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Parque criado para proteger gruta paradisíaca é ameaçado por desmatamento, agricultura e presença de gado em MT

A área foi criada sem planejamento e está interditada há mais de 20 anos. Dados exclusivos mostram os problemas da convivência dos seres humanos com a fauna e a flora a serem preservadas.
O Parque Estadual Gruta da Lagoa Azul, em Nobres (MT), está ameaçado pela falta de regularização de terras, expansão do agronegócio e por passeios clandestinos. É o que mostram dados reunidos pelo Ministério Público de Mato Grosso, aos quais a imprensa teve acesso, e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
A imprensa também esteve no parque entre os dias 11 e 13 de fevereiro e registrou evidências dos problemas. Veja abaixo:
- 🌱Plantações na área de amortização do parque – zona que fica ao entorno de uma unidade de conservação, onde as atividades humanas estão sujeitas a normas e restrições específicas;
- 🌳Desmatamento dentro e ao redor do parque;
- 🛑Falta de sinalização indicando o que é propriedade privada e o que é área de preservação;
- 🐎Circulação de animais de propriedades privadas em áreas indicadas como parque.
O parque foi criado em 2000, por meio da lei estadual 7.369 para proteger o ecossistema da região, incluindo a Gruta da Lagoa Azul, interditada em 1999 devido à degradação ambiental. Sua área de 12 mil hectares é fragmentada em pelo menos quatro partes por terras do assentamento Coqueiral/Quebó, onde famílias já moravam famílias desde a década de 1980 (veja no mapa abaixo).
Hoje, segundo a prefeitura, há cerca de 700 famílias que moram ao entorno do parque. No entanto, nem todos os moradores estão regularizados junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), responsável pela regularização de terras no Brasil.
Apesar de a legislação citar que as terras deveriam ser desapropriadas, essa determinação não foi cumprida pelo governo, que alegou que os assentamentos não impactam a reserva.
“A área do Parque Estadual Gruta da Lagoa Azul que foi cedida ao estado não está ocupada, já que não está situada no local do assentamento e sim em áreas de reserva legal. Desta forma, não cabe desapropriação e nem pode ser alterada por ser área protegida pela legislação”, disse a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), que é responsável pela administração do parque.
O promotor Willian Oguido, que, desde 2023, que acompanha e fiscaliza a situação do parque por meio de um procedimento administrativo ao qual a reportagem teve acesso, diz que a unidade de conservação foi criada sem planejamento e, agora, os moradores que vivem na região e o estado devem entrar em acordo para que o parque seja conservado, sem prejuízo à moradia das famílias.
“Um dos objetivos do plano de manejo era a regularização da área e a desapropriação ao longo do tempo, porque a região já era habitada por pequenos proprietários. Para desapropriar, é necessário um decreto do governo e pagamento de indenização. Esse procedimento costuma ser demorado, podendo a discussão ir ao judiciário. O acordo é sempre o melhor caminho”, explicou.
O plano de manejo, elaborado em 2006, diz que o parque é uma unidade de conservação integral e deve ser utilizado majoritariamente para educação ambiental e pesquisa científica. A recreação e o lazer são permitidos apenas em uma zona específica. E todas as atividades dependem de autorização prévia da Sema. Porém, o plano ainda não foi colocado em prática.
Em nota, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), responsável pela regularização de terras no Brasil, informou que “está bem delimitado o que é assentamento, lote, área de reserva legal e área objeto da cessão de uso em questão” e não há “qualquer ação ou acordo para que as famílias regularmente assentadas sejam retiradas da área”.
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Parque Estadual Gruta da Lagoa Azul, em Nobres (MT) — Foto: Arte g1
Invasão de gado, cavalo e degradação do solo no Parque Gruta da Lagoa Azul
🚜Desmatamento, agricultura e presença de gado
Uma das principais consequências das invasões e atividades agrícolas na área é o desmatamento. Essa ocupação desordenada de turistas e animais que não fazem parte daquela fauna compromete a vegetação nativa, altera o ecossistema local e coloca em risco a biodiversidade do parque.
