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Pesquisa mostra insatisfação da população com reajuste da tarifa e serviços prestados pela Águas Cuiabá

Conteúdo/ODOC – Uma pesquisa inédita da Percent, divulgada com exclusividade pelo Portal O Documento e TV Cuiabá, revela uma forte insatisfação da população de Cuiabá com a Águas Cuiabá, responsável pelo abastecimento de água e esgoto na capital. Entre os principais destaques do levantamento, está a reprovação de quase 80% da população ao recente reajuste tarifário e a insatisfação generalizada com os serviços prestados.
De acordo com os dados do relatório, 79,7% dos entrevistados consideram injusto o reajuste de 4,4% na tarifa de água, aplicado em março deste ano. O aumento foi considerado abusivo pela ampla maioria da população, especialmente diante da qualidade dos serviços entregues.
A pesquisa ainda apontou que a avaliação geral dos serviços prestados pela Águas Cuiabá em relação ao abastecimento de água e esgoto também é preocupante: 30,8% dos entrevistados consideram os serviços ruins ou péssimos, enquanto apenas 27,9% têm uma avaliação positiva. Os que avaliaram como “regular” somam 40,5%, sinalizando uma percepção morna ou insatisfeita da maioria.
A pesquisa quantitativa foi realizada entre os dias 2 e 6 de abril de 2025 com 600 entrevistas domiciliares em toda a capital, com margem de erro de 4% e intervalo de confiança de 95%.

Além dos números da pesquisa, o descontentamento popular ocorre em meio a mudanças significativas na regulação dos serviços de água e esgoto em Cuiabá. Recentemente, a Câmara Municipal aprovou – e o prefeito Abilio Brunini (PL) sancionou – um projeto de lei que extingue a Arsec (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados). Agora haverá conselhos por setores, afim de evitar aumentos abusivos em serviços prestados como passagem de ônibus e água e esgoto.
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Crise geopolítica ainda impacta nas cotações internacionais

