Sustentabilidade
Chicago/CBOT: Milho fechou em baixa com avanço das safras nos EUA e Brasil – MAIS SOJA

Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 07/05/2025
FECHAMENTOS DO DIA 07/05
Chicago: A cotação de julho, referência para a nossa safra de verão, fechou em baixa de -1,32% ou $ -6,25 cents/bushel a $ 449,50. A cotação para julho, fechou em baixa de -0,17% ou $ – 0,75 cents/bushel a $ 429,50.
ANÁLISE DA BAIXA
O milho negociado em Chicago fechou o dia em baixa. As primeiras cotações tiveram quedas mais acentuadas, visto a evolução da safrinha brasileira e da boa semeadura nos EUA. Com isso o comprador deve ter uma boa disponibilidade de milho nos próximos meses.
A demanda segue aquecida, e o conjunto de operadores de mercado esperam que o USDA reduza os estoques finais de milho na próxima segunda-feira, no relatório de oferta e demanda de maio.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Milho B3 fechou em baixa com a pressão sazonal do milho safrinha
Os principais contratos de milho encerraram o dia em baixa nesta quarta-feira. As cotações de milho na B3 seguem acompanhando as quedas de Chicago. A consolidação de uma boa colheita do milho safrinha pressiona o mercado. O comprador segue esperando maiores volumes para voltar as grandes compras e o produtor começa a negociar mais para evitar perdas e carrego de estoque.
OS FECHAMENTOS DO DIA 07/05
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em baixa no dia: o vencimento de julho/25 foi de R$ 64,92 apresentando baixa de R$ -0,34 no dia, baixa de R$ -2,37 na semana; julho/25 fechou a R$ 65,87, baixa de R$ -0,43 no dia, baixa de R$ -1,91 na semana; o vencimento setembro/25 fechou a R$ 68,17, baixa de R$ -0,46 no dia e baixa de R$ -2,46 na semana.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
FALTA DE ACORDO EUA-CANADÁ (baixista)
Ao contrário do que o mercado esperava, ontem não houve nenhum progresso concreto no relacionamento entre os EUA e o Canadá, grande comprador de milho e etanol dos EUA, na reunião entre Trump e o primeiro-ministro canadense Mark Carney.
BOAS SAFRAS NA AMÉRICA DO SUL (baixista)
Os dados gerados na América do Sul também não são animadores, onde a safrinha brasileira está respondendo muito bem às chuvas recentes (uma consultoria elevou sua estimativa de produção para 135,4 MT, contra 126 MT do USDA, o que explica as quedas também no mercado doméstico) e onde os rendimentos obtidos na Argentina sugerem uma colheita entre 48 e 50 milhões de toneladas.
BOA SAFRA AMERICANA (baixista)
O mesmo se aplica ao progresso da temporada de plantio 25/26 nos Estados Unidos, que, graças a uma pausa nas chuvas durante o resto da semana, pode melhorar em um ritmo já
muito bom. E, antes do relatório mensal do USDA na segunda-feira, a média das estimativas privadas atualmente coloca o volume da safra dos EUA em 400,78 milhões de toneladas, em comparação com 377,63 milhões de toneladas no ciclo anterior. Esse volume sem precedentes exigirá toda a demanda interna e externa possível para evitar o inchaço dos estoques finais, que os traders preveem em torno de 52 milhões de toneladas, ante 37,22 milhões esperados para o ciclo que se encerra no final de agosto próximo.
EUA-PRODUÇÃO NEUTRA DE ETANOL (neutro)
Após duas semanas positivas consecutivas, o relatório semanal da Administração de Informação de Energia dos EUA foi neutro para o mercado de milho dos EUA. Acontece que
hoje reduziu a produção diária de etanol de 1.040.000 para 1.020.000 barris, número que se manteve acima dos 965.000 barris registrados no mesmo período em 2024, ao mesmo tempo em que ajustou os estoques do biocombustível de 25.389.000 para 25.191.000 barris, mas colocando-os acima dos 24.200.000 barris em estoque de um ano atrás.
