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O chamado global à responsabilidade pela produção sustentável

O evento da Abertura Nacional da Colheita da Soja segue a todo vapor, com discussões aprofundadas sobre os desafios e impactos da COP 30 no setor agropecuário brasileiro, com especial atenção a Mato Grosso e à produção de soja.
O primeiro painel, intitulado “Sustentabilidade e os Desafios da COP 30”, reuniu especialistas e líderes do setor para abordar a relevância da sustentabilidade na agricultura e os reflexos dessa conferência global para o Brasil.
O moderador do painel foi Fabrício Rosa, diretor-executivo da Aprosoja Brasil, que iniciou a conversa destacando a importância da COP 30 para o setor agropecuário, especialmente no contexto da soja.
Luiz Pedro Bier, vice-presidente da Aprosoja Mato Grosso, começou sua fala destacando que a COP 30 trará à tona projetos focados na sustentabilidade da produção agrícola. No entanto, ele questionou a eficácia real da conferência, apontando que, apesar de sua participação nas edições anteriores, as decisões tomadas nem sempre geraram impactos positivos.
Bier destacou que muitas das medidas adotadas nas COPs acabam prejudicando a agricultura brasileira, que ainda é retratada negativamente no cenário internacional, especialmente no que tange ao impacto ambiental.
Além disso, Bier mencionou a Moratória da Soja e defendeu que a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) deve fornecer mais apoio ao setor para enfrentar as barreiras comerciais impostas por países como a Europa.
O jornalista, ex-ministro e ex-deputado, Aldo Rebelo, fez uma análise crítica sobre o papel das COPs ao longo dos anos. Rebelo sugeriu que o Brasil aproveitasse a COP 30 para promover um código florestal global, transformando o meio ambiente em um instrumento de desenvolvimento e não uma ferramenta de guerra comercial.
Em relação à saída dos Estados Unidos dos acordos climáticos, Rebelo afirmou que esse movimento enfraquece a COP 30 e compromete os esforços globais. A leitura global será a de que a referência dada por essas conferências perde força, com o afastamento do país mais importante do mundo. Para ele, o governo brasileiro deveria usar a COP para reforçar a importância do meio ambiente como um instrumento de desenvolvimento, em vez de uma disputa entre países.
Daniel Vargas, especialista em questões ambientais, abordou os desafios das COPs e a crise de identidade enfrentada por essas conferências ao longo dos anos. Segundo Vargas, embora o objetivo inicial das COPs fosse a redução das emissões de gases de efeito estufa, elas se concentram, atualmente, em soluções rápidas e econômicas, como a proteção das florestas e a adoção de práticas sustentáveis no setor produtivo.
Ele destacou que, na COP 30, as necessidades dos países tropicais, como o Brasil, precisam ser ouvidas. Vargas alertou que soluções baseadas exclusivamente em modelos europeus não atendem à demanda global por alimentos. O Brasil, para ele, deve chamar o mundo à responsabilidade e apresentar um modelo de produção sustentável que seja viável tanto para o país quanto para o resto do mundo.
O professor também trouxe à tona uma questão central sobre segurança alimentar global. Ele defendeu que a maior ameaça à humanidade não é a preservação ambiental, mas a miséria e a pobreza. “Se um cidadão está lutando contra a fome, não é racional esperar que ele preserve uma árvore”, afirmou o especialista.
Vargas destacou a necessidade de investir em inovação científica e tecnológica para garantir a segurança alimentar e energética no futuro. Ele também ressaltou que a resolução dos desafios ambientais exige a promoção de riqueza e renda para os produtores rurais, que enfrentam não apenas dificuldades internas, mas também ataques de um cenário internacional cada vez mais complexo. O professor concluiu com a proposta de criar um programa global de investimentos em inovação, a fim de garantir que as questões climáticas não prejudiquem a produtividade agrícola.
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Parceiros apoiam e celebram a premiação do Personagem Soja Brasil 24/25

Há menos de uma semana, Brasília (DF) foi o palco da celebração que contou as histórias daqueles que transformam o campo. A cerimônia Personagem Soja Brasil 2024/2025, realizada na Casa Canal Rural e também sede da Aprosoja Brasil, só foi possível graças ao apoio dos patrocinadores do projeto, parceiros que caminham lado a lado e acreditam no poder da inovação, da tecnologia e da valorização do setor.
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A realização da premiação, marcada por aplausos e emoção, destacou profissionais que se destacam na cadeia produtiva da soja. Os homenageados foram anunciados em duas categorias: voto popular e júri técnico.
