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. . . . . . . . . . . . . . . 26 de May de 2025

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Brasil amplia frota e mantém segunda posição mundial

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O Brasil iniciou 2025 com 2.722 aeronaves agrícolas em operação, um crescimento de 7,21% em relação ao ano anterior. O total inclui 2.088 aviões (77% da frota) e 634 helicópteros (23%).

Os dados foram divulgados pelo Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) na 35ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas, realizada nesta quarta-feira (19) em Capão do Leão, no Rio Grande do Sul.

O país mantém a segunda maior frota de aeronaves agrícolas do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, que possuem cerca de 3.600 aeronaves. O levantamento do Sindag posiciona o Brasil à frente de países como Canadá, Argentina, México e Nova Zelândia.

Frota de aviação agrícola por estado

Mato Grosso lidera o ranking nacional, com 749 aeronaves agrícolas. Em seguida, aparecem o Rio Grande do Sul (385), São Paulo (320), Goiás (307) e Bahia (173). As demais 808 aeronaves estão distribuídas por 19 estados.

A frota se divide entre aviões operados por produtores rurais e cooperativas (1.054 aeronaves) e aqueles pertencentes a empresas aeroagrícolas, que prestam serviços ao setor (1.648 aeronaves).

Fabricantes e biocombustíveis

Segundo o Sindag, mais da metade da frota brasileira (51,65%) é composta por aeronaves de fabricação nacional, com destaque para o modelo Ipanema, da Embraer. O avião, lançado nos anos 1970 e atualmente em sua sétima geração, opera com etanol desde 2004. Esse modelo faz com que um terço da frota aeroagrícola brasileira seja movida a biocombustível.

Por outro lado, cresce a participação de aeronaves com motor turboélice, movidas a querosene de aviação e fabricadas nos Estados Unidos. Esses aviões, de maior porte e desempenho, têm sido cada vez mais utilizados no setor, aponta a entidade.

Novas tecnologias: drones e aeronaves autônomas

O Sindag também destacou avanços na aviação agrícola relacionados a drones e aeronaves autônomas. Um levantamento previsto para os próximos meses pretende mapear a frota de drones agrícolas em operação no país, uma vez que o número real pode ser maior que o registrado oficialmente no Ministério da Agricultura e na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Outra inovação no setor é a chegada da aeronave autônoma Pyka, da fabricante norte-americana de mesmo nome. O drone de grande porte, que pode transportar até 300 quilos, opera sem piloto e é capaz de realizar pulverizações agrícolas durante a noite. O modelo foi lançado em São Paulo no final de janeiro e fará sua primeira demonstração de voo na Show Safra 2025, em Lucas do Rio Verde (MT).

Segundo o diretor-executivo do Sindag, Gabriel Colle, a entrada desses equipamentos representa uma tendência de desenvolvimento acelerado da tecnologia na aviação agrícola. “É uma novidade que ainda precisamos conhecer de perto, mas que sinaliza mudanças significativas para o setor nos próximos anos”, afirmou.

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Preços altos freiam demanda por cacau e indústria aumenta uso de substitutos

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A moagem global de cacau ampliou 2,6% ao ano desde 1960, enquanto o PIB mundial evoluiu, em média, 3,4% ao ano no mesmo período, conforme dados do Banco Mundial.

Assim, é possível dizer que o histórico de crescimento da amêndoa e da economia tem avançado de maneira compatível. No entanto, a crise de oferta da commodity tem transformado este cenário.

Com base no comportamento recente da moagem de cacau, analistas da StoneX observaram que o período tem sido marcado por uma retração na demanda global.

“O segundo trimestre de 2023 – em meio à quebra de safra 2023/24 – estreou um período de queda no processamento global que se estendeu até o primeiro trimestre de 2025, momento em que a redução registrada foi de 3,5%”, contextualiza Rafael Borges, analista de Inteligência de Mercado da empresa.

Preços elevados

Os principais responsáveis por essa queda foram os preços elevados, que motivaram a redução da utilização do cacau na indústria, além da menor disponibilidade da amêndoa.

