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Desenrola rural prevê descontos de até 96% em dívidas de agricultores

As condições para a quitação de dívidas de agricultores familiares pelo Desenrola Rural preveem descontos de até 96% no valor devido.
Lançado esta semana em decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o programa de renegociação e acesso a crédito está disponível para 1,35 milhão de agricultores que têm alguma pendência financeira. Esse volume representa 33% de um total de 5,43 milhões de agricultores familiares no país.
“Aqueles que têm dívidas menores, o desconto chega a 96%. Além disso, o nome fica limpo, porque retira os agricultores da chamada prisão perpétua, termo cunhado pelo presidente Lula a quem renegociava com o banco, mas ficava no escore negativo. Essa questão o decreto agora resolve”, disse o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, durante apresentação dos detalhes do programa, em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (14), no Palácio do Planalto.
Segundo técnicos da pasta, após conversas com o Banco do Brasil, o Banco do Nordeste (BNB), o Banco da Amazônia (Basa) e a Caixa Econômica Federal, o conjunto das dívidas desses agricultores familiares será incluída na negociação, e não apenas aquelas ligadas ao crédito rural. Na prática, isso vai permitir que eles possam regularizar a avaliação de crédito para acessar novas operações.
“O Pronaf é uma política pública que é implementada por algumas instituições financeiras específicas. Nós autorizamos, por lei, que os bancos possam voltar a executar operações de crédito mesmo que, no passado, esse agricultor familiar tenha ocasionado algum tipo de prejuízo a essa instituição”, esclareceu a secretária-executiva do MDA, Fernanda Machiaveli.
Famílias de agricultores endividadas
Um levantamento do MDA constatou que, das famílias endividadas, 70% estão com restrições nos bancos e 30% com restrições nos serviços de proteção ao crédito, muitos por atrasos nas contas de água, luz e telefone.
Em relação às instituições de crédito, 69% dos débitos dos agricultores familiares têm valor inferior a R$ 10 mil. Entre as pessoas com restrição de crédito, 47% têm dívidas de até R$ 1 mil.
O programa abrange tanto dívidas de crédito rural, como aquelas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), quanto débitos inscritos na Dívida Ativa da União e créditos de instalação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Descontos a assentados e quilombolas
Os maiores descontos, que chegam a 96% da dívida total, beneficiam justamente os assentados da reforma agrária e agricultores quilombolas que acessaram alguma modalidade do crédito de instalação, entre 27 de maio de 2014 e 29 de junho de 2022.
Esse crédito, concedido pelo Incra, serve para a construção de moradia e investimentos iniciais de quem obtém terras pelo programa fundiário federal.
Operações de crédito concedidas pelo Banco do Brasil, por exemplo, a instituição financeira que mais concede financiamentos do Pronaf, vão oferecer abatimentos que chegam a 86%.
A meta do governo federal é conseguir que ao menos 250 mil agricultores consigam renegociar suas dívidas este ano, podendo se reinserir no mercado de crédito e contribuir com a ampliação da produção de alimentos.
Para dívidas do Pronaf ou dívidas bancárias de qualquer natureza, o produtor familiar deverá procurar a instituição financeira para regularizar a situação também a partir do dia 24, primeiro dia útil após o prazo de 10 dias da publicação do decreto.
Se a dívida for de crédito de instalação de beneficiários da reforma agrária, o pequeno agricultor deve ir ao Incra para quitar os débitos com o desconto.
O MDA também orienta os agricultores familiares a procurar os sindicatos, as associações e as entidades representativas para receberem ajuda. A adesão vai até 31 de dezembro.
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Café: CMN aprova R$ 7,188 bilhões para o Funcafé

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou R$ 7,188 bilhões para o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) em 2025.
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A resolução foi publicada nesta quinta-feira (22), no BC Correio, após a reunião ordinária do colegiado. O montante aprovado é dos recursos consignados no Orçamento Geral da União (OGU).
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Erva-mate do Paraná ganha reconhecimento de importância global pela FAO

