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Invasão de porcos selvagens ameaçam o milho em Mato Grosso

Produtores em Mato Grosso sofrem mais uma vez com a invasão de porcos selvagens nas lavouras de milho. Em algumas propriedades a área destinada ao cereal chegou a ser reduzida em 70%, no comparativo com o ciclo 2023/24, em decorrência da praga.
Localizada no município de Brasnorte, a Fazenda Flecha de Ouro cultivou cinco mil hectares de milho nesta safra 2024/25. A estimativa é de que cerca de três mil hectares tenham sofrido ataques de porcos selvagens, causando inúmeros prejuízos.
“Ano a ano ele vem sendo um problema maior. Onde as áreas são mais acessíveis à ele ou divisa com matas, ele entra e acaba com tudo. Conforme ele vai andando, vai derrubando, as espigas ficam pelo chão e infelizmente é tido como perda”, relata o gerente técnico da propriedade Cláudio Roberto Loma ao Patrulheiro Agro.
Conforme o gerente técnico, na safra passada, os porcos causaram prejuízos significativos na propriedade em Brasnorte. Em uma área, onde o potencial era de quase cinco mil sacas, a média ficou em torno de 900 sacas. Para a atual temporada, a expectativa de perdas no milho devido a invasão dos porcos selvagens é de 10%.
“Ele começa lá no início do ciclo. Cava no chão, tira a semente e conforme a cultura vai crescendo ele vai invadindo e quebrando, comendo”.
Porcos selvagens já causam redução de área
A crescente presença dos porcos selvagens em meio aos milharais de Mato Grosso em algumas regiões está causando redução da área destinada para o cereal, visto não haver um meio de controlar a praga.
Produtor em Brasnorte, Douglas Pelisser cultivou 70% a menos da área de milho nesta safra 2024/25 por causa dos porcos selvagens.
Na propriedade diversas manchas podem ser observadas. Em um talhão de 200 hectares, Douglas relata ao Canal Rural Mato Grosso crer que em torno de 25 hectares tenham sofrido ataques.
“Estamos no começo de maio. Vamos colher lá por junho, julho. Eu acredito que vamos ter mais danos de 15 a 20 hectares. O milho já vai sair fora no ano que vem. Ano que vem a gente não planta mais milho, não. Não fecha a conta. O prejuízo é muito grande e nós ainda arrendamos a área. Vamos perder o lucro e ainda ter que arrumar dinheiro para pagar o arrendamento. Então, é melhor parar com a cultura”, diz Douglas à reportagem.
Ainda segundo o produtor, prejuízos causados pelos porcos selvagens também foram registrados na soja e também na cultura do feijão, que está em reta final de ciclo.
“E não tem um bando só na fazenda. Tem um bando espalhado por vários cantos dela. Se for somar passa de 600 animais dentro da fazenda. Tem mata, água, então eles invadem mesmo. Esses dias estavam no meio da sede. É um animal agressivo, precisa de um controle. Pega gente, cachorro. O que tiver ele pega. Não é à toa que as onças não estão conseguindo mais controlar ele”.


Prejuízos bilionários no Brasil
De acordo com o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Lucas Costa Beber, os prejuízos causados no Brasil pelos porcos selvagens, também conhecidos como porcos do mato, são bilionários. “Nós vivemos um período de inflação no nosso país de escassez de alimentos. Precisamos conter essa praga”.
O presidente da Associação pontua que além dos porcos selvagens, a pressão de javalis, os javaporcos, também estão causando prejuízos aos produtores mato-grossenses, principalmente na região sul do estado.
“Nós precisamos deixar de lado a ideologia e trabalhar com dados e fazer como países mais desenvolvidos. Estamos trabalhando e em contato com um dos maiores especialistas aqui no Brasil, que inclusive fez uma pesquisa encomendada pela Aprosoja Mato Grosso, no qual espalhou um número imenso de câmeras georreferenciadas, câmeras de armadilha, de capturas, que são especiais justamente para monitorar a fauna, seja nas propriedades rurais como, também, em ambiente nativo, para um levantamento aqui no estado”.
Lucas Beber frisa que os dados da pesquisa já estão compilados e revelam que na região norte de Mato Grosso “está havendo uma superpopulação”. Além disso, a entidade se encontra em “tratativas com o Ibama, para que se faça algum tipo de controle que seja, claro, permitido por lei, de acordo com a nossa legislação”.
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Justiça determina suspensão de descontos não autorizados em benefícios previdenciários em MT

