Sustentabilidade
Pesquisa aponta árvores que se adaptam melhor às mudanças climáticas

Uma pesquisa do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA) identificou espécies de árvores na Grande São Paulo com maior capacidade de resistência aos efeitos das mudanças climáticas. O estudo analisou folhas de 29 espécies de árvores nativas em fragmentos urbanos e periurbanos da Mata Atlântica, revelando seis espécies potencialmente tolerantes.
Essas espécies poderão ser consideradas para a arborização urbana no futuro, desde que atendam a outros critérios, como resistência a patógenos e pragas, além de características de crescimento da copa e das raízes. Os testes foram realizados tanto em campo quanto em laboratório.
Espécies de árvores mais tolerantes identificadas até o momento:
- Cupania vernalis – Camboatá ou Camboatã
- Croton floribundus – Capixingui ou Tapixingui
- Eugenia cerasiflora – Guamirim
- Eugenia excelsa – Pessegueiro-bravo
- Guapira opposita – Maria-mole
- Myrcia tijucensis – Guamirim-ferro
“Compreender quais espécies são mais resistentes aos estressores ambientais é fundamental para o planejamento urbano e a conservação da biodiversidade em regiões metropolitanas”, destaca a pesquisadora do Instituto de Pesquisas Ambientais, Marisa Domingos, que supervisionou o estudo.
O grupo de pesquisa do IPA está começando um novo projeto que visa aprimorar o protocolo de métodos, incluindo novos biomarcadores para classificar o nível de tolerância de árvores nativas da floresta atlântica ao estresse urbano.
O estudo também ampliará o número de espécies analisadas, incluindo aquelas utilizadas em projetos de restauração florestal, e realizará experimentos em câmaras de crescimento para avaliar a resistência das árvores à deposição de poluentes e a eventos climáticos extremos.
O trabalho faz parte do Plano de Desenvolvimento Institucional em Pesquisa (PDIP), financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), dentro do projeto “Desafios para a conservação da biodiversidade frente às mudanças climáticas, poluição e uso e ocupação do solo”.
Segundo os pesquisadores, o estudo contribui como orientação para ações de reflorestamento em ilhas de calor, a preservação da biodiversidade e apoio à formulação de políticas públicas.
“Investir em pesquisa científica e inovação é essencial para desenvolver soluções sustentáveis e eficazes que garantam a resiliência das cidades e a conservação da biodiversidade”, destaca o coordenador do Instituto de Pesquisas Ambientais, Marco Aurélio Nalon.
Sustentabilidade
Atualizações climáticas indicam a prevalência da condição de neutralidade, com chuvas dentro da média para o período no RS – MAIS SOJA

Com elevação dos níveis de água no solo no ultimo mês, atualmente a disponibilidade hídrica é favorável ao crescimento das culturas agrícolas na maioria das regiões do Rio Grande do Sul. Com relação aos fenômenos ENSO, atualmente as projeções climáticas indicam uma condição de neutralidade, evidenciando a baixa influência desses fenômenos até o presente momento.
Embora existam oscilações na temperatura da superfície do mar, tanto o modelo americano quando o europeu (NOAA e ECMWF), indicam uma tendência de prevalecimento da condição de neutralidade para os próximos meses. Vale destacar que a condição de neutralidade não indica a normalidade das chuvas, visto que diversos fatores podem interferir sobre a ocorrências das precipitações, entretanto, no entanto essa condição demonstra uma maior tendência de ocorrência de chuvas dentro da média histórica para os períodos.
Figura 1. Projeção das anomalias da temperatura da superfície do mar (TSM).
As previsões de chuva para os próximos meses no RS (Junho, Julho e Agosto), as projeções do INMET indicam uma tendência da ocorrência chuvas acima da média (anomalia positiva), com algumas regiões no norte do estado podendo apresentar chuvas dentro da média, ou ligeiramente abaixo dela.
As projeções do ECMWF e do NOAA para o período, indicam uma tendência de da ocorrência de chuvas dentro de média, com chuvas abaixo do normal para o norte do Rio Grande do Sul (Figura 2). Já com relação as temperaturas, ambos os modelos indicam a ocorrência de temperaturas acima da média, para a maioria das regiões do RS para o período.
Figura 2. Projeção climática mensal, válido para Junho, Julho e Agosto.

Confira abaixo o boletim completo com as atualizações trazidas por Bárbara Sentelhas em mais um ClimaCast – RTC.
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Sustentabilidade
RS: Estado terá chuvas e possibilidade de tempestades nos próximos dias – MAIS SOJA

