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. . . . . . . . . . . . . . . 14 de May de 2025

Sustentabilidade

Milho sob ameaça: mancha bipolaris pode se confundir com outras doenças e trazer prejuízos para a safrinha – MAIS SOJA

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Por: Willian Zancan¹ e Bruno Carvalho²

Uma doença da década de 1970, capaz de reduzir a produção de milho dos Estados Unidos em 16%, o equivalente a cerca de US$ 8 bilhões em termos atuais, tem trazido preocupação ao Brasil. Conhecida como Mancha de Bipolaris, causada tanto pelo fungo Bipolaris maydis quanto pelo Bipolaris zeicola, afeta a cultura do milho em diversas regiões do mundo, mas principalmente em países com condições quentes e úmidas (White, 1999).

Nos últimos anos, o complexo de Bipolaris tem se expandido significativamente no Brasil, afetando diversas regiões e ambientes de produção de grãos, tanto na safra de verão, mas principalmente na safrinha (Figura 3), com perdas que podem superar 70% na produção (Embrapa, 2014). Esse aumento de incidência reflete a adaptação do patógeno às diferentes condições climáticas e práticas agrícolas, tornando-se uma preocupação crescente para os produtores.

A doença se manifesta com manchas em toda extensão da folha de cor palha e clorose nos tecidos infectados, limitando a fotossíntese por redução de área foliar e levando a redução da produtividade. A alta capacidade saprofítica da Mancha de Bipolaris contribui para um nível primário de inóculo mais elevado, principalmente em áreas com ocorrência frequente da doença. No caso de Bipolaris maydis, existem três raças do patógeno: T, O e C. Esta primeira raça “T” foi a responsável pela epidemia nos Estados Unidos, quando foi notado que aproximadamente 85% da área com milho foi plantada com cultivares que continham o citoplasma T (Texas), que confere a condição de macho-esterilidade às plantas (Embrapa, 2014). Enquanto o milho com citoplasma normal mostrou resistência a doença. Já o fungo Bipolaris zeicola, apresenta a raça 1 e 3.

Ambos os fungos (zeicola e maydis) sobrevivem em restos culturais da safra de milho do ano anterior. À medida que o clima esquenta, os esporos (estruturas de reprodução dos fungos), produzidos nos resíduos de milho, são dispersos pelo vento ou respingos de chuva para as folhas das plantas no estágio inicial de desenvolvimento da cultura. Tipicamente, quanto mais cedo ocorre a infecção pela doença, maior é o seu potencial de reduzir a produtividade do milho.

Em condições ambientais favoráveis (25-32°C e umidade relativa do ar inferior a 90%), o desenvolvimento da doença ocorre rapidamente, e seu ciclo ocorre entre 60 e 72 horas. Normalmente, a Mancha de Bipolaris ocorre desde os estádios iniciais de desenvolvimento da cultura, até a maturidade fisiológica do milho.

Os sintomas da Mancha de Bipolaris são variáveis de acordo com as raças do fungo que estejam presentes na área e infectando a planta, além do genótipo plantado. A raça “O”, mais prevalente no mundo, ataca somente as folhas e causa lesões inicialmente pequenas e ovaladas (Embrapa, 2014). Em cultivares suscetíveis, a raça “O” provoca lesões nas folhas, inicialmente pequenas e ovaladas, que se tornam alongadas quando maduras, com cor palha e delimitadas pelas nervuras (figura 1). Quando a doença é causada pela raça T, as lesões foliares são maiores e podem ocorrer lesões em outros órgãos aéreos, como em espigas.

Em geral, os sintomas causados pelo complexo de Bipolaris assemelham-se aos sintomas da Mancha de Cercospora e até mesmo da Estria Bacteriana, o que exige um exame cuidadoso dos sinais para o correto diagnóstico (figura 2). As lesões da Mancha de Cercospora são retangulares, apresentam os bordos delimitados pela nervura e são mais estreitas e alongadas que aquelas causadas por B. maydis. Já a Estria Bacteriana apresenta sintomas iniciais com pequenas pontuações nas folhas, circundadas por halo de coloração amarelada, e conforme a evolução, pode apresentar lesões estreitas e alongadas que variam com o comprimento.

Manejo e prevenção

O produtor rural possui algumas opções para manejar a Mancha de Bipolaris, incluindo a seleção de híbridos, práticas culturais e fungicidas. A combinação destas práticas de proteção da cultura proporciona uma boa segurança para o aumento de rendimento e para gerir, de maneira sustentável, as doenças na cultura do milho.

A primeira dica é a escolha de híbridos com boa tolerância genética, que oferece uma defesa eficaz para o problema. Embora nenhum híbrido ofereça resistência a todas as doenças, mesmo a resistência parcial ajuda muito na proteção da produção.

