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preços de soja sofreram alteração no Brasil?

O mercado brasileiro de soja registrou preços mais altos em quase todas as regiões nesta segunda-feira (12). A alta da soja na Bolsa de Chicago e do dólar no Brasil deram suporte às cotações. Segundo o consultor da Safras & Mercado, Rafael Silveira, o ritmo de comercialização foi moderado no dia.
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Silveira observou que os prêmios não acompanharam esse movimento. Já o dólar contribuiu para sustentar níveis mais altos de preços, embora o mercado não tenha registrado volumes significativos de negócios.
Preços de soja no país
- Passo Fundo (RS): subiu de R$ 127,00 para R$ 129,00
- Santa Rosa (RS): subiu de R$ 128,00 para R$ 130,00
- Porto de Rio Grande (RS): subiu de R$ 132,50 para R$ 134,00
- Cascavel (PR): subiu de R$ 127,50 para R$ 129,00
- Porto de Paranaguá (PR): subiu de R$ 132,50 para R$ 134,00
- Rondonópolis (MT): manteve em R$ 115,00
- Dourados (MS): subiu de R$ 119,00 para R$ 119,50
- Rio Verde (GO): subiu de R$ 115,00 para R$ 117,00
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira em alta, impulsionados pelo relatório de maio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que indicou estoques finais em 2025/26 abaixo das estimativas. O acordo comercial fechado entre China e Estados Unidos completou o cenário positivo.
Representantes americanos e chineses concordaram em reduzir temporariamente as tarifas recíprocas em um acordo que superou as expectativas. Segundo informações da Reuters, os EUA reduzirão as tarifas adicionais impostas às importações chinesas em abril deste ano de 145% para 30%, enquanto as tarifas chinesas sobre importações dos EUA cairão de 125% para 10%, anunciaram os dois países nesta segunda-feira. As novas medidas entrarão em vigor por 90 dias.
USDA
O relatório do USDA indicou que a safra norte-americana de soja deverá ficar em 4,340 bilhões de bushels em 2025/26, o equivalente a 118,11 milhões de toneladas. A produtividade foi indicada em 52,5 bushels por acre. O mercado esperava uma produção de 4,325 bilhões ou 117,5 milhões.
Os estoques finais estão projetados em 295 milhões de bushels ou 8,03 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 351 milhões de bushels ou 9,55 milhões de toneladas. O USDA, em seu primeiro relatório da nova temporada, está trabalhando com esmagamento de 2,490 bilhões de bushels e exportações de 1,815 bilhão.
Para a temporada 2024/25, o USDA indicou estoques de passagem de 350 milhões de bushels, abaixo da estimativa do mercado de 370 milhões. As exportações estão projetadas em 1,850 bilhão e o esmagamento em 2,420 bilhões de bushels.
Safra de soja
O USDA projetou safra mundial de soja em 2025/26 de 426,82 milhões de toneladas. Para 2024/25, a previsão é de 420,87 milhões de toneladas. Os estoques finais para 2025/26 estão estimados em 124,33 milhões de toneladas, abaixo da previsão do mercado de 125,3 milhões de toneladas. Os estoques da temporada 2024/25 estão estimados em 123,18 milhões de toneladas, contra expectativa de 122,6 milhões de toneladas.
O USDA indicou safra brasileira em 2025/26 em 175 milhões de toneladas. Para 2024/25, a estimativa foi mantida em 169 milhões de toneladas – o mercado esperava 169,1 milhões.
A produção da Argentina em 2025/26 está prevista em 48,5 milhões de toneladas. Para 2024/25, o número foi mantido em 49 milhões, enquanto o mercado esperava 49,3 milhões de toneladas.
As importações da China estão estimadas em 112 milhões de toneladas em 2025/26 e em 108 milhões de toneladas em 2024/25.
Contratos futuros de soja
Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com alta de 19,50 centavos de dólar ou 1,85% a US$ 10,71 1/4 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 10,57 1/2 por bushel, ganho de 27,00 centavos ou 2,62%.
Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com alta de US$ 4,00 ou 1,36% a US$ 298,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 49,92 centavos de dólar, com alta de 1,35 centavo ou 2,77%.
Dólar
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,53%, sendo negociado a R$ 5,6845 para venda e a R$ 5,6825 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,6601 e a máxima de R$ 5,7061.
