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. . . . . . . . . . . . . . . 7 de May de 2025

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Drones na agricultura reduzem CO₂ e economizam 200 mi de toneladas de água

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Segundo o novo Relatório Anual de Perspectivas da Indústria de Drones Agrícolas da DJI, em 2024, os drones contribuíram para uma economia global de 222 milhões de toneladas de água e evitaram a emissão de mais de 30 toneladas de CO2. Os dados reforçam o papel estratégico da tecnologia na construção de uma agricultura mais verde e eficiente.

Para Yuan Zhang, diretor global de vendas da DJI Agriculture, os impactos positivos vão além do ganho de produtividade. “A adoção de drones agrícolas está diretamente conectada à agenda ESG. Não se trata apenas de otimizar custos, mas de reduzir pegadas ambientais, proteger recursos hídricos e oferecer soluções mais seguras tanto para o meio ambiente quanto para os profissionais no campo”, diz o executivo.

Com alta precisão e cobertura aérea, os drones reduzem significativamente o uso de insumos e recursos. De acordo com o estudo, os equipamentos da DJI chegaram a economizar até 95% no uso de água em comparação aos tratores pulverizadores, além de minimizarem o desperdício de produtos químicos e o risco de contaminação do solo e das fontes hídricas.

“A pulverização tradicional demanda grandes volumes de água, combustível e mão de obra. Com os drones, conseguimos aplicar defensivos com mais precisão, em menor quantidade e sem causar impactos no solo ou nas culturas”, reforça Zhang.

Além disso, os drones evitam a compactação do solo e a emissão de gases de efeito estufa – uma vez que dispensam o uso de tratores movidos a diesel e demandam menos deslocamentos e logística.

“O país tem um enorme potencial para liderar a transição para uma agricultura mais sustentável, e os drones são uma das ferramentas mais poderosas nesse processo”, concluiu o executivo.

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Duas vidas perdidas em silos de grãos acendem alerta sobre a segurança no campo

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Duas tragédias no interior de silos de soja foram registradas nesta semana em diferentes regiões do Brasil, o que reforça sobre os riscos enfrentados por trabalhadores do setor agrícola e a necessidade urgente de medidas rigorosas de segurança no meio rural.

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No último domingo (4), Fabrício Fabiano Moraes, de 34 anos, morreu após cair em um silo de beneficiamento de soja na localidade de Pinheiro, no interior de Candelária, no Vale do Rio Pardo (RS). Segundo os Bombeiros Voluntários de Candelária, ele realizava atividades operacionais quando caiu e foi rapidamente soterrado pelos grãos.

Durante o ocorrido, colegas de trabalho tentaram socorrê-lo, mas ele já estava sem sinais vitais quando as equipes de resgate chegaram. A grande quantidade de soja armazenada dificultou os trabalhos, exigindo um longo esforço para a remoção do corpo. A Polícia Civil apura o caso.

Dois dias depois, nesta terça-feira (6), Lucas Kauan Palhari dos Santos, de apenas 18 anos, também perdeu a vida em circunstância semelhante em uma fazenda na Comunidade Ouro Branco, em Nova Canaã do Norte (MT), a 696 km de Cuiabá. De acordo com a Polícia Civil, o rapaz conseguiu pedir ajuda e a máquina foi desligada rapidamente, mas os ferimentos foram fatais.

A necessidade de segurança

De acordo com o Tribunal Superior do Trabalho (TST), o setor agrícola enfrenta desafios na prevenção de acidentes, especialmente devido à falta de dados atualizados sobre ocorridos em silos. Isso dificulta a formulação de medidas eficazes, enquanto o número insuficiente de fiscais não acompanha o crescimento acelerado do agronegócio no Brasil.

Entre 2020 e 2022, a Fiscalização em Silos e Armazéns da Superintendência Regional do Trabalho no Rio Grande do Sul (SRTE/RS) registrou 69 acidentes fatais em 2020, 89 em 2021 e 87 em 2022, com quase 40% das mortes resultando de asfixia, devido ao engolfamento e soterramento em grãos.