O sistema de cultivo sombreado da erva-mate nas florestas de araucárias do Paraná foi reconhecido, nesta quarta-feira (21), como Patrimônio de Sistemas Agrícolas de Importância Global (Giahs) pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
A prática agrícola é a segunda do Brasil a receber o título, ao lado do sistema dos apanhadores de flores sempre-vivas da Serra do Espinhaço, em Minas Gerais.
A técnica, desenvolvida por povos indígenas e comunidades tradicionais do estado, utiliza o sombreamento natural das florestas nativas, especialmente de araucárias, para o cultivo da planta. Estima-se que 70% da produção do Paraná utilize esse modelo, considerado sustentável por manter a biodiversidade e reduzir a degradação ambiental.
O Paraná é o maior produtor nacional de erva-mate, com uma cadeia que envolve cerca de 30 mil famílias e movimenta R$ 1,3 bilhão por ano, conforme dados do Valor Bruto da Produção (VBP) de 2023. O cultivo sombreado favorece a concentração de componentes como taurina e teobromina, valorizados pelas indústrias de chás, energéticos e cosméticos.
O reconhecimento internacional também deve impulsionar o posicionamento do produto no mercado global. Segundo o engenheiro florestal Avner Paes Gomes, do IDR-Paraná, o cultivo funciona como um consórcio florestal, em que a erva-mate é produzida em meio a outras espécies vegetais nativas.
Além do Paraná, a FAO incluiu outros cinco sistemas agrícolas no Giahs nesta semana, localizados no México, Espanha e China. O título é concedido a práticas agrícolas que demonstram equilíbrio entre produção de alimentos, conservação ambiental e cultura local.
O governo paranaense desenvolve políticas de incentivo à profissionalização da cadeia produtiva por meio do programa Vocações Regionais Sustentáveis (VRS), promovido pela Invest Paraná. O trabalho inclui capacitação técnica, controle de pragas e orientação sobre colheita e seleção de mudas.
Desde 2017, a erva-mate de São Mateus do Sul possui Indicação Geográfica (IG), concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). O selo atesta a qualidade e a tradição da produção na região sul do estado.
O Paraná lidera rankings de sustentabilidade no Brasil, com destaque para a redução do desmatamento ilegal da Mata Atlântica, expansão de matas ciliares e programas de recuperação de nascentes. O título concedido pela FAO reforça esse posicionamento e amplia a visibilidade do modelo agrícola sustentável praticado no estado.
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Indústria aponta queda de 16% no consumo de café no Brasil

A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) divulgou hoje (22), em São Paulo, dados que apontam para uma queda no consumo do café pelos brasileiros. Na comparação entre o quadrimestre de 2024 e o de 2025, há uma diminuição das sacas vendidas de – 5,13%.
De janeiro a abril de 2024, a entidade registrou vendas de 5.010.580 sacas. Já na comparação com os quatro primeiros meses de 2025, a comercialização caiu para 4.753.766 sacas.
O pico da diminuição no comércio do produto foi em abril. Na comparação com abril de 2024, o consumo caiu 15,96%.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço do café no Brasil subiu 80% entre abril de 2024 e abril de 2025.
Eventos climáticos, aumento do consumo no mundo e a entrada da China no mercado global foram alguns dos responsáveis pelo aumento no preço do café e, consequentemente, pela queda no consumo do produto no país, segundo a própria Abic em matéria da Agência Brasil em fevereiro.
Quadrimestre
Os dados do quadrimestre deste ano até chegaram a abrir com números positivos. Na comparação de janeiro de 2024 com janeiro de 2025 houve incremento de +1,26% de vendas de sacas. Na mesma comparação, só que para o fevereiro de 2024 e o mesmo mês deste ano, o aumento foi de + 0,89%.
Em março, porém, apareceram os primeiros sinais de queda: em março de 2025 o recuo foi de -4,87% nas vendas de sacas na comparação com o mesmo mês de 2024.
A queda mais expressiva surgiu na comparação de abril de 2024 e de 2025, quando houve diminuição de -15,96% de sacas vendidas.
Os dados da Abic dizem respeito ao consumo do café no varejo, o que representa de 73% a 78% do consumo interno do país
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