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Safra de soja 24/25: veja o cenário nas regiões produtoras

A safra 2024/2025 de soja no Brasil está apresentando um cenário positivo em várias regiões produtoras, com destaque para o Matopiba, onde a colheita superou as expectativas em comparação com a safra anterior. Em Mato Grosso, a situação é de recuperação, após o atraso causado pelas chuvas, com os produtores intensificando os trabalhos para avançar na colheita.
No estado de Mato Grosso, quase 2% da área cultivada já foi colhida até o momento, representando um aumento de mais de 16 pontos percentuais em relação à semana passada. No entanto, o ritmo segue mais lento em relação ao mesmo período do ano passado, quando já havia sido colhido mais de 51% da soja.
Na Bahia, os números são mais otimistas. Dados preliminares da Associação de Agricultores Irrigantes do Estado da Bahia (Aiba) indicam que as áreas irrigadas têm apresentado um bom desempenho, com produtividade superior à da safra anterior. As médias de produtividade variam entre 69 e 9,80 sacas por hectare, o que representa um avanço quando comparado com a safra passada. A boa performance se deve às condições climáticas favoráveis e ao manejo fisiológico e fitossanitário das lavouras.
No Maranhão, a colheita começou recentemente, mas ainda não é possível estimar a média de produtividade. O plantio da soja deve ser concluído esta semana, e as condições climáticas para o cultivo seguem satisfatórias. A mesma situação é observada no Tocantins e no Piauí, onde o clima está favorável para o desenvolvimento da cultura.
Por outro lado, no Rio Grande do Sul, a situação é mais delicada devido à falta de chuvas. O clima irregular tem afetado as lavouras, especialmente nas regiões Oeste e Central, que sofrem mais com os efeitos da estiagem. No Leste do estado, as condições são melhores, com a soja ainda nas fases de floração e enchimento de grãos.
Em algumas regiões, como Bajé, pelo menos 5.000 hectares não serão semeados devido à falta de chuva. No Noroeste do estado, a situação é ainda mais crítica, com produtores enfrentando dificuldades financeiras e sem conseguir acessar o seguro rural. Muitos estão na quarta safra de perdas e enfrentam sérios desafios para manter a produção.
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Cortes no Proagro são suspensos por Comissão de Agricultura

Os efeitos de sete resoluções do Conselho Monetário Nacional (CMN) com impactos vistos como negativos pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) ao Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) foram suspensos pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (21).
O Proagro é um instrumento de apoio ao custeio de pequenos e médios produtores rurais afetados por eventos climáticos ou pragas. Segundo o relator, o deputado Tião Medeiros (PP-PR), as alterações promovidas pelo CMN comprometem a efetividade do programa e atingem diretamente os agricultores familiares.
Entre as mudanças criticadas está a redução dos limites de indenização do Proagro Mais: de R$ 22 mil para R$ 9 mil no caso de culturas temporárias, e de R$ 40 mil para R$ 9 mil no caso de culturas permanentes.
Para Medeiros, trata-se de um grave retrocesso na política de proteção de renda no campo. “Essas alterações deixam o agricultor familiar sem alternativas para financiar suas atividades. Sem a cobertura adequada do Proagro, ele é forçado a assumir custos mais altos, inclusive recorrendo a crédito com fornecedores de insumos, o que agrava ainda mais sua vulnerabilidade”, afirmou o parlamentar.
Agora, a proposta segue para análise nas Comissões de Finanças e Tributação (CFT) e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).
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Paraná e Rio Grande do Sul lideram preços de soja; confira as cotações no Brasil

