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STF manda desapropriar terras devastadas por incêndios criminosos e desmatamento ilegal

Decisão assinada por Flávio Dino ordena à União e a estados da Amazônia e do Pantanal a adoção de medidas concretas para punir responsáveis por incêndios dolosos e impedir legalização de propriedades com infrações ambientais.
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a União desaproprie imóveis em que sejam constatados incêndios criminosos e desmatamento ilegal. As medidas devem ser adotadas caso haja comprovação da responsabilidade do proprietário.
🔥 A decisão, que foi tomada nesta segunda-feira (28), é resposta a uma ação que segue em tramitação desde 2020 pedindo a intervenção do STF contra os incêndios no país.
A resposta acontece depois de um ano de recorde de incêndios no país. As chamas consumiram centenas de quilômetros em biomas importantes no ano passado.
Além da desapropriação, o STF determinou que a União e os estados que compõem a Amazônia Legal e o Pantanal adotem instrumentos legais e operacionais para impedir a regularização fundiária de áreas com práticas ilegais já comprovadas, como queimadas intencionais e desmatamento fora da lei.
Também foi ordenada a promoção de ações de indenização contra os responsáveis por esses crimes ambientais.
“Não é razoável que, ano após ano, bilhões de reais de dinheiro público sejam gastos combatendo incêndios dolosos e desmatamentos claramente ilegais”, escreveu Dino na decisão. “Com este ciclo perpétuo, pune-se duplamente a sociedade: pelos danos ambientais e pelo dispêndio evitável de recursos públicos”, disse o ministro.
O que acontece agora?
Com a decisão do STF, os locais onde forem identificados fogo criminoso ou desmatamento podem ser desapropriados. Isso significa que o dono do imóvel pode perder o terreno, que passaria a ser da União.
Antes dessa decisão, no entanto, teria que haver uma investigação que aponte a responsabilidade do responsável pela área. Uma análise recente do Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) mostrou que parte dos incêndios que devastaram biomas pelo país no ano passado estão em grandes propriedades rurais.
A medida foi recebida com comemoração para as instituições que fazem parte da ação e é vista como inovadora no combate aos crimes ambientais. Isso porque boa parte das multas geradas por órgãos de fiscalização, como o Ibama, depois não são pagas.
Segundo os dados, de janeiro e agosto de 2024, a área queimada em grandes propriedades rurais do país somou 2,8 milhões de hectares (a maior área queimada por categoria fundiária), 163% a mais que em 2023.
Na mesma decisão, o STF também:
- reiterou a obrigatoriedade de uso do SINAFLOR (sistema federal de controle da origem de produtos florestais) para autorizações de supressão de vegetação;
- deu prazo para que a União se manifeste sobre a possível subutilização de recursos do Ibama e ICMBio em 2024;
- e cobrou informações sobre o progresso da digitalização dos registros imobiliários rurais, os chamados CARs, no país.
Sobre o CAR, um levantamento exclusivo mostrou que em 12 anos desde a implantação do registro, apenas 3% foi analisado. O cadastro serve para o governo verificar se os donos de terras estão cumprindo as regras do Código Florestal, que barra o desmatamento ilegal e exige a preservação de vegetação nativa.
Com a decisão, a União e os estados citados serão intimados a cumprir as ordens judiciais. O STF também espera a apresentação de planos e relatórios sobre o andamento das medidas, com o objetivo de garantir a execução plena do acórdão já transitado em julgado.
O que dizem as entidades de defesa ambiental
A ADPF 743 foi proposta pelo partido Rede Sustentabilidade e conta com apoio de organizações como WWF, Instituto Socioambiental, Greenpeace e Observatório do Clima. A ação cobra do poder público medidas concretas de proteção e combate à degradação nos dois principais biomas do país.
O Instituto Socioambiental (ISA) informou que recebeu a decisão com comemoração.
“A decisão do Ministro Flávio Dino reafirma o compromisso do STF com a proteção da Amazônia, do Pantanal e dos direitos dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais. Ao determinar a desapropriação de imóveis responsáveis por incêndios e desmatamento ilegais e ao reconhecer a importância da proteção dos territórios quilombolas no CAR, a Corte avança na efetivação da função socioambiental da propriedade e na defesa do meio ambiente ecologicamente equilibrado, direito de todos”, disse o advogado da entidade, Diogo Rosa Souza.
A advogada do Greenpeace, Daniela Jerez, disse que a determinação é um passo importante no enfrentamento de impunidades e crimes ambientais.
“A determinação do STF é um passo importante no enfrentamento da impunidade nos crimes ambientais ao impedir que agentes responsáveis por desmatamentos e queimadas ilegais se beneficiem dos ilícitos cometidos. A Constituição prevê que a função social da propriedade é cumprida quando se observa o requisito de proteção do meio ambiente e a decisão do Ministro vem na direção de dar efetividade a esse comando constitucional.”
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VÍDEO: Onça é flagrada nadando no Lago do Manso I MT