Em 2023, estima-se que mais de 100 mortes foram registradas. Os estados de Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná, juntos, são os mais afetados, com 16 mortes fatais registradas de 2020 a agosto de 2024.

Engolfamento e soterramento em silos

O TST identifica dois tipos principais de acidentes em silos: engolfamento, quando o trabalhador é tragado pelos grãos devido a um vácuo no armazenamento, e soterramento, como nos casos recentes, em que placas de grãos caem sobre os trabalhadores.

Os trágicos episódios evidenciam a urgência de reforçar as medidas de segurança nas unidades de armazenamento. O uso rigoroso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) é essencial para proteger os trabalhadores contra riscos como asfixia, explosões e soterramentos, comuns em ambientes com alta concentração de poeira de grãos e outros perigos.

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Deputados cobram esclarecimentos de ministro sobre reforma agrária e ações do MST

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A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Capadr) recebeu, nesta terça-feira (6), o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, para prestar esclarecimentos sobre as ações conduzidas pela pasta. Entre os assuntos discutidos no encontro, a reforma agrária foi um dos mais debatidos.

Além disso, deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) expressaram preocupação com o aumento das invasões de terras promovidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) durante a gestão atual. Eles também questionaram a participação de pessoas ligadas ao movimento em comitês dedicados à promoção da paz no campo.

Segundo o presidente da Capadr e coordenador da Comissão de Seguro Rural da FPA, deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS), os dados indicam um crescimento expressivo nas invasões de terras desde 2023, o que levanta dúvidas sobre a relação entre o governo federal, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e movimentos sociais.

“Só no primeiro ano da atual gestão, foram registradas 72 invasões — número superior ao total entre 2019 e 2022. Resta-nos questionar se algo está sendo feito, porque o que vemos é uma conivência e omissão absurda por parte do governo”, afirmou Nogueira.

O deputado Evair de Melo (PP-ES), coordenador de Direito de Propriedade da FPA, afirmou que termos como “reforma agrária” e “agricultura familiar” teriam sido apropriados ideologicamente pelo MST. “Reforma agrária não tem relação com o MST, nem com o PT ou com o MDA. Onde ela é feita de forma justa e legal, o MST não aparece”, declarou.
Reforma agrária em debate

A deputada Carolina de Toni (PL-SC) também cobrou explicações do ministro e disse que as famílias assentadas continuam vivendo em condições precárias, aguardando títulos provisórios ou definitivos para garantir autonomia. Segundo ela, até 2016, grupos clandestinos decidiam quais terras seriam ocupadas e quem seria beneficiado.

“O MST, um grupo terrorista, escolhia mediante violência quais terras seriam tomadas e quem seriam os beneficiários. Essa é a reforma agrária que o atual governo defende? A moralização veio em 2019, com exigência de critérios legais, mas tudo isso acabou em 2023”, criticou.

De Toni destacou que o Brasil tem 87 milhões de hectares destinados à reforma agrária, mais do que os 61 milhões utilizados para o cultivo de grãos. “A produção dessas famílias não chega a um salário mínimo por mês, em média. Isso é indignidade. Quem não obedece às regras impostas pelo MST é punido e excluído. Parece um projeto de clientelismo político”, acusou.

Resposta do ministro sobre a reforma agrária invasões do MST

Paulo Teixeira rebateu as acusações e criticou o que chamou de “criminalização das organizações do campo”. Segundo ele, o Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA) está amparado pela Constituição.

“As ocupações foram protestos, não permanentes. Se houver violação do direito de propriedade, a Justiça deve ser acionada. O programa de reforma agrária está sendo executado rigorosamente dentro da lei”, garantiu.
Inflação dos alimentos

O ministro também foi questionado sobre a alta no preço dos alimentos. Ele afirmou que várias áreas do governo estão monitorando a inflação e apontou queda recente nos preços de arroz e feijão, impulsionada pelo aumento da produção. Produtos como ovos, milho e óleo também registraram deflação. No entanto, o cenário da carne ainda é instável, influenciado, segundo ele, por fatores externos, como a guerra tarifária iniciada nos Estados Unidos durante o governo Trump.

