Sustentabilidade
Análise Ceema: Cotações do trigo subiram nesta semana em Chicago – MAIS SOJA

Por Argimiro Luís Brum
As cotações do trigo, em Chicago, subiram nesta semana. O fechamento desta quintafeira (20) ficou em US$ 5,57/bushel, contra US$ 5,47 uma semana antes. Na prática, em Chicago o bushel saiu de US$ 5,18 no início de março para US$ 5,68 no início da presente semana.
E no Brasil, os preços continuam subindo. As médias de balcão, para o produto de qualidade superior, giraram entre R$ 71,00 e R$ 73,00/saco no Rio Grande do Sul e entre R$ 77,00 e R$ 78,00 no Paraná.
Este comportamento altista dos preços do cereal se deve a pouca oferta do produto neste momento de entressafra, especialmente do produto de qualidade. Isso está levando muitos compradores a optarem pelas importações (cf. Cepea), aproveitando-se da valorização do Real nestas últimas semanas. Lembrando que a Conab projeta, para a futura safra 2025, um aumento de 15,6% na produção (se o clima deixar), com a mesma passando a 9,1 milhões de toneladas. A produtividade deve avançar 18%, indo para 3.040 quilos/hectare, equivalente a 50,7 sacos/hectare, enquanto a área de cultivo deve cair 2,1%, para quase 3 milhões de hectares. Essa redução na área se dá pelas incertezas quanto ao clima e aos preços do mercado.
No Rio Grande do Sul, a área deverá recuar 3,8% segundo o órgão público, enquanto no Paraná o recuo seria de 2,3%. Assim, para alcançar a produção projetada, o clima deverá ser muito positivo no Sul do país durante o período do trigo. Caso contrário, a produção final poderá cair para os níveis do ano passado, ou seja, 7,9 milhões de toneladas.
Enfim, informações preliminares da balança comercial brasileira indicam que, em fevereiro de 2025, o Brasil importou 336.600 toneladas de trigo em 15 dias úteis, enquanto as exportações, no mesmo período, somaram 567.100 toneladas. A estimativa para a safra 2025/26 reduziu a projeção de importação de 5,8 milhões para 5,6 milhões de toneladas, desde que a produção final confirme os 9,1 milhões de toneladas. Com isso, os estoques finais da safra podem encerrar o período em 1,73 milhão de toneladas (cf. Secex in: Agrolink).
Fonte: Informativo CEEMA UNIJUÍ, do prof. Dr. Argemiro Luís Brum¹
1 – Professor Titular do PPGDR da UNIJUÍ, doutor em Economia Internacional pela EHESS de Paris-França, coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA (FIDENE/UNIJUÍ).
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Sustentabilidade
Abelhas em risco de extinção serão catalogadas em consulta ampla

Em Goiás, a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) avalia os riscos da extinção de espécies de abelhas no estado. O prazo para a comunidade científica contribuir com as informações é até o dia 12 de junho.
As contribuições devem ser feitas pelo site BioData. Ao acessar a aba “Buscar” é possível encontrar a lista das espécies que serão avaliadas. Ao clicar em cima de cada espécie e depois no botão “consultar”, basta preencher os dados na aba “contribuições”.
Após recebidas, os especialistas avaliarão as contribuições e posteriormente incluirão na ficha de espécies. Assim, o objetivo é direcionar esforços para a conservação da biodiversidade.
Animais em risco de extinção
Pela primeira vez o estado de Goiás terá uma lista de espécies ameaçadas de extinção. Os únicos dados disponíveis atualmente são os dados nacionais do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio). Dessa forma, é possível identificar espécies que estejam em extinção nos limites do território goiano, mas que não sejam reconhecidas em âmbito nacional.
Assim, a ideia é que com as informações coletadas, a Semad possa estabelecer as estratégias específicas para reverter a situação de cada espécie em risco. A análise abrangerá todas as 1,7 mil espécies vertebradas do estado, incluindo mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes.
É devido a essa amplitude de animais que entrarão na análise que toda a comunidade científica está sendo convidada a colaborar com o processo. A avaliação deve levar em consideração a aplicação da metodologia científica da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), reconhecida pelo ICMBio.
Com isso em mente foi desenvolvido o BioData, que é um sistema estadual para avaliações, armazenamento e disponibilização de dados. Por enquanto o site ainda está em acesso restrito à especialistas que participam do processo de avaliação. Mas ao final deste processo, passará a ser de livre acesso para os cidadãos.
*Sob supervisão de Victor Faverin
Sustentabilidade
Destaques da semana Mais Soja – MAIS SOJA

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Sustentabilidade
Alunos de rede pública desenvolvem marca de cosméticos naturais

Um projeto desenvolvido por alunos da rede pública de Mangueirinha, no Paraná, tem despertado o interesse das crianças por meio de ciências da natureza, química e empreendedorismo.
O Colégio Estadual Professora Hercília França do Nascimento realizou o projeto “Produção de Cosméticos Naturais: Trabalhando a Sustentabilidade e o Empoderamento Feminino na Escola”. A proposta foi baseada em uma abordagem multidisciplinar, buscando, assim, transformar a dinâmica das aulas e expandir o ambiente escolar.
Os alunos foram incentivados a desenvolver produtos cosméticos naturais produzidos com elementos da horta da própria escola.
O começo de tudo
O projeto teve inicio em 2023, após um trabalho onde os alunos desenvolveram inseticidas naturais para o combate a pragas da horta da escola. Na ocasião, a professora Flávia de Mello percebeu que os estudantes demonstravam interesse nesse tipo de temática.
“A proposta surgiu da escuta ativa com os alunos. Eles demonstravam curiosidade e afinidade com temas de autocuidado, sustentabilidade e bem-estar. Unimos isso ao conteúdo abordado em sala e criamos uma experiência prática, na qual eles realmente veem sentido no que estão aprendendo”.
Assim, os alunos foram para o laboratório e passaram a estudar, pesquisar e desenvolver produtos como cera de carnaúba, manteiga de karité, óleo de coco e pigmentos naturais.
“Eles foram testando os produtos, adaptando as fórmulas e abandonando metodologias que não funcionavam. O pigmento do pinhão, por exemplo, foi descoberto através de fervura e moagem”, relata Flávia.
Ao longo de sete meses, os alunos desenvolveram mais de 100 unidades de produtos entre batons, hidratantes labiais, xampus sólidos, sabonetes aromáticos e cremes hidratantes.
Expansão do projeto
Similarmente ao projeto de ciências, surgiu também a marca HF Cosméticos, desenvolvida na disciplina de empreendedorismo.
“Por serem totalmente naturais, atóxicos e veganos, os cosméticos podem ser utilizados com segurança. Isso nos deu tranquilidade para disponibilizá-los à comunidade escolar e ouvir os feedbacks”, conta Flávia.
O próximo passo para o projeto será a submissão dos produtos à aprovação de órgãos oficiais. A intenção é viabilizar a continuidade do projeto e expansão criativa dos alunos.
Ainda mais, o projeto também se desdobrou na produção de jóias artesanais confeccionadas utilizando fragmentos da natureza, assim como na fabricação de brincos, colares e pulseiras com os mais variados formatos.
O projeto rendeu à escola a vitória no concurso “Projeto TransformAção” realizado pela Engie, empresa de energia renovável. A premiação foi o segundo reconhecimento recebido pela escola, sendo o primeiro pelo projeto de desenvolvimento de inseticidas naturais.
*Sob supervisão de Victor Faverin
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