Sustentabilidade
Chicago/CBOT: A soja fechou de forma mista com Brasil e guerra comercia – MAIS SOJA

Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 07/05/2025
FECHAMENTOS DO DIA 07/05
O contrato de soja para julho, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -0,19%, ou $ -2,00 cents/bushel a $ 1039,25. A cotação de agosto, fechou em baixa de -0,02% ou $ -0,25 cents/bushel a $ 1035,50. O contrato de farelo de soja para julho fechou em alta de 0,68 % ou $ 2,0 ton curta a $ 293,0 e o contrato de óleo de soja para julho fechou em baixa de -2,11 % ou $ -1,02/libra-peso a $ 47,33.
ANÁLISE DO MIX
A soja negociada em Chicago fechou de forma mista nesta quinta-feira. A safra recorde do Brasil e o progresso do plantio nos EUA estão dificultando a recuperação dos preços neste momento. Os traders também estão atentos a novas manchetes sobre as relações comerciais entre EUA e China. O governo brasileiro estima que as exportações de soja do país aumentem de 3,9% em relação ao ano anterior.
O mercado americano segue preocupado com a ausência de acordos comerciais com os países compradores da soja americana, em especial a soja. A demora do governo americano anunciar a liberação de maior uso de óleo de soja na produção do diesel no país.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
REUNIÃO PARA ALIVIAR AS TENSÕES (altista)
A soja fechou a sessão de Chicago com leves oscilações — as altas mínimas ocorreram a partir de novembro — e com muito menos entusiasmo do que o demonstrado pelos traders no início da sessão, após o anúncio feito na noite de anteontem pelo secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, de que se reuniria com uma delegação chinesa na Suíça no fim de semana para tentar aliviar as tensões entre os dois países, que travam uma segunda guerra comercial. Essa perda de entusiasmo estava relacionada à possibilidade de as negociações se mostrarem mais longas do que as necessidades de um mercado que em outubro dependerá da demanda para “administrar” a nova safra. “Concordamos em conversar. No sábado e no domingo, decidiremos sobre o que falaremos. Tenho a sensação de que será sobre a redução da tensão, não sobre o grande acordo comercial, mas precisamos reduzir a tensão antes de podermos avançar”, disse a autoridade em entrevista à Fox News.
A RESPOSTA DA CHINA É A MESMA (baixista)
Hoje, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, afirmou que a posição do governo chinês não mudou. “Se os Estados Unidos desejam resolver a questão por meio do diálogo e da negociação, devem parar de ameaçar a China e se engajar em um diálogo baseado na igualdade no respeito e no benefício mútuo. A China salvaguardará firmemente seus direitos e interesses legítimos e cumprirá as regras da OMC e do sistema multilateral de comércio”, disse Lin em sua coletiva de imprensa diária, acrescentando: “Fiquem atentos aos detalhes do diálogo.”
MERCADO INCRÉDULO (baixista)
Analistas do Citi Group alertaram hoje que as tensões entre os Estados Unidos e a China podem diminuir, mas o caminho a seguir será difícil. “Ambos os lados têm motivos para reduzir as tensões, mas o progresso será lento e desigual. Algumas tarifas poderão ser suspensas nos próximos seis meses para iniciar negociações mais amplas após as eleições de meio de mandato nos EUA”, avaliaram os especialistas da instituição financeira.
EUA-FALTA DE ANÚNCIO DA AGÊNCIA SOBRE BIODIESEL (baixista)
Hoje, o mercado foi novamente pressionado pela queda no valor do óleo de soja (a posição de julho caiu US$ 22,49 para um fechamento de US$ 1.043,43 por tonelada), em parte devido à falta de anúncios da Agência de Proteção Ambiental dos EUA sobre mandatos de corte. Vale lembrar que os fabricantes de biodiesel esperavam que a agência aumentasse o uso desse biocombustível na mistura com combustíveis fósseis antes do final de abril, o que não ocorreu.
BRASIL-EXCESSO DE OFERTA MANTÉM PRESSIONADO O PREÇO DA SOJA (baixista)
Nesta quarta-feira a jornalista da Reuters, Karen Braun, publicou que o Brasil aumentou, pela 19ª safra seguida, o volume de produção de soja e deve continuar ainda mais. É uma
verdade que mantém os preços em queda, ainda mais no início da colheita, quando toda a oferta está ainda inteiramente disponível e não-consumida. Isto afeta tanto os preços em Chicago, quanto os do mercado interno brasileiro, como mostra o gráfico do CEPEA, ao lado.
Os preços do mercado interno estão tendo pressão adicional da queda do dólar. Com as tarifas impostas à China, o preço da soja em dólar nos portos brasileiros realmente aumentou entre US$ 14-16/tonelada, mas, na conversão, resulta que o exportador brasileiro e, por consequência, o produtor, recebem menos reais/saca. Mas, a queda do dólar também é uma consequência adicional das tarifas de Trump.
