Politica
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A Universidade Federal de Mato Grosso tem sido tema de diversas reportagens e textos de opinião nos últimos meses, retratando problemas em seus prédios, questões de segurança, entre outros, todos resultado da crise orçamentária que a instituição enfrenta. Mas como uma universidade tão importante chegou a essa situação? E o que pode ser feito para resolver esse cenário? Esses serão alguns dos temas abordados neste artigo.
Para compreender o problema, é necessário analisar a evolução — ou melhor, a drástica redução — do orçamento ao longo das últimas décadas. Em 2013, o orçamento destinado ao custeio e funcionamento da universidade era de 113 milhões de reais; no mesmo ano, a instituição contava com mais de 42 milhões para investimentos. Corrigidos pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), esses valores equivaleriam hoje a cerca de 267 milhões e 101 milhões de reais, respectivamente. No entanto, o orçamento atual previsto para 2025 destina apenas 112 milhões ao custeio e funcionamento de todos os campi da instituição, e apenas 17,5 milhões para investimentos — sendo 16,5 milhões provenientes de emendas parlamentares. Ou seja, mesmo em valores nominais, o orçamento de 2025 é inferior ao de 2013. Considerando a inflação, a UFMT opera hoje com cerca de 40% do orçamento que tinha há mais de uma década.
A falta de orçamento adequado, e consequentemente a ausência de manutenções e investimentos, coloca em risco inúmeros laboratórios e equipamentos de alto valor, que podem ser afetados pelas más condições estruturais. Estudantes, professores e técnicos também são impactados, seja pela precariedade dos espaços de trabalho, seja por questões de segurança.
O Estado de Mato Grosso também perde com isso. Diversas lideranças políticas, empresariais, sociais e comunitárias passaram pela UFMT, como, por exemplo, o atual governador do Estado, Mauro Mendes, formado em Engenharia Elétrica pela instituição. A universidade é um espaço fundamental para a formação de profissionais e para o desenvolvimento de pesquisas e inovações.
A redução orçamentária que atinge a UFMT não é um problema isolado: afetou as instituições federais de ensino superior. Algumas, no entanto, conseguiram, por meio de articulação política com o parlamento, garantir fontes adicionais de recursos via emendas parlamentares, tanto para funcionamento quanto para investimentos. Um bom exemplo disso é o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), que, de 2018 até agora, articulou junto à Bancada Federal mais de 198 milhões de reais, enquanto a UFMT, no mesmo período, não chegou nem à metade desse valor. Para efeito de comparação: no orçamento de 2025, o IFMT conseguiu mais de 79 milhões de reais em emendas — 25 milhões para funcionamento e 54 milhões para reestruturação e modernização —, enquanto a UFMT conquistou apenas 16,5 milhões, dos quais 13,5 milhões foram destinados para as obras inacabadas do campus de Várzea Grande.
Nos próximos anos, os desafios da UFMT tendem a se intensificar. Além da necessidade de concluir o campus de Várzea Grande e de operacionalizar o recém-anunciado campus de Lucas do Rio Verde, a universidade precisará de recursos para resolver problemas estruturais nos campi de Cuiabá, Sinop e Araguaia. A ampliação dos campi implicará também uma demanda crescente por serviços de segurança, limpeza, assistência estudantil, entre outros, pressionando ainda mais o já escasso orçamento.
O fortalecimento da UFMT e a superação de seus problemas orçamentários dependem do aumento do apoio da bancada federal, da construção de parcerias com o governo estadual e prefeituras, e do fortalecimento da captação de recursos por meio de projetos em órgãos de fomento, iniciativas privadas e geração de renda própria. Além disso, o governo federal, caso queira de fato valorizar a educação e a ciência, precisa urgentemente corrigir a defasagem orçamentária das universidades federais.
Desde a sua origem, as universidades sempre mostraram sua importância para o desenvolvimento de estados e nações. Mato Grosso precisa acompanhar o cenário global de desenvolvimento científico e tecnológico, e a UFMT é peça-chave nesse processo. Uma UFMT forte significa um estado mais forte, inovador e competitivo.
Caiubi Kuhn
Geólogo, Doutor cotutela em Geociência e Meio Ambiente (UNESP) e Environmental Sciences (Universidade de Tubingen), Professor na UFMT, Presidente da Federação Brasileira de Geólogos (FEBRAGEO)
Politica
PC apreende drogas preparadas por facção para serem vendidas em festa de aniversário de cidade
A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Vila Rica, apreendeu, nessa quinta-feira (8), um carregamento de drogas, pertencente a uma facção criminosa, que seria vendido na festa de aniversário da cidade, no dia 13 de maio. Um homem de 21 anos, que estava com os entorpecentes, foi preso.
A ação começou por volta das 15h40, quando a Polícia Civil recebeu uma denúncia anônima sobre uma casa no bairro Cidade Jardim onde estaria ocorrendo a prática de tráfico de drogas.
Uma equipe de investigadores foi enviada ao local e encontrou um jovem de 21 anos, que se aproximava da casa, em uma bicicleta. Bastante bastante nervoso, olhava constantemente para os lados, falando no celular.
