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. . . . . . . . . . . . . . . 14 de May de 2025

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Padeiro sente falta do sítio e volta ao campo para produzir bananas

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Muitas são as histórias de produtores que passaram a maior parte da vida no campo e em um determinado momento partiram para a cidade, mas acabaram retornando porque a saudade de mexer com a terra sempre acaba falando mais alto. E entre estes está o “seo” Vantuir Benedito Pereira, que há seis anos voltou para o sítio onde cresceu e hoje tem a produção de bananas como carro-chefe.

O produtor passou a infância e a maior parte da vida no campo. Quando morou na cidade, trabalhou em supermercado e chegou a ser dono de padaria.

Hoje, com a enxada nas mãos e o comprometimento de quem olha para o futuro, “seo” Vantuir vai escrevendo novas páginas na história do Sítio Nossa Senhora Aparecida. O trabalho é manual, debaixo do sol forte que aquece a terra em Nova Brasilândia, exigindo esforço do produtor que não tem dúvidas: cada gota de suor vale a pena e será recompensada.

“Não tem como você fazer um plantio sem ter dor de cabeça, sem ter trabalho. Sem trabalhar você não arruma, né? Não pode ter preguiça. Plantador de banana tem que suar. Se não suar, ele não chega no objetivo que ele quer”, diz o produtor ao programa Senar Transforma desta semana.

E o do “seo” Vantuir é expandir a área destinada à produção de bananas. Em breve, 400 mudas serão plantadas na área destinada ao bananal.

Foto: Israel Baumann/Canal Rural Mato Grosso

Diversificação para tornar mais produtiva

O Sítio Nossa Senhora Aparecida é um exemplo de como a agricultura familiar investe na diversificação para tornar a propriedade mais produtiva.

Embora a propriedade seja chamada de sítio pelo “seo” Vantuir, ela tem dimensões de uma fazenda. São 160 hectares divididos entre áreas nativas, reserva legal, pastos arrendados e os três hectares de pomar e horta, que garantem a maior parte da renda do produtor.

“O carro-chefe é a banana. Mas, planto melancia, mandioca. Tenho uma hortinha para meu consumo. Tenho uma área de pecuária. Hoje, se você não tiver muitas coisas no sítio… Fazenda já fala fazendo. Todo dia você gasta nela. Tem que ter muito jeito de ganhar dinheiro, se não você não dá conta “.

A propriedade é uma herança do pai e do avô. O produtor chegou ao local com apenas três anos. Chegou a morar em Nova Brasilândia para estudar e depois foi para Cuiabá, onde trabalhou 12 anos e chegou a trabalhar em um supermercado.

“Até então era um cara que só mexia com fazenda. Aprendi muita coisa. Voltei e fui trabalhar uma temporada na fazenda e aí comprei uma panificadora em Planalto da Serra. Outro aprendizado”.

“Seo” Vantuir conta à reportagem do Canal Rural Mato Grosso que enquanto ainda tinha a panificadora se dividia entre ela e o sítio. Ou seja, se dividia entre duas cidades.

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Foto: Israel Baumann/Canal Rural Mato Grosso

Conhecimento que vem para o bem

Há seis anos o produtor resolveu voltar de vez para o campo e o sonho de viver dele ficou mais forte desde que começou a ser atendido pelo programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), do Senar Mato Grosso, há três anos.

Hoje “seo” Vantuir dedica para as bananas um hectare e meio e no restante da área diversifica.

“Agora quero dar uma alavancada. Quero plantar três hectares só de banana. Vou fazer uma irrigação boa. Futuramente eu penso em abrir mais. Meu projeto é chegar a seis hectares de banana. Terra tem muita”.

Mensalmente o técnico de campo da ATeG Fruticultura Dhiego Pereira Krause visita a propriedade e leva um dos principais insumos para quem busca resultados cada vez melhores: o conhecimento!

Quando chegou ao sítio Nossa Senhora Aparecida, Dhiego lembra que se deparou com uma queda de parte do bananal do produtor. Ao verificar a situação, observou que havia broca no local.

“Analisamos o que dava para fazer e uma tomada de ação foi eliminar aquela banana. Nós trocamos a cultura da área. E viemos com uma coisa que ele não fazia na época, que era o tratamento de muda. Isso já evita muita incidência de broca no bananal”.

No novo plantio de bananas vários tratos culturais foram recomendados pelo técnico do Senar Mato Grosso. Desde a profundidade das covas ao espaçamento entre elas, além de análise do solo, adubação correta e correção do Ph do solo.

