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. . . . . . . . . . . . . . . 31 de May de 2025

Sustentabilidade

Em nova aposta no mercado de bioinsumos, Bioma lança tecnologia para fixação biológica de Nitrogênio na cultura do milho – MAIS SOJA

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Referência no Brasil em tecnologias microbiológicas para o agro, a Bioma inova mais uma vez, agora, com o lançamento de um ativo biológico capaz de ampliar de forma significativa a produtividade da cultura do milho. Trata-se da HM053, nova cepa da bactéria Azospirillum brasilense, microrganismo fixador de nitrogênio. A Bioma é a primeira empresa a receber o registro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para a distribuição comercial do Bioma Mais Energy na cultura do milho.

A inovação é resultado de um trabalho de mais de 35 anos de dezenas de pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que fechou parceria com a Bioma para o desenvolvimento dessa tecnológica, permitindo à empresa escalar a produção e comercialização da nova cepa. Segundo o executivo Márcio Araújo, diretor comercial da Bioma, “a companhia estabeleceu um processo de produção e formulação inovadoras da nova estirpe (HM053), conferindo ao Bioma Mais Energy maior resistência, concentração e viabilidade de células, resultando em um produto de alta performance”.

Segundo o pesquisador Emanuel Maltempi de Souza, que tem trabalhado com esta bactéria na Universidade Federal do Paraná (UFPR) nos últimos dez anos, “essa é a solução mais inovadora e relevante na última década no caso da cultura do milho”. “Em trabalho publicado na revista científica Plant Soil, nosso grupo de pesquisa, juntamente com colaboradores de outras universidades, observou que o HM053 gerou ganhos de produtividade de até 28%, mantendo uma média de 14,1% de incremento. Quando confrontamos com uma cepa tradicional, como a Ab-V5 por exemplo, o ganho desta ficou em 7%, isso mostra o potencial do novo isolado”, estima o pesquisador com base nos resultados obtidos nos campos onde os ensaios foram realizados.

Na busca por uma agricultura mais sustentável, Bioma e UFPR avaliam que o registro da HM053 pode ser considerado um marco para o agronegócio brasileiro, em razão da importância do milho para a alimentação humana e como item essencial na produção de derivados da indústria alimentícia e também para a produção de ração animal, assim como para as exportações, com impacto significativo na geração de receitas para a balança comercial.

Estima-se que os agricultores brasileiros já utilizam o inoculante das cepas tradicionais em aproximadamente 8,4 milhões de hectares, que representam 40% da área total destinada à cultura do milho.

Segundo a Bioma, os agricultores podem usar o Bioma Mais Energy combinado aos fertilizantes tradicionais com a segurança de adquirir um produto de alto valor biológico registrado pelo Mapa e de eficiência comprovada por pelo menos três décadas de pesquisas.

“A indústria avançou muito em tecnologias para a fixação do nitrogênio na cultura do milho na última década, mas ainda havia potencial para mais. A parceria da Bioma com a UFPR e a obtenção do registro vão garantir a escala de distribuição necessária para uma grande transformação na produção do milho”, destaca o engenheiro agrônomo Dr. Bruno Agostini Colman, Gerente de Desenvolvimento de Mercado da Bioma. O engenheiro ainda ressalta que a novidade tem potencial para alcançar escala global, por força dos seus benefícios em termos de sustentabilidade.

Tecnologia brasileira

Embora o nitrogênio (N2) constitua 78% dos gases atmosféricos, nenhum animal ou planta consegue utilizá-lo como nutriente, diferentemente das bactérias. Por isso esses microrganismos são tão importantes para o campo: eles transformam a molécula de nitrogênio em amônio, composto que pode ser aproveitado pelas plantas. A chamada inoculação nitrogenada com bactérias fixadoras de nitrogênio permite que o amônio seja produzido nas raízes, melhorando a produtividade e vitalidade das plantas.

O Brasil estuda Azospirillum desde a década de 1970, quando a pesquisadora da Embrapa Johanna Döbereiner descobriu a capacidade de fixação biológica de nitrogênio dessas bactérias quando associadas a gramíneas. Em 1987, o professor Fábio de Oliveira Pedrosa e seu aluno de mestrado Hidevaldo Bueno Machado, ambos da UFPR, selecionaram bactérias com alta capacidade de fixação de nitrogênio (altos níveis de nitrogenase) e capazes de excretar amônio, assim compartilhando o excedente com a planta.

Mas ainda restava saber por que a bactéria liberava um recurso tão valioso como amônio para o meio. A pergunta começou a ser respondida no início da década de 2000 pelos pesquisadores da UFPR, incluindo Emanuel Maltempi de Souza, que sequenciaram o genoma de Azospirillum.

Anos depois, Maltempi orientou, numa parceria com colaboradores dos Estados Unidos, uma tese de doutorado em que se utilizou nitrogênio-13 (um isótopo radioativo de nitrogênio), demonstrando pela primeira vez que a bactéria não apenas fixava, mas exportava o composto para a planta na quantidade exata necessária para suprir o crescimento da planta. Estava aí criada a ligação entre a pesquisa e a aplicação prática no campo.

