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. . . . . . . . . . . . . . . 24 de May de 2025

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produção de ‘limão-tahiti’ no Semiárido rende 17 toneladas por hectare

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A limeira ácida tahiti (popularmente conhecida como limão-tahiti) tem ganhado destaque no semiárido nordestino, especialmente no Vale do São Francisco, como uma alternativa promissora para os fruticultores da região.

Por meio de um convênio entre a Embrapa Semiárido e a Eletrobras, foram implantadas áreas demonstrativas de 0,5 hectare em propriedades de agricultura familiar no município de Casa Nova, na Bahia.

A iniciativa, que também conta com o apoio da prefeitura, busca demonstrar o potencial da cultura e incentivar sua adoção por pequenos produtores.

Pesquisas indicam que a limeira ácida tahiti se adapta bem às condições climáticas locais, produzindo frutos de alta qualidade, mediante o uso de técnicas de manejo mais simples em comparação com outras espécies cítricas.

“Estamos trabalhando para que essas áreas sirvam como vitrine tecnológica. Os resultados observados até agora mostram que a cultura pode ser uma excelente opção para a diversificação de renda no Semiárido”, afirma a pesquisadora Débora Bastos, da Embrapa Semiárido.

Interesse pela cultura tem crescido

A limeira ácida tahiti se destaca pela rusticidade e facilidade de manejo, possibilitando sua adoção tanto por grandes produtores quanto pela agricultura familiar, contribuindo para a diversificação da produção regional.

Nos últimos anos, o interesse pela cultura cresceu, impulsionado pela crise enfrentada por outros estados produtores de citros, como São Paulo e Minas Gerais, devido ao greening (HLB), doença que tem dizimado pomares no país.

De acordo com Bastos, o clima do Semiárido oferece um ambiente menos propício para o desenvolvimento do greening e outras doenças, garantindo maior segurança fitossanitária. Isso, aliado à qualidade dos frutos, torna a região atrativa para os mercados interno e externo.

Produtividade da limeira ácida tahiti

Limão Tahiti
Foto: Vinícius Braga

Com o uso do manejo adequado e da irrigação por gotejamento, a limeira ácida tahiti tem alcançado altos índices de produtividade no Semiárido. Em uma área experimental de 0,5 hectare, cultivada com a cultivar copa Cnpmf 02 e o porta-enxerto San Diego, foram colhidas 341 caixas de 25 kg entre setembro de 2024 e janeiro de 2025, totalizando 25,52 kg por planta e 17 toneladas por hectare.

Os dados econômicos também empolgam: a receita bruta em 0,5 hectare alcançou R$ 29 mil, com preços variando entre R$ 70 e R$ 100 por caixa. “Isso demonstra o grande potencial da cultura para agricultores da região”, destaca a pesquisadora.

Além disso, o escalonamento da produção possibilita atender às épocas de maior demanda e melhores preços, como entre agosto e novembro. Essa estratégia amplia as oportunidades de comercialização, tanto no Brasil quanto no exterior.

Parcerias que geram resultados

Um dos produtores do município de Casa Nova beneficiados pelo projeto é Domingos Castro. Em sua propriedade, foram plantadas 300 mudas da limeira ácida tahiti.

Para ele, a parceria com a Embrapa tem sido fundamental para ampliar o conhecimento técnico e melhorar a condução da cultura.

“Quando você tem o apoio de profissionais dedicados e competentes como os da Embrapa, Eletrobras e os técnicos da prefeitura, o retorno é praticamente garantido”.

Castro ressalta que, financeiramente, a limeira ácida tahiti é uma cultura promissora. “Uma das principais vantagens do cultivo do tahiti é a regularidade do retorno financeiro: toda semana há uma renda, o que ajuda bastante na gestão da propriedade.

Ele explica que, em comparação com outras culturas, como a manga, que exige um tempo maior para começar a gerar retorno, o “limão tahiti” apresenta uma vantagem.

“Assim que começa a produzir, você tem uma safra e um pico de produção. Depois, com as plantas adultas, a produção se mantém constante, garantindo uma entrada semanal de recursos”, destaca.

Para a pesquisadora Débora Bastos, transferir tecnologias adaptadas à região é um dos focos de atuação da Embrapa Semiárido.

“Por meio de projetos como o Eólicas de Casa Nova, buscamos fortalecer a sustentabilidade da produção agrícola, criando oportunidades e gerando renda para os produtores locais. O cultivo da limeira ácida tahiti é uma dessas alternativas promissoras que queremos incentivar”, ressalta a pesquisadora.