Patrocinadores que transformam o campo
Um dos destaques do evento foi a homenagem à trajetória da Embrapa Soja, que completou mais um ano de contribuição essencial ao desenvolvimento do setor. O chefe-geral em exercício da unidade, Adilson de Oliveira Junior, celebrou o reconhecimento nacional e internacional da instituição. Ele também comentou com emoção sobre a conquista da cientista brasileira Mariangela Hungria, escolhida para receber o World Food Prize 2025, considerado o ”Nobel” da agricultura.
O diretor de governança da Embrapa, Alderi Emidio de Araujo, se emocionou ao falar sobre a união do setor. ”Fico muito emocionado por ver aqui tantos produtores e representantes do agronegócio brasileiro. Hoje mesmo estive em um evento sobre milho e, apesar de atualmente atuar como diretor, minha origem é no algodão. Conheço bem a realidade do campo. Lembro do senhor Alberto Dilata, cuja fazenda visitei diversas vezes para instalar experimentos. Ele foi muito assertivo ao dizer que precisamos estar todos juntos. E realmente estamos, numa grande aliança pelo agronegócio brasileiro. A Embrapa trabalha com esse compromisso há décadas. Já são 50 anos de dedicação”.
Segundo Adilson, a premiação de Mariangela representa um marco para o país e para o setor. ”A divulgação do prêmio da Mariangela foi um momento muito feliz pra gente. É o maior reconhecimento que já tivemos do trabalho dela. Ficamos muito felizes. É o reconhecimento da pesquisa no Brasil, da agricultura, dos produtores de soja que adotam as tecnologias que são desenvolvidas lá, com fixação biológica. Então é um prêmio nosso, do nosso país”.
Entre os patrocinadores presentes, Rodrigo Lima, diretor de marketing da Ihara, destacou a importância da parceria. ”É uma satisfação estar aqui. São mais de 10 anos junto ao projeto, e esse é um ano especial, de 60 anos da Ihara. Completar essa história no mercado brasileiro, com nossa base japonesa, faz toda a diferença. São 60 anos ao lado de agricultores e pesquisadores. Isso está no nosso DNA”.
Vanessa Dutra, gerente da concessionária da Mitsubishi Motors em Brasília, falou sobre a conexão da marca com o agro. ”A Mitsubishi se sente privilegiada de estar nesse evento. A gente sabe o que o agro precisa: tração 4×4, tecnologia e robustez para se tornar ainda mais produtivo. Com o lançamento da nova Triton, trazemos um novo motor e novas soluções para atender produtores e pesquisadores, do campo à cidade”. Os indicados ao prêmio puderam testar o novo modelo da picape em primeira mão.
O diretor executivo da Bayer, Fernando Prudente, reforçou o alinhamento da empresa com os objetivos do Soja Brasil. ”É um prazer fazer parte do projeto. Acreditamos muito nele. A missão da Bayer é levar saúde para todos e fome para ninguém. E o trabalho do Soja Brasil faz parte disso, produzindo alimento para o povo brasileiro”.
A diretora nacional da Pro Farm, Susana Carvalho, também comemorou a parceria com o projeto. ”É um prazer sermos patrocinadores e poder prestigiar o evento. Estar aqui é estar ao lado do produtor, da pesquisa, da inovação e da tecnologia. Por meio dos nossos produtos, apoiar esse programa é uma honra para nós”.
O resultado do prêmio também foi prestigiado por diretores e presidentes das Aprosojas dos estados da Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Piauí e Tocantins.
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Mapa investiga casos de gripe aviária em cinco estados

Nesta segunda-feira (19), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou a investigação de um caso suspeito de gripe aviária em uma produção comercial na cidade de Ipumirim, no oeste de Santa Catarina. A informação consta no mapa de atualização de focos da doença.
Além disso, uma propriedade no município de Aguiarnópolis (TO) está sob investigação. A análise preliminar das amostras coletadas revelou a presença do vírus Influenza A, com baixa probabilidade de se tratar de uma cepa de alta patogenicidade, considerando as características epidemiológicas, laboratoriais e clínicas observadas. A investigação laboratorial segue em andamento, e medidas de controle de trânsito já foram adotadas, mantendo a situação sob controle e com vigilância adequada.
No Rio Grande do Sul, o Mapa também está investigando uma suspeita de gripe aviária em uma propriedade de subsistência, após a confirmação de focos da doença no estado. A propriedade está recebendo atenção especial da Defesa Agropecuária. As amostras coletadas foram enviadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP), em Campinas, e serão processadas ainda hoje (19), com previsão de resultado preliminar até o fim do dia.
