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Oportunidades e deveres em solo chinês

A missão brasileira à China, liderada pelo governo brasileiro e acompanhada por inúmeros empresários do agronegócio, marca um momento decisivo para o futuro das exportações brasileiras e para a configuração geopolítica do agro mundial.
Estar em Pequim, neste instante em que se redesenha o tabuleiro global do comércio, é testemunhar e participar ativamente de uma inflexão histórica que pode reposicionar o Brasil não apenas como fornecedor de produtos, mas como agente estratégico no abastecimento e segurança alimentar de uma potência mundial e umas das maiores praças alimentícias do mundo, com cerca de 1.3 bilhões de habitantes.
Produtos como carne de frango, carne suína e grãos — antes dominados pelos EUA — começam a encontrar novas rotas de entrada no mercado chinês. E é nesse momento que o Brasil tem uma janela de oportunidade.
O agro brasileiro já detém participação expressiva em alguns desses segmentos.
Agora, com a ampliação do número de plantas frigoríficas aptas a exportar e a possibilidade de inclusão de novos produtos, como miúdos e DDG, a tendência é de expansão exponencial.
Mas, junto da oportunidade, vem a responsabilidade
O crescimento das exportações exige mais do que competitividade. Exige segurança jurídica, previsibilidade regulatória, conformidade sanitária, investimentos logísticos e uma atuação diplomática coerente com os interesses do setor.
A China não compra apenas proteína ou grão. Ela compra confiança. E é isso que o Brasil precisa demonstrar com clareza — por meio da seriedade de seus marcos legais, da eficiência de seus sistemas de inspeção e da maturidade institucional de seus atores econômicos.
Integrar esta comitiva é compreender que o agronegócio não é apenas um setor produtivo. Ele é vetor de política externa, gerador de emprego e renda, defensor da soberania alimentar e guardião da imagem internacional do Brasil. Nosso papel não é apenas vender, mas sim construir laços, abrir portas e garantir que o Brasil se posicione como um parceiro confiável, resiliente e comprometido com o futuro.
O desafio que nos cabe, como advogados e representantes do setor do agronegócio, é zelar para que as bases jurídicas e institucionais que sustentam essa expansão estejam à altura de sua importância estratégica.
MATHEUS PIGÃO é advogado especializado em agronegócio, produtor rural e integrante da comitiva presidencial brasileira à China
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Mato Grosso reduz desmatamento em 43%, mas segue entre os que mais derrubam florestas no país

Levantamento aponta que quatro municípios mato-grossenses estão entre os 50 que mais desmataram no Brasil em 2024.
O Relatório Anual do Desmatamento (RAD 2024), divulgado nesta quinta-feira (15) pelo MapBiomas, apontou uma redução de 43% no desmatamento em Mato Grosso em relação ao ano anterior. Em 2024, o estado registrou 92.554 hectares de vegetação nativa derrubados. Apesar da queda significativa, Mato Grosso ainda figura entre os líderes no ranking nacional, ocupando a sexta posição entre os estados que mais desmatam no país.
Quatro municípios mato-grossenses estão entre os 50 que mais desmataram no Brasil em 2024. Colniza, a 1.065 km de Cuiabá, aparece em décimo lugar, com 10.716,5 hectares devastados ao longo do ano, o equivalente a uma média de 29 hectares por dia.
Também integram a lista os municípios de:
- Paranatinga, com 5.928,7 hectares desmatados (36º lugar);
- Nova Maringá, com 5.393,8 hectares (42º lugar);
- Aripuanã, com 5.138,8 hectares (48º lugar).
Cerrado segue como o bioma mais afetado
Pelo segundo ano consecutivo, o Cerrado lidera como o bioma com a maior área desmatada do país: foram 652.197 hectares, o que representa 52,5% do total nacional. Mesmo com essa liderança, o bioma apresentou uma redução de 41,2% em relação a 2023.
Na sequência, o bioma Amazônia registrou 377.708 hectares desmatados, uma queda de cerca de 16% em comparação ao ano passado. Já o Pantanal, também presente em Mato Grosso, foi o bioma com menor área desmatada, aproximadamente 192.940 hectares, uma redução expressiva de 58%.
Queda nacional