Um levantamento feito pelo Instituto Centro de Vida (ICV), a pedido do g1, indica a perda, nos últimos 15 anos, de ao menos 47 hectares de vegetação nativa dentro do parque (o equivalente a 0,5 km²), enquanto quase 4 mil hectares (40 km²) foram desmatados no entorno imediato do parque. Os dados foram retirados de imagens de satélite do Sistema Prodes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (veja imagens abaixo)
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As imagens captadas por satélite destacam o desmatamento em vermelho — Foto: Prodes/Inpe
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A expansão da soja, representada na cor bege, avança sobre áreas que antes eram vegetação nativa — Foto: Prodes/Inpe
Além disso, dados do do MapBiomas de 2023 mostram que uma área do parque foi desmatada para o cultivo de soja – mas não foi possível identificar a dimensão da área –, enquanto nas proximidades do parque há 7,3 mil hectares de plantio do grão.
Evidências reunidas pelo monitoramento do MP-MT e pela imprensa durante visita ao parque apontam que o desmatamento pode estar correlacionado à prática ilegal de agricultura no parque e à presença de animais invasores. Veja quais são:
- A reportagem flagrou cavalo se alimentando em um pasto a poucos metros de uma placa que indica que a área pertence à unidade de conservação – a mesma situação foi flagrada entre 2011 e 2017 durante fiscalização acompanhada pelo MP-MT
- Em setembro de 2023, durante uma vistoria, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente identificou uma plantação de mandioca dentro do parque;
- Na ocasião, também foi encontrado um pequeno barraco de madeira onde havia galões de diesel e materiais de limpeza; próximo ao barraco estava um recipiente com uma pequena quantidade de gasolina, usada em motosserra;
- Ainda segundo a vistoria, na cerca da divisa do parque, havia uma casa de alvenaria, lixos domésticos, papelão, tábuas, fogões velhos e uma pequena devastação (veja na galeria abaixo);
- Há propriedades rurais próximas ao parque com trilhas de acesso à Gruta da Lagoa Azul. Fiscais levantam a hipótese de que elas possibilitam a visita clandestina de turistas ao local.
A Sema informou que identificou e vai bloquear os acessos às trilhas clandestinas, mas não deu prazo para essa ação. A pasta disse ainda que está fazendo um levantamento de todas as atividades irregulares “para adotar as providências cabíveis contra os responsáveis”.
Vistoria realizada na área do parque em 2023
Com formações rochosas e uma lagoa de águas cristalinas em tons de azul, a Gruta da Lagoa Azul é um dos dos cenários naturais mais impressionantes de Mato Grosso. Segundo pesquisadores, a lagoa surgiu quando o lençol subterrâneo de água aflorou no local. A cor azul predominante na água envolve uma série de elementos, entre eles carbonato de cálcio e magnésio.
Em março de 2024, a imprensa mostrou que diversas denúncias foram registradas contras guias clandestinos por promoverem passeios irregulares na gruta, sem informar os turistas sobre a proibição. Na época, o valor da visita chegava a custar R$ 250 por pessoa. Em 2023, o jogador Deyverson, e a esposa dele, também visitaram a gruta. À época, o jogador compartilhou fotos do passeio romântico nas redes sociais.
Atualmente, os passeios seguem acontecendo sem autorização organizado por guias clandestinos da cidade. No dia 1° deste mês, seis turistas e um guia de turismo foram detidos no interior da gruta. No entanto, todos foram liberados.
Em nota, a Sema disse que as multas para a visitação passaram a ser aplicadas a partir neste ano, com a publicação da Portaria n°152/2025, de 6 de fevereiro, que dispõe sobre a proibição da visitação pública na Unidade de Conservação Parque Estadual Gruta da Lagoa Azul.