“Com o pioneirismo do registro no Mapa para a cultura do milho, o lançamento da Bioma demonstrará que os testes da pesquisa são replicáveis e que a inovação pode aumentar a lucratividade dos produtores, contribuindo assim com a economia nacional”, conclui Márcio Araújo, diretor comercial da Bioma.

Fonte: Assessoria de Imprensa Bioma



 


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Sustentabilidade

Negociações do algodão começam ativas em maio, mas perdem fôlego na segunda quinzena – MAIS SOJA

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Em maio, as negociações de algodão no Brasil ocorreram, inicialmente, com mais interesse e, a partir da segunda quinzena, o ritmo foi diminuindo. A demanda no mercado disponível foi tímida, com negócios pontuais para entregas em até 30 dias. Ainda assim, houve algumas operações voltadas para a safra de 2026, informou a Safras Consultoria.

No Sudeste, indústrias chegaram a pagar até R$ 4,35 por libra-peso pelo algodão, posto no CIF em São Paulo. Esse valor se manteve estável em relação à semana anterior. Na comparação com o mesmo período de abril, subiu 1,16%, quando o preço estava em R$ 4,30 por libra-peso.

Em Rondonópolis, no Mato Grosso, a pluma ficou negociada a R$ 4,20 por libra-peso, o que equivale a R$ 139,05 por arroba. Na quinta-feira, 22, os preços permaneceram nesse patamar. No entanto, no mês anterior, a pluma era comercializada a cerca de R$ 4,12 por libra-peso, ou R$ 136,08 por arroba — uma valorização de R$ 2,97 por arroba no período.

Paridade de exportações em MT – Imea

Na última semana, a paridade de exportação do contrato de julho/25 em Mato Grosso exibiu aumento de 0,26% em relação à semana anterior, ficando cotada a R$ 120,86/arroba. Apesar dessa valorização, a falta de fundamentos altistas para o preço da pluma do contrato de julho/25 na bolsa de Nova York, aliada à movimentação mais contida do dólar, pressionaram o preço da paridade na análise de longo prazo.

Para se ter uma ideia, a expectativa de estoques finais elevados para a safra 25/26 mundial, divulgada no dia 12/05 pelo USDA, contribuiu para uma maior pressão nos preços após a divulgação. Desse modo, a média mensal das cotações em maio/25 (até 23/05) recuou 3,78% ante o mesmo período de abril/25.

Por fim, a curto prazo, não há fatores que indiquem valorizações expressivas para as cotações da pluma, o que tende a limitar as valorizações no preço da paridade, mantendo um movimento mais lateralizado. As informações partem do Imea.

Exportações brasileiras – Secex

As exportações brasileiras de algodão somaram 157,737 mil toneladas em maio (16 dias úteis), com média diária de 9.858 toneladas. A receita com as vendas ao exterior totalizou US$ 253,854 milhões, com média de US$ 15,865 milhões. As informações são do Ministério da Economia.

Em relação à igual período do ano anterior, houve um recuo de 9,8% no volume diário exportado (10,925 mil toneladas diárias em maio de 2024). Já a receita diária teve queda de 25,7% (US$ 21,354 milhões diários em maio de 2024).

Fonte: Sara Lane – Safras News



 

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Sustentabilidade

Mercado brasileiro de trigo muda de rumo e estabiliza após forte queda no início de maio – MAIS SOJA

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Após um período de recuperação nos preços, o mercado brasileiro de trigo inverteu a tendência na virada de abril para maio. A queda no custo de importação que foi impulsionada pela desvalorização do dólar e pela baixa nas cotações internacionais, especialmente em Chicago e na Argentina, trouxe um viés baixista.

Segundo o analista e consultor de Safras & Mercado, Elcio Bento, com o arrefecimento da demanda por soja e milho, muitos produtores optaram por antecipar a venda do trigo, aumentando a oferta em um cenário já pressionado, o que acentuou as quedas nos preços na primeira metade do mês.

Na segunda quinzena, no entanto, o movimento de baixa perdeu força. “Os preços passaram a mostrar sinais de estabilização, com os produtores menos dispostos a negociar abaixo dos atuais patamares. A percepção é de que ainda há um intervalo considerável até a entrada da próxima safra, o que estimula a espera por melhores oportunidades de venda”, apontou o analista.

Do lado comprador, conforme Bento, o mercado segue cauteloso, apostando que a pressão vinda do cenário internacional deve continuar. “Com isso, os preços encerraram maio em queda na comparação com abril, mas com uma clara sinalização de interrupção da tendência de baixa”, relatou.

Emater

O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) ampliou, a partir de 21 de maio, as áreas aptas à semeadura do trigo no Rio Grande do Sul. Isso impulsionou as atividades de plantio e aumentou o número de propriedades envolvidas. No entanto, as chuvas registradas desde 24 de maio interromperam temporariamente os trabalhos, que serão retomados conforme as condições de umidade do solo se tornem adequadas. As informações são do relatório semanal da Emater-RS desta quinta-feira (29).

