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crescem as exportações de ovos mineiros aos EUA

As vendas de ovos de galinha, produzidos em Minas Gerais, e exportados aos Estados Unidos apresentaram crescimento, segundo a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa). De acordo com a pasta, o surto de Influenza Aviária que atingiu as aves americanas, gerou um efeito cascata que se mostrou uma excelente oportunidade para as vendas brasileiras – e Minas Gerais é um grande protagonista nesse cenário.
Os Estados Unidos são o segundo maior produtor global de ovos. No entanto, com a doença, eles precisaram abater os rebanhos de aves, o que gerou uma maior necessidade de importar o alimento. O país viu no Brasil um fornecedor para sua demanda por ovos e países que tradicionalmente compravam dos americanos, como México e Canadá, também vieram em busca dos produtos brasileiros. “Isso é uma janela de oportunidade para Minas Gerais”, explica a assessora técnica do Programa AgroExporta, da Seapa, Manoela Oliveira.
Segundo Manoela, o crescimento da demanda americana por ovos beneficia todo o país, mas há dois polos avícolas em Minas que saem na frente. A região de Montes Claros, no Norte do estado, se destaca pela posição logística privilegiada, servindo como um “hub” para outras regiões; e o sul de Minas, com destaque para o município de Pouso Alegre, que emerge como um núcleo tecnológico da avicultura.
Manoela também informa que o Sul de Minas conta com cooperativas de ovos estruturadas, e o fato de estar próximo a São Paulo e de centros de pesquisas de genética avícola fazem com que essa área responda por um percentual alto da produtividade no estado, combinando uma escala industrial com o acesso a mercados de consumidores.
“Minas Gerais conta com um rebanho de postura de cerca de 21 milhões de cabeças, ou seja, 8% do efetivo nacional. Temos uma cadeia produtiva altamente tecnificada e o perfil dos produtores rurais é um perfil de qualificação. Temos também um sistema de defesa sanitária reconhecido, executado pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA)”, informa Manoela.
Minas responde por 7% dos ovos produzidos no Brasil, cerca de 431 milhões de dúzias por ano. Esses pontos, somados ao crescimento de 266% no valor exportado só nesse primeiro trimestre, mostram que a demanda está sendo redirecionada para Minas Gerais, completa a assessora.
Sem risco
Apesar da alta demanda pelo produto, as análises da Secretaria de Agricultura revelam que não há risco de desabastecimento. O quantitativo de ovos para exportação representa apenas 1% da produção total de Minas, o que deixa 99% para atender ao mercado interno.
“Não há risco nem a curto, nem a médio prazo de desabastecimento, porque essa proporção cria uma reserva de segurança. Para causar um impacto significativo na disponibilidade doméstica, teria que haver um aumento muito súbito e expressivo da demanda internacional, e os preços no mercado externo teriam que aumentar drasticamente, além de ter uma capacidade ociosa das granjas mineiras, que não é o que ocorre”, informa Manoela.
Perspectivas
Manoela explica que Minas Gerais exporta praticamente o dobro de ovos em comparação ao mesmo período do ano passado. “No primeiro trimestre nós fechamos com US$ 4 milhões em receita e 2 mil toneladas em volume. Para o próximo trimestre, devemos alcançar cerca de US$ 8 milhões em vendas e pouco mais de 4 mil toneladas de ovos para exportação”, conclui Manoela.
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Café: CMN aprova R$ 7,188 bilhões para o Funcafé

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou R$ 7,188 bilhões para o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) em 2025.
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A resolução foi publicada nesta quinta-feira (22), no BC Correio, após a reunião ordinária do colegiado. O montante aprovado é dos recursos consignados no Orçamento Geral da União (OGU).
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Erva-mate do Paraná ganha reconhecimento de importância global pela FAO

