Sustentabilidade
FPA: Narrativas falsas do MST distorcem realidade do agro brasileiro – MAIS SOJA

Com um histórico de invasões de propriedades privadas que se estende por mais de quatro décadas, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) continua a propagar informações falsas sobre o setor agropecuário brasileiro. Embora se autodeclare um movimento social, o grupo é amplamente reconhecido por ações ilegais, muitas vezes toleradas ou até incentivadas por autoridades públicas. A conivência do Governo Federal, seja pela omissão diante das infrações ou pelo repasse de recursos do Orçamento, fortalece a atuação do movimento, que passou a usar a desinformação como instrumento para justificar suas ações.
Entre as inverdades divulgadas pelo MST, uma das mais recorrentes é a de que o agronegócio brasileiro é voltado majoritariamente à exportação e não contribui para alimentar a população. Essa alegação ignora dados concretos da produção nacional. O Brasil produz anualmente mais de 10 milhões de toneladas de carne bovina, sendo que cerca de 80% desse volume é consumido internamente. No caso do frango, a produção ultrapassa 15 milhões de toneladas, abastecendo tanto o mercado interno quanto o externo. Portanto, é falso afirmar que o agro brasileiro ignora o abastecimento nacional.
Outra narrativa difundida pelo grupo é a de que a maior parte dos alimentos consumidos pela população vem exclusivamente da agricultura familiar. A afirmação distorce a realidade. A agricultura familiar no Brasil é composta por pequenos e médios produtores rurais que integram toda a cadeia produtiva do agronegócio, contribuindo significativamente para o abastecimento interno. No entanto, é importante distinguir esse grupo das áreas de assentamentos controladas pelo MST, que apresentam baixos índices de desenvolvimento humano e baixa produtividade. Os dados mostram que o agro brasileiro é um só, formado por pequenos, médios e grandes produtores, todos fundamentais para garantir segurança alimentar, geração de empregos e desenvolvimento sustentável no país.
O MST também acusa o setor de usar defensivos agrícolas de maneira indiscriminada, argumentando que o modelo prioriza monoculturas voltadas à exportação e, por isso, utiliza grandes quantidades de produtos químicos. A realidade é outra. O uso de defensivos no Brasil está diretamente ligado às condições tropicais do país, que favorecem a incidência de pragas e doenças. Esses produtos têm alto custo para o produtor, que tende a racionalizar seu uso para reduzir despesas. Além disso, a adoção de tecnologias e boas práticas de manejo tem contribuído para o uso mais eficiente e responsável desses insumos.
Em relação às questões ambientais, o movimento afirma que o modelo produtivo adotado pelo agro brasileiro degrada o solo e contamina os rios. No entanto, o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo. O Código Florestal exige que os produtores rurais mantenham parcelas significativas de suas propriedades com vegetação nativa. Em áreas de floresta, por exemplo, esse percentual pode chegar a 80%. Atualmente, 66,3% do território nacional permanece coberto por vegetação nativa, o que representa mais de 560 milhões de hectares — uma área maior que toda a União Europeia. Esses dados desmontam a tese de que o setor opera de forma predatória.
Outra crítica recorrente do MST é a de que a pecuária brasileira seria uma das principais causas do desmatamento da Amazônia e do Cerrado, além de grande emissora de gases de efeito estufa. Relatórios da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), de 2021, mostram que o Brasil produz carne com uma das menores emissões de CO₂ por quilo no mundo. Isso se deve à modernização do setor, com investimentos em nutrição animal, genética e técnicas de manejo sustentável que reduzem significativamente o impacto ambiental.
O movimento também tenta desqualificar o setor ao alegar que a mecanização reduziu drasticamente a oferta de empregos no campo. Os dados, no entanto, apontam o oposto. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, o agronegócio emprega cerca de 28,2 milhões de pessoas, o que corresponde a aproximadamente 26% das ocupações no Brasil. A modernização impulsionou a produtividade e criou novas oportunidades de trabalho em toda a cadeia produtiva, desde a produção primária até os setores de insumos, indústria e serviços.
Em temas mais técnicos, como o uso de organismos geneticamente modificados, o MST também aposta na desinformação. Segundo o grupo, os transgênicos aumentam o uso de agrotóxicos e causam perda de biodiversidade. A verdade é que os cultivos transgênicos, como soja e milho resistentes a pragas, foram desenvolvidos justamente para reduzir a necessidade de defensivos químicos. Antes de serem aprovados para o plantio e consumo, esses produtos passam por um processo de validação científica que dura, em média, dez anos. São avaliados aspectos ambientais, toxicológicos, nutricionais e socioeconômicos, que garantem mais segurança alimentar e menor impacto ao meio ambiente.
