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. . . . . . . . . . . . . . . 20 de May de 2025

Business

Algodão: incertezas de nova guerra comercial geram impacto no mercado

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O mercado do algodão segue apresentando pouca volatilidade e tendência baixista. A semana encerrou com as menores cotações em quase cinco anos e incertezas de uma nova guerra comercial iniciando.

As informações constam no Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa desta sexta-feira (7).

Confira os destaques trazidos pelo Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa:

Algodão em NY – O contrato Mar/25 fechou nesta quinta 06/fev cotado a 66,03 U$c/lp (-0,4% vs. 30/jan). O contrato Dez/25 fechou em 68,89 U$c/lp (estável vs. 30/jan).

Basis Ásia – Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 946 pts para embarque Fev/Mar-25 (Middling 1-1/8″ (31-3-36), fonte Cotlook 06/fev/25.

Baixistas 1 – A produção estimada 24/25 está em 26 milhões tons e o consumo em 25,2 milhões tons. Esta sobreoferta continua pesando.

Baixistas 2 – O início de uma nova guerra comercial mais generalizada, não somente EUA-China, pode trazer volatilidade e menor crescimento global.

Baixistas 3 – O volume de vendas a fixar (por produtores) na bolsa de NY é mais de 3X maior que o volume de compras a fixar (por fiações), o que traz pressão baixista no mercado.

Altistas 1 – Uma das medidas tomadas pelo Pres esta semana deve ser beneficial ao algodão: o país acabou com a isenção de US$ 800 dólares para compras diretas via internet, da China (chamado de Minimis).

Altistas 2 – Essa medida, por enquanto direcionada somente às vindas da China, atinge em cheio grandes varejistas de ultra fast fashion do país que usam uma quantidade mínima de algodão, com quase a totalidade das peças sendo de fibras sintéticas.

Altistas 3 – Com as cotações de algodão nestes níveis e a recente melhora nos preços de soja e milho, a área de algodão nos EUA em 25/26 deve cair (plantio começa no próximo mês no Sul do país).

Guerra comercial 1 – A taxa adicional de 10% sobre produtos chineses criada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, não causou pânico no mercado de algodão, mas deixa um alerta.

Guerra comercial 2 – Em resposta Xi Jinping editou tarifas de 10% a 15% sobre vários produtos dos EUA (sem incluir produtos agrícolas por enquanto)

Guerra comercial 3 – Os EUA prometem agora resgatar o Acordo da Fase Um entre os EUA e a China, assinado em 2020 durante o 1o governo Trump. A China se comprometeu a aumentar as compras de produtos americanos (incluindo agrícolas), mas somente parte do compromisso Chinês foi cumprido.

Guerra comercial 4 – O acordo, por outro lado, resultou na revogação da tarifa adicional de 25% sobre o algodão e outros produtos americanos na China que estava vigente desde Julho/2018. Agora é esperar para ver os próximos capítulos.

Microplásticos 1 – A Bolsa de Algodão de Bremen e a Cotton Incorporated publicaram um relatório alertando sobre os perigos dos microplásticos, que estão associados a problemas de saúde como ataques cardíacos, derrames e até morte.

Microplásticos 2 – Já a Agência Europeia do Meio Ambiente (EEA) divulgou um relatório sobre a liberação de microplásticos na UE, destacando a falta de dados e métodos padronizados para mensurar esse problema.

Microplásticos 3 – O poliéster é um dos principais responsáveis pela poluição por microplásticos.

Microplásticos 4 – Ao contrário das fibras naturais, o poliéster (à base de petróleo) não é biodegradável, o que significa que esses microplásticos permanecem no meio ambiente por séculos.

Bangladesh – Fiações bengalesas pleitearam ao Governo a suspensão da importação de fios pela fronteira terrestre devido aos preços mais competitivos do vizinho Indiano.

Paquistão – O volume de algodão disponível para a indústria têxtil no Paquistão atingiu 5.510.741 fardos em 31/jan. Isso significa 34% menos que o registrado no mesmo período de 2024.

Austrália – A colheita de algodão na Austrália já está em andamento em Queensland Central. Chuvas intensas atrasam o processo nas regiões do Norte. A colheita está adiantada em relação à média histórica, com estimativas de 1,2 milhão tons.

Agenda – O próximo relatório de Oferta e Demanda do USDA sairá na próxima terça (11). No domingo (16), o Conselho Nacional do Algodão dos EUA divulga as intenções de plantio para o ano safra 2025/26.

Brasil – Exportações – Os dados de exportação desta semana serão publicados mais tarde pelo governo.

Brasil – Beneficiamento 2023/24 – Até ontem (6), GO, MA, MG, MS, PI, PR e SP (100%), BA (99%) e MT (98%). Total Brasil: 98,78%.

Brasil – Plantio 2024/25 – Até ontem (6), foram semeados nos estados da BA (88,6%), GO (90,02%), MA (86%), MG (96%), MS (100%), MT (80%), PI (84,7%), PR (100%) e SP (100%). Total Brasil: 82,66%.

Preços do Algodão – Consulte tabela abaixo:


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Custo de produção da safra 25/26 de algodão é o segundo mais elevado

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O custo de produção do algodão 2025/26 em Mato Grosso é considerado o segundo mais elevado da série histórica para a cultura. O Custo Operacional Efetivo (COE) em abril apresentou incremento de 17,36% em relação ao consolidado da safra 2024/25 e 0,47% ante março.

Levantamento divulgado nesta segunda-feira (19) pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) mostra que o COE previsto para a safra 2025/26 de algodão no estado atingiu o valor de R$ 15.363,73 o hectare em abril.