A crise geopolítica, em decorrência das taxações dos Estados Unidos, segue impactando nas cotações internacionais. A semana foi marcada de pouca movimentação.
As informações constam no Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa desta sexta-feira (6).
Confira os destaques trazidos pelo Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa:
Algodão em NY – O contrato Jul/25 fechou nesta quinta 05/jun cotado a 65,36 U$c/lp (+0,8% vs. 29/mai). O contrato Dez/25 fechou em 67,98 U$c/lp (+0,3% vs. 29/mai).
Basis Ásia – Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 1.026 pts para embarque Jun/Jul-25 (Middling 1-1/8″ (31-3-36)), fonte Cotlook 05/jun/25.
Altistas 1 – O Índice do Dólar Americano continua em queda, o que torna o algodão cotado na moeda norte-americana mais barato no mercado global.
Altistas 2 – Os presidentes Donald Trump (EUA) e Xi Jinping (China) conversaram ontem e, segundo Trump, a conversa “resultou em uma conclusão muito positiva”.
Altistas 3 – A inflação caiu abaixo da meta do Banco Central Europeu (BCE), especialmente devido à queda nos custos dos serviços, considerada uma surpresa positiva.
Altistas 4 – Esse cenário na Europa reforça a expectativa de cortes de juros na região, uma vez que a política monetária pode ser afrouxada quando a inflação está controlada.
Baixistas 1 – A OCDE revisou para baixo sua projeção de crescimento global, citando a persistência da guerra comercial e o risco inflacionário como principais causas.
Baixistas 2 – Os recentes desdobramentos da guerra Rússia-Ucrânia indicam que o conflito pode durar um bom tempo ainda.
Baixistas 3 – Com cerca de 66% da área já plantada, o clima melhorou nos EUA. As planícies do Texas continuam recebendo chuvas esparsas, permitindo o início da safra, embora ainda haja pouca umidade no subsolo.
Baixistas 4 – Por outro lado, chuvas em várias partes do cinturão do algodão dos EUA têm atrasado (ou impedido) o plantio em várias áreas. Ainda é cedo para tirar conclusões sobre a safra dos EUA.
China 1 – Ocorre na China na próxima semana (11-12/Jun) o maior evento do setor do algodão no país, a Conferência Internacional de Algodão da China, em Guangzhou.
China 2 – O evento reunirá centenas de indústrias, formuladores de políticas públicas, executivos e empresários do setor e é promovido pela China Cotton Association.
China 3 – O Brasil será um dos destaques com uma palestra do diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, na plenária principal do evento.
China 4 – A delegação de produtores e traders do Brasil presente no evento também realizará um coquetel com os principais empresários do setor na China, além de outras ações de promoção comercial do algodão do Brasil.
Missão Ásia – Em seguida, a delegação brasileira segue para Taipei (Taiwan) e Seul, na Coreia do Sul, onde também realizará uma agenda de promoção comercial. Essas ações integram o Cotton Brazil, programa da Abrapa e parceria com ApexBrasil e Anea.
Bangladesh 1 – As importações de algodão em maio por Bangladesh somaram 145.834 tons, abaixo das quantidades recebidas em abr/25 e mai/24. A Zona Franca Africana foi o principal fornecedor (38%), seguida pelo Brasil (32%) e pela Índia (11%).
Bangladesh 2 – As importações acumuladas nos primeiros dez meses da safra somaram 1,39 milhão tons, (+14% que em 2023/24). Do total, a Zona Franca Africana representou 40%, Brasil 24% e Índia 16%.
Egito – Dados do Ministério da Agricultura do Egito indicam que o plantio atingiu cerca de 46.500 ha, representando 41% das intenções oficiais.
Paquistão – O plantio no Paquistão progride bem no sul do Punjab e no alto Sindh. Há preocupações quanto ao total final na província de Sindh, cuja semeadura atingiu cerca de 60% da área registrada até este momento em 2024.
Vietnã – Fiações vietnamitas têm estoque suficiente para produzirem por apenas meio mês. A demanda está focada em algodão mais barato. A perspectiva a longo prazo segue ligada aos EUA, o maior mercado consumidor de produtos vietnamitas.
Austrália – A produção de pluma de algodão em 2024/25 na Austrália aumentou para 1,2 milhão tons (+12% em relação à safra de 2023/24), de acordo com o relatório de junho da ABARES.
Eid al-Adha – A celebração do mais importante feriado islâmico, o Eid al-Adha, pode afetar as atividades industriais de 6 a 10/jun em países como Bangladesh, Paquistão, Turquia, Egito, Malásia, Indonésia e Singapura.
Brasil – Exportações 1 – As exportações brasileiras de algodão somaram 192,2 mil tons em maio, queda de 16,2% com relação aos embarques de maio/24 (229,4 mil tons).
Brasil – Exportações 2 – Entre ago/24 e mai/25, as exportações somam 2,57 milhões tons, alta de 9,4% com relação ao mesmo período em 23/24.
Brasil – Colheita 2024/25 – Até ontem (05), foram colhidos no estado de GO 0,59%; MG 19%; MS 1,7%; PI 6,7%; PR 70% e SP 63%. Total Brasil: 1,04%.
Preços do Algodão – Consulte tabela abaixo:

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Congresso Mundial da Carne é uma oportunidade para atestar a qualidade da produção, diz Acrimat

Mato Grosso será palco entre os dias 27 e 30 de outubro do World Meat Congress (Congresso Mundial da Carne). Será a primeira vez que o Brasil sediará o evento, que deverá reunir representantes de mais de 20 países.
A escolha Mato Grosso para ser sede se deve ao fato do estado ser o maior exportador de proteína animal do Brasil. Em 2024, o estado movimentou mais de US$ 2,7 bilhões com as exportações do setor. O evento ocorrerá em Cuiabá.
Na avaliação do presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Oswaldo Pereira Ribeiro Junior, a conferência é mais uma oportunidade de Mato Grosso e do Brasil mostrarem para o mundo a qualidade da proteína animal como um todo, não apenas a carne bovina.
“A pecuária em geral. Suíno, ovelha e aves também. Isso é importante, porque mostra a qualidade da carne, do produtor brasileiro e do nosso produto que é aceito em quase todos os países do mundo hoje”, pontua o presidente da Acrimat ao Canal Rural Mato Grosso.
Ele relata ainda que os Estados Unidos, por exemplo, é um dos maiores importadores da carne brasileira e é um país que é um grande exportador, mas que precisa da nossa carne. “Quer dizer, o Brasil mostra mais uma vez que produz em quantidade, qualidade e preço baixo, com respeito ao meio ambiente e tecnologia cada vez mais presente”, completa.
Sustentabilidade e inovação
O Congresso Mundial da Carne tem como foco temas como sustentabilidade, inovação e o futuro da proteína animal no mundo.
De acordo com o Instituto Mato-grossense de Carne (Imac), parceiro na realização do evento em Mato Grosso, um dos principais objetivos do evento é destacar os avanços da pecuária brasileira, que em maio conquistou a certificação internacional de país livre de febre aftosa sem vacinação.
“Será uma oportunidade única para mostrar que a nossa produção é sustentável e segue os mais altos padrões internacionais. Temos a melhor carne do mundo, pronta para atender aos mercados mais exigentes”, afirma Caio Penido, presidente do Imac.
A conferência é realizada a cada dois anos pela International Meat Secretariat (IMS) e já passou por países como Estados Unidos, Austrália, Argentina, México, Uruguai e Holanda.
Entre os palestrantes internacionais confirmados para a edição no Brasil estão o presidente da International Meat Secretariat (IMS), Juan José Grigera Naón; o vice-reitor da Harper Adams University, Michael Lee; o diretor de Estratégia do Meat Institute, Eric Mittenthal; e o diretor executivo da National Cattlemen’s Beef Association (NCBA), Kent Bacus.
Brasil apresentará o Passaporte Verde
Entre as iniciativas brasileiras voltadas para a sustentabilidade e inovação tecnológica que serão apresentadas está o Passaporte Verde, programa desenvolvido pelo Imac em parceria com o setor produtivo e o Governo de Mato Grosso.
Pioneiro no estado, o Passaporte Verde tem como objetivo, além de atestar a qualidade da carne produzida em Mato Grosso, mostrar que os produtores rurais seguem critérios socioambientais rigorosos.
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STF admite Famato como amicus curiae em ação contra a nova Lei do Pantanal