Outro ponto frequentemente explorado pelo MST diz respeito à ocupação de terras. O movimento sustenta que invade áreas improdutivas para produzir alimentos e garantir dignidade às famílias assentadas. No entanto, dados do Censo Agropecuário do IBGE de 2017 mostram uma realidade diferente. A renda média mensal dessas famílias é de apenas R$ 453,56, valor equivalente a pouco mais de meio salário mínimo no ano pesquisado. Além disso, muitas áreas ocupadas pelo movimento não recebem apoio técnico ou crédito rural, o que inviabiliza qualquer projeto produtivo. Em muitos casos, famílias assentadas relatam a obrigação de participar de manifestações e ocupações políticas, ao invés de serem incentivadas a produzir e se desenvolver de forma autônoma.
O MST, portanto, constrói sua narrativa com base em distorções e omissões que não resistem à checagem dos fatos. Ao atacar o agro brasileiro com falácias, o movimento busca legitimar ações que comprometem a segurança jurídica no campo e desestimulam investimentos em produção e inovação. O setor agropecuário segue como um dos pilares da economia nacional, responsável por gerar alimentos, empregos e desenvolvimento sustentável em todas as regiões do país.
Fonte: Frente Parlamentar da Agropecuária
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Sustentabilidade
Panorama do Agro – Semana de 19 a 23 de maio – MAIS SOJA

1. VBP da agropecuária deve crescer 13,1% em 2025.
2. IBC-Br registra crescimento de 0,80% em março.
3. Preços médios do açúcar e etanol apresentam leve recuo em maio comparados a abril.
4. Preços do café caem nas bolsas internacionais com aumento de estoques e perspectiva de safra recorde na Colômbia.
5. Entrada de nova safra mais produtiva no Vale do São Francisco pressiona preços do melão ao produtor.
6. Cacau no Brasil: viabilidade, sustentabilidade e oportunidade estratégica em um mercado global em transformação.
7. Preços da soja e do milho seguem em queda devido ao cenário de ampla oferta.
Os preços da soja seguem enfraquecidos no mercado brasileiro, refletindo a elevada oferta interna e a perspectiva de nova expansão de área para a próxima safra. O USDA projeta safra mundial recorde em 2025/2026, com destaque para o Brasil, que pode colher 175 milhões de toneladas. O indicador Cepea registra média de R$ 132,84 por saca, abaixo dos R$ 134,68 no mês anterior. O milho segue pressionado por estimativas de produção elevada no Brasil e no mundo. As boas condições climáticas no Brasil e o ritmo da semeadura nos EUA reforçam as expectativas de uma safra robusta. Com isso, consumidores postergam compras à espera de novas quedas, enquanto vendedores tentam negociar lotes remanescentes da safra verão e da temporada anterior. O indicador Cepea aponta média de R$ 74,58 por saca, ante R$ 83,67 no mês passado. No mercado de feijão, os preços variaram conforme a qualidade e a região. O feijão carioca de notas superiores registrou alta, diante da baixa oferta e maior disposição de compra por parte de empacotadoras. Já o feijão preto segue com oferta crescente e vendas pontuais, à medida que produtores priorizam o armazenamento. Segundo a Conab, a produção do feijão preto deve crescer 15%, enquanto as de carioca e caupi devem recuar. O indicador Cepea/CNA para o feijão preto na região de Lucas do Rio Verde (MT) acumula média de R$ 192,00 frente a R$ 212,00 do mês anterior
8. Mercado de reposição na pecuária de corte segue tendência de alta.
9. Custo de produção do leite acumula alta de 10,8% em 2025.
10. Leilão GDT aponta ligeira retração no mercado internacional de lácteos.
11. Oferta de final de safra pressiona mercado do boi gordo.
12. Carne suína recua na segunda metade de maio.
13. Queda no preço da carne de frango nas indústrias.
14. Primeiro trimestre de 2025 é marcado por forte pressão sobre os custos de produção nas cadeias de avicultura e suinocultura.
15. Cotações da tilápia encerram semana com preços firmes.
Clique aqui e confira o descritivo de todos os tópicos acima.
Fonte: CNA – Panorama do Agro – Semana de 19 a 23 de maio
Autor:CNA – Panorama do Agro – Semana de 19 a 23 de maio
Site: CNA
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VÍDEO: onça-pintada arrasta boi em correnteza de rio em Pantanal de MT

Momento foi registrado pelo fotógrafo e guia de turismo Branco Arruda. Ti tem 11 anos e já protagonizou diversas cenas no Pantanal.
🐆Uma onça-pintada foi flagrada arrastando um boi pela correnteza de um rio entre os municípios de Poconé e Barão de Melgaço, a 104 km e 121 km de Cuiabá, respectivamente. O momento foi registrado no último domingo (18) pelo fotógrafo e guia de turismo Branco Arruda.
No vídeo, a onça-pintada aparece quase submersa, arrastando o boi no rio. Ela leva a presa até a margem e momentos depois se alimenta (assista abaixo).
‘Ti’, como o felino é conhecido, é acompanhado desde os 6 anos pelo guia de turismo Branco Arruda, que o filmou. Apesar de já ter presenciado várias cenas marcantes da fauna no Pantanal, o profissional afirma que a onça registrada sempre se destaca e proporciona verdadeiros espetáculos na natureza.
