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. . . . . . . . . . . . . . . 14 de May de 2025

Sustentabilidade

Análise Ceema: Cotações do milho foi de constantes altas durante esta semana em Chicago – MAIS SOJA

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Por Argimiro Luís Brum

Contrariamente à soja, a cotação do milho, em Chicago, foi de constantes altas durante esta semana, mesmo que de intensidades pequenas. O bushel do cereal fechou esta quinta-feira (10), dia de anúncio de mais um relatório de oferta e demanda do USDA, em US$ 4,83, contra US$ 4,57 uma semana antes.

O relatório, para o ano de 2024/25, aumentou em um milhão de toneladas a produção mundial, porém, reduziu em pouco mais de um milhão de toneladas os estoques finais mundiais. Já os estoques finais estadunidenses foram reduzidos em dois milhões de toneladas. O restante ficou praticamente igual ao relatório de março.

Dito isso, as exportações de milho, por parte dos EUA, na semana encerrada em 03/04, atingiram a 1,6 milhão de toneladas, ficando no limite superior esperado pelo mercado. Com isso, o total exportado no atual ano comercial atingiu a 35,6 milhões de toneladas, sendo este volume 30% superior ao mesmo período do ano passado.

E aqui no Brasil, os preços do cereal recuaram nesta semana, seguindo uma tendência que começou no início de abril. Os compradores, diante das fortes altas do cereal anteriormente, recuaram, pois já estão bastante abastecidos, ficando na expectativa de novas entradas de milho a partir da finalização da colheita de verão. Em paralelo, os vendedores, preocupados com o recuo nos preços, tentaram acelerar as vendas no mercado físico de balcão. Muitas das atenções se voltam, agora, para o comportamento climático junto à safrinha. Por outro lado, a guerra comercial imposta pelos EUA ao mundo, pode elevar a demanda pelo milho brasileiro, porém, com o consumo interno crescendo, será preciso uma excelente safra para podermos aumentar os volumes exportados. No momento, não é o caso.

Tanto é verdade que a produção total de milho no Brasil, em 2024/25, vem sendo estimada menor do que o consumo no país, agora incrementado pela demanda do produto para a fabricação de etanol. Não se descarta até mesmo importações maiores do cereal neste ano. Além disso, a safrinha está longe de ser garantida, pois apenas encerrou o seu plantio e muitas incertezas climáticas se fazem presentes. Para analistas do Rabobank, banco holandês, em sendo a produção final de 126 milhões de toneladas, e o consumo sendo esperado ao redor de 91 milhões de toneladas (incluindo a produção para etanol), retirando os estoques, que são curtos no momento, o país poderá exportar três milhões de toneladas a menos do que o fez no ano anterior. Ou seja, algo em torno de 36 milhões de toneladas. Pesa ainda neste raciocínio o fato de o milho brasileiro estar mais caro do que o dos concorrentes. Os preços estão em torno de 40% mais caros, na exportação, em relação ao ano anterior. Já as importações geralmente estão concentradas no Paraguai, de onde o Brasil trouxe 1,6 milhão de toneladas em 2024. Nos últimos 10 anos, o maior volume importado de milho, pelo Brasil, foi em 2021 com 3,2 milhões de toneladas. No atual ano comercial, nos primeiros seis meses do ano, as importações aumentaram 60% em relação ao ano anterior. A maior parte vinda do Paraguai.

Por sua vez, segundo a Conab, o plantio do milho segunda safra está concluído neste momento no país. Enquanto isso, a colheita do milho de verão chega a 60% da área cultivada, contra 54,8% na média dos últimos cinco anos. No Rio Grande do Sul, a mesma atingia a 83% da área, no dia 03/04, contra 70% na média histórica para esta data (cf. Emater). E no Paraná, segundo o Deral, já há perdas irreversíveis na safrinha de milho. Com 40% das lavouras em floração e 13% em frutificação, o referido Estado apresentava 12% das lavouras em condições ruins e 23% em situação média no dia 07/04.

E no Mato Grosso, conforme o Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária), a safrinha 2023/24 está com 98,9% comercializada, enquanto a de 2024/25 alcança 41,9% já vendida. Nesta última safra, as vendas estão 16,7 pontos percentuais maiores do que a safra anterior, nesta época. Segundo ainda o Instituto, o preço médio do milho, para a safra 2024/25, no Mato Grosso, ficou em R$ 46,65/saco, com avanço de 3,4% sobre fevereiro/25. Enfim, a futura safra 2025/26 está com 1,9% da produção prevista já comercializada, com preço médio de R$ 43,47/saco.

E na exportação, a Secex informou que, nos quatro primeiros dias úteis de abril, o Brasil vendeu 9.898 toneladas do cereal, com a média diária ficando 17,7% abaixo do registrado em abril do ano passado. O preço médio pago pela tonelada do milho brasileiro caiu 35,4%, passando de US$ 359,90, registrados em abril de 2024, para US$ 232,60 registrados até aqui no quarto mês de 2025.