O Rio Grande do Sul enfrentará, nos próximos dias, a atuação de diversos sistemas meteorológicos, resultando em um cenário de instabilidade, com chuvas de fraca a moderada intensidade e possibilidade de tempestades isoladas em diferentes regiões.
A instabilidade deve atingir o estado entre sexta-feira e sábado. A tendência para o início da próxima semana indica a formação de novas áreas de instabilidade sobre o RS.
Sexta-feira (23/5): o tempo seguirá estável, com características típicas de amplitude térmica: madrugadas frias e elevação das temperaturas ao longo do dia.
Sábado (24/5): a aproximação de uma área de baixa pressão vinda do Oceano Atlântico Sul provocará chuvas generalizadas em todo o território. Há risco de tempestades isoladas, que inicialmente devem atingir as regiões das Missões e Fronteira Oeste, avançando posteriormente para a Campanha, região Central e Sul do estado.
Domingo (25/5): a instabilidade persiste, com possibilidade de novas tempestades, especialmente no Leste.
Segunda-feira (26/5): o desenvolvimento de uma nova área de baixa pressão no Noroeste do estado favorecerá a ocorrência de chuvas e a possibilidade de tempestades em todas as regiões.
Terça-feira (27/5): a chuva se deslocará pelo estado, com atuação mais intensa no Norte. Além disso, uma segunda área de baixa pressão, vinda da Argentina, avançará sobre o RS, provocando chuvas generalizadas e potencial para ventos fortes, principalmente no Litoral.
Quarta-feira (28/5): a atuação desses sistemas deve se encerrar até o início do dia, com gradual restabelecimento da estabilidade no estado.
O prognóstico para os próximos seis dias indica acumulados de chuva elevados no RS. As precipitações deverão ser generalizadas, com os maiores volumes concentrando-se em uma extensa área que abrange a Fronteira Oeste, Missões, regiões centrais, centro-norte do estado, Campanha e Região Metropolitana.
Nessas áreas, os acumulados deverão ultrapassar os 50 mm, com possibilidade de volumes superiores a 100 mm, especialmente entre a Fronteira Oeste, Campanha e o centro do estado. Já para o Litoral, partes da Serra, Alto Uruguai, Costa Doce e extremo Sul, são esperados acumulados menores, variando entre 10 mm e 50 mm.
O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia.
Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação
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Sustentabilidade
Análise Ceema: Cotações do milho subiram nesta semana em Chicago – MAIS SOJA

Por Argemiro Luís Brum
As cotações do milho, em Chicago, também subiram nesta semana. O primeiro mês cotado fechou a quinta-feira (22) em US$ 4,63/bushel, contra US$ 4,48 uma semana antes. Um mês antes o bushel do cereal valia US$ 4,75, enquanto um ano atrás o mesmo era cotado a US$ 4,61.
Dito isso, até o dia 18/05 a área semeada com milho, nos EUA, atingia a 78%, contra 53% na média histórica, confirmando o rápido plantio neste ano graças a um clima favorável. Além disso, 50% das lavouras semeadas haviam germinado até o dia 18/05, contra 40% na média.
Já no Brasil, os preços do cereal continuam com viés de baixa. A média gaúcha fechou a semana em R$ 64,37/saco, porém, as principais praças negociaram o produto a R$ 61,00. Em paralelo, nas demais regiões do país os preços giraram entre R$ 53,00 e R$ 68,00/saco.
A possibilidade de uma safrinha cheia no Brasil, associada a uma produção mundial importante, puxa para baixo o preço do cereal. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) atingiu, na semana anterior, o menor patamar nominal desde janeiro, segundo o Cepea. Até o momento, o clima transcorre positivamente no Brasil. Diante disso, “parte dos consumidores brasileiros prefere se afastar do mercado e aguardar novas reduções de preços para recompor os estoques”.
Enquanto isso, a colheita de milho safrinha, no Paraná, teria sido realizada em 1% da área neste momento, segundo o Deral, sendo que 19% da área semeada está em maturação, com a colheita devendo aumentar sensivelmente na segunda quinzena de junho. Apenas “o milho plantado mais cedo apresenta perdas significativas, em alguns casos, por conta da falta de chuva em momentos anteriores”. O Paraná espera um crescimento de 26% na segunda safra de milho em relação ao ano anterior. Além do clima favorável nas últimas semanas, colabora para isso o aumento de 7% na área semeada.
Em tal contexto, a segunda safra de milho brasileira está estimada, agora, em um recorde de 112,9 milhões de toneladas, com alta de 10,5% sobre o ano anterior. A área semeada com a safrinha seria de 17,9 milhões de hectares, ganhando um milhão sobre o ano anterior. A popular safrinha de milho responde por mais de 75% da produção total do cereal no Brasil. A produtividade média esperada é de 105 sacos/hectare, ou seja, 4,1% acima do registrado no ano anterior. Com isso, a produção total de milho no país, contrariando estimativas anteriores, poderá atingir a 140 milhões de toneladas, sendo esta a segunda maior safra da história nacional, após as 141,8 milhões de toneladas obtidas na safra 2022/23. A área total semeada com milho no país atingiria a 22,2 milhões de hectares (cf. Agroconsult).
Por outro lado, a comercialização da presente safra atinge a 32,4% do total a ser colhido.
O que passa a preocupar, agora, é o surgimento da gripe aviária e a possibilidade, se o problema se alastrar, de uma redução no consumo de milho devido ao abate de animais contaminados e, portanto, uma queda ainda mais intensa no preço do cereal. Por enquanto, espera-se um consumo interno de 96,7 milhões de toneladas, enquanto as exportações podem atingir a 42,8 milhões.
Fonte: Informativo CEEMA UNIJUÍ, do prof. Dr. Argemiro Luís Brum¹
1 – Professor Titular do PPGDR da UNIJUÍ, doutor em Economia Internacional pela EHESS de Paris-França, coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA (FIDENE/UNIJUÍ).
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