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. . . . . . . . . . . . . . . 24 de May de 2025

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Nova fronteira agrícola pode transformar Goiás no 3º maior produtor de grãos do país

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Considerada a nova fronteira agrícola de Goiás e do Centro-Oeste brasileiro, a região do Vale do Araguaia já produz cerca de 10% da safra de soja e 15% do milho do estado.

No entanto, em evento realizado nesta sexta-feira (14) por produtores rurais e pela Federação da Agricultura de Goiás (Faeg), destacou-se que a região tem potencial para aumentar sua área agricultável em pelo menos 50% no curto-prazo.

Se isso for feito, a safra agrícola goiana pode ser elevada para mais de 50 milhões de toneladas ao ano, número que consolidaria Goiás como o terceiro maior produtor de grãos do país. Mato Grosso lidera e Paraná e Rio Grande do Sul revezam a segunda colocação, a depender da quebra de safra que cada um vivencia ano a ano.

Em território goiano, a temporada 2024/25 está prevista em 36 milhões de toneladas, a maior na história do agronegócio do estado.

No evento com os produtores que contou com a presença do governador em exercício Daniel Vilela e de prefeitos de 10 municípios do Vale do Araguaia, ficou claro que para que essas perspectivas positivas se tornem realidade, existem desafios a serem superados. E o principal deles é garantir o fornecimento de energia elétrica.

Na ocasião, o governo anunciou o projeto de duplicar a rodovia estadual GO-164, que faz a ligação do Vale do Araguaia (a partir de São Miguel do Araguaia) até o sul e o sudoeste goiano. Além disso, serão recuperados mil quilômetros da malha rodoviária goiana, com foco em importantes estradas da região produtora.

O produtor rural e ex-prefeito de Trindade, Jânio Darrot, afirmou que o Vale do Araguaia vive uma transformação acelerada, com áreas propícias para produção agrícola e maior produtividade.

“Além da grande disponibilidade de terras, outro fator decisivo para que a região se destaque no agronegócio é seu enorme potencial hídrico. Com irrigação, podemos transformar uma área de pastagem degradada e produzir três vezes mais que em área não irrigada”, afirma.

Desafios ao crescimento

Apesar de estar se tornando rapidamente na maior fronteira do agronegócio brasileiro, o Vale do Araguaia ainda enfrenta grandes desafios. O maior deles é a oferta de energia elétrica, principalmente no que diz respeito à indisponibilidade de carga. “Muitos produtores ainda têm de usar geradores de energia, o que torna o custo de produção muito alto e, para a maioria, inviável”, frisa Darrot.

O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Goiás (Aprosoja-GO), Clodoaldo Calegari, afirma que o agronegócio goiano vive no Vale do Araguaia seu novo momento de forte expansão.

“Temos ainda muita terra disponível na região para a agricultura, altamente favorecida pelo seu relevo e abundantes recursos hídricos. Vamos viver um novo crescimento até o final desta década com a conclusão da obra da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), prevista para 2029”, diz.

Expansão da rede elétrica em Goiás

O superintendente de Engenharia e Planejamento da Equatorial Goiás, Roberto Silva Vieira, afirmou durante o evento que a distribuidora tem todo o interesse em expandir a rede de energia elétrica para o Vale do Araguaia.

“Para se ter uma ideia, a demanda desta região por energia cresceu nos últimos cinco anos a uma taxa média anual de 9%, contra a média nacional de 2%. Isto é reflexo direto do crescimento do agronegócio nesta parte do estado”, frisa.

Entretanto, o executivo afirmou que serão precisos investimentos em linha de transmissão de energia. “Não podemos resolver apenas de forma paliativa. O grande gargalo no Vale do Araguaia é que não temos na região uma empresa de transmissão. Em parceria com o governo de Goiás, estamos atuando na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para termos uma solução definitiva, que só acontecerá com o leilão de construção de nova linha de transmissão, previsto para este ano”, afirma Vieira.

O governador em exercício ressaltou que o leilão da linha de transmissão para a região deve ser realizado até outubro deste ano. “Uma vez realizado, vamos concentrar esforços sobre a empresa ganhadora, para que antecipe o seu cronograma de investimentos. A expectativa inicial é que esta linha esteja concluída até 2029, com ponto de distribuição em Matrinchã [noroeste goiano]. Mas o Vale do Araguaia tem urgência e vamos trabalhar forte para anteciparmos esse calendário.”

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Café: CMN aprova R$ 7,188 bilhões para o Funcafé

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Foto: Divulgação/Seagri

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou R$ 7,188 bilhões para o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) em 2025.