Enfim, vale destacar que, entre fevereiro e março de 2025, o diferencial médio de preços de milho (R$/saco), entre Sorriso (MT) e o Porto de Paranaguá (PR), atingiu o menor patamar desde 2021, ano em que o país passou pelo déficit mais profundo do cereal registrado na série histórica, com menos 6,4 milhões de toneladas.

“O preço do milho em Sorriso teria atingido a R$ 76,00/saco em 25 de março de 2025, nível próximo à sua máxima histórica do período, que foi de R$ 78,50/saco, ocorrido em 2021. Mesmo que o preço do cereal, nos portos, também tenha experimentado valorizações, as altas internacionais foram percentualmente mais significativas, resultando em diferenciais mais apertados. Além disso, com os preços domésticos mais atrativos que a paridade de exportação, de forma consistente ao longo de 2024 e 2025, os incentivos para vendas externas nos portos são limitados. A expectativa é que os preços do milho, em especial na região Centro-Oeste, sigam em patamar relativamente elevado até o ingresso do milho safrinha 2025, esperado apenas em junho” (cf. Datagro).

Fonte: Informativo CEEMA UNIJUÍ, do prof. Dr. Argemiro Luís Brum¹

1 – Professor Titular do PPGDR da UNIJUÍ, doutor em Economia Internacional pela EHESS de Paris-França, coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA (FIDENE/UNIJUÍ).



 


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Sustentabilidade

MS: Maioria das lavouras de milho do Estado está em boas condições, aponta Aprosoja/MS – MAIS SOJA

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A Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul  (Aprosoja/MS) acompanha o desenvolvimento do milho segunda safra 2024/2025. De acordo com o projeto SIGA-MS, executado pela Aprosoja/MS, o plantio do milho foi concluído com duas semanas de antecedência em relação à safra 2023/2024.

Todas as regiões do estado estão entre os estádios fenológicos vegetativo e reprodutivo. Nas regiões nordeste, norte, centro, oeste, sudeste e sudoeste as condições são predominantemente boas, variando de 74,9% a 97,0%. As condições regulares nessas regiões são de até 16,3%, enquanto as condições ruins chegam a até 12,8%.

Por outro lado, as regiões sul-fronteira e sul apresentam condições abaixo do potencial das demais regiões. Nessas áreas, pode-se encontrar lavouras com até 18,5% em condições ruins. As condições regulares variam entre 18,6% e 42,1%, e as boas condições estão entre 53,1% e 62,0%

A atual segunda safra de milho ocupa aproximadamente 47% da área destinada à soja no Estado, uma redução significativa em comparação aos 75% que já ocupou anteriormente. A cultura tem perdido força devido ao alto custo de produção e às condições climáticas adversas que estão afetando seu desenvolvimento. Esses fatores aumentam o risco associado à atividade.

Nesta safra, 70,5% do milho foi plantado entre a segunda semana de fevereiro e terceira semana de março. “A segunda safra de milho apresenta um ótimo potencial produtivo. Isso se deve ao bom volume de chuvas em abril, que beneficiou principalmente as lavouras de milho que estavam nos estádios fenológicos entre V10 e R2. Estima-se que 50% das lavouras estavam nesse período fenológico em abril. No entanto, ainda existe o risco de estiagem e geadas até o final do ciclo da cultura. Há expectativa que a colheita se inicie no final de maio e se estenda até a última semana de agosto. Contudo, o pico da colheita deve acontecer no mês de julho”, aponta o engenheiro agrônomo da Aprosoja/MS, Flavio Aguena.

Mercado

O preço da saca do milho, em MS, desvalorizou 5,15% entre os dias 05/05 a 15/05/25, e foi negociada ao valor médio de R$ 59,88 em 12/05/25

Mais informações sobre as lavouras de soja e milho, clima e mercado de grãos, podem ser obtidas aqui.

Fonte: APROSOJA MS



 

FONTE

Autor:Crislaine Oliveira/Aprosoja MS

Site: Aprosoja MS


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Sustentabilidade

Ferramentas de análises moleculares elevam precisão e segurança no uso de bioinsumos na agricultura – MAIS SOJA

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A cena é cada vez mais comum: produtores rurais tomando decisões com base em laudos genéticos do solo, escolhendo bioinsumos com rastreabilidade comprovada e ajustando o manejo com precisão científica. O que parecia coisa de laboratório, agora faz parte da rotina no campo. Graças ao avanço de ferramentas para análises moleculares como qPCR, metagenômica e sequenciamento genético, a agricultura brasileira vive uma verdadeira revolução silenciosa — que promete mais produtividade, sustentabilidade e segurança.

Um dos principais defensores dessa nova abordagem é o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da GoGenetic, Eduardo Balsanelli, pós-doutor em Biologia Molecular, que recentemente participou do Workshop de Bioinsumos e Inovação, promovido pela ANPII Bio, em Curitiba (PR). Para ele, o evento foi uma vitrine importante para apresentar o que há de mais avançado no controle de qualidade de bioinsumos. “Estamos substituindo a era das suposições pela cultura de decisões baseadas em dados concretos — seja na seleção de produtos biológicos, no diagnóstico da saúde do solo ou na identificação de contaminações”, destacou.