O sistema de cultivo sombreado da erva-mate nas florestas de araucárias do Paraná foi reconhecido, nesta quarta-feira (21), como Patrimônio de Sistemas Agrícolas de Importância Global (Giahs) pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
A prática agrícola é a segunda do Brasil a receber o título, ao lado do sistema dos apanhadores de flores sempre-vivas da Serra do Espinhaço, em Minas Gerais.
A técnica, desenvolvida por povos indígenas e comunidades tradicionais do estado, utiliza o sombreamento natural das florestas nativas, especialmente de araucárias, para o cultivo da planta. Estima-se que 70% da produção do Paraná utilize esse modelo, considerado sustentável por manter a biodiversidade e reduzir a degradação ambiental.
O Paraná é o maior produtor nacional de erva-mate, com uma cadeia que envolve cerca de 30 mil famílias e movimenta R$ 1,3 bilhão por ano, conforme dados do Valor Bruto da Produção (VBP) de 2023. O cultivo sombreado favorece a concentração de componentes como taurina e teobromina, valorizados pelas indústrias de chás, energéticos e cosméticos.
O reconhecimento internacional também deve impulsionar o posicionamento do produto no mercado global. Segundo o engenheiro florestal Avner Paes Gomes, do IDR-Paraná, o cultivo funciona como um consórcio florestal, em que a erva-mate é produzida em meio a outras espécies vegetais nativas.
Além do Paraná, a FAO incluiu outros cinco sistemas agrícolas no Giahs nesta semana, localizados no México, Espanha e China. O título é concedido a práticas agrícolas que demonstram equilíbrio entre produção de alimentos, conservação ambiental e cultura local.
O governo paranaense desenvolve políticas de incentivo à profissionalização da cadeia produtiva por meio do programa Vocações Regionais Sustentáveis (VRS), promovido pela Invest Paraná. O trabalho inclui capacitação técnica, controle de pragas e orientação sobre colheita e seleção de mudas.
Desde 2017, a erva-mate de São Mateus do Sul possui Indicação Geográfica (IG), concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). O selo atesta a qualidade e a tradição da produção na região sul do estado.
O Paraná lidera rankings de sustentabilidade no Brasil, com destaque para a redução do desmatamento ilegal da Mata Atlântica, expansão de matas ciliares e programas de recuperação de nascentes. O título concedido pela FAO reforça esse posicionamento e amplia a visibilidade do modelo agrícola sustentável praticado no estado.
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Indústria aponta queda de 16% no consumo de café no Brasil

A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) divulgou hoje (22), em São Paulo, dados que apontam para uma queda no consumo do café pelos brasileiros. Na comparação entre o quadrimestre de 2024 e o de 2025, há uma diminuição das sacas vendidas de – 5,13%.
De janeiro a abril de 2024, a entidade registrou vendas de 5.010.580 sacas. Já na comparação com os quatro primeiros meses de 2025, a comercialização caiu para 4.753.766 sacas.
O pico da diminuição no comércio do produto foi em abril. Na comparação com abril de 2024, o consumo caiu 15,96%.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço do café no Brasil subiu 80% entre abril de 2024 e abril de 2025.
Eventos climáticos, aumento do consumo no mundo e a entrada da China no mercado global foram alguns dos responsáveis pelo aumento no preço do café e, consequentemente, pela queda no consumo do produto no país, segundo a própria Abic em matéria da Agência Brasil em fevereiro.
Quadrimestre
Os dados do quadrimestre deste ano até chegaram a abrir com números positivos. Na comparação de janeiro de 2024 com janeiro de 2025 houve incremento de +1,26% de vendas de sacas. Na mesma comparação, só que para o fevereiro de 2024 e o mesmo mês deste ano, o aumento foi de + 0,89%.
Em março, porém, apareceram os primeiros sinais de queda: em março de 2025 o recuo foi de -4,87% nas vendas de sacas na comparação com o mesmo mês de 2024.
A queda mais expressiva surgiu na comparação de abril de 2024 e de 2025, quando houve diminuição de -15,96% de sacas vendidas.
Os dados da Abic dizem respeito ao consumo do café no varejo, o que representa de 73% a 78% do consumo interno do país
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