Fonte: T&F Agroeconômica
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Sustentabilidade
Posicionamento Estratégico de Fungicidas na Cultura da Soja – MAIS SOJA

Por Gustavo Luft-PET Agronomia/UFSM
A soja (Glycine max L.) é a cultura de grãos com maior relevância econômica no Brasil, com cerca de 46 milhões de hectares semeados de Norte a Sul do país (CONAB, 2025). O país assume o protagonismo mundial, tanto nas exportações quanto na produção. Segundo o Acompanhamento da Safra Brasileira (CONAB, 2025), projeta-se que 105,54 milhões de toneladas de soja sejam exportadas em 2025, com base no aumento da produção, estimada em 167,37 milhões de toneladas na atual safra, e da demanda mundial, especialmente da China.
Porém, atualmente, a cultura da soja é uma das mais afetadas pela ocorrência de pragas e doenças durante o seu ciclo produtivo, o que torna o manejo mais oneroso. O aumento da incidência e severidade de doenças foliares, segundo Godoy (2015), se dá em razão do aumento da área plantada, ausência de rotação de culturas e da introdução de novos patógenos, tomando cada vez mais importância dentro do manejo da cultura da soja.
As perdas anuais de produção por doenças são estimadas em 15% a 20%, podendo inclusive chegar a 100% para algumas doenças (Seixas et al., 2020). Sabendo disso, é de responsabilidade dos profissionais da área agronômica ter o conhecimento técnico para formar programas de manejo de doenças, como o posicionamento estratégico de fungicidas, para assim proporcionar ao produtor rural informações que permitam produzir mais com custos otimizados.
Os fungicidas são substâncias químicas de origem natural ou sintética que, quando aplicadas às plantas, protegem-as da penetração e/ou do posterior desenvolvimento de fungos patogênicos em seus tecidos (Reis et al., 2010). Eles atuam interrompendo processos vitais dos patógenos, impedindo sua germinação, crescimento e/ou reprodução. O posicionamento de fungicidas é essencial para garantir a proteção do potencial produtivo da cultura da soja. Faz-se o necessário para dar condições de índice de área foliar adequado para que a planta faça a fotossíntese, logo, produza e acumule fotoassimilados que irão dar origem ao produto final, os grãos.
Segundo Godoy (2015), os principais modos de ação utilizados no controle de doenças na cultura da soja no Brasil (Tabela 1.) são os Inibidores de Desmetilação (IDM, triazóis), os Inibidores de Quinona Oxidase (QoI, estrobilurinas) e, a partir de 2013, a nova geração de moléculas Inibidoras da Succinato Desidrogenase (SDHI, carboxamidas).
O posicionamento dos fungicidas deve ser feito de maneira inteligente e sustentável, para que ocorra o controle das doenças sem que haja a seleção de resistência do patógeno. De acordo com Godoy (2015) a resistência de fungos é um mecanismo de defesa, sendo uma resposta evolutiva natural a uma ameaça externa para sua sobrevivência, nesse caso ao fungicida. Existem estratégias que podem mitigar o aparecimento desse mecanismo, como a rotação de misturas comerciais com produtos que não apresentem resistência cruzada, as conhecidas misturas triplas; a limitação no número de aplicações de um mesmo grupo químico; e a utilização de fungicidas multissítios.
As misturas triplas de fungicidas são combinações de três ingredientes ativos (I.A.) diferentes para o controle das doenças. A principal vantagem da utilização é aumentar o espectro de controle e não instigar uma pressão de seleção para a resistência dos fungos. Já os fungicidas multissítios, afetam diferentes pontos metabólicos do fungo e apresentam baixo risco de resistência, tendo um papel importante no manejo antirresistência para os fungicidas sítio-específicos (McGrath, 2004). Produtos a base de mancozebe e clorotalonil são exemplos clássicos de fungicidas multissítios, amplamente utilizados em diversas culturas.
Além de serem eficazes no controle de uma ampla gama de doenças, os fungicidas multissítios podem ser combinados com produtos de sítio específico para melhorar a proteção das plantas e aumentar a durabilidade das tecnologias disponíveis (Mais Agro, 2025).
Diante das informações apresentadas, quais fatores devem ser considerados para um posicionamento estratégico de fungicidas?
Um dos fatores fundamentais é o momento da aplicação. Quando trata-se de agentes fitopatogênicos, o ideal é o controle preventivo para que não haja, em situações que podem ser evitadas, um aumento do número de aplicações na área. Para isso, sugere-se que haja um protocolo de aplicação de fungicidas, dividido em várias entradas na área.
