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. . . . . . . . . . . . . . . 25 de May de 2025

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Variedade de feijão-guandu melhora nutrição animal e reduz custos

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Pesquisadores da Embrapa Caprinos e Ovinos (CE) concluíram um estudo que avaliou a adaptabilidade de cultivares de feijão-guandu ao Semiárido brasileiro. O objetivo era encontrar uma variedade que proporcionasse maior economia na alimentação de caprinos, ovinos e bovinos. A pesquisa apontou a cultivar comercial Super N como a mais indicada para a região, apresentando produtividade média de 6,2 mil quilos por hectare (kg/ha) de matéria seca de forragem.

A pesquisa, conduzida ao longo de três anos, foi realizada em áreas experimentais em Sobral (CE), Boa Viagem (CE) e Sumé (PB). Os cientistas analisaram 21 genótipos, sendo quatro cultivares comerciais e 17 experimentais.

A avaliação considerou dias de florescimento, altura das plantas e produtividade de grãos, fatores essenciais para a escolha da variedade mais estável frente às condições climáticas do Semiárido.

Foto: Fernando Guedes/Embrapa

Os resultados mostraram que todos os genótipos avaliados tiveram produtividade de matéria seca entre 4,6 mil e 9 mil kg/ha. A cultivar Super N destacou-se por apresentar 16% mais produtividade de grãos em relação à segunda melhor opção, a Iapar 43.

O desempenho da Super N supera em mais de 2 mil kg/ha a produtividade de outras cultivares já indicadas para o Semiárido, como a Taipeiro, que registrou apenas 2,49 mil kg/ha. A pesquisa foi realizada com o apoio da Embrapa Pecuária Sudeste (SP), Instituto Federal do Ceará (IFCE) e Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

Melhoramento genético do feijão-guandu

O melhoramento genético do feijão-guandu no Brasil começou na década de 1970, com pesquisas conduzidas pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Embrapa Cerrados (DF), Embrapa Pecuária Sudeste (SP) e Embrapa Semiárido (PE). O grão tem sido utilizado para rotação de culturas, melhoria da qualidade do solo e produção de grãos para consumo humano.

Segundo o pesquisador Fernando Guedes, líder do estudo na Embrapa, o guandu é uma cultura altamente adaptável. No Sudeste, por exemplo, ele é utilizado na rotação com cana-de-açúcar e amendoim, além de ser cultivado em quintais por sua longevidade – podendo produzir por até quatro anos sem necessidade de replantio.

Impacto na pecuária do Semiárido

A pesquisa representa um avanço para produtores de caprinos e ovinos no Semiárido, que necessitam de opções de alimentação mais eficientes e acessíveis. Sumé (PB), uma das maiores regiões de produção de caprinos leiteiros no Brasil, é um dos locais beneficiados pela parceria entre Embrapa e UFCG.

Com a conclusão do estudo, a Embrapa iniciará a validação da cultivar em propriedades maiores. A próxima etapa inclui dias de campo para produtores e a divulgação das formas de aquisição das sementes.

Benefícios do guandu

O feijão-guandu, também chamado de andu, é uma leguminosa originária da África que se adaptou bem ao solo e clima do Brasil. Seus grãos são ricos em proteínas, fibras, vitaminas e minerais. Além disso, a planta fixa nitrogênio no solo, tornando-se uma alternativa sustentável para recuperação de terras degradadas.

Na alimentação animal, o guandu fornece proteína e energia para caprinos, ovinos, bovinos e aves. Sua forragem pode ser utilizada na forma de feno ou silagem, reduzindo a dependência de farelos de soja e milho, que possuem custos mais elevados.

“Ao incorporar o guandu na dieta dos animais, o produtor consegue diminuir custos com ração concentrada e melhorar o balanço nutricional da alimentação, aumentando a oferta de proteína para o rebanho”, explica Guedes.

Com a validação final e a introdução da cultivar no mercado, a expectativa dos pesquisadores é que o feijão-guandu Super N amplie a produtividade do Semiárido, garantindo um novo recurso para pequenos e médios produtores da região.

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Governo lança Programa Solo Vivo para restaurar solos e apoiar agricultura familiar

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O governo federal lançou neste sábado (24), em Campo Verde (MT), o Programa Solo Vivo. A iniciativa busca recuperar áreas de solo degradado, aumentar a produtividade e reduzir desigualdades na produção rural, com foco na agricultura familiar.

A cerimônia aconteceu no assentamento Santo Antônio da Fartura, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em seu discurso, ele destacou a importância de garantir acesso igualitário a insumos e tecnologia para pequenos produtores. O presidente também defendeu a valorização da produção voltada para o consumo familiar como forma de garantir segurança alimentar e justiça social no campo.

Na primeira etapa, o Solo Vivo contará com um investimento de R$ 42,8 milhões, beneficiando entre 800 e 1.000 famílias de dez assentamentos em diferentes regiões do estado. Os agricultores receberão suporte técnico para restaurar a fertilidade do solo, aumentar a produção, gerar renda e manter-se de forma sustentável no campo.