O segundo passo é o monitoramento precoce e frequente, já que a detecção precoce ajuda a minimizar os danos econômicos. Geralmente, os primeiros sintomas são observados nas folhas inferiores das plantas no início de desenvolvimento da cultura.

O terceiro ponto é a rotação de cultura contínua, sendo uma prática bastante sólida para ajudar a diminuir as ameaças, quebrando o ciclo da doença no campo, além de atuar de forma efetiva contra todas as raças do fungo.

Além dessas medidas, o uso de fungicidas foliares registrados em bula, como o Fox Xpro, cuja composição é Bixafem, Protioconazol e Trifloxistrobina é uma opção eficiente para o controle de Mancha de Bipolaris Aplicações antecipadas, em V4, tendem a ser mais eficazes. É importante ressaltar que o manejo químico preventivo é bastante eficaz, pois controla o fungo antes da penetração nos tecidos da planta, proporcionando um período residual mais longo da lavoura. Além disso, essa abordagem é crucial para evitar surtos

da doença que podem comprometer significativamente a produtividade da lavoura, principalmente em regiões com alta pressão do patógeno. Sempre busque a orientação de um engenheiro agrônomo.

Sobre a Bayer

A Bayer é uma empresa global com competências essenciais nas ciências da vida nos setores de agronegócios e saúde. Seus produtos e serviços são projetados para ajudar as pessoas e o planeta a prosperar, apoiando os esforços para superar os principais desafios apresentados por uma população global em crescimento e envelhecimento. A Bayer está comprometida em impulsionar o desenvolvimento sustentável e gerar um impacto positivo em seus negócios. Ao mesmo tempo, o Grupo pretende aumentar o seu poder de ganho e criar valor através da inovação e do crescimento. A marca Bayer representa confiança, confiabilidade e qualidade. O Brasil é a segunda maior operação da companhia no mundo.

Declarações prospectivas

Este comunicado pode conter declarações prospectivas baseadas nas previsões atuais da equipe executiva da Bayer. Diversos riscos, incertezas e outros fatores, conhecidos ou desconhecidos, podem gerar diferenças materiais entre os reais e futuros resultados, situações financeiras, desenvolvimentos e desempenhos da empresa e as estimativas apresentadas aqui. Esses fatores incluem aqueles discutidos nos relatórios públicos da Bayer, disponíveis no site da empresa. A companhia se isenta de qualquer responsabilidade pela atualização destas declarações prospectivas e pela precisão de eventos e desenvolvimentos futuros.

Fonte: Assessoria de Imprensa Bayer



 


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Sustentabilidade

Inoculação do trigo com Azospirillum promove o aumento da produtividade e da tolerância a estresses – MAIS SOJA

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Diferentemente das bactérias do gênero Bradyrhizobium, conhecidas por sua capacidade de fixar nitrogênio atmosférico em leguminosas como a soja, as bactérias do gênero Azospirillum atuam principalmente por meio da produção de fitormônios que estimulam o crescimento vegetal, especialmente do sistema radicular. Essa ação promove a expansão da zona rizosférica e o aumento do volume de solo explorado pelas raízes, resultando em maior eficiência na absorção de água e nutrientes e maior tolerância a estresses abióticos como o déficit hídrico (Prando et al., 2019).

Por meio da inoculação das sementes, sulco de semeadura ou via pulverização (com menor eficácia), é possível promover o aumento populacional do Azospirillum no solo, a fim de proporcionar benefícios em culturas agrícolas. Em gramíneas (Poaceas) como o milho e o trigo, os benefícios da inoculação com Azospirillum tem contribuído significativamente para o aumento da produtividade dessas culturas.

Embora possuía uma pequena capacidade em fixar o nitrogênio atmosférico quando comparada ao Bradyrhizobium, o Azospirillum  exerce um importante papel induzindo produção de reguladores de crescimento como auxinas, citocininas, giberelinas, etileno, bem como de outras moléculas importantes. Além do mais, pode atuar na solubilização de fosfatos e ter efeitos na tolerância a patógenos, reduzindo os efeitos deletérios ou aumentando a resistência. Estima-se que o nitrogênio fixado por essas bactérias represente de 5% a 18% do nitrogênio total absorvido pela planta, mas que essa contribuição também pode ser inferior a 5% em alguns casos (Andrade; Reis Junior; Chagas, 2022).

Contribuições de inoculação com Azospirillum para a produtividade do trigo

Ao longo dos anos, diferentes estudos buscaram avaliar as contribuições da inoculação do trigo com isolados de Azospirillum. Em ambiente controlado, resultados de pesquisas desenvolvidas pela Embrapa em diferentes safras e regiões apontaram incremento médio de produtividade de 14% em áreas inoculadas com Azospirillum brasilense em comparação a testemunha (sem inoculação).