A primeira entrada na área é a popularmente denominada “Aplicação V0”, que ocorre de 10 a 15 dias após a emergência (DAE), corresponde ao estágio fenológico V3 a V4 (Figura 1) pela escala de Fehr & Caviness (1977). Esta visa alocar o produto de maneira antecipada nas primeiras folhas da cultura da soja para o controle preventivo de manchas foliares, principalmente a mancha-parda (Septoria glycines) e o Crestamento foliar de Cercospora (Cercospora spp.). Vale ressaltar que ambos os patógenos podem estar presentes na área durante todo o ciclo, uma vez que os fungos sobrevivem em restos de cultura (Seixas et al., 2020), frisando a importância de um manejo visando evitar a proliferação desses fungos para o decorrer das safras.
A segunda entrada na área é feita no pré-fechamento das entrelinhas, comumente nomeada de “Primeira Verdadeira”. Denominada deste modo pois, em geral, é a primeira aplicação composta por uma mistura tripla e um protetor, levando produtos “Premium” para a lavoura. Estes itens são os de maior valor agregado no mercado e que, geralmente, apresentam os melhores resultados nos ensaios de pesquisa pelo amplo espectro de controle dos agentes fitopatogênicos. Esse período é o último momento em que ocorre o molhamento efetivo das folhas do baixeiro (terço inferior da arquitetura foliar da planta). Esse momento coincide, em média, entre 30 a 40 DAE, ou V6 a R1.
A reincidência de aplicações de fungicidas na soja pode ir até o final do enchimento de grãos (R5.3 a R5.5). A decisão de demanda por produtos no final do ciclo de desenvolvimento da soja pode variar de acordo com a pressão de doenças de cada lavoura e as condições ambientais de cada área, correspondendo à terceira, quarta, quinta ou mais aplicações de fungicidas, o que exige estratégia, conhecimento técnico e atenção aos detalhes da lavoura.
O intervalo entre as aplicações varia de 10 a 20 dias. Esse fator é de suma importância quando se pensa no protocolo de manejo. O tempo do intervalo recebe forte influência do clima local, tendo em vista que em um ambiente de maiores índices pluviométricos, juntamente com temperaturas em torno de 20 a 30ºC, torna-se um ambiente favorável para o desenvolvimento das doenças.
Logo, preconiza-se que o intervalo entre aplicações seja reduzido. Em contrapartida, observa-se que quando há dias sucessivos com temperaturas muito elevadas (acima de 36ºC), as condições climáticas têm efeito adverso na taxa de crescimento e desenvolvimento da soja, provocando danos à floração e à capacidade de retenção de vagens (EMBRAPA, 2021), assim o período entre as aplicações pode ser estendido.
Em síntese, o posicionamento estratégico de fungicidas na cultura da soja é fundamental para maximizar a produtividade e minimizar perdas causadas por doenças foliares. A adoção de misturas triplas, o uso de fungicidas multissítios e a definição precisa do momento de aplicação são fatores-chave para um manejo fitossanitário mais eficiente. Além disso, a consideração das condições ambientais e do histórico de doenças na área é essencial para tomadas de decisão mais assertivas. Dessa forma, é fato dizer que posicionar bem os fungicidas não é apenas uma escolha, é o caminho que diferencia o lucro do prejuízo.
Sobre os autores:
Gustavo Luft é Acadêmico do 9º semestre do curso de Agronomia da Universidade Federal de Santa Maria e Bolsista do grupo PET Agronomia E-mail: [email protected]
Coautores:
Fábio Pedrazzi de Vargas, Kauê da Cunha Beier, Marcos Paulo Pereira Ribeiro, Renata Vitória Roveda Willrich
Referências bibliográficas:
Referências bibliográficas citadas no texto:
COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO (CONAB). Boletim da Safra de Grãos: 6º Levantamento – Safra 2024/25. Brasília, 2025. Disponível em: https://www.conab.gov.br/info-agro/safras/graos/boletim-da-safra-de-graos. Acesso em: 21/03/2025.