Fonte: T&F Agroeconômica
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Sustentabilidade
Ritmo moderado e preços estáveis marcam mercado brasileiro de algodão – MAIS SOJA

Ao longo da semana, o mercado físico do algodão manteve um ritmo moderado, com negócios pontuais e interesse concentrado em contratos para entrega futura. As negociações no início da semana foram marcadas por volumes modestos e cotações variando entre estabilidade e leve alta.
Na terça-feira, houve movimentação tanto no mercado spot quanto para entrega em 30 dias, mas sem grande intensidade. A quarta-feira foi ainda mais calma, com baixa demanda para entrega imediata, embora tenha surgido algum interesse por contratos para 30 dias e para a safra de 2026. Já na quinta-feira, as praças de comercialização registraram atividade moderada, com os preços permanecendo praticamente inalterados.
Para o algodão colocado na indústria de São Paulo, o valor oscilou na faixa de R$ 4,33/libra-peso na quinta-feira, dia 8. Na semana anterior, estava cotado a R$ 4,35/libra-peso, desvalorização de 0,46%.
Em Rondonópolis, no Mato Grosso, o valor da pluma paga ao produtor ficou em R$ 4,16 por libra-peso no dia 8, o que corresponde a R$ 137,63 por arroba. Este valor recuou 0,36% em relação a R$ 4,18 por libra-peso (ou R$ 138,13 por arroba), quando a pluma trocava de mão na semana passada.
Expectativa de produtividade da safra 2024/25 – Imea
Com o fim do beneficiamento do algodão da safra 23/24 em Mato Grosso, foi possível consolidar a produção de pluma do ciclo, a qual ficou em 2,60 milhões de toneladas. Dessa forma, o volume é 2,03% inferior ao da estimativa passada, devido ao menor rendimento para o ciclo, porém, a produção ainda é 11,91% superior ao da safra 2022/23.
Já com relação à safra 2024/25, a estimativa, de maio/25, de área permaneceu em 1,51 milhão de hectares, elevação de 2,97% em relação à safra 2023/24. No entanto, a produtividade esperada apresentou aumento de 1,72% em relação à projeção passada, ficando em 289,15 arroba/ha, pautado pelas condições climáticas favoráveis no estado, o que permitiu o bom desenvolvimento das lavouras mesmo com 46,52% da área sendo semeada fora da janela considerada ideal.
Por fim, diante do aumento na expectativa de produtividade, a produção de algodão em caroço ficou projetada em 6,53 milhões de toneladas, aumento de 2,07% no comparativo anual. As informações partem do Imea.
Fonte: Sara Lane – Safras News
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Exportações brasileiras de arroz patinam e mercado não ganha força – MAIS SOJA

Uma combinação de fatores internos e externos continua a pressionar o mercado brasileiro de arroz, dificultando sua competitividade no cenário internacional. A afirmação é do analista e consultor de Safras & Mercado, Evandro Oliveira.
As exportações enfrentam obstáculos crescentes, com mais um revés registrado recentemente: a perda de um carregamento de arroz em casca para o Uruguai. “A principal razão está nos preços menos atrativos praticados pelo Brasil em comparação aos vizinhos do Mercosul”, explica o analista.
Essa diferença tem inviabilizado negócios, especialmente em um mercado onde o preço continua sendo fator decisivo. “A rigidez do produtor brasileiro em manter as pedidas elevadas, embora compreensível diante dos custos internos, revela um descompasso com a estratégia mais flexível e agressiva dos vizinhos”, explica o consultor.
“Uruguai e Paraguai, tradicionalmente mais pragmáticos, tendem a escoar seus estoques mesmo com prejuízo pontual, priorizando liquidez e equilíbrio de mercado”, exemplifica Oliveira. “O Brasil, ao manter uma postura mais conservadora e menos orientada à exportação como válvula de escape, corre o risco de encerrar o ano com significativo volume estocado, enquanto os concorrentes terão limpado seus armazéns”, prevê.
Em abril, segundo dados do MDIC, a balança comercial do arroz registrou o seguinte cenário: nas exportações, foram embarcadas 28,7 mil toneladas de arroz em casca e 37,8 mil toneladas de arroz beneficiado. Nas importações, o país adquiriu 3,1 mil toneladas de casca e expressivos 71,9 mil toneladas de arroz beneficiado. Convertendo todos os volumes para base casca, o mês encerrou com déficit de 24,5 mil toneladas.
“Se não houver revisão urgente na política de comercialização externa — seja por parte dos produtores, seja por parte dos agentes exportadores — o país poderá não apenas acumular estoques volumosos, como também contribuir para a formação de um ambiente interno ainda mais pressionado pela oferta excedente e retração de preços”, finaliza.
Em relação aos preços, a média da saca de 50 quilos de arroz no Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros, pagamento à vista) fechou a quinta-feira (8) em R$ 76,46, queda de 0,08% em relação à semana anterior. Na comparação com o mesmo período do mês passado, o recuo era de 0,37%. Em relação a 2024, a desvalorização atingia 30,86%.