Encontro ocorreu durante um passeio para pesca esportiva na região.
Os amigos Matheus Moreira e Paulo Roncaglio flagraram uma onça parda nadando em meio ao Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá, nessa segunda-feira (5).
Matheus contou que os dois são pescadores esportivos e que estavam pescando na região, momento em que avistaram o felino.
VIDEO:
“Quando estávamos saindo para ir até outro ponto, nós vimos ela. Foi uma surpresa, uma dádiva de Deus. É um animal lindo e essa foi uma das cenas mais bonitas que já vimos na natureza”, disse.
As onças-pardas (Puma concolor), também conhecidas como pumas ou suçuaranas, estão na lista vermelha de espécies ameaçados de extinção no Maranhão. A espécie habita, principalmente, áreas de borda de floresta e possuem uma dieta baseada, em sua maioria, em animais de pequeno porte.
De acordo com o biólogo e guia de turismo Marcos Ardevino, elas são boas nadadoras e conseguem atravessar grandes rios com facilidade.
Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO), quando se deparam com seres humanos, o instinto dessas onças é evitar o confronto e fugir, já que elas percebem o ser humano como uma ameaça.
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Cobrança de pedágio por todos os eixos de caminhões na BR-163 começa nesta semana; entenda

Caso seja identificado um MDF-e em aberto, será presumido que o caminhão está carregado, e a cobrança do pedágio será feita com base em todos os eixos, inclusive os suspensos.
A partir desta segunda-feira (5), será cobrado pedágio sobre todos os eixos dos veículos de carga que trafegarem pela BR-163, incluindo os eixos suspensos, desde que o caminhão esteja com Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e) em aberto. A informação foi anunciada pela concessionária Nova Rota do Oeste em abril.
A medida foi autorizada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e tem como objetivo coibir fraudes na cobrança, como a alegação de que o veículo está vazio quando, na realidade, está transportando carga.
🚚Como vai funcionar?
A verificação será feita de forma automática, por meio de câmeras que leem as placas dos veículos e cruzam as informações com a base de dados do Operador Nacional dos Estados (ONE). Caso seja identificado um MDF-e em aberto, será presumido que o caminhão está carregado, e a cobrança do pedágio será feita com base em todos os eixos, inclusive os suspensos.
Apesar da tecnologia envolvida, também será feita uma checagem visual. Se for constatado que o veículo está realmente vazio, a isenção para eixos que não tocam o solo continuará válida.
A recomendação é que os responsáveis pelas cargas encerrem o MDF-e assim que a entrega for concluída, para evitar cobranças.
- Trafegar com eixos suspensos sem necessidade, além de aumentar o risco de acidentes, configura infração grave, sujeita a multa, conforme o artigo 209 do Código de Trânsito Brasileiro.
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Case IH: Desafios de logística são compensados com eficiência e produtividade no campo em MT

Pensando em trazer novidades para o setor agrícola, a empresa Case IH, que produz maquinários de alta tecnologia, lançou neste mês cerca de 16 produtos que atendem principalmente o produtor do Mato Grosso. Além do estado estar a frente da produção agrícola, ele se destaca devido à busca por ferramentas que potencializem o trabalho no campo.
O vice-presidente da Case IH para América Latina, Christian Gonzalez, contou como as maquinas fornecidas pela empresa possuem um foco especial para as necessidades do produtor mato-grossense.
“Os nossos investimentos hoje são muito focados no produtor do Mato Grosso, no grande produtor, no produtor que tá buscando eficiência. A maior colheitadeira do mundo, pulverizadores de linha nova, inclusive com aplicação bico a bico para economia, são justamente focados em aplicações do tipo que a gente vê em Mato Grosso e a necessidade do produtor do Mato Grosso. Então assim, acho que estado é uma referência”, contou.
Com um centro de distribuição de peças em Cuiabá, a Case Ih possui um suporte de rede de concessionários para atender a demanda da região mato-grossense, focado na atualização diária da tecnologia.
“A cultura de pessoa que colonizou o Mato Grosso é de estar sempre à frente e tá buscando novidades, fazer diferente. E a gente continua vendo isso hoje, na busca por novas tecnologias, em fazer diferente, em desbravar e em resolver problemas. Então, é muito proativo o produtor do Mato Grosso”, explicou.
Christian conta que a Case IH está respondendo ao produtor que cobra e busca maior eficiência nos equipamentos, com um maior resultado. “Por isso, buscamos sempre soluções com menor custo e maior produtividade. O Mato Grosso fica longe dos pontos de escoamento de produção e tem um custo importante de transporte. Então, para isso a gente tem que trazer soluções que realmente fazem com que ele seja extremamente competitivo”.
Além de possuir Mato Grosso como seu principal foco e referência, a Case IH mantém uma fazenda teste localizada no município de Água Boa, onde são feitos experimentos de tecnologia, efetividade de máquinas e um maior estudo sobre as necessidades do produtor.
“A gente foi para Água Boa porque ela possui uma condição extremamente remota com pouca conectividade. Então o que a gente tentou buscar foi uma área que fosse ‘a pior dos casos’ na situação do problema que a gente tava querendo resolver. Porque funcionando bem em Água Boa, significa que a gente poderia aplicar a mesma tecnologia em várias outras regiões”.
Com máquinas cada vez mais modernas, se faz necessário não somente a internet, como o fácil entendimento de tanta tecnologia por parte do operador das máquinas. Por isso, a Case IH possui uma parceria com o Senai, que realiza cursos para melhor entendimento dos aparelhos.
“No Mato Grosso, a gente tem parceria com o Senai, que nos ajuda a fazer essa extensão de conhecimento tanto para as nossas concessionárias, mas também para os operadores de máquina dos nossos clientes. Então ele trabalha nessa mão dupla, para que um operador bem treinado, saiba ajustar e regular bem a máquina e tirando o máximo de produtividade dela. Por exemplo, algumas máquinas com o piloto automático desligado, a pessoa está jogando dinheiro fora, um investimento que ele pagou por aquilo”, finalizou.
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