Apesar do avanço no plantio, ainda há incertezas quanto à área a ser cultivada, influenciadas pela frustração da última safra de soja e descapitalização dos produtores. Os custos de financiamento e do seguro agrícola (Proagro e modalidades privadas) também são considerados elevados, o que limita o acesso ao crédito.

Na safra de 2024, a área cultivada no RS foi de 1.331.013 hectares, com produtividade de 2.781 kg/ha, segundo o IBGE. A Emater/RS-Ascar realiza neste momento o levantamento de intenção de plantio para a safra 2025, com apresentação prevista para as próximas semanas.

Argentina

A Bolsa de Buenos Aires informou que o plantio do trigo avançou para 10,5% da área projetada na Argentina. A semeadura é estimada em 6,7 milhões de hectares para a safra 2025/26.

Os trabalhos se concentraram principalmente no norte e centro-oeste da área agrícola, com destaque para o centro-norte de Córdoba, que apresenta um avanço superior a 10 pontos percentuais em relação à média das últimas cinco safras e ao ciclo anterior.

Nas demais regiões, o plantio tem sido atrasado pela continuidade das chuvas, especialmente no Núcleo Sul, Centro de Buenos Aires e na Cuenca del Salado. Caso o cenário atual persista, há risco de comprometimento nos planos de semeadura nessas áreas.

Fonte: Ritiele Rodrigues–Safras News



 

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Único sobrevivente de grupo resgatado nas queimadas, filhote de tamanduá se prepara para voltar à natureza em MT | MT

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Bandeirinha, um filhote de tamanduá-bandeira, é o único sobrevivente entre oito animais resgatados durante as queimadas que atingiram Mato Grosso em setembro de 2024, está pronto para ser reintroduzido à natureza. Agora com 10 meses, o animal está em fase de aclimatação na unidade da Ampara Silvestre, localizada na Transpantaneira, onde desenvolve seus instintos naturais antes de voltar à vida selvagem.

Resgatado com cerca de dois meses de idade, Bandeirinha foi levado em estado crítico ao Hospital Veterinário (Hovet) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Com queimaduras de terceiro grau nas quatro patas, desidratação extrema e anemia severa, ele necessitou de cuidados intensivos logo na chegada.

Segundo a médica veterinária Danielle Ferreira, responsável pelo tratamento, o estado do animal era grave. Ele teve as camadas de tecidos e pele destruídas, sendo necessário a troca de curativos por 42 dias para garantir a limpeza adequada aliada ao uso de pomadas para queimaduras.

Nos primeiros dias, o quadro clínico se agravou com sinais de choque séptico. “Foi necessário o uso de antibióticos potentes, porque a infecção era causada por uma bactéria multirresistente. Também aplicamos soro glicosado e vasopressores em infusão contínua, já que ele não conseguia manter funções fisiológicas básicas. Chegou a ficar alguns dias em estado semicomatoso”, explicou a veterinária.

Ao longo da recuperação, Bandeirinha enfrentou outras complicações, incluindo uma infecção óssea relacionada ao uso de acesso intraósseo e um quadro de pneumonia, condição comum em animais expostos à fumaça intensa. Além dos desafios clínicos, o vínculo afetivo com a veterinária também exigiu atenção especial.

“Ele só aceitava se alimentar comigo. Como filhote órfão, acabou ‘imprintando’ em mim, o que nos obrigou a manter a alimentação sempre sob o meu manejo. Isso é comum em tamanduás, que permanecem agarrados à mãe durante o início da vida”, contou Danielle.

Com o tempo, o filhote foi introduzido a uma dieta natural, com formigas e cupins, e aprendeu a procurar alimento por conta própria, revirando cupinzeiros. Passou então por um processo de dessensibilização com humanos, sendo transferido para um recinto isolado. No último mês, Bandeirinha começou a demonstrar comportamentos ariscos e até agressivos com pessoas, sinais de que está pronto para o retorno à natureza.

No entanto, caso não consiga se adaptar, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA) poderá transferi-lo para um empreendimento de fauna, como um zoológico ou centro de conservação. Classificado como espécie “Vulnerável”, Bandeirinha, saudável e com potencial reprodutivo, representa uma esperança para a conservação da espécie.

O papel do Hovet na conservação da fauna

A atuação do Hospital Veterinária preenche uma lacuna importante no estado. Thais Oliveira Morgado, médica veterinária e chefe do Setor de Animais Silvestres, explica que os atendimentos são feitos em parceria com a Sema, Polícia Militar Ambiental e a comunidade. “Recebemos principalmente animais vítimas de atropelamentos, queimadas ou filhotes órfãos. Também oferecemos atendimento à pets não convencionais mediante agendamento”, afirmou.

A responsável ainda destacou que a ausência de um Centro de Triagem de Animais Silvestres no estado torna o papel da UFMT ainda mais essencial, uma vez que o estado é cercado por três biomas.

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