Sustentabilidade
Negociações de algodão têm ritmo moderado em abril, com interesse antecipado pela safra de 2026 – MAIS SOJA

No mês de abril, as negociações de algodão no Brasil tiveram ritmo moderado. Houve demanda tímida para entrega no disponível, com operações pontuais para entrega em até 30 dias. Mas também foi reportado trading com interesse para a safra de 2026, informou a Safras Consultoria.
Na região Sudeste, a indústria chegou a pagar até R$ 4,31 por libra-peso no algodão, posto CIF São Paulo. Na semana, houve ganhos de 0,23%, com o algodão trocando de mãos a R$ 4,30 por libra-peso. Na comparação com o mesmo período de março, a alta foi de 3,11%, quando o algodão era cotado a R$ 4,18 por libra-peso.
Em Rondonópolis, no Mato Grosso, a pluma foi negociada a R$ 4,14 por libra-peso, equivalente a R$ 136,99 por arroba — uma valorização de R$ 0,15 por libra-peso em relação ao valor pago no mês passado, de R$ 3,99 por libra-peso (ou R$ 132,05 por arroba).
Ritmo das lavouras em MT – Imea
Em Mato Grosso, conforme projeção do Imea, 51,14% das lavouras estão na fase de pendoamento, enquanto 9,46% se encontram em fase de florescimento. Desde o início do plantio, o clima tem contribuído para o bom desenvolvimento da cultura no estado. Os volumes de chuvas registrados em abril favoreceram, principalmente, as áreas de segunda safra, que foram semeadas mais tardiamente, uma vez que 46,52% das áreas ficaram fora da janela considerada ideal (31/01).
De acordo com os informantes do Imea, a atenção agora se volta para o mês de maio, pois, caso ocorram volumes elevados de chuva em Mato Grosso, durante a atual fase fenológica do algodão, a alta umidade pode interferir no andamento das práticas culturais, além de comprometer os capulhos do baixeiro, especialmente nas áreas de primeira safra, que foram semeadas mais cedo.
Os dados do NOAA indicam chuvas acima da média dos últimos anos até o dia 07/05, em parte das regiões Norte, Nordeste e Médio-Norte do estado. Por fim, caso esse cenário se prolongue, poderão ocorrer impactos no rendimento final do ciclo. As informações partem do Imea.
Fonte: Sara Lane – Safras News
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Sustentabilidade
Sima e Auravant anunciam parceria para ampliar ferramentas de agricultura de precisão – MAIS SOJA

Em sua missão de digitalizar a agricultura e facilitar decisões inteligentes no campo, a Sima está dando um importante passo estratégico adicionando novos recursos à sua plataforma graças a um acordo de colaboração com a argentina Auravant, uma empresa que possui uma plataforma SaaS dotada de Big Data com informações agrícolas. A partir de agora, haverá a incorporação de ferramentas como receituário agronômico, recomendações e modelos de análise de cultivos, ampliando ainda mais a capacidade da agtech em apoiar os produtores em todo o ciclo produtivo.
A Sima começou apenas como uma ferramenta de coleta de dados de campo, e hoje é uma das líderes na América Latina, com mais de oito milhões de hectares monitorados em quase 10 países. “Hoje, centralizamos toda a gestão da produção com recursos inteligentes, integração e suporte personalizado”, destaca Agustin Rocha, co-fundador da agtech.
Com a nova parceria, que vale para toda a atuação das duas marcas, o produtor brasileiro passa a ter grandes benefícios. “Agora possível gerar prescrições agronômicas mais precisas, otimizando o uso de insumos e reduzindo custos. Além disso, eles terão acesso a tecnologias avançadas de monitoramento via satélite e modelos preditivos, melhorando a tomada de decisões no campo. A presença local das duas empresas também garante suporte técnico mais próximo e personalizado”, destaca o executivo.
Além disso, o acordo reforça o foco da Sima em oferecer uma solução única, simples e abrangente. “Lideramos a gestão agrícola porque entendemos os desafios do campo. E porque queremos resolver o máximo de problemas possível para nossos usuários, optamos por fazer parceria com os melhores”, enfatiza, Gerónimo Oliva, co-fundador da Sima.
União estratégica
A parceria com a Auravant não é coincidência: ambas as empresas cresceram paralelamente dentro de um ecossistema AgTech na Argentina e hoje se complementam para potencializar a agricultura inteligente, combinando tecnologia de satélite, modelos preditivos e uma interface simples e pensada para o trabalho diário no campo.
