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Motorista envolvido em acidente que vitimou casal e filho na BR-174 é indiciado por homicídio

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Comodoro, indiciou por homicídio culposo, o motorista do acidente de trânsito ocorrido no mês de outubro do ano passado na Rodovia BR-174, próximo ao município, e que vitimou um casal e o filho de três anos de idade.
Nas investigações do inquérito policial concluído, nesta quinta-feira (20), pelo delegado Mateus Almeida Oliveira Reiners, foi apontado que o motorista do caminhão envolvido no acidente agiu com negligência ao trafegar com veículo com pneus recapados, o que pode ter causado o acidente.
O acidente que vitimou Fábio Christian Moreira de Sousa e Ana Carla Ortiz da Silva e o filho Gabril Ortiz de Souza, ocorreu por volta das 05h45, do dia 30 de outubro de 2024, no km 478 da rodovia.
Na ocasião, o caminhão Scânia trafegava no sentido de Nova Lacerda/Comodoro, quando o pneu dianteiro do veículo estourou, fazendo com que o motorista perdesse o controle da direção, invadindo a pista contrária e colidindo frontalmente contra o veículo VW/T-Cross, que vinha em sentido oposto.
As três vítimas que estavam no veículo não resistiram aos ferimentos e morreram no local. O motorista do caminhão não sofreu ferimentos. O motorista foi ouvido na Delegacia de Comodoro, ocasião em que ele afirmou que o pneu que estourou era novo e que havia sido trocado recentemente, há cerca de um mês e meio.
No entanto, a análise pericial mostrou que o pneu que estourou possuía características semelhantes às de pneus recapados, resultando em risco iminente à segurança viária e, consequentemente, no acidente que causou a morte das vítimas.
Diante da relação direta entre a falha mecânica e o resultado morte, o delegado entendeu existir elementos suficientes para o indiciamento do motorista pelo crime homicídio culposo na direção de veículo, previsto no artigo 302 do CTB, agravado pela não adoção de medidas de segurança.
“O motorista agiu com negligência ao trafegar com um veículo cujo pneu dianteiro apresentava indícios de recapagem, resultando na perda de controle da direção, invasão da pista contrária e colisão frontal com o veículo, ocasionando a morte dos seus três ocupantes”, explicou o delegado Mateus Reiners.
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Insumos biológicos mostram resultados no Paraná

A cada dia o uso de insumos biológicos cresce em meio às lavouras brasileiras. No Paraná não é diferente e os resultados são muitos, principalmente em relação a redução de custos e a sustentabilidade.
Em Ouro Verde, município próximo a Toledo, no Paraná, a família Paludo iniciou em 2019 os trabalhos com biológicos na lavoura. Atualmente, na cultura da soja o biológico representa 50% das aplicações, enquanto no milho varia de 20% a 30%.
Na época, quando o projeto Mais Milho, do Canal Rural, visitou a propriedade, o uso de insumos biológicos ainda estava em fase de experimentação. Era o primeiro ano, conforme destacou à reportagem o patriarca da família ‘seo’ Nelson Paludo, que infelizmente faleceu durante a pandemia do Covid-19.
“O biológico começa desde o tratamento da semente. Nós estamos vendo a produção com os vizinhos e bate a mesma coisa, só que o custo de produção caiu muito e, também, o principal nem é isso. É você conseguir usar menos defensivos. Conseguir tirar bastante já é um ganho para o produtor e para o meio ambiente”, disse ‘seo’ Nelson na ocasião.
O legado do produtor hoje é tocado pelo filho Juliano, que segue em frente com as ideias que lá atrás eram apenas uma aposta que estava começando.
“Naquele ano fomos buscar informação e como eram feitos esses trabalhos em outros lugares. Começamos as multiplicações em caixa d’água. Era o conhecimento que tínhamos na época”, conta Juliano ao Canal Rural Mato Grosso.
De lá para cá, muita coisa aconteceu. Hoje, a propriedade conta com uma biofábrica, que produz o insumo biológico.
“Com o biológico temos conseguido entrar um pouco menos com os produtos químicos. Não que tenhamos excluído, mas a gente consegue avaliar melhor a necessidade do químico. Eu acho que é um negócio que vai ganhar espaço cada vez mais, até porque as multinacionais estão indo para uma linha parecida”.
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Com apoio técnico, casal triplica renda em meio hectare de hortaliças