Os policiais se aproximaram para abordar o suspeito, mas ele abandonou sua bicicleta, abriu o portão da casa e correu para dentro do imóvel, ignorando a ordem dos investigadores.
Durante a fuga, ele jogou o celular no chão, com a intenção de destruir o aparelho, uma prática comum realizada por membros de facções criminosas. Para evitar que ele destruísse mais provas, os policiais entraram na casa para prendê-lo. Ele resistiu, mas acabou detido.
Questionado, ele falou que tinha drogas no quarto principal da casa. Os investigadores foram até o quarto, onde localizaram porções de cocaína e maconha, munições de arma de fogo, e embalagens plásticas, balanças de precisão e demais apetrechos utilizados no tráfico de entorpecentes.
Ele afirmou que tinha a função de preparar e distribuir a droga, que seria vendida na festa de aniversário de Vila Rica, no dia 13 de maio.
O suspeito foi levado para a Delegacia de Vila Rica, onde o caso foi registrado como promover ou constituir organização criminosa, resistência, tráfico ilícito de drogas, fraude processual, posse irregular de arma de fogo de uso permitido e desobediência.
Politica
Com baixa cobertura, Dia D de vacinação contra a gripe ocorre neste sábado em MT
O Dia D da campanha nacional de vacinação contra a influenza, mais conhecida como vacina contra a gripe, será realizada neste sábado (10) em Mato Grosso para proteger crianças, idosos, gestantes e pessoas dos grupos estratégicos antes do inverno, período de maior circulação de vírus respiratórios. Segundo dados do Ministério da Saúde, a cobertura vacinal deste público-alvo está em apenas 14,39% em Mato Grosso.
A ação tem o apoio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), que já distribuiu 845.920 doses aos municípios. A vacina está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) para que as pessoas possam garantir a imunização por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Os municípios do Estado têm autonomia para definir estratégias de vacinação, seguindo as orientações do Ministério da Saúde. Em Cuiabá, a vacinação está confirmada neste sábado.
Os grupos estratégicos são: puérperas, povos indígenas, quilombolas, pessoas em situação de rua, trabalhadores da saúde, professores do ensino básico e superior, profissionais da força de segurança e salvamento, profissionais das forças armadas, pessoas com deficiência permanente, caminhoneiros, trabalhadores de transportes coletivos, trabalhadores portuários, trabalhadores dos correios, população privada de liberdade e funcionários do sistema de privação de liberdade e pessoas com doenças crônicas não transmissíveis.
“Nossos hospitais estão lotados. As Unidades Básicas de Saúde (UBS) e as Unidades de Pronto Atendimento estão lotadas de pessoas que vão ser afetadas por esse vírus. E nós precisamos levar as nossas crianças para vacinar. Precisa do empenho dos pais. Precisamos do empenho dos gestores municipais que atuam nessa área para que a gente possa ampliar de forma substancial a cobertura vacinal”, explicou o secretário de Saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo.
A vacinação contra os três tipos de vírus da influenza é a melhor forma de garantir que as pessoas se protejam contra os vírus, pois o imunizante age para estimular a produção de anticorpos.
A superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Alessandra Moraes, reforça o convite para que os grupos prioritários e estratégicos garantam a vacinação.
“A vacina oferecida através do SUS é segura e eficiente. Por isso, ressaltamos que pessoas dos grupos prioritários e estratégicos se vacinem para garantirmos que esses grupos estejam imunizados contra o vírus da influenza. Reforçamos o convite para que essas pessoas se dirijam para a UBS mais próxima neste sábado. Vacinas salvam vidas”, concluiu.
Politica
Operação confisca drogas, bens e dinheiro, e causa prejuízo de R$ 35,3 milhões ao crime organizado

A 2ª edição da Operação da Rede Nacional de Unidades Especializadas no Combate às Organizações Criminosas (Renorcrim) causou prejuízo estimado de R$ 35,3 milhões para a criminalidade. A ação confiscou dinheiro, veículos e outros bens, apreendeu 110 armas de fogo e retirou 1,5 tonelada de drogas das ruas. Além disso, cumpriu 565 mandados de busca e apreensão e efetuou 541 prisões.
Números da 2ª edição da Operação Renorcrim
– Prisões: 541
– Mandados de busca e apreensão: 565
– Drogas apreendidas: 1,5 tonelada
– Armas apreendidas: 110 armas
– Bens confiscados: R$ 17,4 milhões
– Dinheiro confiscado: R$ 11,6 milhões (em conta corrente)
As ações ocorreram de 18 de abril até sexta-feira (2) e foram coordenadas pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), por meio da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi). A Renorcrim é composta pelas Unidades de Combate ao Crime Organizado das 27 Polícias Civis do País.
Segundo o secretário da Senasp, Mario Sarrubbo, ações dessa natureza demonstram a capacidade dos órgãos de segurança pública de agirem de forma conjunta. “Dessa maneira, conseguimos desarticular as estruturas operacionais e financeiras das organizações criminosas, atingindo seu núcleo de sustentação”, explica Sarrubbo. Segundo ele, o sufocamento financeiro, aliado à prisão de lideranças e à apreensão de armas e de drogas, é essencial para enfraquecer essas organizações e reduzir o poder delas na sociedade.
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