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. . . . . . . . . . . . . . . 11 de May de 2025

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Alta presença de lagartas em milharais com resistência à praga preocupa em Mato Grosso

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Agricultores na região médio-norte de Mato Grosso estão apreensivos com a alta incidência de lagartas em lavouras de milho geneticamente modificadas. Para tentar controlar a praga e evitar perdas de produtividade nos milharais, algumas propriedades estão elevando o número de aplicações adicionais de defensivos contra os insetos.

Na Fazenda Bom Princípio, em Nova Mutum, a chuva constante e a alta umidade no campo prejudicam o ritmo da colheita da soja. O esforço conjunto está sendo adotado como estratégia para tentar não perder produção no campo.

Gerente de produção na propriedade, Bruno Miguel Pancini Nunes comenta que a maioria da soja colhida no local está vindo com umidade acima de 20%, chegando a 30%. A secagem demorada dos grãos é algo que vem dificultando os trabalhos.

“Nós tínhamos feito um planejamento de estoque de lenhas para a safra toda. Já consumimos toda a lenha e já compramos 250 metros de lenha. E eu acredito que não vai dar. Nós estamos com um mutirão grande. Quatro caminhões, quatro colheitadeiras, secador rodando 24 horas para poder dar conta, mas mesmo assim ainda está complicado”, diz ele ao projeto Mais Milho, do Canal Rural Mato Grosso.

Segundo Bruno Miguel, o atraso da soja pode encurtar o período ideal para o cultivo do milho, que nesta temporada deve ocupar 1.040 hectares na propriedade.

“Nós não plantamos nem a metade da área ainda. A gente não sabe como será a questão das chuvas. Se vai prolongar ou não. O clima está muito incerto e há dificuldade também para plantar, porque está chovendo demais. Se essa chuva cortar no final de março, como já aconteceu, o milho vai produzir abaixo de 90 sacas com certeza”.

Alta infestação de lagartas eleva riscos

Além das dificuldades com o plantio, a alta infestação de lagartas é outro ponto de preocupação dos produtores no que tange a produtividade dos milharais no médio-norte de Mato Grosso este ano. A grande apreensão do setor produtivo é que as cultivares com tecnologia que oferecem resistência estão sendo o principal alvo dos insetos.

Na propriedade do produtor Moacir Antônio Guarnieri, a pulverização neste momento ocorre com produtos sistêmicos, pois “a tecnologia não está conseguindo segurar a alta infestação de lagartas”.

“É um custo a mais, porque a gente já está pagando essa tecnologia e ela não está respondendo para nós. E esse milho está novinho. Trinta dias de plantio. Então eu não sei como será até o final do ciclo, mas se a tecnologia não está aguentando e continuar, vai entrar no mínimo mais umas três vezes para lagartas e a indicação é que a cada ano o custo vem aumentando e a gente tem que aumentar a produtividade. Até quando?”, questiona ele sobre o número de aplicações de defensivos.

Na propriedade localizada em Boa Esperança do Norte, o produtor Moacir Antônio deve cultivar 1.170 hectares de milho. Ele revela ao Canal Rural Mato Grosso que os primeiros 60% da área já estão plantados.

“Nós estamos trabalhando hoje com uma produtividade acima dos nove mil quilos por hectare. Não podemos baixar. A receita do milho cobre o arrendamento no meu caso. Se é área própria, ela é uma segunda receita que te ajuda no dia a dia, que ajuda a gente a se manter e é moeda de troca para trocar por adubo, por insumos. E produz muito mais soja onde planta milho”.

De acordo com o agrônomo Eduardo Henrique Wasem, a cada ano se nota que a resistência às lagartas tem perdido “um pouco de eficiência”.

“Mesmo com refúgio, a gente está sentindo essa diferença a cada ano. A gente aconselha que se faça o monitoramento e que não deixe que essa população cresça esperando e confiando só na tecnologia da própria planta. Se for necessário entrar com aplicação química ou biológica, de acordo com a recomendação, para estar segurando a evolução da praga”.

Tecnologia no milho preocupa

O consultor agronômico Cledson Guimarães Dias Pereira comenta que 100% dos clientes que atende possuem lagartas em suas tecnologias.

“Seja qual for a tecnologia, se consegue perceber duas lagartas. A do grupo das Spodopteras Frugiperda e Helicoverpa Zea. Essas são as duas lagartas que estão presentes no milho aqui”.