O juiz do 3º Juizado Especial Cível de Cuiabá, Jamilson Haddad Campos, determinou que uma confederação deixasse de descontar contribuição não autorizada no benefício previdenciário de um idoso de 73 anos. A decisão atendeu a um pedido de tutela antecipada cautelar; o mérito do pedido ainda será julgado.
Entenda o caso: um idoso de 73 anos, aposentado, foi realizar o saque mensal de seu benefício previdenciário, acompanhado do genro, e se surpreendeu com um desconto desconhecido no valor de R$ 42,50.
Ao buscar o INSS para saber a origem do desconto, foi informado que se tratava de contribuição para uma confederação. Os descontos foram iniciados em maio de 2020, no valor de R$ 20,90, alcançando a quantia de R$ 1.160,94 até março de 2025.
Na tentativa de interromper os descontos, procurou a confederação, sem obter sucesso. Decidiu, então, recorrer ao Procon, onde foi orientado a procurar o Poder Judiciário.
Ao julgar o pedido de tutela antecipada, o magistrado do 3º Juizado Especial Cível de Cuiabá destacou que se trata de pessoa idosa, integrante de um segmento populacional de especial atenção estatal.
Decisão: ao deferir a tutela antecipada, o magistrado entendeu que ficou demonstrada a probabilidade do direito, com a evidência de descontos não autorizados e a ausência de vínculo jurídico legítimo entre as partes, bem como o perigo de dano, considerando que os valores descontados comprometem a subsistência do autor da ação, configurando ameaça direta a seu direito fundamental ao mínimo existencial e à dignidade humana.
O magistrado determinou que a confederação promova a suspensão dos descontos no prazo de cinco dias e fixou multa de R$ 2 mil em caso de descumprimento.
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Mauro volta a cobrar leis mais duras e critica Lula por não classificar facções criminosas como terroristas

Conteúdo/ODOC – O governador Mauro Mendes (União Brasil), voltou a criticar o governo federal por não classificar facções criminosas como organizações terroristas. A declaração foi feita após repercussão de uma proposta apresentada por representantes da gestão de Donald Trump a integrantes do Ministério da Justiça e Segurança Pública, sugerindo que o Brasil incluísse grupos como o PCC e o Comando Vermelho na lista de entidades terroristas.
A sugestão, no entanto, foi rejeitada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sob o argumento de que a legislação brasileira não enquadra essas facções como terroristas, já que sua atuação visa, prioritariamente, o lucro com o tráfico de drogas e armas — e não motivações baseadas em ódio, ideologia ou religião.
“Hoje as facções criminosas estão realmente fazendo o terror. Elas matam, elas cortam cabeça, elas matam pessoas na frente da família, elas arrancam corações, fazem verdadeiras atrocidades praticando o terror. E isso, pra mim, é terrorismo. Mas o governo brasileiro se negou e, no final, se apega à lei brasileira que classifica outras coisas como terrorismo e não as facções criminosas”, disse o governador.
Além da crítica ao Executivo federal, Mauro também atacou o atual arcabouço jurídico do país, que considera antiquado e leniente com o crime organizado. Ele voltou a afirmar que o sistema legal brasileiro é permissivo e precisa de mudanças.
Por fim, o chefe do Executivo estadual cobrou novamente do Congresso Nacional a aprovação de leis mais rígidas que endureçam o combate às facções criminosas.
No Congresso Nacional, há propostas em tramitação que visam ampliar a definição de terrorismo para incluir ações de facções criminosas. O Projeto de Lei 3.283/2021, aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, propõe equiparar atos praticados por organizações criminosas a atividades terroristas, incluindo ações como domínio territorial e ataques a servidores públicos.
Além disso, o Projeto de Lei 1.283/2025, apresentado na Câmara dos Deputados, busca alterar a Lei Antiterrorismo para estender sua aplicação a organizações criminosas e milícias privadas que realizem atos de terrorismo, incluindo crimes cibernéticos.
Especialistas, no entanto, alertam que o endurecimento das penas pode não ser eficaz no combate ao crime organizado e pode até favorecer as facções criminosas, ao aumentar a superlotação dos presídios e fortalecer o controle dessas organizações dentro do sistema penitenciário.
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Motociclista morre após atropelar animal e cair no centro de Poconé

Conteúdo/ODOC – Um motociclista – que não teve a identidade revelada – morreu e o garupa ficou ferido na madrugada desta quarta-feira (8), na Rua Campos Sales, região central de Poconé (a 104 km de Cuiabá).
A ocorrência foi registrada por volta das 2h20 e e, segundo testemunhas, atropelou um animal antes de os ocupantes caírem na pista.
De acordo com informações da Polícia Militar, que foi acionada via 190, a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) já se estava no local quando os agentes chegaram. Populares relataram que os dois ocupantes da moto foram arremessados no chão após colidirem com o animal.
Uma das vítimas foi socorrida inconsciente e encaminhada em estado grave à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Poconé. Ela tinha múltiplas lesões e não conseguiu prestar qualquer informação aos socorristas.
A outra vítima, que não portava documentos, morreu ainda no local. A identidade do homem não havia sido confirmada até a publicação desta reportagem.
Conforme o B.O., a motocicleta envolvida no acidente foi retirada do local por terceiros antes da chegada da polícia, o que comprometeu a preservação do veículo para perícia.
A Polícia Civil e a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) foram acionadas. O perito criminal realizou os procedimentos técnicos necessários para apuração das circunstâncias do acidente. O caso foi registrado e será investigado.
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