Em nível nacional, o relatório do MapBiomas mostra que o Brasil reduziu em 32,4% a área desmatada em 2024 em relação a 2023. Ao todo, foram 1.242.079 hectares de vegetação nativa derrubados em todo o país. O relatório ainda destacou que pela primeira vez os dados coletados de 2019 a 2024 foi observada uma redução na área desmatada em todos os biomas brasileiros.
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Agro: Mato Grosso será o estado que mais vai crescer no país em 2025 I MT

Produção de Mato Grosso, vai expandir quase 25% no ano
Mato Grosso deverá ser o estado brasileiro com o maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, segundo projeções da área da Resenha Regional Banco do Brasil.
A estimativa é de avanço de 5,8% na atividade econômica, resultado impulsionado por uma combinação de fatores climáticos favoráveis, expansão agrícola e melhora na indústria regional.
O agronegócio segue como carro-chefe do desempenho mato-grossense. A safra de soja, principal produto da economia estadual, deve registrar um crescimento de 24,6% em relação a 2024, segundo o IBGE. A produção de algodão também deve crescer 1,9%, consolidando o estado como líder nacional no cultivo do grão.
O Banco do Brasil estima uma alta de 10,8% no PIB agropecuário do Mato Grosso neste ano, diante de uma supersafra de grãos e condições climáticas mais favoráveis.
A indústria estadual, beneficiada pela integração com o setor agroindustrial, deverá crescer 6,7% em 2025 — mais que o triplo da média nacional estimada para o setor (1,9%). Já o setor de serviços deve avançar 3,4%, conforme a resenha, puxado por segmentos como transporte e armazenagem, diretamente ligados ao agro.
O Centro-Oeste, como um todo, aparece com o maior crescimento regional previsto, de 3,9%. Dentro da região, o Mato Grosso se destaca à frente de estados como Goiás (4,2%) e Mato Grosso do Sul (4,7%).
O otimismo com o desempenho econômico contrasta com a desaceleração nacional. A estimativa do Banco do Brasil é que o PIB brasileiro cresça 2,2% em 2025 — queda frente aos 3,4% registrados em 2024.
Veja os números de 2024 e a projeção para 2025:
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Polícia prende 19 pessoas e fecha garimpo ilegal em área de preservação ambiental em MT

Equipes do Batalhão Ambiental, Força Tática e Batalhão de Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam) da Polícia Militar desarticularam e fecharam uma área de garimpo ilegal, na zona rural de Aripuanã. Na ação, 19 pessoas foram flagradas fazendo a extração ilegal de minério e foram conduzidas pelo crime ambiental e uma arma de fogo apreendida.
Durante execução da Operação Tolerância Zero, nesta terça-feira (13), as equipes policiais de Aripuanã receberam denúncias do setor de inteligência sobre o funcionamento de um empreendimento de extração de minério, na zona rural do município.
Segundo as informações, o local estaria cercado de garimpeiros e existia sem autorização, em funcionamento dentro de uma área de preservação permanente.
As equipes policiais se deslocaram até a região informada e flagraram o garimpo em pleno funcionamento e com vários suspeitos no local. Em verificação no empreendimento, também foi constatado grande degradação da área e motores estacionários realizando a extração de minérios.
Todos os 19 suspeitos encontrados no garimpo foram detidos pelas forças policiais. Ainda no local, diversos materiais utilizados na extração ilegal, sendo nove motores estacionários, duas motosserras e sete motocicletas foram apreendidos.
Um revólver de calibre .38 carregado com seis munições também foi localizado na área, mas nenhum homem se apresentou como proprietário do objeto.
Diante da situação, todos os suspeitos encontrados e materiais apreendidos foram encaminhados para a delegacia de Aripuanã, para registro da ocorrência e demais providências que o caso requer.
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