Em sua palestra Taxonomia Microbiana na Era Molecular, Eduardo apresentou como o uso da biologia molecular não só garante mais segurança no campo, como também transforma a ciência em uma aliada direta do produtor. “Hoje conseguimos mostrar a presença de microrganismos benéficos no solo e identificar contaminações antes que causem prejuízos, permitindo um manejo muito mais eficiente e responsável”, explicou.

Essa transformação impacta diretamente a competitividade do setor agrícola nacional. Com dados confiáveis em mãos, o produtor rural ganha clareza sobre o que está aplicando, evita desperdícios e contribui para uma agricultura regenerativa — alinhada às exigências globais por rastreabilidade e segurança alimentar. “O Brasil tem um papel central nesse cenário, tanto pela sua vocação agrícola quanto pela capacidade de inovação do setor. E estamos preparados para liderar essa evolução com soluções genéticas de ponta”, conclui Eduardo.

A GoGenetic aposta em um crescimento sólido do mercado de bioinsumos nos próximos anos, puxado por três grandes forças: a busca por sustentabilidade, a exigência por qualidade comprovada e o avanço da biotecnologia como ferramenta prática e acessível ao dia a dia da lavoura.

Sobre a GoGenetic Agro

A GoGenetic Agro é uma empresa referência em análises moleculares e inteligência de dados genéticos para o agronegócio, promovendo sustentabilidade, inovação e aumento da produtividade no campo. Pioneiros na descoberta de novos microrganismos com potencial agronômico, apoia empresas no controle de qualidade de bioinsumos para a indústria e no manejo baseado em dados obtidos através da Plataforma GoSolos, que explora a metagenômica do solo. Com tecnologia de ponta e uma equipe técnica altamente especializada, a GoGenetic Agro oferece produtos e serviços que entregam resultados reais para produtores em todo o Brasil. Seu ciclo começa e termina no solo, conectando ciência e agricultura para um futuro mais eficiente e sustentável.

Fonte: Assessoria de Imprensa GoGenetic Agro



 


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Sustentabilidade

Etanol de milho cresce 18 vezes em sete anos e consolida nova matriz energética no agro brasileiro – MAIS SOJA

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O milho deixou de ser apenas insumo para ração animal ou produto de exportação. Agora, também é combustível. O etanol de milho vem se consolidando como uma alternativa sustentável, rentável e estratégica para o abastecimento energético do Brasil. Com crescimento exponencial — 18 vezes (1.700%) em sete anos —, o setor já consome mais de 17 milhões de toneladas do grão, e a projeção é que esse volume ultrapasse 22 milhões até 2026.

A expansão desse mercado representa uma reconfiguração estrutural no destino do milho no Brasil. Mais do que fornecer energia limpa, o modelo industrial do etanol de milho permite operação contínua durante a entressafra da cana, gera co-produtos de alto valor nutricional (como DDG e óleo de milho), e apresenta margens operacionais de até 30%, mesmo em cenários de oscilação do preço do cereal. O retorno sobre o investimento (TIR) de projetos maduros gira em torno de 15% ao ano.

“A indústria do etanol de milho oferece um equilíbrio raro entre sustentabilidade e retorno financeiro. Estamos falando de um modelo que transforma excedente agrícola em energia limpa, gera co produtos de alto valor e movimenta cadeias produtivas inteiras com eficiência e larga escala”, afirma Felipe Jordy, gerente de inteligência e estratégia da Biond Agro.

Diversificação da matriz nacional

O uso do milho como fonte energética contribui diretamente para a segurança energética nacional. Ao atender a demanda crescente por combustíveis renováveis, o etanol de milho reduz a dependência de fontes fósseis e complementa a produção de cana-de-açúcar, principalmente durante a entressafra.

“O milho passa a ser protagonista na nova matriz energética brasileira. Essa versatilidade aumenta a resiliência das usinas e fortalece o suprimento doméstico, reduzindo impactos ambientais e permitindo ao agro participar ativamente da transição energética que o mundo exige”, reforça Jordy.

Embora o Mato Grosso ainda concentre a maior parte da produção — com mais de 16 milhões de toneladas de capacidade previstas para 2026 —, o setor avança para novas regiões. Estados como Paraná, Bahia e Santa Catarina estão entrando no radar, promovendo a interiorização e diversificação da produção de etanol de milho no país.

“Estamos diante de uma grande transformação, que posiciona o Brasil como protagonista da bioenergia no mundo. O etanol de milho não é apenas uma tendência – é um caminho sólido para integrar competitividade, sustentabilidade e independência energética no agronegócio brasileiro”, conclui Jordy.

Sobre a Biond Agro

Empresa especializada em gestão e comercialização de grãos para o produtor brasileiro, originária de um grupo de companhias com 25 anos de experiência (Fyo, CRESUD e Brasil Agro). Compreendendo os números e especificidades do negócio e como interagir com os mercados. A Biond Agro desenha estratégias de comercialização e execução de negócios, profissionalizando a gestão de riscos para tornar o agronegócio sustentável no longo prazo. Saiba mais em https://www.biondagro.com/

Fonte: Assessoria de Imprensa Biond Agro



 


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