Cledson explica que essas duas lagartas diminuem a área foliar, uma vez que acabam com o pendão. “O pendão está no miolinho ainda. Ela encartucha ali dentro e faz um estrago em todas as folhas que vão sair. Até o final do ciclo elas vão ter uma pressão muito alta de adultos, que vão estar sobrevoando a área, fazendo postura. É um ciclo. Se a gente não quebrar este ciclo, vamos ter essa praga por muito tempo”.

Outro ponto de atenção, frisa o especialista, é que “se a gente não baixar essa população, vamos ter muita perda também lá na espiga”.

O presidente do Sindicato Rural de Nova Mutum, Paulo Zen, salienta que a situação “é aquela velha história: você não consegue comprar sem pagar os royalties e você paga os royalties para ter o benefício e o benefício muitas vezes não vem”.

Em Sorriso, município que mais produz milho no país, também tem agricultores preocupados com a presença de lagartas na tecnologia. Conforme o Sindicato Rural, uma avaliação mais detalhada está sendo feita para tentar encontrar a principal causa do aumento populacional dos insetos na plantação geneticamente modificada.

“Estamos avaliando qual lagarta é, quais as tecnologias que não estão segurando. Vamos fazer todo esse compilado de informação, analisar, avaliar e ver realmente qual é o problema que está causando e o porquê desses materiais já não estarem fornecendo a tecnologia necessária para o controle. A gente compra um milho que é para ter um determinado controle e infelizmente a gente não está tendo. Então, o agricultor acaba tendo que adquirir mais produtos para que não ocorra o prejuízo. As lagartas estão escapando, por enquanto, no milho que está começando a se desenvolver na fase V2, V3, V4”, diz o presidente do Sindicato Rural de Sorriso, Diogo Damiani.

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Governo de MT fortalece pequenos agricultores e incentiva produção no campo

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Governo tem distribuído mudas e embriões e entregado máquinas para dar mais eficiência para os pequenos produtores

Mato Grosso tem sido um berço de oportunidades para a agricultura familiar, por meio de investimentos do Governo do Estado, que valorizam e impulsionam os pequenos agricultores. Nos últimos seis anos, os investimentos na área somaram R$ 720 milhões, que ajudaram a transformar a realidade dos agricultores e garantiram a manutenção da renda e a segurança alimentar, não apenas para famílias do campo.

“Quando investimos em assistência técnica, infraestrutura e acesso ao crédito para os pequenos produtores, não queremos apenas oferecer ferramentas de trabalho, mas também incentivar os produtores e criar condições para que possam produzir mais, ampliar sua renda e melhorar a qualidade de vida de suas famílias e de suas comunidades. Ao fortalecer quem produz no campo, promovemos o desenvolvimento sustentável e garantimos que esses produtores continuem motivados a alimentar as cidades”, destacou a secretária de Agricultura Familiar, Andreia Fujioka.

Ao longo da gestão, já foram cedidos 7.709 máquinas e equipamentos, como patrulhas mecanizadas, caminhões, caminhonetes, plantadeiras, ordenhadeiras e unidades de resfriamento, que são importantes para o fortalecimento e a modernização das comunidades, possibilitando a redução de custos e o aumento da produtividade no campo.

Uma das comunidades contempladas com as entregas foi a Aldeia Kamaiura, da etnia Kamaiura, de Canarana.

“Receber a caminhonete do Governo foi uma virada de chave para a agricultura familiar da nossa aldeia, porque nosso maior gargalo era escoar nossa produção. Com o veiculo, podemos trabalhar na expansão das culturas e abastecer os municípios com nossos produtos, outras estruturas e insumos”, afirmou Kanawayuri Leandro Marcello Kamaiurá, representante da Aldeia.

Por meio da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), o Governo do Estado distribuiu mais de 61 mil toneladas de calcário, que é um composto importante para tornar o solo mais fértil e produtivo, além de mais de 991,5 mil mudas de cacau, café e banana.

A distribuição de mudas é feita por meio do programa MT Produtivo, que atende, entre os beneficiários, comunidades quilombolas e indígenas. Exemplo de sucesso são os indígenas Umutina, de Barra do Bugres, que receberam mudas de café, kits de irrigação e patrulha mecanizada da Seaf e já estão embalando e comercializando o café produzido por eles, o Café Massepô, que é o primeiro café indígena de Mato Grosso.