O ministério reforça que, por se tratar de uma criação de subsistência, o caso não impacta o comércio internacional nem compromete a segurança dos alimentos inspecionados.
Outros trabalhos de investigação também estão em andamento em criações de subsistência nos estados do Ceará, Mato Grosso e Sergipe.
Segundo o Mapa, investigações de suspeitas são rotina na atuação da Defesa Agropecuária. Em situações de emergência, o número de investigações tende a aumentar inicialmente, o que demonstra a robustez do sistema brasileiro, que trata todas as ocorrências com eficiência e transparência.
Foco de gripe aviária em Montenegro
O Mapa também divulgou um balanço da operação no Rio Grande do Sul, após a confirmação de focos da doença no estado. Até domingo (18), 29 das 30 propriedades localizadas na área de 3 km (zona perifocal) em torno do foco em Montenegro foram vistoriadas, com a meta de atingir 100% até o final do dia. Na zona de vigilância (raio de 7 km a partir da zona perifocal), 238 das 510 propriedades já haviam sido inspecionadas.
Na propriedade foco, todas as aves e ovos já foram descartados. O processo de limpeza e desinfecção das instalações está em andamento.
Das sete barreiras de bloqueio ao trânsito de animais, cinco já foram instaladas. Quatro das seis barreiras de desinfecção também estão em funcionamento, com previsão de conclusão das instalações ainda hoje.
Os ovos provenientes da propriedade foco foram completamente rastreados e sua destruição está em curso. Em seguida, será iniciado o processo de limpeza e desinfecção dos três incubatórios.
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Bahia lidera o cenário agrícola na região Nordeste

As exportações do agronegócio baiano alcançaram a marca de US$ 1.5 bilhão de dólares (cerca de 8,5 bilhões de reais) entre janeiro e março deste ano, superando o volume total embarcado por todos os demais estados nordestinos, que juntos somaram US$ 1.44 bilhão. Os dados constam no Sistema Agrostat do Ministério da Agricultura e Pecuária.
O estado apresentou um crescimento de 9,15% nas exportações no primeiro trimestre de 2025 em comparação com o mesmo período do ano anterior. O montante movimentado cresceu de US$ 1.37 bilhão para US$ 1.50 bilhão.
Cacau da Bahia
Segundo o governo do estado, o cenário foi impulsionado pela boa performance de diversas culturas, com destaque para o cacau e seus derivados, que registraram um aumento de 174,43%.Tendo mais de cem países como destino de seus embarques,
O secretário da Agricultura da Bahia, Pablo Barrozo, destaca que a abertura de novos mercados internacionais, especialmente na Ásia, tem sido um fator determinante para esse crescimento, impulsionando as vendas de produtos como algodão, soja, café e cacau e seus derivados.
“A liderança da Bahia nas exportações do setor agrícola se deve, em grande parte, à diversidade de nossa produção e altos padrões de qualidade e sustentabilidade, fruto de um trabalho conjunto entre governo, setor produtivo e investimentos em tecnologia e infraestrutura. Vamos seguir ampliando mercados, valorizando a produção baiana e garantindo renda no campo”, afirmou o secretário.
Destinos
A produção agrícola baiana é exportada para mais de cem países. Cacau e seus derivados têm como destinos a Argentina, Estados Unidos e membros da União Europeia. A soja é majoritariamente embarcada para a China, com embarques consideráveis também para a França, Europa e Taiwan.
O algodão produzido na Bahia tem como destino a China, Bangladesh, Egito, Estados Unidos e Paquistão. As frutas produzidas no estado, a exemplo da manga e da uva, possuem mercados na Espanha, Inglaterra, França, Alemanha, Estados Unidos, entre outros. Já os produtos florestais, como a celulose, madeira serrada e resinas, abastecem compradores na China, Bélgica, Estados Unidos, Itália e Holanda.
Também tiveram alta a produção de café, com um crescimento de 144%, seguido por fibras e produtos têxteis (13,7%) e papel e celulose (7,5%). Adicionalmente, as exportações do setor café e especiarias cresceram 165,44%, passando a representar 7,14% do total exportado pelo estado no trimestre.
Agronegócio brasileiro
No cenário nacional, o acumulado do primeiro trimestre de 2025, as exportações do agronegócio brasileiro totalizaram US$ 37,8 bilhões, aumento de 2,1% quando comparado ao ano anterior, o maior valor já registrado para o período. O superávit do setor no trimestre foi de US$ 32,6 bilhões, um crescimento de 2,1% em relação ao mesmo período de 2024.
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