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA (EMBRAPA). Temperatura. Agência de Informação Tecnológica. 2021. Disponível em: https://www.embrapa.br/agencia-de-informacao-tecnologica/cultivos/soja/pre-prod ucao/caracteristicas-da-especie-e-relacoes-com-o-ambiente/exigencias-climaticas/t emperatura. Acesso em: 25/03/2025.
FEHR, W.R.; CAVINESS, C.E. Stages of soybean development. Ames: Iowa State University of Science and Technology, 1977. Special Report, v. 80. GODOY, C. V. Atualizações no controle de doenças foliares na cultura da soja. Londrina: Embrapa Soja, 2015. Disponível em: https://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream/doc/1010782/1/Atualizacoesnoco
ntrolededoencasfoliaresnaculturadasoja1.pdf. Acesso em: 20/03/2025.
REIS, E.; REIS, A.; CARMONA, M. Manual de Fungicidas: Guia para o controle químico de doenças. 6ª Edição. Universidade de Passo Fundo: Editora UPF, 2010. SEIXAS, C. D. S.; SOARES, R. M.; GODOY, C. V.; MEYER, M. C.; COSTAMILAN, L. M.; DIAS, W. P.; ALMEIDA, A. M. R. Manejo de doenças. In: SEIXAS, C. D. S.; NEUMAIER, N.; BALBINOT JUNIOR, A. A.; KRZYZANOWSKI, F. C.; LEITE, R. M. V. B. C..
Tecnologias de Produção de Soja. Edição 17. Londrina: Embrapa Soja, 2020, p. 227-264.
SYNGENTA. Tudo sobre fungicidas: história, tipos e aplicações no campo. Mais Agro, 2025. Disponível em: https://maisagro.syngenta.com.br/tudo-sobre-agro/tudo-sobre-fungicidas-historia-ti pos-e-aplicacoes-no-campo/. Acesso em: 21/03/2025.
Universo Agro Galaxy. Fases fenológicas da soja: otimize sua produção. 2021. Disponível em: https://universo.agrogalaxy.com.br/2021/09/10/fases-fenologicas-da-soja/. Acesso em: 25/03/2025
Referências bibliográficas consultadas
ANTONIO, M.; NETO, D.; RODRIGUES, J. D. Avaliação do efeito fisiológico do uso de fungicidas na cultura de soja. Disponível em: <https://repositorio.usp.br/item/001806591>. Acesso em: 26 mar. 2025.
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA (EMBRAPA). Estádios de desenvolvimento. Embrapa Agência de Informação Tecnológica, 2025. Disponível em: https://www.embrapa.br/agencia-de-informacao-tecnologica/cultivos/soja/pre-producao/caracteristicas-da-especie-e-relacoes-com-o-ambiente/estadios-de-desenvolvime
nto. Acesso em: 25/03/2025.
GODOY, C. V. et al. Eficiência do controle da ferrugem asiática da soja em função do momento de aplicação sob condições de epidemia. Londrina, PR. Tropical Plant Pathology, v. 34, n. 1, 1 fev. 2009. GODOY, C. V. Manejo de Doenças na Cultura da Soja. In: WORKSHOP CTC AGRICULTURA, 16., 2017, Rio Verde. Agricultura – Resultados 2017. Rio Verde: Centro Tecnológico Comigo, 2017.
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Sustentabilidade
Soja fecha em alta em Chicago por possível acordo EUA-China e aguardando USDA – MAIS SOJA

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira em alta, em sessão de volatilidade. A possibilidade de Estados Unidos e China se aproximarem de um acordo tarifário e o clima de menor aversão ao risco no financeiro garantiram a elevação.
Hoje, ao anunciar o primeiro grande acordo após o “liberation day”, com o Reino Unido, o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou esperar uma relação amigável com a China. Pequim e Washington se reunirão pela primeira vez no próximo sábado, na Suíça.
A quinta marcou também a escalada nos preços do petróleo diante dos sinais de avanço nas negociações comerciais. A alta de 3% da commodity ajudou o complexo soja, puxando principalmente as cotações do óleo.
Os agentes começam também a se posicionar frente ao relatório de maio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na segunda, 12.
O deverá indicar um pequeno corte na produção de soja norte-americana em 2025/26, na comparação com o ano anterior. Este será o primeiro relatório com números para a nova temporada.