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Balança comercial do agro paulista tem queda de 15,3%

De janeiro a abril deste ano, as exportações do agro paulista diminuíram e as importações aumentaram em comparação com o mesmo período de 2024.
Assim, os embarques tiveram queda de 11,6%, totalizando US$ 8,70 bilhões, enquanto as compras de produtos cresceram 6,5%, somando US$ 1,98 bilhão.
Como consequência, o saldo da balança comercial do setor foi de US$ 6,72 bilhões, valor 15,3% inferior ao registrado nos quatro primeiros meses do ano anterior.
Mesmo diante da queda, o secretário de Agricultura e Abastecimento do estado, Guilherme Piai, comemorou o que chama de superávit expressivo que mostra a “força e resiliência do setor, que encontrou na alta das exportações de café, carnes e suco de laranja um equilíbrio importante.”
As exportações do agronegócio paulista representaram 40,7% do total exportado pelo estado de São Paulo no período analisado, enquanto as importações do setor corresponderam a 6,9% do total estadual.
Em comparação com o mesmo período de 2024, observou-se uma retração de 3,4 pontos percentuais na participação das exportações e de 0,9 ponto percentual nas importações.
De acordo com análise conduzida pelo coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), Carlos Nabil Ghobril, e pesquisadores vinculados à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, vale observar o movimento de ampliação de compras do agro paulista pela China e Estados Unidos.
A China registrou aumento de 7% no volume do grupo soja e 1% do grupo de carnes, enquanto os Estados Unidos elevaram as aquisições do grupo carnes em 93%, do grupo produtos florestais em 59% e do grupo cafés em 9%.
Exportações do agronegócio paulista
Os cinco principais grupos de produtos exportados foram:
- Complexo sucroalcooleiro: 24,6% do total exportado pelo agro paulista, US$ 2,136 bilhões, sendo que o açúcar representou 88,7% e o etanol, 11,3%.
- Setor de carnes: equivalente a 14% das vendas externas do setor, totalizando US$ 1,213 bilhão, com a carne bovina respondendo por 82,5%.
- Grupo de sucos: responde por 12,1% de participação, somando US$ 1,054 bilhão, dos quais 98,2% correspondem ao suco de laranja.
- Produtos florestais: representam 11,1% do volume exportado, com US$ 962,48 milhões, com celulose representando 52,3% e papel 37,9%.
- Complexo soja: participa com 10,9% do total exportado, registrando US$ 947,36 milhões, sendo 83,7% soja em grãos.
De acordo com a Secretaria, esses cinco grupos representaram, em conjunto, 72,7% das exportações do agronegócio paulista. O café aparece na sexta posição, com 7,5% de participação, com US$ 653,58 milhões, sendo 73,8% café verde e 22,9% de café solúvel.
Segundo a pasta, no período observado, as variações de valores apontaram aumentos das vendas para os grupos de café (+63,7%), sucos (+35,0%) e carnes (+23,1%), e queda acentuada nos grupos de complexo sucroalcooleiro (-46,2%), complexo soja (-4,5%) e produtos florestais (-3,6%).
Principais destinos
A China representa 20,3% de participação entre os principais destinos dos produtos agropecuários brasileiros, adquirindo, principalmente, produtos do complexo soja (37%), carnes (26%) e florestais (19%). Em seguida, aparecem:
- União Europeia: 15,6% de participação, sendo os principais itens sucos (34%), café (19%) e demais produtos de origem vegetal (11,8%);
- Estados Unidos: somam 15,3% de participação, comprando sucos (37%), carnes (15%) e café (10,4%).
No cenário nacional, as exportações do agronegócio paulista lideraram o ranking entre os estados, correspondendo a 16,5% do total exportado pelo setor no Brasil no primeiro quadrimestre de 2025, seguidas por Mato Grosso (16,3%) e Minas Gerais (12,2%).
Desempenho do agro brasileiro
O agronegócio brasileiro obteve exportações de US$ 52,74 bilhões entre janeiro e abril deste ano, o que representa um crescimento de 1,4% em relação ao ano anterior. As importações totalizaram US$ 6,87 bilhões, com aumento de 8,0%. O saldo da balança comercial do setor fechou em superávit de US$ 45,87 bilhões, variação positiva de 0,5%.
