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. . . . . . . . . . . . . . . 25 de May de 2025

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Demanda interna do milho sustentará preços no curto prazo? Confira análise

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Em apenas nove dias de abril, o Brasil já exportou 55% mais milho do que em todo o mesmo mês de 2024, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Quanto aos preços, o cereal encerrou a semana cotado a US$ 4,82 por bushel em Chicago, queda de 1,43% ante o fechamento da semana retrasada. No Brasil, na B3, o contrato de milho para maio de 2025 também registrou queda, encerrando a R$ 76,75 por saca (-3,25%).

Seguindo esses parametros, os preços do milho recuaram no mercado físico, desestimulando
as vendas por parte dos produtores.

E agora, o que esperar do milho?

Analistas da plataforma Grão Direto destacam pontos de atenção aos produtores de milho do país:

  • Exportações reduzidas: o Brasil deve colher a segunda maior safra de milho da história, superando as 120 milhões de toneladas. Apesar da oferta elevada, o consumo interno — impulsionado principalmente pela crescente demanda das usinas de etanol — tende a sustentar os preços, especialmente em caso de impactos climáticos no fim do ciclo. Com o aumento do consumo interno, o excedente para exportação deve diminuir, o que pode ameaçar a posição do país como segundo maior exportador mundial do cereal. Esse cenário deve trazer mais interesse de produtores para o plantio de milho, podendo concorrer diretamente com a área de soja na safra verão.
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  • Safra norte-americana: nos Estados Unidos, o plantio da safra 2025/26 avança em ritmo alinhado à média histórica, mas o clima mais frio no Meio-Oeste pode gerar atrasos nas próximas semanas. O mercado acompanha de perto essas condições, já que o clima pode trazer volatilidade aos preços, dada a expectativa de uma grande safra de milho. Paralelamente, a guerra comercial entre Estados Unidos e China segue influenciando a demanda chinesa, abrindo espaço para o Brasil aproveitar oportunidades no mercado internacional.
  • Milho segunda safra: de acordo com a Conab, as condições climáticas variam entre as regiões, com chuvas regulares favorecendo o bom desenvolvimento das lavouras em Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. No Paraná e Tocantins, a escassez de chuvas e o calor excessivo afetam a produtividade. Em Mato Grosso do Sul, a irregularidade das chuvas no centro-sul causa perdas, enquanto no norte do estado as lavouras seguem bem produtivas. Já no Piauí, o desenvolvimento das lavouras é regular, refletindo condições mais desfavoráveis. Todo esse cenário leva o mercado a acreditar que o Brasil terá uma colheita significativa, fomentando a demanda interna do país.

Para a Grão Direto, o mercado interno de milho seguirá sustentado pela demanda, mas a recente queda nas cotações na B3 causou pressão negativa no mercado físico, sendo vista como uma correção de preços saudável. Apesar dessa correção, o cenário permanece otimista, com preços ainda favoráveis devido à manutenção da demanda.

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Governo lança Programa Solo Vivo para restaurar solos e apoiar agricultura familiar

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O governo federal lançou neste sábado (24), em Campo Verde (MT), o Programa Solo Vivo. A iniciativa busca recuperar áreas de solo degradado, aumentar a produtividade e reduzir desigualdades na produção rural, com foco na agricultura familiar.

A cerimônia aconteceu no assentamento Santo Antônio da Fartura, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em seu discurso, ele destacou a importância de garantir acesso igualitário a insumos e tecnologia para pequenos produtores. O presidente também defendeu a valorização da produção voltada para o consumo familiar como forma de garantir segurança alimentar e justiça social no campo.

Na primeira etapa, o Solo Vivo contará com um investimento de R$ 42,8 milhões, beneficiando entre 800 e 1.000 famílias de dez assentamentos em diferentes regiões do estado. Os agricultores receberão suporte técnico para restaurar a fertilidade do solo, aumentar a produção, gerar renda e manter-se de forma sustentável no campo.

O evento também marcou a entrega de máquinas agrícolas pelo Programa Estratégico de Fortalecimento Estrutural de Assentamentos Rurais, uma parceria entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). A ação contempla 38 municípios mato-grossenses.

Além disso, 78 títulos de domínio foram entregues a famílias dos assentamentos Santo Antônio da Fartura, em Campo Verde, e Salete Strozac, em Guiratinga. As propriedades tituladas totalizam 1.764,86 hectares, com investimento superior a R$ 397 mil. A titulação garante segurança jurídica e representa um passo importante para o desenvolvimento rural no estado.