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Foto: Israel Baumann/Canal Rural Mato Grosso

Orientações que rendem frutos e exemplos

As orientações garantiram maior proteção e elevaram o potencial de desenvolvimento das bananeiras. Dali pra frente o foco era aprimorar os tratos culturais das plantas, com técnicas de manejo até então desconhecidas pelo “seo” Vantuir.

“Muita coisa [mudou]. Eu já cheguei a colher 16 quilos. Então para mim é significante. A maioria não consegue. A gente fica animado. Porque você trabalhar uma adubação boa, deixar três pés [mãe, filha e neta], não tem como dar erro. A produção vai vir boa”.

Entre as orientações repassadas pelo técnico de campo da ATeG Fruticultura, após as iniciais, estão preventivas de pós-plantio, como a aplicação de fungicida para o controle do mal da sigatoka e a desfolha.

“Todos esses tratos culturais visam elevar o aproveitamento da cultura, da nutrição para o cacho. Eliminar a última penca, o coração, as folhas que são desnecessárias, é tudo para a cultura ter um maior aproveitamento de nutrição”, frisa Dhiego.

E objetivando justamente a otimização dos recursos existentes hoje e nutrientes da terra, que é o que o “seo” Vantuir e o Dhiego, resolveram testar o cultivo consorciado de bananas e mandioca.

“O objetivo ali é aproveitar um pouco da nutrição e da água para produzir duas culturas. Ele é um produtor que você vem com as ideias e ele aceita. Ele é muito curioso, também”.

E o resultado obtido do cultivo consorciado de bananas e mandioca agradou tanto produtor quanto técnico de campo.

“Com o consórcio a gente tem que tomar cuidado para uma cultura não competir com a outra. Ele não teve isso e conseguiu o mesmo resultado que cultivando separadamente”, destaca o técnico de campo.

Cada recomendação do profissional do Senar foi seguida à risca pelo “seo” Vantuir. O produtor que não via a hora de deixar a vida da cidade para retornar ao campo, sabe a importância do apoio que tem recebido.

“Você aprende muita coisa. O Senar me ensinou a técnica e depois a administração. Eu plantava e produzia. Não fazia um planejamento de mês. Eu não sabia quantas caixas de banana estava vendendo por mês. Isso é um aprendizado que a gente fica muito alegre”, afirma “seo” Vantuir.

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Intenção de confinamentos em MT apresenta redução de 24,99% quando comparado a 2024  

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O primeiro levantamento das intenções de confinamento, realizado em abril, fechou em 669,44 mil animais no cocho, uma queda de 24,99% em relação a outubro de 2024. Segundo a pesquisa realizada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a perspectiva mostra também um volume 7,65% inferior em relação à projeção no mesmo período do ano passado. 

A retração na perspectiva de volume confinado, segundo o Instituto,é normal nos primeiros levantamentos do ano. 

Apesar da alta no preço do boi gordo, a relação de troca com o principal insumo energético (o milho que encareceu devido a alta demanda e queda na produção da safra 2023/24), reduziu, aumentando o custo da diária confinada para R$ 12,42 por cabeça por dia. 

A pesquisa mostra que 69,57% dos entrevistados, de um total de 115 participantes, já haviam decidido realizar a terminação em confinamento. Por outro lado, 23,48% não irão confinar animais para engorda, enquanto 6,96% ainda não tomaram uma decisão definitiva até o momento. 

A redução concentra nos confinamentos de médio porte, enquanto confinadores com estruturas menores e maiores indicaram aumento na intenção de confinar. Conforme o Imea, se os preços do boi gordo continuarem avançando, o número de confinadores intermediários tende a ser ajustado nos próximos meses do ano. 

Já na previsão de envio de animais para abate, a maior concentração está projetada para ocorrer no 2º trimestre do ano, com 35,72% do total de gado projetado para engorda em confinamento. 

Aumento custo da diária e proteção de preços 

Com a valorização do milho, observa-se na pesquisa um aumento na diária de confinamento em relação ao consolidado de 2024 que sai de R$ 11,84 por cabeças por dia para R$ 12,42 por cabeça por dia. 

Essa valorização do milho está fortemente relacionada à crescente demanda por parte das usinas e a queda na produção na safra 2023/24. 

Neste ano, conforme o Imea, o uso da bolsa de valores como ferramenta de proteção recuou de forma significativa. Em 2024, 22,75% dos entrevistados relataram ter utilizado essa estratégia. Já em 2025, o percentual caiu para 4,55%.