Com esses resultados, o saldo da balança comercial do setor alcançou superávit de US$ 45,87 bilhões, em relação ao primeiro quadrimestre de 2024.
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Fávaro leva à China pleito por sincronismo na liberação de biotecnologia

O governo do Brasil leva à reunião com a China um dos principais pleitos do agronegócio nacional: o alinhamento entre os dois países no processo de aprovação de biotecnologias. A proposta será apresentada como uma forma de agilizar a adoção de tecnologias já aprovadas pela ciência brasileira, mas que seguem fora do campo devido à ausência de autorização no mercado chinês.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, lembra que o Brasil é referência mundial na aprovação de biotecnologias com base científica, por meio da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). Apesar dos avanços no país, muitas tecnologias desenvolvidas localmente ou aprovadas para utilização no país ainda não chegam ao campo porque aguardam liberação por parte de mercados compradores, como a China.
“A tecnologia é descoberta, aprovada pela ciência brasileira, mas fica na prateleira esperando a autorização do país comprador. Isso atrasa a adoção de inovações que poderiam tornar a agropecuária ainda mais eficiente, produtiva e competitiva”, afirmou Fávaro.
O ministro destacou que o sincronismo regulatório também é benéfico para o Brasil como comprador. Segundo ele, a China, que adquiriu uma grande empresa internacional do setor, está desenvolvendo soluções avançadas, como a edição gênica, que promete revolucionar o campo. “Queremos ter acesso a essas tecnologias também, desde que aprovadas com base na ciência”, disse.
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Porcos selvagens ameaçam lavouras de milho no Centro-Oeste

A presença crescente e silenciosa de porcos selvagens nas lavouras de Mato Grosso tem provocado prejuízos expressivos, especialmente nas plantações de milho. Em Brasnorte, no noroeste do estado, produtores já contabilizam perdas em áreas que superam os 25 hectares. Em algumas fazendas, os animais invadem os talhões desde o início do cultivo, desenterrando sementes, quebrando plantas e comprometendo o desenvolvimento da cultura.
Na fazenda Flecha de Ouro, por exemplo, o cenário é crítico: o plantio de quase 3 mil hectares de milho está sendo atacado por bandos que já causaram perdas de até 10% em determinadas áreas. Além dos danos diretos à cultura, a destruição causada pelos animais também favorece o crescimento de plantas daninhas, devido à maior incidência de luz nas áreas danificadas, o que encarece ainda mais o manejo.
Veja os detalhes na reportagem de Pedro Silvestre:
A situação tem levado produtores a repensar suas estratégias. Em uma das propriedades da região, a área plantada com milho foi reduzida em 70% nesta safra, numa tentativa de conter os prejuízos. Mesmo assim, os porcos voltaram com força, atacando manchas de até 15 hectares de uma só vez. A perspectiva é de que novas perdas ainda ocorram até o fim da colheita, o que já levou agricultores a descartarem o cultivo do milho na próxima temporada, diante da inviabilidade econômica.
O impacto não se limita ao milho. Outras culturas, como a soja e o feijão, também estão sendo afetadas. Em uma mesma fazenda, estima-se que os javalis e javaporcos já tenham causado perdas de até 20% na soja, e os primeiros danos no feijão começam a aparecer à medida que a cultura entra na fase final do ciclo. O número de animais também impressiona: estimativas apontam mais de 600 porcos selvagens circulando dentro de uma única propriedade.
Além das lavouras, produtores de pecuária também têm relatado transtornos causados pelos animais, com registros de gado ferido e cercas destruídas durante ataques dos bandos.
A situação já é tratada como grave por entidades do setor. A Aprosoja Mato Grosso destaca o avanço preocupante das espécies, especialmente no sul do estado, em municípios como Alto Taquari. Segundo a entidade, os porcos selvagens — espécies exóticas e agressivas — não apenas ameaçam a produção agrícola, mas também colocam em risco a fauna nativa, com uma taxa de reprodução acelerada e sem predadores naturais eficazes.
A Aprosoja e outras lideranças do agro estão em diálogo com o Ibama para estabelecer formas de controle legal e responsável da população desses animais, com base em dados e estudos científicos. A urgência é clara: sem medidas efetivas, a continuidade do cultivo de milho — e outras culturas — pode estar seriamente comprometida em diversas regiões do estado.
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