A plataforma Sima funciona off-line em sua versão mobile e se integra a um ambiente web intuitivo. Além disso, oferece ferramentas como controle de plantão e de severidade por meio de fotos, ordens de serviço, imagens de satélite, monitoramento de adversidades com geolocalização, comparador de campanhas, entre muitas outras. Somam-se a isso os desenvolvimentos de inteligência colaborativa, como Alertas Zonais e SIMA Harvest, um modelo de rendimento preditivo desenvolvido em conjunto com a NASA e a Universidade de Maryland.
Sobre
Sima é uma AgTech que surgiu em 2014 na Argentina com o objetivo de oferecer aos produtores uma plataforma simples, completa e inteligente para monitorar, controlar e analisar dados. Hoje a empresa está presente em 8 países da América Latina e possui mais de oito milhões de hectares monitorados. Mais informações em: https://www.sima.ag/pt.
Fonte: Assessoria de Imprensa Sima
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Sustentabilidade
Inoculação do trigo com Azospirillum promove o aumento da produtividade e da tolerância a estresses – MAIS SOJA

Diferentemente das bactérias do gênero Bradyrhizobium, conhecidas por sua capacidade de fixar nitrogênio atmosférico em leguminosas como a soja, as bactérias do gênero Azospirillum atuam principalmente por meio da produção de fitormônios que estimulam o crescimento vegetal, especialmente do sistema radicular. Essa ação promove a expansão da zona rizosférica e o aumento do volume de solo explorado pelas raízes, resultando em maior eficiência na absorção de água e nutrientes e maior tolerância a estresses abióticos como o déficit hídrico (Prando et al., 2019).
Por meio da inoculação das sementes, sulco de semeadura ou via pulverização (com menor eficácia), é possível promover o aumento populacional do Azospirillum no solo, a fim de proporcionar benefícios em culturas agrícolas. Em gramíneas (Poaceas) como o milho e o trigo, os benefícios da inoculação com Azospirillum tem contribuído significativamente para o aumento da produtividade dessas culturas.
Embora possuía uma pequena capacidade em fixar o nitrogênio atmosférico quando comparada ao Bradyrhizobium, o Azospirillum exerce um importante papel induzindo produção de reguladores de crescimento como auxinas, citocininas, giberelinas, etileno, bem como de outras moléculas importantes. Além do mais, pode atuar na solubilização de fosfatos e ter efeitos na tolerância a patógenos, reduzindo os efeitos deletérios ou aumentando a resistência. Estima-se que o nitrogênio fixado por essas bactérias represente de 5% a 18% do nitrogênio total absorvido pela planta, mas que essa contribuição também pode ser inferior a 5% em alguns casos (Andrade; Reis Junior; Chagas, 2022).
Contribuições de inoculação com Azospirillum para a produtividade do trigo
Ao longo dos anos, diferentes estudos buscaram avaliar as contribuições da inoculação do trigo com isolados de Azospirillum. Em ambiente controlado, resultados de pesquisas desenvolvidas pela Embrapa em diferentes safras e regiões apontaram incremento médio de produtividade de 14% em áreas inoculadas com Azospirillum brasilense em comparação a testemunha (sem inoculação).
Tabela 1. Efeito da inoculação1 com estirpes de Azospirillum no rendimento (kg de grãos ha-1) de trigo.
Vale destacar que embora as bactérias do gênero Azospirillum possuam habilidade parcial em fixar nitrogênio atmosférico, com visto anteriormente, essa contribuição não ultrapassa 18%, sendo portanto, necessário realizar a adubação nitrogenada na cultura para suprir a demanda de nitrogênio da planta.
Estudos mais recentes demonstram que a contribuição da inoculação do trigo com Azospirillum varia de 13% a 18%. A inoculação do trigo com Azospirillum também contribui para a manutenção da produtividade em condições de estresse hídrico. Pesquisas demonstram que, sob seca, plantas de trigo inoculadas apresentaram menor perda de rendimento (14,1%) em comparação ao controle não inoculado (26,5%). Além disso, observou-se um aumento nas concentrações de magnésio (Mg), potássio (K) e cálcio (Ca) nos grãos (Andrade; Reis Junior; Chagas, 2022).
Vale destacar que a inoculação do trigo com Azospirillum deve ser encarada como uma prática complementar à adubação nitrogenada, e não como sua substituta. A combinação entre a inoculação e uma adubação nitrogenada adequada pode resultar em ganhos expressivos de produtividade. Pereira et al. (2017), ao avaliarem a eficiência de diferentes doses e modos de aplicação de Azospirillum brasilense em trigo, observaram que a inoculação das sementes associada à adubação nitrogenada potencializou significativamente a produtividade da cultura, superando tanto o tratamento apenas adubado quanto aquele somente inoculado.
Em suma, a inoculação do trigo é uma estratégia de baixo custo que contribui não só para o aumento da produtividade da cultura sob condições ambientais adequadas, como também para o aumento da tolerância das plantas a condições de estresse, contribuindo para a manutenção do potencial produtivo do trigo.