Localizado a cerca de 50 quilômetros de Cuiabá, capital de Mato Grosso, o Sítio Shekinah é uma das maiores vitórias do casal Alediane Kelly e Euzébio Dias. Com orientação certa e, claro, o empenho dos agricultores, a renda com a produção de hortaliças triplicou, tornando a atividade o carro-chefe do local.
O sítio está localizado na comunidade quilombola de Mata Cavalo, em Nossa Senhora do Livramento. Foram anos de espera até que o casal descendente de escravos conquistasse o direito de viver e trabalhar na terra pela quanto tanto batalhou.
A batalha, relembra ‘seo’ Euzébio, teve início em 1994. “A gente vinha brigando pela conquista da terra e aí conseguimos definitivamente em 2010”.
Ao programa desta semana do Senar Transforma, o produtor conta que inicialmente o sítio iria de chamar “Vitória”, contudo já existiam outros na região com o mesmo nome. A escolha por “Shekinah” veio de uma pesquisa na Bíblia, onde viu que na linguagem árabe significava “Vitória”.
“Shekinah é vitória. É a conquista que nós tivemos pela terra. Nós trabalhamos muito, porque não foi apenas eu. Era eu, meu pai, meu tio… Para nós foi muito bom batalhar pela terra e conquistar ela”.
Paixão pela terra que não se mede
A paixão do casal pela terra é visível nos olhos da dona Kelly, que sonha em seguir produzindo.
“Sempre tive vontade, um desejo de mexer na terra. Eu quero aumentar a minha produção, aumentar o meu desenvolvimento, o nosso trabalho aqui na nossa terra, de onde nós tiramos o sustento da nossa família”.
A vontade de expandir cultivando o solo demonstra a vocação do casal, que investiu em outras atividades antes de encontrar na olericultura a melhor opção.
Conforme ‘seo’ Euzébio, na propriedade já foram plantadas banana, mandioca e até mesmo abacaxi.
A área destinada para a produção de hortaliças ocupa cerca de 2% da área total da propriedade de 25 hectares.


Entre os 25 canteiros existentes no local é possível encontrar uma diversidade de produtos, como couve, salsa, rúcula, alface americana, alface crespa, alface roxa, coentro, almeirão, alho, cebolinha, pimenta, pepino, entre outras opções.
A horta é o carro-chefe, mas o casal também diversifica com outras atividades, como gado de corte, frango caipira, peixe e pequi.
“Mas, tudo entra em complemento com a horta. Se eu vender um peixe, eu já vendo um tempero da horta. Se eu vender o pequi, eu já vendo a saladinha para acompanhar. Então, são vários complementos”, frisa dona Kelly.
O casal também trabalha com polpas de frutas e agora, segundo a produtora, ela está na agroindústria local, onde estão fazendo conservas.
“Nós vamos estar produzindo e dessa produção se estiver passando vamos lá e fazendo a conserva para oferecer aos nossos clientes e amigos”.


Questionada sobre qual atividade das desempenhadas no sítio escolheria para ser a única do local, a produtora é enfática: “Hortaliças da Kelly”.
“É maravilhoso. Falar da horta é minha vida. É minha paixão. É meu sonho, uma conquista. É amor”.
A produção de hortaliças inicialmente era apenas para o consumo próprio da família. O potencial de venda foi enxergado após fazerem um curso do Senar Mato Grosso voltado para a produção de hortaliças, onde foi oferecido a assistência de um técnico de campo do programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG).
A produtora conta ao programa do Canal Rural Mato Grosso que de início ficou pensativa se aceitava a ajuda ou não, pois sua horta era pequena.
“No passar do tempo eu aceitei. E essa assistência técnica me trouxe oportunidade. Oportunidade para aumentar a produção, a minha renda e oportunidades para a nossa família”.


A transformação no sítio teve início há pouco mais de três anos quando o casal abriu as portas para o programa do Senar Mato Grosso com foco em olericultura.
Nas visitas mensais o técnico de campo identifica o potencial e os pontos de melhoria na condução da atividade e junto com os produtores elabora estratégias e o planejamento para colocá-las em prática, conforme as condições e realidade do local.
De acordo com o técnico de campo, Marcus Vinicius de Miranda, que há cerca de dois meses orienta o casal, o ponto forte do Sítio Shekinah é a comercialização, uma vez que o casal possui desenvoltura para as vendas e, inclusive, fazem uso das redes sociais.
“É um ponto positivo, porque eles já colocam a sua produção direto no mercado agregando valor”.
O técnico de campo pontua que a produção da família está de forma regular, porém ainda há alguns pontos a serem melhorados, uma vez que a produção de hortaliças depende do fator climático, principalmente a questão da chuva. Entre tais melhorias está a cobertura dos canteiros e a rotação de cultura visando o controle de pragas e doenças.