Diante deste cenário, a expectativa dos analistas é de uma diminuição de demanda na safra 2024/25 equivalente a 136 mil toneladas (-2,8%). Com isso, o volume estimado permite um superávit aproximado de 96 mil toneladas para o ano-safra, após um déficit estimado em quase 460 mil toneladas no ciclo 2023/24.

“Para o ciclo seguinte, é provável que haja uma recuperação na demanda, porém, ainda limitada pelos preços elevados e as tendências estabelecidas desde 2024. Para o ciclo 2025/26, a primeira estimativa de demanda é de 4.786 milhões de toneladas (+0,8%)”, avalia Borges.

Tendências para a demanda

A demanda do setor enfrenta desafios relacionados aos preços elevados. Conforme relatório divulgado pela StoneX, diante do aumento de preços do cacau e seus subprodutos, o mercado assistiu a um crescimento das tentativas de substituição da amêndoa, além da adoção de estratégias de minimização da utilização nos produtos finais.

Esse movimento de mercado impactou diversas indústrias, como a do chocolate. No caso das barras, tem-se utilizado waffers, frutas, castanhas e outros aditivos na composição. Além disso, esses produtos estão passando por reformulações de tamanho e formato.

O coproduto mais nobre e caro, a manteiga de cacau, também tem visto o uso crescente de equivalentes e substitutos. “Essas alternativas podem ser utilizadas em diferentes proporções no lugar da manteiga, sendo um dos mais comuns os derivados da palma, que podem fornecer textura e consistência semelhante à manteiga”, diz Borges.

Segundo o relatório da companhia, essa movimentação da indústria busca evitar o repasse do aumento dos preços da matéria-prima ao consumidor. Contudo, ao mesmo tempo, pode reduzir o crescimento esperado para a moagem/demanda por cacau nos próximos anos.

“É importante lembrar que regulamentações governamentais exigem que o produto rotulado como ‘chocolate’ contenha uma quantidade mínima de manteiga de cacau ou outros ingredientes específicos, o que varia dependendo da categoria do produto, já que a substituição completa não é possível sem algum prejuízo às características da mercadoria”, conclui o analista.

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agro emprega 26% do país

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Reconhecido como o Dia do Trabalhador Rural, 25 de maio foi instituído em homenagem à data de morte do ex-deputado gaúcho Fernando Ferrari, autor do Estatuto do Trabalhador Rural, na década de 1960.

Atualmente, o agronegócio brasileiro segue como um dos principais motores da economia nacional, empregando 28,4 milhões de pessoas, de acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Esse número representa 26% do total de ocupações no país entre julho e setembro de 2024 — dado que reforça a relevância do setor para a geração de renda em todas as regiões.

Para efeito de comparação, o estado de São Paulo, maior centro econômico do Brasil, registrou 24,7 milhões de empregos no mesmo período, conforme dados do Sistema IBGE de Recuperação Automática (Sidra), ou seja, o agro, sozinho, emprega mais pessoas do que todo o estado paulista.

Ainda assim, o setor precisa atenuar a grande informalidade dos trabalhadores que lidam diretamente com a produção rural, dos que seguem na linha de frente no trato com a terra.

Digitalização do agro

Foto: Divulgação

Além da força no campo impulsionada por cada trabalhador rural, o agronegócio vive um novo ciclo impulsionado pela digitalização e pela valorização de áreas como logística, tecnologia, gestão e serviços técnicos.

Essa transformação tem multiplicado as oportunidades de trabalho, exigido novos perfis e impulsionado os salários em posições-chave do setor.

“O avanço da digitalização no setor agrícola tem sido um dos principais fatores para esse crescimento, conectando toda a cadeia produtiva a novas possibilidades de negócios e criando novas demandas por profissionais especializados. Esse processo de transformação digital tem impulsionado não apenas a produtividade no campo, mas também a ampliação das oportunidades de atuação em diferentes áreas do agronegócio”, afirma o chief commercial officer da Orbia, Robson Rizzon.

