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Safra de soja no Paraná deve superar os números anteriores; confira a colheita pelo Brasil

A safra de soja 2025 avança em diversas regiões do Brasil, com a colheita em andamento nos principais estados produtores. O Paraná, a Bahia, Mato Grosso e outros estados apresentam diferentes realidades e desafios nesta temporada. Confira as atualizações sobre o andamento da colheita e o desenvolvimento da soja no país:
A soja no Paraná
O relatório do Departamento de Economia Rural (Deral), emitido na última semana, aponta que o Paraná já colheu mais de 570.000 hectares de soja, o que representa 33% da área total cultivada. O número marca um avanço de 10 pontos percentuais em relação à semana anterior.
No campo, ainda restam aproximadamente 3,8 milhões de hectares a serem colhidos, com destaque para a região Sul do estado, onde se concentra cerca de 40% da área ainda a ser colhida. No Norte do Paraná, cerca de 35% da soja ainda não foi colhida.
Em relação às condições das lavouras, 77% da área é considerada boa, enquanto 20% apresenta condições médias e apenas 4% está em condições ruins. Apesar da previsão de quebra de 4% em relação à estimativa inicial de produção, a previsão de 21,3 milhões de toneladas ainda é 15% superior à safra de 2023/24.
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Bahia: ferrugem asiática e colheita
Na Bahia, um caso de ferrugem asiática foi confirmado em uma lavoura no município de Correntina, no Oeste do estado, pela Associação de Agricultores Irrigantes da Bahia (Aiba). Felizmente, o aparecimento foi tardio, o que reforça a importância do monitoramento e controle fitossanitário. A Agência Estadual de Defesa Agropecuária afirmou que, apesar do caso confirmado, os produtores não precisam se preocupar com grandes perdas.
Em relação à colheita, o ritmo se intensificou nas últimas semanas, mesmo com chuvas que causaram atrasos. A Aiba estima que já foram colhidos cerca de 190.000 hectares. As áreas monitoradas recentemente apresentam produtividades entre 66 e 85 sacas por hectare, superando os números registrados no mesmo período da safra anterior, que variaram entre 62 e 76 sacas.
Colheita de soja avança no Maranhão
No Maranhão, a Aprosoja do Estado informou que 10% da safra já foi colhida, com projeções ainda positivas. A boa notícia é que não há registros de pragas ou doenças nas lavouras, o que tem colaborado para a continuidade da colheita.
Produtividade no Tocantins
Em Tocantins, a colheita já alcançou 19% da área plantada, um avanço de 10% em relação ao mesmo período do ano passado. A Aprosoja do estado relata que a produtividade está em torno de 60 sacas por hectare, dentro da média esperada para a safra. No entanto, a preocupação é com o escoamento da safra, que deve ser intensificado nos próximos 30 dias, conforme a colheita se aproxima da fase final.
Colheita em MT
Em Mato Grosso, a colheita da soja também tem avançado a um ritmo acelerado. O estado registrou o maior avanço semanal da safra de 2025, com 21,5 pontos percentuais a mais. Agora, metade da área total de 12.661.000 hectares já foi colhida.
Contudo, a comparação com o ano passado mostra que, nesta mesma época, já havia sido colhido 65% da produção, um número superior à média histórica das últimas cinco safras para este período, que é de 53%, segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
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Governo lança Programa Solo Vivo para restaurar solos e apoiar agricultura familiar

O governo federal lançou neste sábado (24), em Campo Verde (MT), o Programa Solo Vivo. A iniciativa busca recuperar áreas de solo degradado, aumentar a produtividade e reduzir desigualdades na produção rural, com foco na agricultura familiar.
A cerimônia aconteceu no assentamento Santo Antônio da Fartura, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em seu discurso, ele destacou a importância de garantir acesso igualitário a insumos e tecnologia para pequenos produtores. O presidente também defendeu a valorização da produção voltada para o consumo familiar como forma de garantir segurança alimentar e justiça social no campo.
Na primeira etapa, o Solo Vivo contará com um investimento de R$ 42,8 milhões, beneficiando entre 800 e 1.000 famílias de dez assentamentos em diferentes regiões do estado. Os agricultores receberão suporte técnico para restaurar a fertilidade do solo, aumentar a produção, gerar renda e manter-se de forma sustentável no campo.
O evento também marcou a entrega de máquinas agrícolas pelo Programa Estratégico de Fortalecimento Estrutural de Assentamentos Rurais, uma parceria entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). A ação contempla 38 municípios mato-grossenses.
Além disso, 78 títulos de domínio foram entregues a famílias dos assentamentos Santo Antônio da Fartura, em Campo Verde, e Salete Strozac, em Guiratinga. As propriedades tituladas totalizam 1.764,86 hectares, com investimento superior a R$ 397 mil. A titulação garante segurança jurídica e representa um passo importante para o desenvolvimento rural no estado.
Durante o evento, o ministro Carlos Fávaro destacou o avanço na abertura de mercados internacionais para produtos do agronegócio brasileiro. Segundo ele, o Brasil já alcança mais de 1,1 bilhão de toneladas produzidas nesta safra, com 374 novos mercados abertos para exportação.
As ações do Programa Solo Vivo são realizadas em parceria com a Federação dos Trabalhadores da Agricultura de Mato Grosso (Fetagri-MT) e o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT).
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Fávaro: Proposta de licenciamento ambiental avança sem precarização