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Geraldo Alckmin: ‘vou trabalhar no STF para liberar a Ferrogrão e ampliar a armazenagem’

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O presidente em exercício do Brasil, Geraldo Alckmin, afirmou na manhã desta quarta-feira (14) durante a abertura do 3º Congresso Abramilho que irá trabalhar no Supremo Tribunal Federal (STF) a liberação da Ferrogrão.

Realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Sorgo (Abramilho), o evento ocorre em Brasília (DF).

O Brasil prevê colher mais de 120 milhões de toneladas de milho na safra 2024/25 e muitos são os desafios enfrentados pela cultura. Armazenagem, logística, crédito e seguro rural são alguns dos gargalos que impactam a produção do cereal, que é um grande gerador de alimentos, biocombustíveis, bioenergia e créditos de carbono.

Com os “quatro desafios” anotados, Geraldo Alckmin pontuou quanto ao Plano Safra 2025/26 que este precisa ser ainda maior que os dois últimos.

“Nós defendemos até o planejamento de longo prazo para todo ano não ter esse estresse do problema de crédito. E o seguro rural vai ter que crescer, porque as mudanças climáticas são uma realidade”.

Foto: Assessoria de Imprensa Abramilho

Estímulo à descarbonização

O presidente em exercício, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), ressaltou que o milho é um produto de sua importância para o Brasil, em especial para o clima, principalmente neste momento em que o mundo discute a descarbonização.

“O Brasil tem mais de 85% da frota de veículos flex. Já foram feitos os testes para passar o etanol de 27% para 30% [na mistura da gasolina] e todos deram positivos. E ainda produz o DDG para a ração animal e exportação. Aliás, a China, que já tinha aberto mercado para o sorgo, agora abriu o mercado para o DGG. Então, abre uma enorme possibilidade de exportação do DDG também”.

Ainda durante a abertura do Congresso Abramilho, Geraldo Alckmin anunciou que nos próximos dias o governo federal irá lançar o “IPI Verde”, com a redução na alíquota do Imposto sobre Produtos Importados (IPI) sobre veículos elétricos, híbridos e movidos a etanol.

“Nós vamos reduzir o IPI para poder estimular a descarbonização e ajudar a combater as mudanças climáticas”, frisou.

Armazenagem não acompanha a produção

O Brasil possui um déficit de armazenagem que cresce em torno de cinco milhões de toneladas ao ano, de acordo com o presidente da Abramilho, Paulo Bertolini, o que gera prejuízos até mesmo para as indústrias, que acabam tendo que encontrar meios para aguardar o cereal.

“Os Estados Unidos conseguem armazenar uma safra e meia. Precisamos mudar isso. Crescemos em torno de 10 milhões de toneladas por ano na produção de milho. E, não demora muito para sermos o país do milho, superando outros grãos, com o sorgo vindo junto”.

Segundo o presidente em exercício Geraldo Alckmin, a questão da armazenagem será incluída “na nossa pauta estratégica. Vamos ao trabalho”.


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Produtores negociam 45,04% do milho 24/25 em Mato Grosso

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Enquanto a comercialização do milho 2023/24 caminha para o seu fim, somando 99,17% da produção, as negociações do cereal em Mato Grosso referente a safra 2024/25 alcançam 45,04% da produção esperada de 48,885 milhões de toneladas.

A valorização de 2,88% do preço médio da saca de 60 quilos em abril, ante março, foi um dos principais fatores para o impulsionamento de 4,73 pontos percentuais nas vendas na variação mensal.

Dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) mostram que a saca do cereal fechou em abril negociada em média a R$ 47,71.

“Além disso, a definição mais precisa do volume a ser produzido pelos produtores favoreceu o aumento das vendas no mês. Com esse desempenho, a comercialização está 12,29 pontos percentuais adiantada em relação ao mesmo período da safra passada. No entanto, ainda permanece 11,97 pontos percentuais inferior à média registrada nas cinco safras anteriores”.

Em relação ao ciclo 2025/26 de milho, cujo plantio inicia em janeiro do próximo ano, já foram negociadas 3,81% da produção estimada, avanço de 2,13 pontos percentuais na variação mensal.

“Esse cenário reflete a valorização de 6,03% no preço no último mês, com média de R$ 46,09 a saca. Desse modo, o volume negociado está 2,35 pontos percentuais acima do registrado no mesmo período da safra 2024/25”.


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