concluída, com os principais ingredientes validados.
Sobre a Embrapii
A Embrapii é uma organização social que atua em cooperação com Instituições de Ciência e Tecnologia, públicas ou privadas, para atender ao setor empresarial e fomentar a inovação na indústria. Para isso, conecta centros de pesquisa e empresas, compartilhando os custos da inovação ao aportar recursos não reembolsáveis em projetos que levem à introdução de novos produtos e processos no mercado. Para ter acesso ao modelo, a empresa deve apresentar seu desafio tecnológico à Unidade Embrapii com a competência técnica que se enquadra às necessidades do projeto. A Embrapii possui contrato de gestão com o Governo Federal, por meio dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação, da Educação, da Saúde e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Além disso, possui parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Fonte: Assessoria de Imprensa Embrapii
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Sustentabilidade
Bionematicida reduz em até 65% número de nematoides em lavouras – MAIS SOJA

Produtores agrícolas brasileiros que usam soluções biotecnológicas conseguem melhorar a saúde do solo, mitigar riscos e atingir altas produtividades. Em regiões produtoras de grãos e hortifrúti, como o estado de Goiás e o Noroeste de Minas Gerais, o desafio comum são os patógenos de solo. Para o manejo dos nematoides, parasitas que atacam o sistema radicular das plantas e causam perdas de safra de até 60%, estudos demonstram resultados positivos com o bionematicida microbiológico Reli3ver. A aplicação do produto desenvolvido pela Alltech Crop Science com uma cepa exclusiva da bactéria Bacillus subtilis se mostra eficaz em diferentes culturas e reduz em até 65% o número de nematoides nas lavouras.
“O Brasil atingiu bons resultados de produção de soja nesta safra 2024/25 devido às condições climáticas favoráveis, principalmente as chuvas bem distribuídas ao longo de todo o ciclo do grão. Neste caso, a biotecnologia tem um papel fundamental na promoção de estímulos nutricionais e fisiológicos, o que potencializa o incremento de produtividade”, avalia o engenheiro agrônomo e doutorando em Fitotecnia Matheus Medeiros, gerente de desenvolvimento de mercado da Alltech Crop Science. De acordo com a Sociedade Brasileira de Nematologia (SBN), os nematoides causam prejuízos em torno de R$ 35 bilhões anuais ao agronegócio brasileiro — dos quais R$ 16,2 bilhões apenas na soja.
Segundo o especialista, o Reli3ver contribui para o bom desempenho dos cultivos porque protege o sistema radicular, reduz a multiplicação dos nematoides e estimula o crescimento das raízes, contribuindo para o equilíbrio do solo. Os benefícios do bionematicida foram comprovados em estudos conduzidos com a Universidade Estadual de Maringá (UEM) e parceiros de campo, que demonstraram significativa redução do número de nematoides no solo e nas raízes, além do aumento da massa radicular e da produtividade em diversas culturas.
Trabalhos realizados a campo apontam queda de 44% no número de nematoides por grama de raiz com o uso do Reli3ver na cultura da soja. Já um estudo realizado pelo Instituto Goiano de Agricultura (IGA) no município de Rio Verde (GO) revela que a aplicação do Reli3ver no milho diminuiu o número de nematoides por grama de raiz em 65%. Outros trabalhos de campo confirmam o potencial do bionematicida da Alltech Crop Science em hortifrútis, com baixas de 63% na quantidade de nematoides por grama de raiz no alface e de 48% no tomate.
AgroBrasília
O Reli3ver e a linha completa de produtos da Alltech Crop Science poderão ser conferidos na AgroBrasília, feira que acontece de 20 a 24 de maio em Brasília (DF), e atrai visitantes de Goiás, Minas Gerais, Bahia e Tocantins. “A Alltech Crop Science é especialista em fermentação microbiana, com o objetivo de minimizar fatores estressantes, melhorar a saúde do solo e das plantas, além de aumentar a produtividade”, explica o gerente. O estande da empresa é compartilhado com a Verdiza, distribuidora que comemora mais de 25 anos de atividades em Goiás e Minas Gerais e há mais de 20 anos é parceira da Alltech Crop Science. “A AgroBrasília é o principal evento agrícola da região e teremos condições comerciais exclusivas. A expectativa é fechar muitos negócios com as nossas soluções biotecnológicas que ajudam os produtores a melhorar seus resultados produtivos e financeiros de forma sustentável”, conclui Medeiros.
Sobre a Alltech Crop Science
A Alltech Crop Science, divisão agrícola da Alltech, desenvolve soluções naturais para enfrentar os desafios da agricultura nos principais mercados do mundo. Por meio de produtos com alto valor agregado e tecnologia exclusiva nas áreas de nutrição, solo, proteção e performance, auxiliamos na promoção da sustentabilidade e da rentabilidade do produtor rural. A Alltech Crop Science do Brasil é composta pela maior fábrica de leveduras do mundo, localizada em São Pedro do Ivaí (PR), pela sede em Maringá (PR) e pela unidade em Uberlândia (MG).