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse nesta sexta-feira (23) que o projeto da Lei Geral do Licenciamento Ambiental “avança sem precarização”. O chefe da Agricultura disse ainda respeitar o posicionamento contrário da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmando que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é plural.
“Eu respeito o posicionamento dela, talvez ela fazendo uma análise mais profunda do texto pode haver divergências. O governo é plural. As áreas podem ter, em algum momento, conflito de ideias e de pensamentos. Mas eu, particularmente, acho que é um projeto que avança muito sem precarização”, afirmou Fávaro.
Segundo Fávaro, o projeto de licenciamento ambiental pode dar uma grande capacidade para o governo licenciar obras de infraestrutura e garantir “crescimento sustentável”.
“É impossível a gente crescer de forma sustentável sem que a infraestrutura acompanhe e puxe na frente. A gente precisa de mais portos, mais aeroportos, mais ferrovias e mais energia elétrica”, afirmou Fávaro.
Contra a vontade de ambientalistas, o projeto de lei foi aprovado no Senado nesta quarta-feira (21) por 54 votos favoráveis a 13 contrários. A proposta estabelece regras nacionais para os processos de licenciamento, com definição de prazos, procedimentos simplificados para atividades de menor impacto e a consolidação de normas atualmente dispersas.
O texto vai voltar para a Câmara dos Deputados, precisando ser chancelado para então ir à sanção presidencial.
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Acordo entre Brasil e Angola prevê 500 mil ha para produção agrícola

Durante reunião no Palácio Itamaraty nesta sexta-feira (23), em Brasília, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e João Lourenço, de Angola, discutiram os próximos passos do Programa de Investimento Produtivo Agropecuário Brasil-Angola. O encontro contou com a presença dos ministros da Agricultura dos dois países, Carlos Fávaro e Isaac dos Anjos, além de representantes do setor produtivo.
A iniciativa prevê a cooperação entre produtores rurais brasileiros e angolanos para estimular a produção de alimentos, criar empregos e promover o desenvolvimento social no território angolano. Segundo Fávaro, o programa resulta de articulações iniciadas desde o início do atual mandato de Lula, com foco no combate à fome no continente africano.
Missões técnicas realizadas em Angola ao longo dos últimos meses permitiram que empresários brasileiros conhecessem de perto as condições para produção no país. A partir das visitas, foi elaborado um documento com propostas e condições para viabilizar os investimentos brasileiros.
“Percorremos várias regiões, fizemos reuniões com autoridades e, ao final, construímos um documento simples, direto e objetivo. Nele constam sugestões e condições para que esses produtores brasileiros possam, de fato, começar a produzir em Angola”, disse Fávaro.
O plano inclui proposta de concessão de até 500 mil hectares de terras agricultáveis, com cessões de até 60 anos, renováveis, e definição de áreas contínuas para facilitar a instalação de infraestrutura. “Isso é fundamental. Assim como fizemos no Brasil, quando desbravamos o Cerrado, é preciso ter escala, ter continuidade de áreas para viabilizar os investimentos”, afirmou o ministro brasileiro.
Também estão previstos ajustes na legislação angolana sobre proteção de cultivares, sementes transgênicas e propriedade intelectual.
Outro ponto central da proposta é a criação de um fundo de aval com recursos do fundo soberano de Angola. A medida pode garantir até 75% dos investimentos feitos por produtores brasileiros no país africano.
O programa contempla ainda ações sociais, como a construção de agrovilas com moradias, escolas, postos de saúde e centros técnicos. Também haverá intercâmbio de profissionais para capacitação técnica em ambos os países. Comunidades vizinhas às áreas de produção receberão maquinário, insumos e assistência técnica.
Lula e Lourenço orientaram suas equipes a avançar na redação de um memorando de entendimento para formalizar a parceria. De acordo com Fávaro, o acordo representa um passo estratégico para consolidar o Brasil como referência global em agricultura tropical sustentável, com potencial para fortalecer a segurança alimentar e a inclusão social no continente africano.
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