Tabela 1. Efeito da inoculação1 com estirpes de Azospirillum no rendimento (kg de grãos ha-1) de trigo.
Fonte: Hungria (2011)

Vale destacar que embora as bactérias do gênero Azospirillum possuam habilidade parcial em fixar nitrogênio atmosférico, com visto anteriormente, essa contribuição não ultrapassa 18%, sendo portanto, necessário realizar a adubação nitrogenada na cultura para suprir a demanda de nitrogênio da planta.

Estudos mais recentes demonstram que a contribuição da inoculação do trigo com Azospirillum varia de 13% a 18%. A inoculação do trigo com Azospirillum também contribui para a manutenção da produtividade em condições de estresse hídrico. Pesquisas demonstram que, sob seca, plantas de trigo inoculadas apresentaram menor perda de rendimento (14,1%) em comparação ao controle não inoculado (26,5%). Além disso, observou-se um aumento nas concentrações de magnésio (Mg), potássio (K) e cálcio (Ca) nos grãos (Andrade; Reis Junior; Chagas, 2022).

Vale destacar que a inoculação do trigo com Azospirillum deve ser encarada como uma prática complementar à adubação nitrogenada, e não como sua substituta. A combinação entre a inoculação e uma adubação nitrogenada adequada pode resultar em ganhos expressivos de produtividade.  Pereira et al. (2017), ao avaliarem a eficiência de diferentes doses e modos de aplicação de Azospirillum brasilense em trigo, observaram que a inoculação das sementes associada à adubação nitrogenada potencializou significativamente a produtividade da cultura, superando tanto o tratamento apenas adubado quanto aquele somente inoculado.

Em suma, a inoculação do trigo é uma estratégia de baixo custo que contribui não só para o aumento da produtividade da cultura sob condições ambientais adequadas, como também para o aumento da tolerância das plantas a condições de estresse, contribuindo para a manutenção do potencial produtivo do trigo.


Veja mais: Qual a melhor fase para aplicar nitrogênio no trigo?


Referências:

ANDRADE, S. R. M.; REIS JUNIOR, F. B.; CHAGAS, J. H. USO DE Azospirillum brasilense NA CULTURA DO TRIGO. Embrapa Cerrados, Documentos, n. 394, 2022. Disponível em: < https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1147512/1/Solange-Doc-394.pdf >, acesso em: 13/05/2025.

HUNGRIA, M. INOCULAÇÃO COM Azospirillum brasilense: INOVAÇÃO EM RENDIMENTO A BAIXO CUSTO. Embrapa, Documentos, n 325, 2011. Disponível em: < https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/879471/1/DOC325.2011.pdf >, acesso em: 13/05/2025.

PEREIRA, L. C. et al. RENDIMENTO DO TRIGO (Triticum aestivum) EM RESPOSTA A DIFERENTES MODOS DE INOCULAÇÃO COM AZOSPIRILLUM BRASILENSE. Revista de Ciências Agrárias, 2017. Disponível em: < https://revistas.rcaap.pt/rca/article/view/16433 >, acesso em: 13/05/2023.

PRANDO, A. M. COINOCULAÇÃO DA SOJA COM Bradyrhizobium E Azospirillum NA SAFRA 2018/2019 NO PARANÁ. Embrapa, Circular Técnica, n. 156, 2019. Disponível em: < https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1117312/1/Circtec156.pdf >, acesso em: 13/05/2025.


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Sustentabilidade

Soja/BR: Percentual de colheita é de 98,5% no país – MAIS SOJA

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No RS, a colheita ainda ocorre nas áreas de safrinha e as produtividades foram afetadas devido aos veranicos ocorridos. Na BA, permanecem em campo apenas lavouras tardias, as quais têm apresentado baixas produtividades. No MA, a colheita avança na região de Açailândia, com produtividades variadas em função da irregularidade das chuvas. Essa situação também ocorre na região Leste do estado.

No PI, a colheita se aproxima da finalização, restando poucas áreas no Centro-Norte do estado. Em SC, o tempo seco favoreceu o avanço da colheita, que se aproxima do do encerramento . No PA, a redução das precipitações beneficiou o progresso da colheita nos polos de Paragominas e Santarém. Em MT, MS, GO, MG, PR, SP e TO, a colheita foi finalizada.

Previsão Agrometeorológica de 12/05/2025 a 19/05/2025

Norte-Nordeste: Os maiores acumulados de chuva irão se concentrar no norte da região Norte, Noroeste do MA e litoral da região Nordeste, além do Centro-Norte do AM. Para o restante da região, são previstas pouca ou nenhuma precipitação, com redução da umidade relativa do ar e do solo, especialmente, no Oeste da BA, Sul do MA e do PI. Pode ocorrer restrição hídrica ao milho segunda safra no Matopiba, principalmente, para as lavouras em enchimento de grãos. Para o feijão e o milho terceira safras, cultivados no Nordeste da BA, as condições serão favoráveis.