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A resolução foi publicada nesta quinta-feira (22), no BC Correio, após a reunião ordinária do colegiado. O montante aprovado é dos recursos consignados no Orçamento Geral da União (OGU).

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Erva-mate do Paraná ganha reconhecimento de importância global pela FAO

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O sistema de cultivo sombreado da erva-mate nas florestas de araucárias do Paraná foi reconhecido, nesta quarta-feira (21), como Patrimônio de Sistemas Agrícolas de Importância Global (Giahs) pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

A prática agrícola é a segunda do Brasil a receber o título, ao lado do sistema dos apanhadores de flores sempre-vivas da Serra do Espinhaço, em Minas Gerais.

A técnica, desenvolvida por povos indígenas e comunidades tradicionais do estado, utiliza o sombreamento natural das florestas nativas, especialmente de araucárias, para o cultivo da planta. Estima-se que 70% da produção do Paraná utilize esse modelo, considerado sustentável por manter a biodiversidade e reduzir a degradação ambiental.

O Paraná é o maior produtor nacional de erva-mate, com uma cadeia que envolve cerca de 30 mil famílias e movimenta R$ 1,3 bilhão por ano, conforme dados do Valor Bruto da Produção (VBP) de 2023. O cultivo sombreado favorece a concentração de componentes como taurina e teobromina, valorizados pelas indústrias de chás, energéticos e cosméticos.

O reconhecimento internacional também deve impulsionar o posicionamento do produto no mercado global. Segundo o engenheiro florestal Avner Paes Gomes, do IDR-Paraná, o cultivo funciona como um consórcio florestal, em que a erva-mate é produzida em meio a outras espécies vegetais nativas.

Além do Paraná, a FAO incluiu outros cinco sistemas agrícolas no Giahs nesta semana, localizados no México, Espanha e China. O título é concedido a práticas agrícolas que demonstram equilíbrio entre produção de alimentos, conservação ambiental e cultura local.

O governo paranaense desenvolve políticas de incentivo à profissionalização da cadeia produtiva por meio do programa Vocações Regionais Sustentáveis (VRS), promovido pela Invest Paraná. O trabalho inclui capacitação técnica, controle de pragas e orientação sobre colheita e seleção de mudas.

Desde 2017, a erva-mate de São Mateus do Sul possui Indicação Geográfica (IG), concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). O selo atesta a qualidade e a tradição da produção na região sul do estado.

O Paraná lidera rankings de sustentabilidade no Brasil, com destaque para a redução do desmatamento ilegal da Mata Atlântica, expansão de matas ciliares e programas de recuperação de nascentes. O título concedido pela FAO reforça esse posicionamento e amplia a visibilidade do modelo agrícola sustentável praticado no estado.

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Indústria aponta queda de 16% no consumo de café no Brasil

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A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) divulgou hoje (22), em São Paulo, dados que apontam para uma queda no consumo do café pelos brasileiros. Na comparação entre o quadrimestre de 2024 e o de 2025, há uma diminuição das sacas vendidas de – 5,13%.

De janeiro a abril de 2024, a entidade registrou vendas de 5.010.580 sacas. Já na comparação com os quatro primeiros meses de 2025, a comercialização caiu para 4.753.766 sacas.

O pico da diminuição no comércio do produto foi em abril. Na comparação com abril de 2024, o consumo caiu 15,96%.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço do café no Brasil subiu 80% entre abril de 2024 e abril de 2025.

Eventos climáticos, aumento do consumo no mundo e a entrada da China no mercado global foram alguns dos responsáveis pelo aumento no preço do café e, consequentemente, pela queda no consumo do produto no país, segundo a própria Abic em matéria da Agência Brasil em fevereiro.  

Quadrimestre

Os dados do quadrimestre deste ano até chegaram a abrir com números positivos. Na comparação de janeiro de 2024 com janeiro de 2025 houve incremento de +1,26% de vendas de sacas. Na mesma comparação, só que para o fevereiro de 2024 e o mesmo mês deste ano, o aumento foi de + 0,89%.

Em março, porém, apareceram os primeiros sinais de queda: em março de 2025 o recuo foi de -4,87% nas vendas de sacas na comparação com o mesmo mês de 2024.

A queda mais expressiva surgiu na comparação de abril de 2024 e de 2025, quando houve diminuição de -15,96% de sacas vendidas.

Os dados da Abic dizem respeito ao consumo do café no varejo, o que representa de 73% a 78% do consumo interno do país

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