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Em dia ‘parado’, apenas uma região registra queda nas cotações de soja; saiba qual

O mercado brasileiro de soja teve uma terça-feira marcada por estabilidade nas cotações e ritmo lento de negociações. A ausência de novidades relevantes, somada à pressão vinda da Bolsa de Chicago e à leve valorização do dólar, manteve os preços praticamente inalterados no país.
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Segundo Rafael Silveira, consultor da consultoria Safras & Mercado, o produtor brasileiro está mais cauteloso após boas vendas realizadas em abril. “Agora ele solta a oferta aos poucos. Já o comprador, que antes vinha mais agressivo na exportação, agora está mais tranquilo e bem antecipado. As indicações não estão tão firmes”, comenta. A diferença entre o que o produtor pede e o que o comprador oferece é um dos principais entraves no momento.
Soja no Brasil
- Passo Fundo (RS): manteve em R$ 126,00
- Santa Rosa (RS): manteve em R$ 127,00
- Porto de Rio Grande (RS): manteve em R$ 131,00
- Cascavel (PR): manteve em R$ 127,00
- Porto de Paranaguá (PR): manteve em R$ 133,00
- Rondonópolis (MT): caiu de R$ 115,00 para R$ 114,00
- Dourados (MS): manteve em R$ 118,00
- Rio Verde (GO): manteve em R$ 115,00
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam o dia em baixa. As cotações foram pressionadas pelas incertezas nas negociações comerciais entre China e Estados Unidos e pelo bom avanço do plantio da safra norte-americana.
De acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), até 4 de maio, o plantio da soja nos Estados Unidos havia atingido 30% da área prevista, frente aos 24% no mesmo período do ano passado. A média dos últimos cinco anos é de 23%. Na semana anterior, o índice era de 18%.
Contratos futuros
O contrato da soja em grão para julho encerrou com perda de 4,25 centavos de dólar, a US$ 10,41 1/4 por bushel. A posição novembro caiu 4,50 centavos, negociada a US$ 10,35 3/4 por bushel.
Nos subprodutos, o farelo para julho recuou US$ 2,50, a US$ 295,70 por tonelada. Já o óleo fechou a 48,35 centavos de dólar por libra-peso, com baixa de 0,38 centavo.
Câmbio
O dólar comercial terminou o dia em alta de 0,36%, vendido a R$ 5,7103 e comprado a R$ 5,7083. Ao longo da sessão, a moeda norte-americana oscilou entre R$ 5,6930 e R$ 5,7380.
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Banco do Brasil supera em mais de 50% volume de propostas durante Agrishow

O Banco do Brasil concluiu sua participação na 30ª edição da Agrishow na última sexta-feira (2) com R$ 4,75 bilhões em propostas de financiamento acolhidas durante os cinco dias de evento.
O volume é mais de 50% superior à estimativa inicial de R$ 3 bilhões e representa o maior valor já alcançado pelo BB em todas as participações na maior feira de agronegócios da América Latina.
“Esse resultado reafirma o protagonismo do Banco no agro brasileiro, com soluções completas para pequenos, médios e grandes produtores e produtoras de todas as regiões do país”, afirma Luiz Gustavo Braz Lage, vice-presidente de Agronegócios e Agricultura Familiar do Banco do Brasil.
A instituição é a única do setor financeiro a participar de todas as edições da Agrishow desde sua criação, em 1994, e foi homenageada pela organização da feira neste ano pelas 30 edições consecutivas.
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Duas vidas perdidas em silos de grãos acendem alerta sobre a segurança no campo

Duas tragédias no interior de silos de soja foram registradas nesta semana em diferentes regiões do Brasil, o que reforça sobre os riscos enfrentados por trabalhadores do setor agrícola e a necessidade urgente de medidas rigorosas de segurança no meio rural.
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No último domingo (4), Fabrício Fabiano Moraes, de 34 anos, morreu após cair em um silo de beneficiamento de soja na localidade de Pinheiro, no interior de Candelária, no Vale do Rio Pardo (RS). Segundo os Bombeiros Voluntários de Candelária, ele realizava atividades operacionais quando caiu e foi rapidamente soterrado pelos grãos.
Durante o ocorrido, colegas de trabalho tentaram socorrê-lo, mas ele já estava sem sinais vitais quando as equipes de resgate chegaram. A grande quantidade de soja armazenada dificultou os trabalhos, exigindo um longo esforço para a remoção do corpo. A Polícia Civil apura o caso.
Dois dias depois, nesta terça-feira (6), Lucas Kauan Palhari dos Santos, de apenas 18 anos, também perdeu a vida em circunstância semelhante em uma fazenda na Comunidade Ouro Branco, em Nova Canaã do Norte (MT), a 696 km de Cuiabá. De acordo com a Polícia Civil, o rapaz conseguiu pedir ajuda e a máquina foi desligada rapidamente, mas os ferimentos foram fatais.
A necessidade de segurança
De acordo com o Tribunal Superior do Trabalho (TST), o setor agrícola enfrenta desafios na prevenção de acidentes, especialmente devido à falta de dados atualizados sobre ocorridos em silos. Isso dificulta a formulação de medidas eficazes, enquanto o número insuficiente de fiscais não acompanha o crescimento acelerado do agronegócio no Brasil.
Entre 2020 e 2022, a Fiscalização em Silos e Armazéns da Superintendência Regional do Trabalho no Rio Grande do Sul (SRTE/RS) registrou 69 acidentes fatais em 2020, 89 em 2021 e 87 em 2022, com quase 40% das mortes resultando de asfixia, devido ao engolfamento e soterramento em grãos.
Em 2023, estima-se que mais de 100 mortes foram registradas. Os estados de Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná, juntos, são os mais afetados, com 16 mortes fatais registradas de 2020 a agosto de 2024.
Engolfamento e soterramento em silos
O TST identifica dois tipos principais de acidentes em silos: engolfamento, quando o trabalhador é tragado pelos grãos devido a um vácuo no armazenamento, e soterramento, como nos casos recentes, em que placas de grãos caem sobre os trabalhadores.
Os trágicos episódios evidenciam a urgência de reforçar as medidas de segurança nas unidades de armazenamento. O uso rigoroso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) é essencial para proteger os trabalhadores contra riscos como asfixia, explosões e soterramentos, comuns em ambientes com alta concentração de poeira de grãos e outros perigos.
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Deputados cobram esclarecimentos de ministro sobre reforma agrária e ações do MST