Centro Oeste: Em grande parte da região, a previsão é de tempo estável. Chuvas pontuais podem ocorrer sobre o MT e Sul de GO, amenizando a perda de umidade no solo. No entanto, pode ocorrer restrição hídrica para o milho segunda safra, majoritariamente, em enchimento de grãos, em parte de GO e no Leste de MS. No Sudoeste de MS e em MT, a umidade no solo deverá ser suficiente para o desenvolvimento da maioria das lavouras.

Sudeste: A previsão é o predomínio de tempo estável em grande parte da região. Chuvas pontuais podem ocorrer na faixa Leste no início da semana. Haverá redução da umidade no solo em áreas de MG e SP, podendo impactar o desenvolvimento do milho segunda safra em diferentes estágios. Para a maturação e colheita da cana-de-açúcar e do café, as condições serão favoráveis.

Sul: A previsão é de tempo aberto ao longo da semana, mas, entre os dias 18 e 19, as chuvas retornarão ao RS. No geral, as condições serão favoráveis para a finalização da colheita dos cultivos de primeira safra em SC e RS, assim como, para o manejo e o desenvolvimento do feijão segunda safra nos três estados. No entanto, poderá haver restrição hídrica para o milho segunda safra, majoritariamente em estágio reprodutivo no Norte do PR. Nas demais áreas deste estado, a umidade no solo deverá ser suficiente para o desenvolvimento da maioria das lavouras.

Confira o Monitoramento Semanal das Condições das Lavouras de 12 de maio de 2025 completo, clicando aqui!

Fonte: Conab



 

FONTE

Autor:Monitoramento Semanal das Condições das Lavouras

Site: CONAB


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Evento em MS destaca implementos para o pré-plantio – MAIS SOJA

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Com uma das maiores produtividades agrícolas do Brasil, o município de Maracaju (MS) se consolidou como referência no cultivo de grãos e na adoção de tecnologias no campo. De acordo com dados do IBGE, a cidade é responsável por uma das mais expressivas produções de soja e milho do estado, o que reforça sua importância estratégica para o agro nacional. É nesse cenário que a Piccin Equipamentos, referência em tecnologia para o preparo do solo e distribuição de insumos, participa da edição 2025 do Showtec, que acontece entre os dias 20 e 22 de maio, e reúne milhares de produtores, técnicos e empresas do setor.

Com mais de 60 anos de atuação, a empresa apresentará ao público modelos de distribuidores e descompactadores projetados para atender diferentes escalas e realidades de cultivo. Entre eles está o Master 12000 DH BI S INOX MY 2024, equipamento de alta resistência, projetado com depósito em aço inox, sistema de esteira precisa zincada e assoalho anticorrosivo. Outro destaque é o Advanced Modular Barra Tração 7 hastes, que oferece versatilidade no manuseio e alto desempenho na descompactação do solo.

A empresa também leva à feira o Master 25000 Arrasto, voltado a grandes áreas de cultivo, e o Master 4000 AUP, ideal para médias propriedades. Os modelos se destacam pela robustez e pelo desempenho na aplicação de insumos, contribuindo para maior produtividade e economia nas operações. “Acreditamos que a tecnologia deve ser funcional e acessível ao produtor. Desenvolvemos nossos produtos com base em demandas reais do campo, e a Showtec é o ambiente ideal para apresentar essas soluções e ouvir diretamente quem está na lida diária”, afirma, Marco Gobesso, engenheiro agrônomo e Head de marketing da Piccin.

Polo tecnológico e produtivo do MS

A região de Maracaju destaca não apenas pela produção expressiva de grãos e pecuária de corte, mas também por abrigar iniciativas de pesquisa e capacitação como a Fundação MS, organizadora do Showtec. A instituição atua na geração e disseminação de conhecimento técnico, contribuindo para a tomada de decisões mais assertivas no campo.

Com programação diversificada, o evento deste ano contará com palestras ministradas por especialistas, demonstrações práticas de tecnologias e áreas voltadas à inovação, como o Green Future Hub, que conecta ciência, sustentabilidade e produtividade. “A presença da Piccin no Showtec reforça nosso compromisso em estar ao lado do produtor, oferecendo soluções práticas, tecnológicas e sustentáveis para os desafios diários do campo”, conclui Gobesso.

Serviço

Data: 20 a 22 de maio de 2025
Local: Fundação MS – Maracaju (MS)
Mais informações: https://portalshowtec.com.br

Fonte: Assessoria de Imprensa Piccin Equipamentos



 


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