Sob supervisão de Victor Faverin

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Café: CMN aprova R$ 7,188 bilhões para o Funcafé

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Foto: Divulgação/Seagri

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou R$ 7,188 bilhões para o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) em 2025.

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A resolução foi publicada nesta quinta-feira (22), no BC Correio, após a reunião ordinária do colegiado. O montante aprovado é dos recursos consignados no Orçamento Geral da União (OGU).

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Erva-mate do Paraná ganha reconhecimento de importância global pela FAO

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O sistema de cultivo sombreado da erva-mate nas florestas de araucárias do Paraná foi reconhecido, nesta quarta-feira (21), como Patrimônio de Sistemas Agrícolas de Importância Global (Giahs) pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

A prática agrícola é a segunda do Brasil a receber o título, ao lado do sistema dos apanhadores de flores sempre-vivas da Serra do Espinhaço, em Minas Gerais.

A técnica, desenvolvida por povos indígenas e comunidades tradicionais do estado, utiliza o sombreamento natural das florestas nativas, especialmente de araucárias, para o cultivo da planta. Estima-se que 70% da produção do Paraná utilize esse modelo, considerado sustentável por manter a biodiversidade e reduzir a degradação ambiental.

O Paraná é o maior produtor nacional de erva-mate, com uma cadeia que envolve cerca de 30 mil famílias e movimenta R$ 1,3 bilhão por ano, conforme dados do Valor Bruto da Produção (VBP) de 2023. O cultivo sombreado favorece a concentração de componentes como taurina e teobromina, valorizados pelas indústrias de chás, energéticos e cosméticos.

O reconhecimento internacional também deve impulsionar o posicionamento do produto no mercado global. Segundo o engenheiro florestal Avner Paes Gomes, do IDR-Paraná, o cultivo funciona como um consórcio florestal, em que a erva-mate é produzida em meio a outras espécies vegetais nativas.

Além do Paraná, a FAO incluiu outros cinco sistemas agrícolas no Giahs nesta semana, localizados no México, Espanha e China. O título é concedido a práticas agrícolas que demonstram equilíbrio entre produção de alimentos, conservação ambiental e cultura local.

O governo paranaense desenvolve políticas de incentivo à profissionalização da cadeia produtiva por meio do programa Vocações Regionais Sustentáveis (VRS), promovido pela Invest Paraná. O trabalho inclui capacitação técnica, controle de pragas e orientação sobre colheita e seleção de mudas.

Desde 2017, a erva-mate de São Mateus do Sul possui Indicação Geográfica (IG), concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). O selo atesta a qualidade e a tradição da produção na região sul do estado.

O Paraná lidera rankings de sustentabilidade no Brasil, com destaque para a redução do desmatamento ilegal da Mata Atlântica, expansão de matas ciliares e programas de recuperação de nascentes. O título concedido pela FAO reforça esse posicionamento e amplia a visibilidade do modelo agrícola sustentável praticado no estado.

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Indústria aponta queda de 16% no consumo de café no Brasil

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A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) divulgou hoje (22), em São Paulo, dados que apontam para uma queda no consumo do café pelos brasileiros. Na comparação entre o quadrimestre de 2024 e o de 2025, há uma diminuição das sacas vendidas de – 5,13%.

De janeiro a abril de 2024, a entidade registrou vendas de 5.010.580 sacas. Já na comparação com os quatro primeiros meses de 2025, a comercialização caiu para 4.753.766 sacas.

O pico da diminuição no comércio do produto foi em abril. Na comparação com abril de 2024, o consumo caiu 15,96%.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço do café no Brasil subiu 80% entre abril de 2024 e abril de 2025.

Eventos climáticos, aumento do consumo no mundo e a entrada da China no mercado global foram alguns dos responsáveis pelo aumento no preço do café e, consequentemente, pela queda no consumo do produto no país, segundo a própria Abic em matéria da Agência Brasil em fevereiro.  

Quadrimestre

Os dados do quadrimestre deste ano até chegaram a abrir com números positivos. Na comparação de janeiro de 2024 com janeiro de 2025 houve incremento de +1,26% de vendas de sacas. Na mesma comparação, só que para o fevereiro de 2024 e o mesmo mês deste ano, o aumento foi de + 0,89%.

Em março, porém, apareceram os primeiros sinais de queda: em março de 2025 o recuo foi de -4,87% nas vendas de sacas na comparação com o mesmo mês de 2024.

A queda mais expressiva surgiu na comparação de abril de 2024 e de 2025, quando houve diminuição de -15,96% de sacas vendidas.

Os dados da Abic dizem respeito ao consumo do café no varejo, o que representa de 73% a 78% do consumo interno do país

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