Fonte: Rodrigo Ramos/ Agência Safras News
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Até quando podemos aplicar 2,4-D na pós-emergência no trigo? – MAIS SOJA

O controle de plantas daninhas no trigo é determinante para a manutenção do potencial produtivo da cultura. As plantas daninhas matocompetem com as plantas de trigo por recursos como água, radiação solar e nutrientes, prejudicando o crescimento da cultura, a produtividade da lavoura e a qualidade do trigo produzido.
Embora distintas práticas de manejo possam ser utilizadas para o controle das plantas daninhas, o controle químico por meio do emprego de herbicidas é o método mais utilizado em escala comercial. Herbicidas seletivos a base de iodosulfuron-methyl, metsulfuron-methyl, bentazone e 2,4-D, são utilizados para o controle de plantas daninhas de folha larga (dicotiledôneas) em lavouras de trigo.
Sobretudo, alguns cuidados necessitam ser adotados ao empregar herbicidas na pós-emergência do trigo, para que danos à cultura não sejam observados, especialmente se tratando de herbicidas hormonais como o 2,4-D, considerado um mimetizador da auxina que atua como regulador do crescimento.
Uma das principais dificuldades relacionadas ao uso do 2,4-D do trigo diz respeito ao momento ideal de aplicação. A maioria das bulas recomenda que a realização de apenas uma pulverização do 2,4-D na pós-emergência do trigo, em período e dose recomendada, a fim de evitar efeitos fitotóxicos à cultura.
O uso do 2,4-D provoca mudanças metabólicas e bioquímicas nas plantas. O mecanismo de ação envolve os sistemas enzimáticos carboximetil celulase e RNA polimerase, que influenciam a plasticidade da membrana celular e o metabolismo de ácidos nucléicos. Altas concentrações desses produtos nas regiões meristemáticas do caule ou da raiz reduzem a síntese de ácidos nucléicos em plantas sensíveis (Rizzardi s.d.).
Embora o trigo seja considerado tolerante ao 2,4-D, essa tolerância varia de acordo com o posicionamento do produto e dose do herbicida. De acordo com Rizzardi (s.d.), aplicações muito precoces podem causar deformações morfológicas. A aplicação de 2,4-D pode reduzir o rendimento de grãos pela interferência nos primórdios de espiguetas, localizadas no ápice de crescimento (geralmente denominado “ponto de crescimento”). Já aplicações tardias (após o início do alongamento) causam redução no rendimento de grãos devido à interferência na fase de esporogênese.
Dentre os principais sintomas de toxicidade observados no trigo em função da aplicação equivocada do 2,4-D, destacam-se a má formação das espigas, folhas enroladas, a estatura reduzida das plantas e a retenção das espigas no colmo após a elongação (Figura 1).
Figura 1. Sintomas de toxidade de fitotoxidade de 2,4-D em trigo.
Até quando aplicar 2,4-D no trigo para evitar efeitos fitotóxicos?
No geral, recomenda-se que seja realizada apenas uma pulverização de 2,4-D na pós-emergência do trigo. A fase compreendida entre o estádio do afilhamento e o início da elongação do colmo é o período de maior tolerância do trigo ao 2,4-D (Rizzardim s.d.).
Para maior eficiência no controle, o 2,4-D deve ser aplicado quando as plantas daninhas estiverem com 2 a 6 folhas. Em trigo a partir do estádio do início do perfilhamento até o início da elongação, antes do início da diferenciação floral (Roman; Varga;, Rodrigues, 2006; Almeida, 2024; Rizzardi, s.d.), o 2,4-D pode ser aplicado sem prejuízos, desde que seguidas as orientações presentes na bula do herbicida.
Figura 2. Período recomendado para aplicação do 2,4-D em trigo, para o controle de plantas daninhas de folha larga.
Veja mais: Por que e quando aplicar regulador de crescimento no trigo?
Referências:
ALMEIDA, J. L. INFORMAÇÕES TÉCNICAS PARA TRIGO E TRITICALE: SAFRAS 2024 & 2025. Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária, 2024. Disponível em: < https://static.conferenceplay.com.br/conteudo/arquivo/infotecnitrigotriticalesafras20242025livrodigitalfinal-1721832775.pdf >, acesso em: 07/05/2025.
RIZZARDI, M. A. MANEJO QUÍMICO: 2,4-D EM TRIGO. Up. Herb. Disponível em: < https://www.upherb.com.br/int/2-4-d-em-trigo#:~:text=Em%20rela%C3%A7%C3%A3o%20a%20cultura%20do,ao%20in%C3%ADcio%20da%20diferencia%C3%A7%C3%A3o%20floral. >, acesso em: 07/05/2025.
ROMAN, E. S; VARGAS, L. RODRIGUES, O. MANEJO E CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS EM TRIGO. Embrapa, Documentos, n. 63, nov. 2006. Disponível em: < https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/852518/1/pdo63.pdf >, acesso em: 07/05/2025.
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