No município de Colniza, que é responsável por mais de 50% dos cafés colhidos em Mato Grosso, além da distribuição de mudas, o Governo também entregou kits de irrigação a produtores familiares, para garantir a sobrevivência e a produtividade da plantação.

“Aqui tínhamos uma dificuldade com a irrigação, e como nosso café é do tipo clonal, dependemos muito da água para manter a planta viva e ter uma boa produção, então o kit que recebemos ajudou demais da conta”, afirmou o produtor Edemilton dos Santos, que tem seis mil pés de café em sua propriedade.

A distribuição de mudas de café pelo Governo também impulsionou a produção no Estado, levando Mato Grosso da penúltima para a 9ª colocação no ranking nacional, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Os pequenos produtores do Estado também se destacam na produção de bananas, que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é a fruta mais produzida e consumida em Mato Grosso. Atualmente, 87% dos 142 municípios do Estado produzem a banana, que contribui para o giro da economia nas cidades.

Um dos projetos apoiados com as mudas é o Mulheres da Terra, desenvolvido em São José dos Quatro Marcos pela Associação Mato-grossense das Produtoras da Agricultura Familiar Diversificada, que é a maior associação de mulheres da agricultura familiar de Mato Grosso. O projeto recebeu, em 2024, cerca de 15 mil mudas.

Governo de MT apoia mulheres do campo com 15 mil mudas de banana e kits para cultivo irrigado da fruta - Mulheres receberam mudas da Seaf e contam com apoio técnico da Empaer no cultivo

O Governo ainda distribuiu 28 mil doses de sêmen e 2.875 embriões bovinos. Também, 1.894 novilhas prenhes.

Um dos produtores que foram beneficiados com a transferência de embriões foi o Ildo Vicente de Souza, de Pontes e Lacerda. Ele teve sete bezerras nascidas depois da transferência dos embriões, sendo que uma delas pariu com 21 meses de vida. Segundo ele, as novilhas produzem cerca de 10 litros por dia.

“É importante destacar que, além do aumento da produção de leite, o projeto traz também um ganho genético muito importante para nós, produtores. Os resultados são muito bons”, afirmou.

Na propriedade de Jonas de Carvalho, também de Pontes e Lacerda, cinco bezerras nasceram dos embriões transferidos em 2022, quando o projeto começou no município. Segundo ele, elas pariram com 22 meses e produzem cerca de 15 litros de leite por dia.

Os relatos dos produtores revelam a eficiência do programa de Melhoramento Genético desenvolvimento pelo Governo de Mato Grosso, possibilitando uma produção de leite 200% acima da média estadual, que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), era de 4,66 litros em 2023.

 

Hortas escolares

Outro programa apoiado pelo Governo é o de hortas escolares, desenvolvido pela Seaf em parceria com a Secretaria de Educação. Em 2025, 300 escolas foram selecionadas para participar da iniciativa, recebendo sementes, ferramentas e insumos.

O projeto contribui não apenas com a alimentação escolar, mas também com a segurança alimentar das famílias, uma vez que os produtos podem ser levados para casa. Ainda, incentiva os estudantes para hábitos alimentares mais saudáveis.

Acesso ao crédito

Outra iniciativa do Governo do Estado para os pequenos produtores é a linha de crédito Desenvolve Rural, por meio da agência de fomento do Estado, a Desenvolve MT. A linha oferece crédito de até R$1,5 milhão tanto produtores rurais que trabalham com culturas temporárias, como a soja e o milho, quanto as permanentes, como a banana, além da pecuária e piscicultura. O recurso pode ser utilizado para compra de máquinas e implementos agrícolas.

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Mães que Inspiram o Mundo a Ser Melhor

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Por: Virginia Mendes, primeira-dama de MT

Neste Dia das Mães, quero dedicar minha homenagem a todas as mulheres que, com coragem e amor, escrevem histórias silenciosas de superação e entrega. Mães que inspiram não apenas os seus filhos, mas toda a sociedade com seus exemplos de força, dignidade e esperança.