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Placa sinalizando o Parque Estadual Gruta da Lagoa Azul e, ao fundo, um pasto com gado — Foto: Sofia Pontes/g1
O que dizem os especialistas
Segundo o professor de geologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Caiubi Kuhn, o avanço do agronegócio na área agrava o impacto ambiental, competindo com a fauna nativa e servindo como vetor de doenças. Além disso, o trânsito de animais pesados acelera o processo de erosão, prejudicando a vegetação e o solo, o que coloca em risco a estrutura das cavernas.
“Animais de grande porte, como o gado, podem causar impactos significativos no ambiente. O peso elevado e o trânsito constante criam trilhas que intensificam a erosão natural, agravada pelas chuvas. Além disso, cavernas não são locais adequados para esses animais, pois a presença deles pode comprometer tanto a estrutura do solo quanto a própria segurança dos bichos e dos visitantes”, pontuou.
Já sobre a presença de visitantes sem regulamentação, a representante do Instituto Matogrossense de Espeleologia, Natally Carvalho Neves, explicou que isso comprometea segurança humana e a conservação do ecossistema local. Segundo a representante, para garantir a segurança, é necessário limitar o acesso e seguir as diretrizes estabelecidas para a preservação do ambiente.
“O que está descrito no plano de manejo é a visitação de contemplação. A recomendação é não abrir para banho e sim apenas para contemplação. Em hipótese nenhuma as pessoas deveriam entrar lá, seja para garantir a segurança das pessoas e outra para manter a integridade biológica do local, a conservação dos animais que vivem nessa água”, reforçou.
Natally ressaltou ainda que a visitação desordenada tem causado alterações na água, principalmente devido à entrada de pessoas, o que pode comprometer a sobrevivência de espécies extremamente sensíveis, muitas delas raras e em risco de extinção.
O que dizem órgãos dos governos estadual e municipal
A Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), responsável pela administração do parque, informou que o Plano de Manejo do Parque e o Plano Espeleológico da Gruta da Lagoa Azul, que trazem as normas de uso e manejo dos recursos naturais, estão em fase de implementação. No entanto, não deu prazo para finalização.
“Para a reabertura do parque é necessário a delimitação de lugares possíveis de serem visitados e a implantação de infraestrutura para segurança dos turistas e como forma de diminuir impactos à Unidade de Conservação, resguardando seus recursos naturais”, explicou.
Enquanto isso, a fiscalização fica sob responsabilidade do gerente da unidade de conservação contratado pela Sema, em conjunto com a Polícia Militar e agentes da Prefeitura Municipal de Nobres. Em nota, a Secretaria de Turismo, Indústria e Comércio de Nobres e Secretaria Municipal de Agricultura, Meio Ambiente e Assuntos Fundiários informaram que acompanham as movimentações sobre o Parque Estadual, mas que a responsabilidade de monitorar a área é da Sema.
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Produtora rural de Vera celebra conquistas na produção com apoio do Governo do Estado

Com assistência técnica da Empaer e auxílio da Seaf, Elisandra Vedovatto Hahn encontrou subsídios para cultivar alimentos por meio da agricultura familiar
No campo, ela planta alimentos, cultiva sonhos e colhe dignidade. Mãe de dois filhos e produtora rural no município de Vera, no norte de Mato Grosso, a 462 km de Cuiabá, Elisandra Vedovatto Hahn, representa mulheres que fazem do cultivo da terra um ato de amor, resistência e esperança. Neste Dia das Mães, sua história ganha destaque como símbolo do impacto positivo das políticas públicas voltadas à agricultura familiar.
Desde 2020, Elisandra e a família estão à frente de uma pequena propriedade onde cultivam banana e outras culturas com o apoio técnico da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) e da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer). Atualmente, a família cultiva 9 hectares com diferentes frutas, como banana, maracujá, mamão, abacate entre outras. Por ano, são produzidas cerca de 100 toneladas de frutas — sendo 60 toneladas de banana e 40 toneladas das demais culturas.
“Eu me considero uma mãe da terra. A gente cuida da lavoura como cuidamos dos filhos: com atenção, paciência e esperança. Meus filhos estão crescendo nesse ambiente de trabalho, aprendendo o valor do esforço e da natureza. E nossos colaboradores que estão com a gente no dia a dia, são parte dessa família também. Cada um tem seu papel na construção desse sonho,” contou Elisandra.