Fonte: Assessoria de Imprensa Altech Crop Science
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Métodos de inoculação para a cultura da soja – MAIS SOJA

A inoculação da soja com Bradyrhizobium visa elevar a população dessas bactérias no solo, a fim de promover uma interação simbiótica eficiente para suprir toda a demanda de Nitrogênio da soja via fixação biológica de Nitrogênio (FBN). Mesmo em áreas tradicionalmente cultivadas com soja, e com populações já estabelecidas de Bradyrhizobium, estudos demonstram que a reinoculação da soja com essas bactérias promove ganhos de produtividade de 4,5% a 8% (Hungria et al., 2005).
Nesse sentido, a inoculação da soja, mesmo em áreas tradicionalmente cultivadas, é essencial para o aumento da produtividade e sustentabilidade da cultura. Ainda que a inoculação padrão seja o método mais usual e tradicional de inoculação, diferentes métodos podem ser utilizados com esse intuito, contudo, vale destacar que alguns destes métodos apresentam eficiência significativamente inferior a inoculação padrão.
Dentre os principais métodos de inoculação da soja, destacam-se a inoculação nas sementes (inoculação padrão), a inoculação via sulco de pulverização, a inoculação via pulverização e o uso de sementes pré-inoculadas.
Sementes pré-inoculadas
Possibilitando menor manipulação e mão de obra a nível de fazenda, as sementes pré-inoculadas consistem em sementes inoculadas industrialmente, em momentos anteriores a semeadura, tratadas quimicamente e armazenadas. Essa prática proporciona maior ganho operacional e escala comercial, entretanto, apresenta algumas desvantagens.
Normalmente essas sementes apresentam um maior custo de aquisição em comparação a sementes não inoculadas, além disso, por se tratar de organismos vivos, o acondicionamento e armazenamento das sementes pré-inoculadas exige maior cuidado para a manutenção da viabilidade das bactérias, sendo assim, deve-se atentar para o período em que foi realizada a inoculação, bem como as condições de armazenamento, especialmente se tratando da temperatura.
O período máximo entre a inoculação até a semeadura deve ser respeitado conforme recomendação do fabricante para garantir a quantidade mínima necessária de bactérias viáveis nas sementes, sendo recomendada a quantidade de pelo menos, 80 mil a 100 mil células viáveis por semente no momento da semeadura (Seixas et al., 2020).
Mesmo seguindo os devidos cuidados para a produção de sementes pré-inoculadas, em função da sobrevivência do Bradyrhizobium e os diversos fatores que podem atuar sobre ela, recomenda-se que as sementes sejam analisadas em laboratório antes da semeadura para avaliar a sobrevivência das bactérias inoculadas nessa condição, pois, consistentemente, tem sido observada redução drástica de células vivas de Bradyrhizobium em sementes pré-inoculadas (Seixas et al., 2020).
Inoculação padrão nas sementes
Esse método consiste na adição do inoculante nas sementes, a nível de propriedade, seja ele líquido ou turfoso, em um período anterior próximo a semeadura, preferencialmente no dia da semeadura. Nessa metodologia tanto, inoculantes líquidos quanto turfosos podem ser utilizados, contudo, independente do inoculante utilizando, recomenda-se a boa homogeneização das sementes e posterior secagem à sombra.
No caso de se optar pelo uso de inoculantes turfoso, é necessário utilizar soluções adesivas para garantir a boa aderência do inoculante com as sementes. Conforme orientações de manejo, recomenda-se realizar o umedecimento das sementes com substancia adesiva, a exemplo da água açucarada a 10%.
Figura 1. Sementes de soja inoculadas adequadamente com inoculante turfoso.
O não uso de substancias adesivas pode resultar em baixa adesão do inoculante às sementes, refletindo em baixa eficiência da inoculação. Não é recomendada a adição do inoculante diretamente na caixa de sementes da semeadora, tão pouco a adição de inoculantes concomitantemente ao tratamento de sementes com defensivos agrícolas, o famoso “sopão”.
Devido à ação da gravidade, a adição de inoculante turfoso na caixa de sementes tende a concentrar sua distribuição nas primeiras passadas da semeadura. À medida que a semeadora continua em movimento, essa distribuição torna-se desigual, resultando em uma quantidade menor de inoculante aplicado às últimas sementes semeadas.
Figura 2. Inoculação de sementes de soja utilizando inoculante turfoso e solução adesiva (a esquerda). Inoculação de sementes utilizando inoculante turfoso, simulando a inoculação direto na caixa de sementes da semeadora, sem o uso de substâncias adesivas (a direita).