O mercado brasileiro de soja teve uma quarta-feira (21) marcada por preços firmes, com cotações de estáveis a mais altas nas principais praças de comercialização. De acordo com o consultor da Safras & Mercado, Rafael Silveira, os negócios avançaram com bom volume, impulsionados pela alta registrada na Bolsa de Chicago e pela valorização dos prêmios nos portos.
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“Houve vendas tanto para exportação quanto para a indústria, com uma demanda mais forte nesta sessão”, disse Silveira. Ele também destacou a realização de contratos antecipados para a safra de 2026, indicando um cenário de maior otimismo por parte dos produtores.
Cotações de soja
- Passo Fundo (RS): manteve em R$ 130,00
- Santa Rosa (RS): subiu de R$ 130,00 para R$ 131,00
- Rio Grande (RS): subiu de R$ 134,00 para R$ 135,00
- Cascavel (PR): subiu de R$ 126,00 para R$ 129,00
- Paranaguá (PR): subiu de R$ 132,50 para R$ 135,00
- Rondonópolis (MT): subiu de R$ 114,00 para R$ 115,00
- Dourados (MS): subiu de R$ 117,50 para R$ 118,50
- Rio Verde (GO): manteve em R$ 117,00
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) encerraram o dia em alta. O mercado refletiu preocupações com o excesso de chuvas na Argentina, que podem causar prejuízos às lavouras, além da valorização de outras commodities como o trigo e o milho, e a queda do dólar frente a outras moedas.
Apesar de alguns atrasos pontuais, o plantio nos Estados Unidos segue adiantado em relação à média dos últimos anos. As chuvas recentes no Meio-Oeste também contribuem positivamente para o desenvolvimento das lavouras em estágio inicial.
Contratos futuros da soja
Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com alta de 9,75 centavos de dólar, a US$ 10,62 3/4 por bushel. A posição novembro subiu 8,75 centavos, sendo cotada a US$ 10,59 por bushel.
No mercado de subprodutos, o farelo com vencimento em julho avançou US$ 1,50, atingindo US$ 294,10 por tonelada. O óleo de soja para julho teve alta de 0,33 centavo, cotado a 49,83 centavos de dólar por libra-peso.
Câmbio
O dólar comercial fechou em baixa de 0,47%, negociado a R$ 5,6406 para venda e R$ 5,6386 para compra. Ao longo do dia, a moeda oscilou entre a mínima de R$ 5,6406 e a máxima de R$ 5,6386.
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Chuva ‘no ponto’ e cultivares: safra de soja quebra recorde em MT

A safra de soja 2024/25 consolidou um marco histórico para Mato Grosso, com produtividade média superior a 66 sacas por hectare, superando em 14 sacas o desempenho registrado na temporada anterior. De acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o avanço se deve, principalmente, às condições climáticas favoráveis, especialmente em termos de distribuição de chuvas e temperaturas mais amenas ao longo do ciclo da cultura.
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A análise foi apresentada durante a 25ª edição do Encontro Técnico da Soja, promovido pela Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT), em Cuiabá. Segundo avaliação técnica da entidade, a influência direta do clima foi determinante. A última safra contou com melhor volume e distribuição de chuvas, além de temperaturas mais equilibradas, o que favoreceu o desenvolvimento das lavouras. Na comparação com a safra 23/24, que sofreu com ondas de calor, o contraste é evidente.
Cultivares para a soja
Além do clima, a escolha das cultivares se destacou como um dos principais fatores para o bom desempenho das lavouras. Com o objetivo de fornecer subsídios cada vez mais precisos aos produtores, a Fundação MT ampliou sua base experimental e instalou mais de 1.600 parcelas em seis regiões do estado: Sapezal, Nova Mutum, Itiquira, Sorriso, Primavera do Leste e Alta Floresta. Os ensaios fazem parte das vitrines de cultivares da instituição e avaliam o comportamento das variedades em diferentes ambientes de produção.
Um dos destaques foi registrado em Sapezal, onde uma cultivar atingiu impressionantes 93 sacas por hectare em experimento de campo. O resultado reflete tanto o aproveitamento das condições climáticas acima da média quanto o uso de materiais com elevado potencial genético.
A Fundação MT também voltou sua atenção para novas fronteiras agrícolas do estado, como o Vale do Guaporé, o Vale do Araguaia e Alta Floresta, regiões anteriormente voltadas à pecuária ou sistemas integrados. São áreas com características climáticas muito distintas do restante do estado e que exigem abordagens específicas para o cultivo da soja.
Em Alta Floresta, por exemplo, a combinação de chuvas frequentes e baixa radiação solar impõe desafios adicionais ao desenvolvimento das plantas. Mesmo com uma boa distribuição de chuvas ao longo da safra, a limitação de luz reduz a disponibilidade de energia para o crescimento vegetal, exigindo estratégias de manejo ainda mais apuradas. Nesses ambientes, o sucesso da produção depende de decisões cada vez mais personalizadas, baseadas em dados locais e no acompanhamento contínuo das condições climáticas e do comportamento das cultivares.
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