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Miguel Daoud comenta sobre a pressão da Moratória da Soja no Brasil

Na última semana, a Aprosoja Brasil divulgou uma nota que orienta os produtores de soja a não aceitarem cláusulas nos contratos de compra e venda que atendam aos requisitos da legislação ambiental da União Europeia, conhecida como Lei Antidesmatamento. A intenção da Aprosoja é pressionar as empresas que negociam a soja brasileira para fora do país para que não incluam esse tipo de exigência nos contratos.
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Miguel Daoud, comentarista do Canal Rural, começou a discussão com uma pergunta interessante sobre a produção de soja no Brasil. Ele mencionou que a produção da safra gira em torno de 160 milhões de toneladas, mas que a Europa compra menos de 10 milhões de toneladas dessa soja.
Daoud comenta que, a maior parte da produção brasileira vai para a China, com cerca de 52 milhões de toneladas processadas aqui no Brasil. Apesar de a Europa ser um mercado importante, ele explicou que o foco das grandes tradings está nos consumidores que não exigem as rigorosas cláusulas ambientais impostas pela legislação da União Europeia.
Ele levantou a questão de como as tradings, ao impor essas exigências ambientais, acabam penalizando os produtores brasileiros. Ele observou que muitos produtores não estão dentro dos padrões exigidos pelas cláusulas da União Europeia, mas isso não significa que estejam desmatando ilegalmente. De acordo com ele, se houver irregularidades ambientais, o problema deve ser resolvido internamente no Brasil, dentro dos parâmetros do Código Florestal, e não por legislações externas.
O comentarista também criticou o fato de as grandes empresas, que ganhavam prêmios ao exportar para a Europa, não repassarem esses benefícios aos produtores rurais. Apesar da pressão para aceitar essas cláusulas, Daoud defendeu que o produtor rural não deve ceder, pois, independentemente das exigências externas, ele sempre encontrará compradores para sua soja, especialmente em mercados como a China.
Para Daoud, a Europa, embora importante, não é o maior consumidor de soja brasileira, e o Brasil não deve se submeter a essas pressões internacionais, especialmente quando os próprios mercados europeus enfrentam questões tributárias internas. No final, ele reforçou a posição da Aprosoja de não aceitar imposições externas, destacando que o mercado interno e outros países compradores ainda garantem a venda da soja brasileira. Daoud concluiu que os produtores continuarão vendendo sua soja, argumentando que o Brasil deve se manter firme diante dessas pressões externas.
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Fávaro: Proposta de licenciamento ambiental avança sem precarização

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse nesta sexta-feira (23) que o projeto da Lei Geral do Licenciamento Ambiental “avança sem precarização”. O chefe da Agricultura disse ainda respeitar o posicionamento contrário da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmando que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é plural.
“Eu respeito o posicionamento dela, talvez ela fazendo uma análise mais profunda do texto pode haver divergências. O governo é plural. As áreas podem ter, em algum momento, conflito de ideias e de pensamentos. Mas eu, particularmente, acho que é um projeto que avança muito sem precarização”, afirmou Fávaro.
Segundo Fávaro, o projeto de licenciamento ambiental pode dar uma grande capacidade para o governo licenciar obras de infraestrutura e garantir “crescimento sustentável”.
“É impossível a gente crescer de forma sustentável sem que a infraestrutura acompanhe e puxe na frente. A gente precisa de mais portos, mais aeroportos, mais ferrovias e mais energia elétrica”, afirmou Fávaro.
Contra a vontade de ambientalistas, o projeto de lei foi aprovado no Senado nesta quarta-feira (21) por 54 votos favoráveis a 13 contrários. A proposta estabelece regras nacionais para os processos de licenciamento, com definição de prazos, procedimentos simplificados para atividades de menor impacto e a consolidação de normas atualmente dispersas.
O texto vai voltar para a Câmara dos Deputados, precisando ser chancelado para então ir à sanção presidencial.
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Acordo entre Brasil e Angola prevê 500 mil ha para produção agrícola

Durante reunião no Palácio Itamaraty nesta sexta-feira (23), em Brasília, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e João Lourenço, de Angola, discutiram os próximos passos do Programa de Investimento Produtivo Agropecuário Brasil-Angola. O encontro contou com a presença dos ministros da Agricultura dos dois países, Carlos Fávaro e Isaac dos Anjos, além de representantes do setor produtivo.
A iniciativa prevê a cooperação entre produtores rurais brasileiros e angolanos para estimular a produção de alimentos, criar empregos e promover o desenvolvimento social no território angolano. Segundo Fávaro, o programa resulta de articulações iniciadas desde o início do atual mandato de Lula, com foco no combate à fome no continente africano.
Missões técnicas realizadas em Angola ao longo dos últimos meses permitiram que empresários brasileiros conhecessem de perto as condições para produção no país. A partir das visitas, foi elaborado um documento com propostas e condições para viabilizar os investimentos brasileiros.
“Percorremos várias regiões, fizemos reuniões com autoridades e, ao final, construímos um documento simples, direto e objetivo. Nele constam sugestões e condições para que esses produtores brasileiros possam, de fato, começar a produzir em Angola”, disse Fávaro.
O plano inclui proposta de concessão de até 500 mil hectares de terras agricultáveis, com cessões de até 60 anos, renováveis, e definição de áreas contínuas para facilitar a instalação de infraestrutura. “Isso é fundamental. Assim como fizemos no Brasil, quando desbravamos o Cerrado, é preciso ter escala, ter continuidade de áreas para viabilizar os investimentos”, afirmou o ministro brasileiro.
Também estão previstos ajustes na legislação angolana sobre proteção de cultivares, sementes transgênicas e propriedade intelectual.
Outro ponto central da proposta é a criação de um fundo de aval com recursos do fundo soberano de Angola. A medida pode garantir até 75% dos investimentos feitos por produtores brasileiros no país africano.
O programa contempla ainda ações sociais, como a construção de agrovilas com moradias, escolas, postos de saúde e centros técnicos. Também haverá intercâmbio de profissionais para capacitação técnica em ambos os países. Comunidades vizinhas às áreas de produção receberão maquinário, insumos e assistência técnica.
Lula e Lourenço orientaram suas equipes a avançar na redação de um memorando de entendimento para formalizar a parceria. De acordo com Fávaro, o acordo representa um passo estratégico para consolidar o Brasil como referência global em agricultura tropical sustentável, com potencial para fortalecer a segurança alimentar e a inclusão social no continente africano.
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Café: CMN aprova R$ 7,188 bilhões para o Funcafé

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou R$ 7,188 bilhões para o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) em 2025.
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A resolução foi publicada nesta quinta-feira (22), no BC Correio, após a reunião ordinária do colegiado. O montante aprovado é dos recursos consignados no Orçamento Geral da União (OGU).
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