Com planejamento técnico, capacitações e incentivos do Governo do Estado, a propriedade deu um salto de produtividade.
“Recebemos assistência desde o começo. A equipe da Empaer nos ajudou a planejar a produção e organizar os projetos. Da Seaf, recebemos três mil mudas de banana há um ano e meio, e hoje já estamos colhendo. Recentemente, recebemos mais duas mil mudas, que vão aumentar ainda mais a nossa produtividade. Para quem está começando, esse apoio é essencial. Dá confiança, ensina o manejo correto e nos permite colocar um produto de qualidade no mercado, de forma justa e sustentável, ” explicou a produtora.
O governador Mauro Mendes destacou a importância de ações que valorizam a mulher no campo.
“As mães agricultoras são exemplo de força e dedicação. O Governo de Mato Grosso tem investido de forma consistente na agricultura familiar porque acredita que esse setor tem um papel fundamental na segurança alimentar, na geração de renda e no desenvolvimento das comunidades. E quando essas ações chegam até mulheres guerreiras como a Elisandra, temos a certeza de que estamos no caminho certo,” afirmou.
O vice-governador Otaviano Pivetta reforçou o papel da mulher na transformação do campo.“A mulher tem assumido cada vez mais um papel central na produção agrícola, e o nosso trabalho é garantir que essas mães agricultoras tenham as ferramentas e o apoio necessários para prosperar. São iniciativas como essa que ajudam a transformar vidas no campo,” ressaltou.
Para a secretária de Agricultura Familiar, Andreia Fujioka, a história de Elisandra mostra que políticas públicas eficazes geram impacto direto na vida das famílias.
“A Seaf trabalha para atender cada produtora com planejamento, entrega de insumos, capacitação e acesso ao mercado. Queremos que mais mulheres tenham as condições necessárias para realizar seus projetos com autonomia e dignidade, ” destacou.
Já o presidente da Empaer, Suelme Fernandes, lembrou que a presença técnica contínua é decisiva no campo.
“A Empaer caminha ao lado do produtor desde o início. Histórias como a da Elisandra mostram que a assistência técnica, aliada ao apoio institucional, muda realidades. Estamos aqui para orientar, capacitar e fortalecer cada passo do agricultor familiar, ” completou.
Em Mato Grosso, cerca de 70% dos alimentos consumidos pela população são produzidos pela agricultura familiar. Segundo a Empaer, ao menos 104 mil famílias atuam nesse setor no estado. Dentre elas, estima-se que 20% são lideradas por mulheres. Neste Dia das Mães, o Governo do Estado homenageia todas as mulheres que, como Elisandra, são mães da terra, cuidadoras da vida, do alimento e do futuro.
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Governo de MT reforça apoio à agricultura familiar com mais de R$ 700 milhões de investimentos

Data marca o reconhecimento ao trabalho de homens e mulheres que produzem alimentos e sustentam o meio rural com apoio da Seaf e da Empaer
Neste sábado (10.5), data em que se celebra o Dia do Campo, o Governo de Mato Grosso reforça seu compromisso com o fortalecimento da agricultura familiar, um dos pilares da segurança alimentar e do desenvolvimento rural sustentável no estado. A ação conjunta da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) e da Empaer tem levado políticas públicas sólidas para homens e mulheres que vivem e produzem no campo.
Nos últimos anos, os investimentos voltados à agricultura familiar mais que quintuplicaram, são R$ 705 milhões de investimentos, alcançando produtores com programas de crédito, assistência técnica, apoio à comercialização, regularização fundiária e incentivo à produção agroecológica e sustentável.
“Eu vim da agricultura familiar e entendo a importância de auxiliar os pequenos produtores com insumos, máquinas e equipamentos. Hoje o Estado é um grande parceiro para que as famílias que vivem da agricultura possam expandir, crescer e se desenvolver”, destacou o governador Mauro Mendes.