VIDEO:
“Ela já está na faixa de 11 anos e sempre dá esse show! Estava com um grupo acompanhando a Ti, que estava deitada. De repente, ela sentiu o cheiro do boi e começou a se aproximar. Quando chegou perto, deu o bote e arrastou o animal para a margem do rio ”, relatou o guia.
🐾O guia também explicou que consegue identificar a onça por causa das pintas que ela tem, que são como “digitais”, que ajudam os guias a reconhecerem os animais.
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Ti e os dois filhotes — Foto: Branco Arruda
Refúgio de onças
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Onças-pintadas podem ser observadas no Pantanal de Mato Grosso — Foto: Pablo Cersosimo
O Parque Estadual Encontro das Águas contempla o maior número de onças-pintadas, com uma extensão de 108 mil hectares. Os turistas podem passear de barco pelo bioma ao mesmo tempo em que fazem o monitoramento das onças de forma voluntária através de fotos e vídeos de diferentes aparições dos felinos.
Aliado ao ecoturismo, os guias orientam que o melhor momento para se deparar com os animais acontece entre os meses de julho e final de setembro, quando começa o período da seca, o que faz com que os felinos procurem água e, com isso, ficam expostos às margens dos rios, sendo possível vê-los de uma distância segura.
Sustentabilidade
Estudo resgata lembranças do sertão por quem viveu seca e fartura

Uma pesquisa realizada pelo antropólogo Renan Martins Pereira revela uma perspectiva pouco explorada sobre o sertão de Pernambuco.
Com base em entrevistas com antigos vaqueiros e ex-moradores da zona rural de Floresta, o estudo resgata memórias de um passado de fartura, um tempo em que, segundo os relatos, “havia mais peixes nos rios, mais árvores na caatinga e mais alimento na mesa”.
A pesquisa busca ressignificar as secas e a abundância não como opostos, mas como categorias que coexistiam no passado. Segundo o pesquisador, a fartura evocada pelos mais velhos não é uma romantização do passado, mas uma crítica ecológica ao presente.
“Quando eles dizem que antes havia mais fartura, estão, na verdade, apontando para o que se perdeu”, afirma o pesquisador.
Vegetação nativa preservada
O artigo mostra como esses moradores mais velhos articulam recordações de escassez e fartura. Nessa memória multifacetada, houve secas, sim; mas também houve abundância – basicamente relacionada à biodiversidade, no caso tratado no artigo.
“Os sertanejos falam de uma vegetação nativa mais preservada, de rebanhos numerosos e de maior oferta de alimentos. Essa memória da fartura não exclui a lembrança das grandes secas, mas sugere que houve uma transformação profunda na relação dos habitantes com o meio ambiente”, afirma o pesquisador.
Os relatos de antigos vaqueiros e ex-moradores do campo, como Zé Ferraz, Cirilo Diniz e Antônio José do Nascimento, retratam um sertão em que o gado era robusto, a pesca era abundante e o solo produzia com maior regularidade.
“Essa memória não tem um caráter apenas nostálgico, mas serve como um alerta sobre a mudança no uso da terra, a degradação ambiental e o impacto das mudanças climáticas. Os mais velhos não falam apenas de saudade, falam de perda real”, argumenta Pereira.
Tradições desaparecendo
As mudanças no uso da terra, a expansão da fronteira agrícola e a urbanização alteraram radicalmente o modo de vida no sertão.
“O êxodo rural reduziu a interação humana com a Caatinga e as práticas tradicionais de manejo estão desaparecendo. Muitos dizem que antes havia mais organização na vida do campo, que as festas comunitárias eram frequentes, que existia um sentimento de coletividade que hoje se perdeu”, conta o pesquisador.
Ao mesmo tempo, as secas atuais são percebidas como mais severas e prolongadas. Ele acrescenta que o conceito de “memória ecológica”, fundamental para o argumento do seu artigo, ajuda a compreender como os sertanejos interpretam essas transformações, não só com base em dados objetivos, mas também por meio de experiências vividas e narradas.
Memória viva do sertão
Em sua análise, o pesquisador recorre ao conceito de “duração” do filósofo francês Henri Bergson (1859-1941). “A memória não é um arquivo estático do passado, mas algo vivo, que transforma a percepção do presente e projeta futuros possíveis”, diz.
Essa abordagem permite enxergar as recordações das secas e da abundância como formas de resistência cultural e ecológica.
“A fartura, tal como é recordada, configura um conceito amplo. Ela diz respeito não apenas à quantidade de comida na mesa, mas também à relação das pessoas com a terra, ao respeito pelos ciclos da natureza, à segurança que vinha de um ambiente previsível. Hoje, muitos dos meus interlocutores dizem que essa fartura acabou.”, afirma.
A pesquisa de Renan Martins Pereira reconfigura o entendimento do sertão. “Mais do que um espaço de sofrimento, o semiárido é também um lugar de vida, de saberes ancestrais e de histórias que desafiam a noção de um passado perdido”, conclui o pesquisador.
Em um mundo em crise ambiental, as memórias do sertão podem oferecer lições valiosas sobre a relação entre a humanidade e a natureza.
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