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. . . . . . . . . . . . . . . 17 de May de 2025

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Chuva castiga MT-322 e pode travar o escoamento no extremo norte de MT 

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 As chuvas no extremo norte de Mato Grosso, além de causar perdas na soja, estão duramente castigando alguns trechos da MT-322, considerada a principal via de escoamento da região. 

Produtores, empresários, motoristas e lideranças indígenas cobram melhorias e a pavimentação total da rodovia estadual, que hoje conta com aproximadamente 124 quilômetros de extensão com atoleiros entre os municípios de Peixoto de Azevedo e São José do Xingu, passando dentro do território do Xingu e das terras indígenas Capoto Jarina.

O empresário João Fernandes da Silva, conta ao Patrulheiro Agro desta semana que estão com muita soja na região e que essa situação não pode acontecer. “Governador, pelo amor de Deus é o único lugar do Brasil que ainda existe isso”. 

Em alguns trechos a estrada está bastante castigada pelo excesso de chuvas, aumentando a dificuldade dos motoristas. 

Alguns, acabam presos na lama precisando de ajuda para terminar o percurso da viagem. O caminhoneiro Edgar José Fortuna, conta que passou mais de um dia para rodar 25 quilômetros. 

”Nós tivemos embarques esse ano que tivemos que ficar dois dias embarcados. Tivemos que descarregar os animais em fazendas de terceiros para que eles pudessem se alimentar, beber água, carregar novamente para chegar aqui ao destino e fazer o abate. Então, o animal na data de embarque e data de abate demoraram seis dias”, diz o empresário Milton Bellincanta. 

Ele ainda explica que o padrão da carne cai muito e perde valor, perde mercado, devido às condições do trânsito da estrada. 

“Então você vê o prejuízo que isso causa tanto para as escalas aqui da indústria como para o próprio produtor”, explica Milton. 

Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural Mato Grosso

O Distrito de União do Norte tem aproximadamente 12 mil habitantes e fica às margens da MT-322. Ele pertence ao município de Peixoto de Azevedo. 

De acordo com Maria Souza Ramos que também é empresária, todo o comércio do distrito sente os impactos causados pela falta de manutenção nas estradas. 

“As pessoas passam aqui, passam no comércio, fazem uma compra para comer no trajeto e até chegar em São José… Já fica sem, o pessoal fica ilhado. Esses dias o movimento caiu 50% e é difícil porque não dá nem para imaginar Já chegou dia de não ter nenhum hóspede”, ressalta. 

Escoamento de grãos enfrenta lentidão

O diretor da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), explica que com menos de 5% das lavouras colhidas já estava praticamente intransitável na região. “Nós estamos aí ainda com mais de 90% das lavouras para ser escoada e essa é a realidade nossa”. 

Richelli Bruno Galiassi Cotrim é agricultor e está na região há mais de oito anos e diz que este ano foi o único em que tiveram problemas com a estrada. Isso porque, em 2024 foi um ano de seca. “Os outros 7 anos a gente sempre sofreu com essa estrada”.

Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural Mato Grosso

O Grupo Rosseto Cotrim cultivou nesta safra 6 mil hectares de soja na região.

“Eu acredito que se não tiver uma força tarefa emergencial para acudir esses pontos o quanto antes, muita gente vai perder a lavoura em cima do caminhão, ele vai colher e não vai conseguir tirar, os caminhões não vão passar. A estação chuvosa é fevereiro, março, abril e ainda chove bem para gente. Então a gente tem ainda três meses de chuva”, pontua Richelli. 

O agricultor Jandir Sima conseguiu colher pouco mais de 30% dos 3.450 hectares de soja cultivados nesta temporada.

“A gente tem uma associação que vem trabalhando em cima dessa estrada faz tempo com o recurso dos próprios fazendeiros aqui da região, o pessoal que mora na MT-322. Está intransitável a estrada não tem como retirar o grão, todo dia tem que entrar e sair caminhões dessa MT, e são muitos caminhões por dia”, explica.   

A reivindicação na região é pela pavimentação de aproximadamente 124 quilômetros de extensão da MT-322 entre os municípios de Peixoto de Azevedo e São José do Xingu, passando dentro do território do Xingu e das terras indígenas de Capoto Jarina.

Milton diz que esse foi o intuito que fizeram junto ao governador Mauro Mendes e lideranças indígenas. 

“Nós produtores da associação, diversos prefeitos do Vale do Araguaia, diversos vereadores, para que consigamos junto a Funai, junto ao Ibama que haja um destravamento desse ofício de qual a Sema-MT foi notificada dando conta de que os licenciamentos ambientais para obras aqui na rodovia dependam do Ibama e não mais da Sema-MT. E os indígenas também são a favor da pavimentação”, conta. 

O líder indígena Raoni Metuktire afirma ter falado com o governador do estado. 

“Eu quero que aconteça esse asfalto, arrumar a estrada é emergencial e eu estou aqui para falar de novo. Quero pedir ao Ibama e a Funai para poder ajudar a autorizar, porque está muito ruim e eu quero uma estrada boa para poder sair com o paciente da gente e não é só um paciente, é muita gente”, frisa Raoni. 

A equipe de reportagem do Canal Rural Mato Grosso entrou em contato com a Secretaria de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso (Sinfra-MT)

Confira a nota na íntegra: 

“O Governo de Mato Grosso informa que já tinha iniciado o processo para asfaltar o trecho da MT-322. Porém, o Ibama requereu a suspensão do processo para sua própria análise de licenciamento. Em relação a manutenção, a secretaria irá protocolar nos próximos dias um pedido de licença junto ao Ibama para realizar ações emergenciais, uma vez que também é necessária a aprovação do órgão federal para a realização do serviço”. 