Durante o evento, o ministro Carlos Fávaro destacou o avanço na abertura de mercados internacionais para produtos do agronegócio brasileiro. Segundo ele, o Brasil já alcança mais de 1,1 bilhão de toneladas produzidas nesta safra, com 374 novos mercados abertos para exportação.

As ações do Programa Solo Vivo são realizadas em parceria com a Federação dos Trabalhadores da Agricultura de Mato Grosso (Fetagri-MT) e o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT).

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Fávaro: Proposta de licenciamento ambiental avança sem precarização

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O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse nesta sexta-feira (23) que o projeto da Lei Geral do Licenciamento Ambiental “avança sem precarização”. O chefe da Agricultura disse ainda respeitar o posicionamento contrário da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmando que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é plural.

“Eu respeito o posicionamento dela, talvez ela fazendo uma análise mais profunda do texto pode haver divergências. O governo é plural. As áreas podem ter, em algum momento, conflito de ideias e de pensamentos. Mas eu, particularmente, acho que é um projeto que avança muito sem precarização”, afirmou Fávaro.

Segundo Fávaro, o projeto de licenciamento ambiental pode dar uma grande capacidade para o governo licenciar obras de infraestrutura e garantir “crescimento sustentável”.

“É impossível a gente crescer de forma sustentável sem que a infraestrutura acompanhe e puxe na frente. A gente precisa de mais portos, mais aeroportos, mais ferrovias e mais energia elétrica”, afirmou Fávaro.

Contra a vontade de ambientalistas, o projeto de lei foi aprovado no Senado nesta quarta-feira (21) por 54 votos favoráveis a 13 contrários. A proposta estabelece regras nacionais para os processos de licenciamento, com definição de prazos, procedimentos simplificados para atividades de menor impacto e a consolidação de normas atualmente dispersas.

O texto vai voltar para a Câmara dos Deputados, precisando ser chancelado para então ir à sanção presidencial.

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Acordo entre Brasil e Angola prevê 500 mil ha para produção agrícola

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Durante reunião no Palácio Itamaraty nesta sexta-feira (23), em Brasília, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e João Lourenço, de Angola, discutiram os próximos passos do Programa de Investimento Produtivo Agropecuário Brasil-Angola. O encontro contou com a presença dos ministros da Agricultura dos dois países, Carlos Fávaro e Isaac dos Anjos, além de representantes do setor produtivo.

A iniciativa prevê a cooperação entre produtores rurais brasileiros e angolanos para estimular a produção de alimentos, criar empregos e promover o desenvolvimento social no território angolano. Segundo Fávaro, o programa resulta de articulações iniciadas desde o início do atual mandato de Lula, com foco no combate à fome no continente africano.

Missões técnicas realizadas em Angola ao longo dos últimos meses permitiram que empresários brasileiros conhecessem de perto as condições para produção no país. A partir das visitas, foi elaborado um documento com propostas e condições para viabilizar os investimentos brasileiros.

“Percorremos várias regiões, fizemos reuniões com autoridades e, ao final, construímos um documento simples, direto e objetivo. Nele constam sugestões e condições para que esses produtores brasileiros possam, de fato, começar a produzir em Angola”, disse Fávaro.

O plano inclui proposta de concessão de até 500 mil hectares de terras agricultáveis, com cessões de até 60 anos, renováveis, e definição de áreas contínuas para facilitar a instalação de infraestrutura. “Isso é fundamental. Assim como fizemos no Brasil, quando desbravamos o Cerrado, é preciso ter escala, ter continuidade de áreas para viabilizar os investimentos”, afirmou o ministro brasileiro.

Também estão previstos ajustes na legislação angolana sobre proteção de cultivares, sementes transgênicas e propriedade intelectual.

Outro ponto central da proposta é a criação de um fundo de aval com recursos do fundo soberano de Angola. A medida pode garantir até 75% dos investimentos feitos por produtores brasileiros no país africano.

O programa contempla ainda ações sociais, como a construção de agrovilas com moradias, escolas, postos de saúde e centros técnicos. Também haverá intercâmbio de profissionais para capacitação técnica em ambos os países. Comunidades vizinhas às áreas de produção receberão maquinário, insumos e assistência técnica.

Lula e Lourenço orientaram suas equipes a avançar na redação de um memorando de entendimento para formalizar a parceria. De acordo com Fávaro, o acordo representa um passo estratégico para consolidar o Brasil como referência global em agricultura tropical sustentável, com potencial para fortalecer a segurança alimentar e a inclusão social no continente africano.

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