O Supremo Tribunal Federal (STF) admitiu a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) como “amicus curiae” na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 7736 (confira aqui) contra a Lei Estadual nº 12.653/2024, conhecida como Lei do Pantanal, que atualiza dispositivos da Política Estadual de Gestão e Proteção à Bacia do Alto Paraguai.
A ação foi proposta pelo Partido Verde em outubro de 2024 e tem como ministro relator Cristiano Zanin, que reconheceu a representatividade da entidade mato-grossense e a relevância do tema para o setor produtivo e para a sociedade.
A intervenção do “amicus curiae”, que significa “amigo da corte”, é uma expressão em latim utilizada para designar uma instituição que tem por finalidade fornecer subsídios às decisões dos tribunais, oferecendo uma melhor base de informações para questões de relevância e de grande impacto.
O presidente da Famato, Vilmondes Tomain, afirma em nota que o setor produtivo mato-grossense está comprometido com “um Pantanal preservado e produtivo”
“A participação da Famato nesse processo é uma oportunidade de mostrar que é possível proteger o meio ambiente sem excluir quem vive e trabalha no campo. A nova legislação é fruto do diálogo e do entendimento de que desenvolvimento e conservação podem caminhar juntos. Vamos defender esse equilíbrio no STF com responsabilidade e transparência”, pontua o presidente da entidade em nota.
O Partido Verde alega na ação, protocolada em 17 de outubro do ano passado, que a nova legislação em Mato Grosso representaria retrocessos ambientais ao modificar substancialmente a Lei nº 8.830/2008, que trata da proteção da Bacia do Alto Paraguai.
A Famato salienta que a nova Lei do Pantanal trata-se de um acordo judicial construído em Câmara de Mediação do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), com a participação da própria Famato, do Ministério Público, Assembleia Legislativa, Governo do Estado, Secretaria de Meio Ambiente (Sema), Sindicato Rural de Poconé e outras instituições.
O objetivo da Lei do Pantanal, segundo a Federação, é “equilibrar a preservação ambiental com os usos e costumes das comunidades tradicionais que habitam a região do Pantanal mato-grossense há séculos, como ribeirinhos, pescadores e produtores rurais. A criação de gado em sistema extensivo, por exemplo, é uma atividade centenária integrada à dinâmica do bioma e sua conservação”.
A entidade alega ainda que a nova legislação “trouxe segurança jurídica e clareza ao disciplinar a utilização sustentável dos recursos naturais, estabelecendo limites e exigências rigorosas, como a necessidade de autorização da Sema para novas supressões de vegetação, baseadas em recomendações técnicas de órgãos oficiais de pesquisa”.
“Nosso papel será demonstrar que a Lei 12.653/2024 não representa um retrocesso, mas sim um avanço responsável, que concilia a proteção ambiental com a permanência das comunidades no território, respeitando a legislação federal e os princípios da sustentabilidade”, frisa o consultor jurídico da Famato, Rodrigo Bressane.
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