Por meio da Empaer, produtores têm acesso à assistência técnica e extensão rural (ATER), orientação sobre manejo, criação de animais, organização da produção, gestão e uso de tecnologias sustentáveis. A empresa também atua na elaboração de projetos para acesso ao crédito (como o PRONAF), regularização de terras e inserção em programas de compra institucional, como o PAA e o PNAE.
“Trabalhamos para garantir que o produtor familiar não fique sozinho. Nosso compromisso é com a produção de alimentos saudáveis, geração de renda e qualidade de vida no campo”, afirmou o presidente da Empaer, Suelme Fernandes.
A Seaf, por sua vez, coordena e executa programas estratégicos como o MT Produtivo, que está em fase de construção e será financiado com apoio do Banco Mundial. A iniciativa visa aumentar a produtividade, a renda e o acesso ao mercado por parte dos agricultores familiares, integrando ações de regularização fundiária, proteção ambiental e uso de tecnologias apropriadas.
“Estamos construindo um ambiente rural mais produtivo e justo, com renda e dignidade. Nosso foco está em políticas que dialogam com a realidade das famílias agricultoras, respeitando a vocação de cada região e valorizando públicos como mulheres, jovens, indígenas e quilombolas”, explica a secretária de Agricultura Familiar, Andreia Fujioka.
O vice-governador Otaviano Pivetta também destacou o papel estratégico da agricultura em todas as suas formas. “A agricultura tem valor em todas as suas formas, familiar, média ou grande. O que importa é fomentar a produção, gerar renda no campo e apoiar quem quer empreender. Hoje, em Mato Grosso, temos políticas públicas concretas: crédito, assistência técnica, fundo de aval, juros subsidiados e uma rede de apoio que chega aos municípios”, afirmou.
Governo do Estado parabeniza todos os homens e mulheres da agricultura familiar, fundamentais para a economia, a preservação das tradições e o abastecimento de alimentos nas cidades.
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Governo de MT fortalece pequenos agricultores e incentiva produção no campo

Governo tem distribuído mudas e embriões e entregado máquinas para dar mais eficiência para os pequenos produtores
Mato Grosso tem sido um berço de oportunidades para a agricultura familiar, por meio de investimentos do Governo do Estado, que valorizam e impulsionam os pequenos agricultores. Nos últimos seis anos, os investimentos na área somaram R$ 720 milhões, que ajudaram a transformar a realidade dos agricultores e garantiram a manutenção da renda e a segurança alimentar, não apenas para famílias do campo.
“Quando investimos em assistência técnica, infraestrutura e acesso ao crédito para os pequenos produtores, não queremos apenas oferecer ferramentas de trabalho, mas também incentivar os produtores e criar condições para que possam produzir mais, ampliar sua renda e melhorar a qualidade de vida de suas famílias e de suas comunidades. Ao fortalecer quem produz no campo, promovemos o desenvolvimento sustentável e garantimos que esses produtores continuem motivados a alimentar as cidades”, destacou a secretária de Agricultura Familiar, Andreia Fujioka.
Ao longo da gestão, já foram cedidos 7.709 máquinas e equipamentos, como patrulhas mecanizadas, caminhões, caminhonetes, plantadeiras, ordenhadeiras e unidades de resfriamento, que são importantes para o fortalecimento e a modernização das comunidades, possibilitando a redução de custos e o aumento da produtividade no campo.
Uma das comunidades contempladas com as entregas foi a Aldeia Kamaiura, da etnia Kamaiura, de Canarana.
“Receber a caminhonete do Governo foi uma virada de chave para a agricultura familiar da nossa aldeia, porque nosso maior gargalo era escoar nossa produção. Com o veiculo, podemos trabalhar na expansão das culturas e abastecer os municípios com nossos produtos, outras estruturas e insumos”, afirmou Kanawayuri Leandro Marcello Kamaiurá, representante da Aldeia.