O montante tem o Custeio como impulsionador da alta, uma vez que o mesmo subiu 0,19% na variação mensal e ficou estimado em R$ 10.751,50 o hectare.

O incremento observado no Custeio, de acordo com o Imea, ante março decorre das alterações observadas nos custos com defensivos e na classe dos fertilizantes e corretivos, que registraram alta de 0,20% e 0,19%, respectivamente.

“Diante disso, considerando o custo de produção maior, o segundo mais elevado da série histórica, os cotonicultores devem se atentar às movimentações do mercado, tendo em vista que a produção da safra futura ainda é incerta e um planejamento mais preciso é indispensável”, orienta o Imea.


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Ponto de Equilíbrio do milho 25/26 para cobrir o COE segue favorável, aponta Imea

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O Custeio do milho para a safra 2025/26 registrou alta de 1,95% em abril no comparativo com março. Com isso, os produtores precisam desembolsar R$ 3.225,52 por hectare.

Os números foram divulgados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) nesta segunda-feira (19).

Conforme o levantamento, a elevação nas despesas foi impulsionada pelo acréscimo de 11,26% no custo das sementes e de 2,09% no custo dos defensivos agrícolas.

“Por outro lado, nos fertilizantes, os macronutrientes registraram queda de 2,47% no comparativo mensal”, destaca o Instituto.

Diante do aumento observado no Custeio, o Custo Operacional Efetivo (COE) apresentou incremento de 1,60%, atingindo R$ 4.715,11 o hectare.

Ainda de acordo com o Imea, considerando o preço ponderado do milho em abril de R$ 44,72 a saca, para cobrir o COE o produtor mato-grossense precisa alcançar uma produtividade média de 105,43 sacas por hectare, 7,95% abaixo do rendimento de 114,54 sacas por hectare esperado para a safra 2024/25.

O Instituto salienta que apesar de não ter ainda divulgado, “a estimativa de produtividade para o ciclo 2025/26 e o rendimento do ciclo 24/25 ainda esteja em aberto, o Ponto de Equilíbrio (P.E.) do COE segue 0,93% mais favorável para a temporada 2025/26”.


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Exame descarta suspeita de gripe aviária em Nova Brasilândia

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O caso suspeito de gripe aviária em aves de criação doméstica (subsistência) em Nova Brasilândia foi descartado na tarde desta segunda-feira (19). A confirmação é do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), após o resultado negativo no exame que investigou a suspeita.

Com o descarte da suspeita, Mato Grosso segue livre da gripe aviária.

Conforme o Instituto, o material coletado em Nova Brasilândia foi encaminhado para análise em um laboratório do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que descartou a doença.

De acordo com o Mapa, além de Nova Brasilândia, foram descartadas até a manhã desta terça-feira (20) suspeitas de gripe aviária em granjas de subsistência em Gracho Cardoso, no Sergipe, e em Triunfo, no Rio Grande do Sul. São investigados ainda casos em Aguiarnópolis no Tocantins, Salitre no Ceará, Ipumirim em Santa Catarina e Estância Velha no Rio Grande do Sul.

20 países suspendem exportações

Nesta segunda-feira (19), durante coletiva de imprensa, o Mapa confirmou a suspensão da exportação de carne de aves por parte de 20 países.

Manifestaram pela suspensão da importação da carne de aves de todo o Brasil países como México, Coreia do Sul, Chile, Canadá, Uruguai, Malásia e Argentina.

Já a China, União Europeia, África do Sul, Rússia, Peru, República Dominicana, Bolívia, Marrocos, Paquistão e Sri Lanka a suspensão para todo o território nacional foi aplicada em atendimento aos requisitos sanitários em protocolos assinados com esses países parceiros.

De forma regionalizada, Reino Unido, Cuba e Bahrein suspenderam o estado do Rio Grande do Sul. O Ministério declarou ainda que diversos outros países aplicam a restrição apenas à área afetada.

Inspeções e fiscalizações reforçadas

O estado reforça que desde a última sexta-feira (16), quando o Mapa confirmou um caso em uma granja no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, intensificou os protocolos de vigilância para impedir a entrada da Influenza aviária (H5N1).

O Indea pontua que em Mato Grosso os protocolos de segurança envolvem o aumento no número de inspeções em propriedades rurais que possuem aves de fundo de quintal, além de ações de fiscalizações e monitoramento em granjas comerciais. Ainda, o aumento na coleta de amostras de secreções de galinhas, patos, gansos e perus de criações domésticas, e fiscalização de barreiras sanitárias em veículos com produtos e animais vindos do Sul do país.

O Instituto frisa que a influenza aviária de alta patogenicidade é caracterizada principalmente pela alta mortalidade de aves, que pode ser acompanhada por sinais clínicos, tais como manchas vermelho-arroxeadas de cristas e barbelas, manchas avermelhadas nas pernas, dificuldade respiratória, tosse, espirro, coriza, torcicolo, andar cambaleante e diarreia.

Estado em alerta desde 2023

Desde a confirmação no início de 2023 do foco de Influenza aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) na Bolívia, o Indea salienta trabalhar focado em prevenir a entrada da doença viral no território estadual.

Dados da Coordenadoria de Defesa Sanitária Animal do Indea (CDSA) mostram que, de janeiro de 2024 a abril de 2025, foram realizadas 15.767 atividades de vigilância baseadas em risco. O órgão realizou ainda 54 visitas de vigilância ativa em granjas comerciais e 53 visitas em propriedades rurais com aves para consumo próprio.

No período de 16 meses, foram colhidas 2.134 amostras de suabes (uso de cotonetes) e 1.067 amostras de soros em aves de produção comercial. Já em aves de subsistência foram 1.166 suabes colhidos e 583 soros coletados.


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