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Capadr) recebeu, nesta terça-feira (6), o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, para prestar esclarecimentos sobre as ações conduzidas pela pasta. Entre os assuntos discutidos no encontro, a reforma agrária foi um dos mais debatidos.
Além disso, deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) expressaram preocupação com o aumento das invasões de terras promovidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) durante a gestão atual. Eles também questionaram a participação de pessoas ligadas ao movimento em comitês dedicados à promoção da paz no campo.
Segundo o presidente da Capadr e coordenador da Comissão de Seguro Rural da FPA, deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS), os dados indicam um crescimento expressivo nas invasões de terras desde 2023, o que levanta dúvidas sobre a relação entre o governo federal, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e movimentos sociais.
“Só no primeiro ano da atual gestão, foram registradas 72 invasões — número superior ao total entre 2019 e 2022. Resta-nos questionar se algo está sendo feito, porque o que vemos é uma conivência e omissão absurda por parte do governo”, afirmou Nogueira.
O deputado Evair de Melo (PP-ES), coordenador de Direito de Propriedade da FPA, afirmou que termos como “reforma agrária” e “agricultura familiar” teriam sido apropriados ideologicamente pelo MST. “Reforma agrária não tem relação com o MST, nem com o PT ou com o MDA. Onde ela é feita de forma justa e legal, o MST não aparece”, declarou.
Reforma agrária em debate
A deputada Carolina de Toni (PL-SC) também cobrou explicações do ministro e disse que as famílias assentadas continuam vivendo em condições precárias, aguardando títulos provisórios ou definitivos para garantir autonomia. Segundo ela, até 2016, grupos clandestinos decidiam quais terras seriam ocupadas e quem seria beneficiado.
“O MST, um grupo terrorista, escolhia mediante violência quais terras seriam tomadas e quem seriam os beneficiários. Essa é a reforma agrária que o atual governo defende? A moralização veio em 2019, com exigência de critérios legais, mas tudo isso acabou em 2023”, criticou.
De Toni destacou que o Brasil tem 87 milhões de hectares destinados à reforma agrária, mais do que os 61 milhões utilizados para o cultivo de grãos. “A produção dessas famílias não chega a um salário mínimo por mês, em média. Isso é indignidade. Quem não obedece às regras impostas pelo MST é punido e excluído. Parece um projeto de clientelismo político”, acusou.
Resposta do ministro sobre a reforma agrária invasões do MST
Paulo Teixeira rebateu as acusações e criticou o que chamou de “criminalização das organizações do campo”. Segundo ele, o Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA) está amparado pela Constituição.
“As ocupações foram protestos, não permanentes. Se houver violação do direito de propriedade, a Justiça deve ser acionada. O programa de reforma agrária está sendo executado rigorosamente dentro da lei”, garantiu.
Inflação dos alimentos
O ministro também foi questionado sobre a alta no preço dos alimentos. Ele afirmou que várias áreas do governo estão monitorando a inflação e apontou queda recente nos preços de arroz e feijão, impulsionada pelo aumento da produção. Produtos como ovos, milho e óleo também registraram deflação. No entanto, o cenário da carne ainda é instável, influenciado, segundo ele, por fatores externos, como a guerra tarifária iniciada nos Estados Unidos durante o governo Trump.
“O preço dos alimentos começou a ceder, mas ainda precisa cair mais”, disse Teixeira.
A resposta não convenceu o deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES), que criticou a análise do ministro. “Ela é tecnicamente rasa e não reflete a realidade no campo. Alimento barato para quem consome às custas de quem produz é a miséria do agricultor”, rebateu.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que também estava prevista para prestar esclarecimentos à Comissão nesta quarta-feira (7), informou que não poderá comparecer.
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