Analistas consultados pelas agências internacionais indicam que o número para a safra americana em 2025/26 deverá ficar em 4,325 bilhões de bushels. Na temporada 2024/25, a safra está indicada pelo USDA em 4,366 bilhões.
Para os estoques de passagem, a previsão é de um número de 351 milhões de bushels para 2025/26. Para 2024/25, a aposta é de um corte, passando dos 375 milhões indicados em abril para 370 milhões de bushels.
Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2024/25 de 122,6 milhões de toneladas. Em abril, o número ficou em 122,5 milhões. Segundo o mercado, a primeira indicação do USDA para 2025/26 deverá ser de 125,3 milhões de toneladas.
O USDA deverá elevar a estimativa para a safra do Brasil em 2024/25 de 169 milhões para 169,1 milhões de toneladas. Já a estimativa para a Argentina deverá ser aumentada de 49 milhões para 49,3 milhões de toneladas.
Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com alta de 5,75 centavos de dólar ou 0,55% a US$ 10,45 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 10,25 por bushel, ganho de 3,00 centavos ou 0,29%.
Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com baixa de US$ 0,30 ou 0,10% a US$ 294,70 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 48,45 centavos de dólar, com alta de 1,12 centavo ou 2,36%.
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Autor/Fonte: Dylan Della Pasqua / Safras News
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Sustentabilidade
Arroz/RS: Área colhida alcançou 97%, produtividade permanece elevada conforme projeção inicial – MAIS SOJA

A colheita avançou de forma contínua, sem maiores restrições ao longo do período, em razão da ausência de precipitações, o que contribuiu para a trafegabilidade nas lavouras e para o escoamento da produção. A área colhida alcançou 97%, e a produtividade permanece elevada, em consonância com a projetada inicialmente. Entretanto, ainda são relatados problemas de qualidade dos grãos, especialmente em áreas onde houve atraso na colheita, resultando em redução no percentual de grãos inteiros devido à exposição prolongada à radiação solar e a variações térmicas. Em contrapartida, as lavouras de implantação tardia, que atingiram recentemente o ponto de colheita, apresentaram melhor qualidade industrial.
Nos talhões colhidos, os orizicultores aproveitam a continuidade do clima seco para intensificar as operações de preparo de solo, incluindo o entaipamento das áreas destinadas ao cultivo na próxima safra. Também avançam as práticas de manejo pós-colheita, como a incorporação da resteva com uso de rolo-faca, visando à conservação do solo e à ciclagem de nutrientes.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, em São Borja, houve registros pontuais de acamamento de plantas em alguns talhões, atribuídos à ocorrência de ventos intensos durante o período de maturação. Em Quaraí, os 11.336 hectares cultivados foram totalmente colhidos, e a produtividade média estimada está em 9.000 kg/ha. A qualidade industrial das cargas entregues nessa etapa final apresentou queda, e o percentual de grãos inteiros variou entre 55% e 58%, abaixo do padrão ideal. A colheita também foi finalizada em Alegrete, Maçambará, Rosário do Sul e Santa Margarida do Sul.
Na de Pelotas, a colheita abrange 96% da área implantada. As lavouras remanescentes encontram-se em estágio de maturação completa e aptas para a colheita, localizadas majoritariamente em Turuçu, São José do Norte, Santa Vitória do Palmar, Rio Grande, Pinheiro Machado, Pelotas, Jaguarão, Canguçu e Arroio Grande.
Na de Santa Maria, a colheita do arroz aproxima-se da finalização na região. Em Cachoeira do Sul, município com a maior área cultivada, 98% das lavouras foram colhidas. Em Cacequi e municípios próximos, os trabalhos foram concluídos. Os rendimentos, de modo geral, têm se mantido dentro das expectativas iniciais, embora haja relatos pontuais de redução na produtividade em determinadas áreas.
Na de Soledade, o tempo estável favoreceu o avanço das atividades de colheita, que se encontram em fase final (99%). Restam apenas áreas pontuais com semeadura tardia (1%), atualmente em estágio de maturação e prontas para a colheita.
Comercialização (saca de 50 quilos)
O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, reduziu 0,56%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 76,49 para R$ 76,06.
Confira o Informativo Conjuntural n° 1866 completo, clicando aqui!
Fonte: Emater RS
Autor:Informativo Conjuntural 1866
Site: Emater/RS
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