O evento também marcou a entrega de máquinas agrícolas pelo Programa Estratégico de Fortalecimento Estrutural de Assentamentos Rurais, uma parceria entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). A ação contempla 38 municípios mato-grossenses.

Além disso, 78 títulos de domínio foram entregues a famílias dos assentamentos Santo Antônio da Fartura, em Campo Verde, e Salete Strozac, em Guiratinga. As propriedades tituladas totalizam 1.764,86 hectares, com investimento superior a R$ 397 mil. A titulação garante segurança jurídica e representa um passo importante para o desenvolvimento rural no estado.

Durante o evento, o ministro Carlos Fávaro destacou o avanço na abertura de mercados internacionais para produtos do agronegócio brasileiro. Segundo ele, o Brasil já alcança mais de 1,1 bilhão de toneladas produzidas nesta safra, com 374 novos mercados abertos para exportação.

As ações do Programa Solo Vivo são realizadas em parceria com a Federação dos Trabalhadores da Agricultura de Mato Grosso (Fetagri-MT) e o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT).

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Fávaro: Proposta de licenciamento ambiental avança sem precarização

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O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse nesta sexta-feira (23) que o projeto da Lei Geral do Licenciamento Ambiental “avança sem precarização”. O chefe da Agricultura disse ainda respeitar o posicionamento contrário da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmando que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é plural.

“Eu respeito o posicionamento dela, talvez ela fazendo uma análise mais profunda do texto pode haver divergências. O governo é plural. As áreas podem ter, em algum momento, conflito de ideias e de pensamentos. Mas eu, particularmente, acho que é um projeto que avança muito sem precarização”, afirmou Fávaro.

Segundo Fávaro, o projeto de licenciamento ambiental pode dar uma grande capacidade para o governo licenciar obras de infraestrutura e garantir “crescimento sustentável”.

“É impossível a gente crescer de forma sustentável sem que a infraestrutura acompanhe e puxe na frente. A gente precisa de mais portos, mais aeroportos, mais ferrovias e mais energia elétrica”, afirmou Fávaro.

Contra a vontade de ambientalistas, o projeto de lei foi aprovado no Senado nesta quarta-feira (21) por 54 votos favoráveis a 13 contrários. A proposta estabelece regras nacionais para os processos de licenciamento, com definição de prazos, procedimentos simplificados para atividades de menor impacto e a consolidação de normas atualmente dispersas.

O texto vai voltar para a Câmara dos Deputados, precisando ser chancelado para então ir à sanção presidencial.

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Acordo entre Brasil e Angola prevê 500 mil ha para produção agrícola

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Durante reunião no Palácio Itamaraty nesta sexta-feira (23), em Brasília, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e João Lourenço, de Angola, discutiram os próximos passos do Programa de Investimento Produtivo Agropecuário Brasil-Angola. O encontro contou com a presença dos ministros da Agricultura dos dois países, Carlos Fávaro e Isaac dos Anjos, além de representantes do setor produtivo.

A iniciativa prevê a cooperação entre produtores rurais brasileiros e angolanos para estimular a produção de alimentos, criar empregos e promover o desenvolvimento social no território angolano. Segundo Fávaro, o programa resulta de articulações iniciadas desde o início do atual mandato de Lula, com foco no combate à fome no continente africano.

Missões técnicas realizadas em Angola ao longo dos últimos meses permitiram que empresários brasileiros conhecessem de perto as condições para produção no país. A partir das visitas, foi elaborado um documento com propostas e condições para viabilizar os investimentos brasileiros.

“Percorremos várias regiões, fizemos reuniões com autoridades e, ao final, construímos um documento simples, direto e objetivo. Nele constam sugestões e condições para que esses produtores brasileiros possam, de fato, começar a produzir em Angola”, disse Fávaro.

O plano inclui proposta de concessão de até 500 mil hectares de terras agricultáveis, com cessões de até 60 anos, renováveis, e definição de áreas contínuas para facilitar a instalação de infraestrutura. “Isso é fundamental. Assim como fizemos no Brasil, quando desbravamos o Cerrado, é preciso ter escala, ter continuidade de áreas para viabilizar os investimentos”, afirmou o ministro brasileiro.

Também estão previstos ajustes na legislação angolana sobre proteção de cultivares, sementes transgênicas e propriedade intelectual.

Outro ponto central da proposta é a criação de um fundo de aval com recursos do fundo soberano de Angola. A medida pode garantir até 75% dos investimentos feitos por produtores brasileiros no país africano.

O programa contempla ainda ações sociais, como a construção de agrovilas com moradias, escolas, postos de saúde e centros técnicos. Também haverá intercâmbio de profissionais para capacitação técnica em ambos os países. Comunidades vizinhas às áreas de produção receberão maquinário, insumos e assistência técnica.

Lula e Lourenço orientaram suas equipes a avançar na redação de um memorando de entendimento para formalizar a parceria. De acordo com Fávaro, o acordo representa um passo estratégico para consolidar o Brasil como referência global em agricultura tropical sustentável, com potencial para fortalecer a segurança alimentar e a inclusão social no continente africano.

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