“O preço dos alimentos começou a ceder, mas ainda precisa cair mais”, disse Teixeira.

A resposta não convenceu o deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES), que criticou a análise do ministro. “Ela é tecnicamente rasa e não reflete a realidade no campo. Alimento barato para quem consome às custas de quem produz é a miséria do agricultor”, rebateu.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que também estava prevista para prestar esclarecimentos à Comissão nesta quarta-feira (7), informou que não poderá comparecer.

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Nova ferramenta da Embrapa automatiza, organiza e processa dados agrícolas

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Imagine um sistema que organiza e processa dados para ajudar o produtor rural a entender melhor o impacto da sua produção no meio ambiente? Mostrando quanto se consome de recursos (como água, energia e insumos) e o que se emite (como resíduos e gases)? Pois é, essa ferramenta digital existe e tem nome, trata-se da ICVCalc-Embrapa.

Desenvolvida pela Embrapa Meio Ambiente, o sistema é capaz de construir inventários ambientais e promete facilitar o trabalho de pesquisadores e técnicos que lidam com a Avaliação do Ciclo de Vida (ACV). A partir de agora, os interessados vão conseguir medir os impactos ambientais dos produtos agrícolas.

De acordo com Marilia Folegatti, pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente e uma das idealizadoras, a ACV é um método que quantifica os potenciais impactos ambientais de produtos ou serviços, considerando todas as entradas e saídas de material e energia ao longo do seu ciclo de vida — da extração de matérias-primas até o descarte de resíduos.

A análise é feita em quatro etapas: definição de objetivo e escopo, análise de inventário, avaliação de impactos e interpretação dos resultados.

A ICVCalc-Embrapa atua justamente na segunda fase, a chamada Análise do Inventário do Ciclo de Vida (ICV). É nesse momento que são levantados dados como consumo de energia e materiais, e emissões para a atmosfera, para corpos hídricos e resíduos sólidos gerados ao longo do processo produtivo.

A ferramenta permite registrar essas informações de forma sistemática, com planilhas específicas para cada tipo de dado, incluindo metadados, entradas de insumos e estimativas de emissões.

“Os parâmetros de entrada se referem quase exclusivamente ao consumo de insumos e energia”, explica a pesquisadora. Inicialmente desenvolvida em planilhas do Excel, a versão atual da ICVCalc-Embrapa é um sistema web. “Ela contabiliza insumos agrícolas e tecnológicos, além dos produtos, coprodutos e resíduos gerados, permitindo construir inventários compatíveis com o banco de dados ecoinvent — a principal referência internacional em ACV. Os dados podem ser exportados em formato CSV para uso em softwares especializados na avaliação de ciclo de vida”, destaca Folegatti.

A ICVCalc é uma ferramenta que usa dados e cálculos prontos para transformar informações da produção agrícola em um relatório ambiental do produtor. Ela funciona para diferentes tipos de culturas: temporárias, semiperenes e perenes.

A ICVCalc facilita a construção do inventário, a fase mais complexa de um estudo de ACV de produtos agrícolas pois traz modelos ambientais adequados para a agricultura brasileira.

“Ela pode servir como ferramenta para gestão ambiental de empreendimentos agrícolas, assim concorrendo para o aumento da sustentabilidade da agricultura brasileira pois o inventário do processo agrícola traz a contabilidade das emissões de Gases de Efeito Estufa – informação crítica para o acesso a mercados de carbono”, enfatiza a pesquisadora.

O desenvolvimento da ferramenta é resultado do trabalho da equipe temática de ACV da Embrapa Meio Ambiente, que buscou criar uma solução prática e adaptada à realidade da agricultura brasileira.

A expectativa é que a ICVCalc-Embrapa contribua para ampliar o uso da ACV no campo, oferecendo informações detalhadas que podem embasar desde estudos acadêmicos até decisões de políticas públicas e estratégias empresariais mais sustentáveis.

Para produção animal, a ferramenta adequada é a Calculadora para a Pegada de Carbono da Pecuária, em fase final de desenvolvimento pelas unidades Pecuária Sudeste, Gado de Corte e Meio Ambiente.

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