Veja mais: Qual a melhor fase para aplicar nitrogênio no trigo?
Referências:
ANDRADE, S. R. M.; REIS JUNIOR, F. B.; CHAGAS, J. H. USO DE Azospirillum brasilense NA CULTURA DO TRIGO. Embrapa Cerrados, Documentos, n. 394, 2022. Disponível em: < https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1147512/1/Solange-Doc-394.pdf >, acesso em: 13/05/2025.
HUNGRIA, M. INOCULAÇÃO COM Azospirillum brasilense: INOVAÇÃO EM RENDIMENTO A BAIXO CUSTO. Embrapa, Documentos, n 325, 2011. Disponível em: < https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/879471/1/DOC325.2011.pdf >, acesso em: 13/05/2025.
PEREIRA, L. C. et al. RENDIMENTO DO TRIGO (Triticum aestivum) EM RESPOSTA A DIFERENTES MODOS DE INOCULAÇÃO COM AZOSPIRILLUM BRASILENSE. Revista de Ciências Agrárias, 2017. Disponível em: < https://revistas.rcaap.pt/rca/article/view/16433 >, acesso em: 13/05/2023.
PRANDO, A. M. COINOCULAÇÃO DA SOJA COM Bradyrhizobium E Azospirillum NA SAFRA 2018/2019 NO PARANÁ. Embrapa, Circular Técnica, n. 156, 2019. Disponível em: < https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1117312/1/Circtec156.pdf >, acesso em: 13/05/2025.
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Sustentabilidade
Soja/BR: Percentual de colheita é de 98,5% no país – MAIS SOJA

No RS, a colheita ainda ocorre nas áreas de safrinha e as produtividades foram afetadas devido aos veranicos ocorridos. Na BA, permanecem em campo apenas lavouras tardias, as quais têm apresentado baixas produtividades. No MA, a colheita avança na região de Açailândia, com produtividades variadas em função da irregularidade das chuvas. Essa situação também ocorre na região Leste do estado.
No PI, a colheita se aproxima da finalização, restando poucas áreas no Centro-Norte do estado. Em SC, o tempo seco favoreceu o avanço da colheita, que se aproxima do do encerramento . No PA, a redução das precipitações beneficiou o progresso da colheita nos polos de Paragominas e Santarém. Em MT, MS, GO, MG, PR, SP e TO, a colheita foi finalizada.
Previsão Agrometeorológica de 12/05/2025 a 19/05/2025
Norte-Nordeste: Os maiores acumulados de chuva irão se concentrar no norte da região Norte, Noroeste do MA e litoral da região Nordeste, além do Centro-Norte do AM. Para o restante da região, são previstas pouca ou nenhuma precipitação, com redução da umidade relativa do ar e do solo, especialmente, no Oeste da BA, Sul do MA e do PI. Pode ocorrer restrição hídrica ao milho segunda safra no Matopiba, principalmente, para as lavouras em enchimento de grãos. Para o feijão e o milho terceira safras, cultivados no Nordeste da BA, as condições serão favoráveis.
Centro Oeste: Em grande parte da região, a previsão é de tempo estável. Chuvas pontuais podem ocorrer sobre o MT e Sul de GO, amenizando a perda de umidade no solo. No entanto, pode ocorrer restrição hídrica para o milho segunda safra, majoritariamente, em enchimento de grãos, em parte de GO e no Leste de MS. No Sudoeste de MS e em MT, a umidade no solo deverá ser suficiente para o desenvolvimento da maioria das lavouras.
Sudeste: A previsão é o predomínio de tempo estável em grande parte da região. Chuvas pontuais podem ocorrer na faixa Leste no início da semana. Haverá redução da umidade no solo em áreas de MG e SP, podendo impactar o desenvolvimento do milho segunda safra em diferentes estágios. Para a maturação e colheita da cana-de-açúcar e do café, as condições serão favoráveis.
Sul: A previsão é de tempo aberto ao longo da semana, mas, entre os dias 18 e 19, as chuvas retornarão ao RS. No geral, as condições serão favoráveis para a finalização da colheita dos cultivos de primeira safra em SC e RS, assim como, para o manejo e o desenvolvimento do feijão segunda safra nos três estados. No entanto, poderá haver restrição hídrica para o milho segunda safra, majoritariamente em estágio reprodutivo no Norte do PR. Nas demais áreas deste estado, a umidade no solo deverá ser suficiente para o desenvolvimento da maioria das lavouras.
Confira o Monitoramento Semanal das Condições das Lavouras de 12 de maio de 2025 completo, clicando aqui!
Fonte: Conab
Autor:Monitoramento Semanal das Condições das Lavouras
Site: CONAB
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