Penso nas mulheres que acordam antes do sol nascer no campo, com as mãos calejadas, plantando alimento e esperança, cuidando da terra como cuidam dos seus filhos com zelo, paciência e fé. Penso também nas mães da cidade, que enfrentam longas jornadas, às vezes três ônibus por dia, deixando seus lares antes das crianças despertarem e retornando apenas à noite, mas ainda assim encontrando forças para dar amor, atenção e aconchego à família.

Meu coração também se volta com carinho e respeito às mães solos, aquelas que, por escolha ou circunstância, carregam sozinhas o desafio de criar seus filhos. São mulheres que não se permitem desistir, mesmo diante das dificuldades mais duras, e que se tornam alicerces e porto seguro para suas famílias. Muitas vezes invisibilizadas, elas merecem todo reconhecimento e apoio.

Como mãe adotiva e também filha adotiva posso afirmar que o amor não nasce apenas do ventre, ele floresce no coração. Ser mãe é uma decisão de alma, é o encontro mais puro entre o cuidado e a entrega. A maternidade me transformou e me ensinou que o amor verdadeiro não tem medidas, limites ou condições.

Não posso deixar de mencionar, neste dia, as mães e filhos que são vítimas da violência doméstica e do feminicídio. A dor dessas famílias não pode ser ignorada. É por elas que idealizei o programa SER Família Mulher, que acolhe, protege e oferece novas oportunidades para que essas mulheres possam recomeçar com dignidade e segurança. Toda mulher merece viver sem medo. Toda mãe merece criar seus filhos em paz.

Finalizo este artigo com um abraço apertado em cada mãe que luta, que sonha, que se doa. Vocês são a base de muitas transformações. São vocês que, mesmo nos dias difíceis, ensinam o valor da empatia, do cuidado e da esperança. Que neste Dia das Mães, possamos reconhecer e valorizar essas guerreiras que, com pequenos e grandes gestos, inspiram o mundo a ser melhor.

Feliz Dia das Mães!

Virginia Mendes é economista, primeira-dama do Estado, mãe de três filhos, voluntária nas ações de governo e idealizadora dos programas sociais que contemplam o SER Família em todas as esferas.

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Evento em Sorriso reunirá especialistas em cultivos especiais nos dias 16 e 17

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Novas cultivares de milho e cultivos especiais deverão ser apresentadas por especialistas em meio a 19 estações experimentais na primeira edição do Proventus Field Day.

O evento, gratuito, será realizado em Sorriso, região médio-norte de Mato Grosso, entre os dias 16 e 17 de maio apresentando oportunidades, desafios, tendências e inovações da cadeia produtiva com foco no cultivo de amendoim, gergelim, feijão, arroz, mix de plantas de cobertura e milhos especiais.

Leandro Lodea, um dos organizadores do evento, lembra que Mato Grosso produz na primeira safra soja em 12,8 milhões de hectares e que de tal extensão em torno de 3,5 milhões a 4 milhões de hectares sobram para outras culturas que não exigem tanta necessidade de água para serem explorados.

“Então, investindo em tecnologia, investindo em pesquisa, nós queremos apresentar ao produtor essas outras culturas, para dar rentabilidade ao agricultor e complementar essa área de que geralmente é 30% da fazenda que está parada”, pontua Leandro Lodea, um dos organizadores do evento.

Plantas de cobertura para a proteção de solo

Entre as tecnologias que poderão ser vistas, segundo o pesquisador da Proventus, Amir Werle, está a apresentação de um mix de plantas de cobertura importante aliado do agricultor na proteção do solo de sua área.

Também serão apresentadas quatro cultivares de milho especiais, conforme o especialista. Dentre elas, um híbrido de milho doce, para consumo in natura e para a produção de enlatados, e um híbrido com alto teto produtivo, ciclo precoce e tolerante à cigarrinha do milho.

Na programação do Proventus Field Day, o primeiro dia será reservado para as palestras com renomados pesquisadores, especialistas e executivos de indústrias e instituições ligadas ao segmento de cultivos especiais.

Já no segundo dia, será promovido um dia de campo na área experimental da Proventus, às margens da rodovia MT 242, saída para Ipiranga do Norte, com um tour pelas estações de cultivos de amendoim, gergelim, feijões, arroz, mix de plantas de cobertura e milhos especiais.

As inscrições gratuitas podem ser feitas até o dia 16 de maio, pelo link: https://www.sympla.com.br/evento/proventus-field-day-culturas-especiais-o-futuro-do-agronegocio/2897520 .


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Agro MT