Por meio da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), o Governo do Estado distribuiu mais de 61 mil toneladas de calcário, que é um composto importante para tornar o solo mais fértil e produtivo, além de mais de 991,5 mil mudas de cacau, café e banana.
A distribuição de mudas é feita por meio do programa MT Produtivo, que atende, entre os beneficiários, comunidades quilombolas e indígenas. Exemplo de sucesso são os indígenas Umutina, de Barra do Bugres, que receberam mudas de café, kits de irrigação e patrulha mecanizada da Seaf e já estão embalando e comercializando o café produzido por eles, o Café Massepô, que é o primeiro café indígena de Mato Grosso.
No município de Colniza, que é responsável por mais de 50% dos cafés colhidos em Mato Grosso, além da distribuição de mudas, o Governo também entregou kits de irrigação a produtores familiares, para garantir a sobrevivência e a produtividade da plantação.
“Aqui tínhamos uma dificuldade com a irrigação, e como nosso café é do tipo clonal, dependemos muito da água para manter a planta viva e ter uma boa produção, então o kit que recebemos ajudou demais da conta”, afirmou o produtor Edemilton dos Santos, que tem seis mil pés de café em sua propriedade.
A distribuição de mudas de café pelo Governo também impulsionou a produção no Estado, levando Mato Grosso da penúltima para a 9ª colocação no ranking nacional, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Os pequenos produtores do Estado também se destacam na produção de bananas, que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é a fruta mais produzida e consumida em Mato Grosso. Atualmente, 87% dos 142 municípios do Estado produzem a banana, que contribui para o giro da economia nas cidades.
Um dos projetos apoiados com as mudas é o Mulheres da Terra, desenvolvido em São José dos Quatro Marcos pela Associação Mato-grossense das Produtoras da Agricultura Familiar Diversificada, que é a maior associação de mulheres da agricultura familiar de Mato Grosso. O projeto recebeu, em 2024, cerca de 15 mil mudas.
O Governo ainda distribuiu 28 mil doses de sêmen e 2.875 embriões bovinos. Também, 1.894 novilhas prenhes.
Um dos produtores que foram beneficiados com a transferência de embriões foi o Ildo Vicente de Souza, de Pontes e Lacerda. Ele teve sete bezerras nascidas depois da transferência dos embriões, sendo que uma delas pariu com 21 meses de vida. Segundo ele, as novilhas produzem cerca de 10 litros por dia.
“É importante destacar que, além do aumento da produção de leite, o projeto traz também um ganho genético muito importante para nós, produtores. Os resultados são muito bons”, afirmou.
Na propriedade de Jonas de Carvalho, também de Pontes e Lacerda, cinco bezerras nasceram dos embriões transferidos em 2022, quando o projeto começou no município. Segundo ele, elas pariram com 22 meses e produzem cerca de 15 litros de leite por dia.
Os relatos dos produtores revelam a eficiência do programa de Melhoramento Genético desenvolvimento pelo Governo de Mato Grosso, possibilitando uma produção de leite 200% acima da média estadual, que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), era de 4,66 litros em 2023.
Hortas escolares
Outro programa apoiado pelo Governo é o de hortas escolares, desenvolvido pela Seaf em parceria com a Secretaria de Educação. Em 2025, 300 escolas foram selecionadas para participar da iniciativa, recebendo sementes, ferramentas e insumos.
O projeto contribui não apenas com a alimentação escolar, mas também com a segurança alimentar das famílias, uma vez que os produtos podem ser levados para casa. Ainda, incentiva os estudantes para hábitos alimentares mais saudáveis.
Acesso ao crédito
Outra iniciativa do Governo do Estado para os pequenos produtores é a linha de crédito Desenvolve Rural, por meio da agência de fomento do Estado, a Desenvolve MT. A linha oferece crédito de até R$1,5 milhão tanto produtores rurais que trabalham com culturas temporárias, como a soja e o milho, quanto as permanentes, como a banana, além da pecuária e piscicultura. O recurso pode ser utilizado para compra de máquinas e implementos agrícolas.
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