Outro passo é otimizar a produtividade do local sem aumentar a área, pois uma ampliação elevaria custos com mão de obra e investimentos.
“Otimizando os processos é possível aumentarmos a produtividade sem expansão da área”.
A produção hoje é comercializada através de entregas feitas pelo casal e também em feiras no município de Nossa Senhora do Livramento, Cuiabá e Várzea Grande.
“É maravilhoso. Praticamente a gente não faz feira. Eu chego lá e praticamente não fico a feira toda”, diz dona Kelly sobre o sucesso da sua produção.
E a receita para isso, afirma ela, é “amor”. “É você amar o que faz. É fazer com carinho, dedicação, tempo. É muito prazeroso”.
A chegada da ATeG “foi a chave” para o desenvolvimento, destaca ‘seo’ Euzébio.
“A vinda do Senar para cá foi de muita ajuda, muita conquista. Nós temos o apoio 100% do Sindicato Rural de Nossa Senhora do Livramento sempre oferecendo cursos para nós estarmos nos profissionalizando mais, crescendo, onde eu consegui aumentar a minha renda, minha produção. Até o meu estilo de vida”, completa dona Kelly.
Além das orientações focadas no campo, o casal aprendeu a gerenciar melhor a atividade.
“Cada visita é anotada. Com a assistência técnica a nossa vida mudou muito. Eu não tinha essa visão de futuro. Mas, com a assistência técnica, a nossa renda multiplicou três vezes. Não esperávamos. Foi até um susto”, diz a produtora.
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Lula anuncia liberação de R$ 5 bilhões da BR-163 em Mato Grosso

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou a conclusão das obras de duplicação da BR-163 durante visita à Mato Grosso na manhã deste sábado (24). Na ocasião, foi anunciada a liberação de aproximadamente R$ 5 bilhões para as obras em 454 quilômetros da rodovia federal, considerada a espinha dorsal do estado.
O recurso será viabilizado por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e repassado ao governo de Mato Grosso, responsável pela execução do projeto desde maio de 2023, quando assumiu a concessão do trecho de 850 quilômetros entre a divisa com Mato Grosso do Sul e Sinop.
O empréstimo no valor de R$ 5 bilhões havia sido aprovado em dezembro de 2024, mas somente agora foi liberado.
O anúncio ocorreu durante o lançamento do Programa Solo Vivo, no Assentamento Santo Antônio da Fartura, em Campo Verde.
“Essa BR-163 começou no meu segundo mandato. Se resolveu fazer um acordo com o governo do estado para ele tocar essa obra. Eu peço a Deus, governador, que você termine essa estrada, para que eu possa um dia trafegar nela”, declarou Lula.
Além da liberação do financiamento para a BR-163, foi anunciado pelo presidente Lula um investimento de R$ 600 milhões para o Rodoanel de Cuiabá, além do projeto do Contorno Leste da capital.
BNDES libera R$ 29 bilhões para Mato Grosso
O presidente do BNDES, Aloízio Mercadante, ressaltou a importância de Mato Grosso para o Brasil, uma vez que o estado sozinho é responsável por 30% da produção agrícola do país e conta com um rebanho bovino que supera 30 milhões de cabeças, cerca de 10 cabeças de gado para cada habitante do estado.
Segundo Mercadante, R$ 29 bilhões foram aprovados em crédito para o estado desde o início do governo Lula, dos quais R$ 14 bilhões para a indústria.
“O milho esse ano, a chamada safrinha, vai ser 133 milhões de toneladas [Brasil]. Nunca antes na história do Brasil tanto milho foi produzido. Uma das razões é o crédito agrícola. A outra é a agroindústria”.
Ainda conforme Mercadante, recentemente quatro usinas de etanol de milho foram financiadas pelo BNDES.
“À medida que temos uma indústria em Mato Grosso, nós estamos gerando valor agregado, recolhendo impostos, gerando mais empregos e estabilizando a vida do produtor rural, porque o preço ficou mais estável”.
O presidente do BNDES destacou ainda que tem “feito um esforço muito grande para fortalecer o desenvolvimento econômico do Mato Grosso, com crédito, apoio à agricultura, à agroindústria e à infraestrutura. No primeiro trimestre deste ano, liberamos R$ 1,768 bilhão em crédito agrícola para o estado. Isso significa mais recursos para quem produz, mais emprego, renda e desenvolvimento para o campo e para as cidades”.
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