Segundo o Guia Salarial de Agro 2024, elaborado pela consultoria Fox Human Capital, os salários no setor refletem essa nova fase de maturidade e profissionalização. Um CEO do agro pode receber de R$ 60 mil a R$ 200 mil mensais, com média de R$ 130 mil.

Já os representantes técnicos de vendas, que atuam na linha de frente com os produtores, recebem entre R$ 8 mil e R$ 18.645, com média de R$ 13.842,50.

A área comercial, por sua vez, mantém-se aquecida independentemente das oscilações econômicas, com alta demanda contínua por profissionais. “Esse é um dos poucos segmentos que seguem contratando mesmo em tempos de retração, pois estão diretamente ligados ao desempenho das empresas”, destaca Rizzon.

Segundo ele, um exemplo do impacto da digitalização nesse cenário são os marketplaces agrícolas, que revolucionaram o acesso a insumos, benefícios e soluções financeiras. Além de facilitar a rotina dos produtores, essas plataformas criam novas oportunidades de negócios para distribuidores, cooperativas, técnicos, consultores e representantes.

“Esse modelo de negócio não só impulsiona a produtividade no campo, mas também gera novas possibilidades para diferentes perfis profissionais dentro e fora da porteira”, ressalta o executivo. Ele destaca que distribuidores e cooperativas passaram a atuar de forma mais estratégica, enquanto os RTVs ampliaram sua atuação.

Força de trabalho multidisciplinar

A maior complexidade das operações no campo e nas indústrias do setor tem exigido equipes multidisciplinares e fortalecido a criação de empregos nas pontas mais técnicas da cadeia, algo ressaltado em todos os eventos e feiras agrícolas do setor.

“Com o avanço da tecnologia, o agronegócio brasileiro não apenas fortalece sua posição como um dos maiores empregadores do país, mas também diversifica as funções disponíveis e cria novas oportunidades, contribuindo de forma decisiva para o desenvolvimento econômico. É esse protagonismo que celebramos no Dia do Trabalhador Rural”, finaliza Rizzon.

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Governo lança Programa Solo Vivo para restaurar solos e apoiar agricultura familiar

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O governo federal lançou neste sábado (24), em Campo Verde (MT), o Programa Solo Vivo. A iniciativa busca recuperar áreas de solo degradado, aumentar a produtividade e reduzir desigualdades na produção rural, com foco na agricultura familiar.

A cerimônia aconteceu no assentamento Santo Antônio da Fartura, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em seu discurso, ele destacou a importância de garantir acesso igualitário a insumos e tecnologia para pequenos produtores. O presidente também defendeu a valorização da produção voltada para o consumo familiar como forma de garantir segurança alimentar e justiça social no campo.

Na primeira etapa, o Solo Vivo contará com um investimento de R$ 42,8 milhões, beneficiando entre 800 e 1.000 famílias de dez assentamentos em diferentes regiões do estado. Os agricultores receberão suporte técnico para restaurar a fertilidade do solo, aumentar a produção, gerar renda e manter-se de forma sustentável no campo.

O evento também marcou a entrega de máquinas agrícolas pelo Programa Estratégico de Fortalecimento Estrutural de Assentamentos Rurais, uma parceria entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). A ação contempla 38 municípios mato-grossenses.

Além disso, 78 títulos de domínio foram entregues a famílias dos assentamentos Santo Antônio da Fartura, em Campo Verde, e Salete Strozac, em Guiratinga. As propriedades tituladas totalizam 1.764,86 hectares, com investimento superior a R$ 397 mil. A titulação garante segurança jurídica e representa um passo importante para o desenvolvimento rural no estado.

Durante o evento, o ministro Carlos Fávaro destacou o avanço na abertura de mercados internacionais para produtos do agronegócio brasileiro. Segundo ele, o Brasil já alcança mais de 1,1 bilhão de toneladas produzidas nesta safra, com 374 novos mercados abertos para exportação.

As ações do Programa Solo Vivo são realizadas em parceria com a Federação dos Trabalhadores da Agricultura de Mato Grosso (Fetagri-MT) e o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT).

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