Inoculação no sulco de semeadura
Na inoculação via sulco, ocorre a aspersão do inoculante líquido diretamente no sulco de semeadura, no momento da semeadura da soja. Esse método possibilita maior rendimento operacional e menor mão de obra, já que dispensa o processo da inoculação das sementes de forma antecipada a semeadura.
Embora mais prático em relação a inoculação padrão, alguns cuidados necessitam ser adotados ao realizar a inoculação via sulco, como por exemplo, a dose aplicada de inoculante, que deve ser equivalente a, no mínimo, 2,5 milhões de células por semente. Em áreas que não são inoculadas há vários anos, particularmente em solos arenosos, ou em áreas novas, deve ser usada, no mínimo, o dobro da dose recomendada (Seixas et al., 2020).
Figura 3. Semeadora com sistema de inoculação via sulco.
Inoculação via pulverização
O método consiste na pulverização do inoculante no solo, após a semeadura. Contudo, para resultados mais positivos, condições como boa umidade do solo devem ser respeitadas. Esse método é mais comum em condições em que se realizou a inoculação por algum dos métodos citados anteriormente, mas que por algum motivo não se obteve uma boa nodulação da soja. Conforme observado por Zilli et al. (2008) a inoculação em pós-emergência da soja é uma alternativa viável, entretanto, com resultados inferiores aos obtidos pela inoculação padrão (via semente).
Cabe destacar que a inoculação em pós-emergência da soja, via pulverização em cobertura não deve ser utilizada para substituir a inoculação padrão, sendo recomendada apenas como prática complementar em casos específicos, para corrigir algum erro de inoculação no momento da semeadura.
Veja mais: Solos ácidos prejudicam a Nodulação da soja
Referências:
HUNGRIA, M. et al. REINOCULAÇÃO E ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DA SOJA. Embrapa Soja, Documentos, n. 296, 2005. Disponível em: < https://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream/doc/471039/1/Reinoculacaoeadubacaonitrogenadanaculturadasoja.pdf >, acesso em: 19/05/2025.
SEIXAS, C. D. S. et al. TECNOLOGIAS DE PRODUÇÃO DE SOJA. Embrapa, Sistemas de Produção 17, 2020. Disponível em: < https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/223209/1/SP-17-2020-online-1.pdf >, acesso em: 19/05/2025.
ZILLI, J. É. et al. INOCULAÇÃO DE Bradyrhizobium EM SOJA POR PULVERIZAÇÃO EM COBERTURA. Pesq. agropec. bras., Brasília, v.43, n.4, p.541-544, abr. 2008. Disponível em: < https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-204X2008000400014 >, acesso em: 19/05/2025.
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Santa Maria (RS) deve concluir colheita de soja nesta semana após perder metade da produção – MAIS SOJA

A colheita da soja atingiu mais de 98% da área semeada e deve ser concluída ainda nesta semana na região de Santa Maria, centro do Rio Grande do Sul. Segundo o assistente técnico da regional da Emater/RS, Luis Fernando Rodrigues, em entrevista exclusiva à Safras News, as perdas na produtividade foram confirmadas em 50%.
“A estiagem entre dezembro e fevereiro foi o principal fator, agravada por picos de temperaturas extremas no início do ano, que afetaram a cultura a partir da floração”, relatou.
Rodrigues apontou que a qualidade dos grãos também foi prejudicada, com maturação irregular e desequilíbrio nas plantas. “Foi uma safra de padrão significativamente inferior”, afirmou.
A área plantada totalizou 1,056 milhão de hectares, uma redução de 0,6% em comparação à estimativa inicial de 1,063 milhão de hectares. A produtividade média foi de 1.586 quilos por hectare, contra os 3.110 quilos por hectare estimados inicialmente. A produção total foi estimada em 1,681 milhão de toneladas.
Na comercialização, a semana foi marcada por nova queda nos preços. O valor médio pago pela saca de 60 kg recuou R$ 0,50, fechando em R$ 118,82.
Milho
Assim como na soja, a cultura do milho também foi impactada pela estiagem registrada entre dezembro e fevereiro, agravada por picos de calor intenso no início do ano. A colheita já ultrapassa 85% da área cultivada na região de Santa Maria, com perdas médias de produtividade estimadas em 40%.
Segundo Luis Fernando Rodrigues, a semeadura mais distribuída ao longo do tempo ajudou a reduzir um pouco os prejuízos, mas os efeitos climáticos ainda comprometeram a safra.
A área efetivamente plantada foi de 41,135 mil hectares – 11,2% abaixo da estimativa inicial de 46,357 mil hectares. A produtividade média esperada era de 5.772 quilos por hectare.
Fonte: Ritiele Rodrigues / Safras News
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