+Confira todos os episódios da série Patrulheiro Agro


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Mais de 4 milhões de toneladas de soja são esmagadas em MT

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Mato Grosso acumula mais de 4,3 milhões de toneladas de soja esmagada em 2025 até abril. O volume representa um aumento de 0,20% em relação ao primeiro quadrimestre de 2024.

Somente em abril foram processadas pelas indústrias mato-grossenses 1,20 milhão de toneladas, 5,61% a mais que o observado no mesmo mês do ano passado.

O aumento da capacidade de processamento, conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), é o principal fator para o ritmo aquecido nas unidades fabris do estado. Hoje, a capacidade de esmagamento no estado é de 15 milhões de toneladas, 3,3% superior a 2024.

Outro fator apontado é a maior oferta interna de soja, somada a demanda pelos coprodutos.

Quanto à margem bruta de esmagamento, o Imea destaca que o indicador apresentou queda de 3,04% em abril frente a março, encerrando o mês com média de R$ 642,48 a tonelada.

“Ainda assim, a margem está 103,87% acima à do mesmo período do ano passado, reflexo principalmente da valorização do óleo de soja”, frisa o Instituto.


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Articulações de Mato Grosso para venda de DDG para a China começaram em abril

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Cerca de 30 dias antes da China oficializar a abertura de mercado para o DDG (grãos secos de destilaria com solúveis), Mato Grosso já havia articulado três memorandos de entendimento com o grupo chinês Donlink.

A articulação estratégica ocorreu em 16 de abril. O grupo chinês Donlink é um dos gigantes do setor agroindustrial do país asiático e possui interesse na importação de pulses (como gergelim e feijões) e, principalmente, do DDG mato-grossense.

Os documentos em abril foram firmados com a Associação dos Cerealistas de Mato Grosso (Acemat) e a Bioind (Associação das Indústrias de Bioenergia de Mato Grosso).

“Mato Grosso vai sair na frente porque foi precursor ao levar a Donlink para conhecer o potencial do Estado no mês passado e assinar os termos de cooperação. Também trouxemos a Haid Group, que é a maior empresa de ração animal da China. Agora é a hora de começar a exportação do DDG, e Mato Grosso, por meio do trabalho realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico junto aos segmentos produtivos, sai na frente”, pontua o secretário de Desenvolvimento Econômico do estado (Sedec), César Miranda.

Subproduto da produção de etanol de milho, o DDG é utilizado como ração animal, visto ser rico em proteínas, fibras e gorduras.

De acordo com a União Nacional do Etanol de Milho (Unem), nos dois últimos anos o Brasil alcançou números expressivos nas exportações de DDG/DDGS.

Em 2023 foram US$ 180,27 milhões, tendo como principais destinos o Vietnã, Nova Zelândia, Espanha, Egito e Turquia. Já em 2024 foram US$ 190,65 milhões com Vietnã, Turquia, Nova Zelândia, Espanha e Tailândia como principais mercados.

Em suas redes sociais, o presidente da Unem, Guilherme Nolasco, classificou como um momento histórico para o Brasil a tal abertura da China para o mercado do DDG.

“Um trabalho concluído em tempo recorde, essas relações entre Brasil e China. Começamos a trabalhar essa abertura de mercado em 2022. Havia uma expectativa para o final de 2025 e quem sabe até o final de 2026 e o momento geopolítico nos ajudou para que esse processo adiantasse. E com o trabalho conjunto de todos conseguimos vencer mais essa etapa”.

Abertura da China contempla outros produtos

Além do DDG, a abertura de mercado também contempla outros produtos, como é o caso dos pulses, como gergelim e feijão.

Para Zhao Yi, engenheira-chefe da Associação Nacional de Grãos da China, o Brasil se consolida como fornecedor estratégico de gergelim branco. Além disso, ela pontua que o país possui potencial para atender à crescente demanda chinesa por fibras e óleos vegetais.

“A classe média chinesa, com mais de 900 milhões de pessoas, consome, em média, 500g por dia de produtos à base de grãos. O Brasil é parte do nosso plano de garantir estoques de alimentos para os próximos 50 anos”.

Outro interesse dos chineses é a ampliação das importações de miúdos de aves e suínos, além de pescados amazônicos.

Algodão brasileiro na Ásia

A China é líder nas exportações de algodão brasileiro. Mato Grosso, como destaca o diretor de Relações Internacionais da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Marcelo Duarte, tem papel-chave nesse desempenho, uma vez que responde por 70% da produção nacional.

“Há seis anos, representávamos seis fardos de algodão de cada cem vendidos para a China. Hoje, são quarenta de cada cem. Conseguimos a liberação do farelo de algodão e estamos perto de conquistar a liberação do caroço de algodão, que também é um importante insumo para exportação. Com o apoio das autoridades estaduais e federais, o Brasil tem ganhado espaço diante da tensão comercial entre Estados Unidos e China”.


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Acordo ‘provisório’ entre EUA e China não gera impacto nas cotações de algodão

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As cotações de algodão em Nova York encerraram a semana em queda, mesmo com o acordo provisório anunciado entre Estados Unidos e China. O contrato para julho registrou recuo de 1,9% ante o dia 8 de maio, enquanto para dezembro de 0,8%.

As informações constam no Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa desta sexta-feira (16).

Confira os destaques trazidos pelo Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa:

Algodão em NY – O contrato Jul/25 fechou nesta quinta 15/mai cotado a 65,43 U$c/lp (-1,9% vs. 08/mai). O contrato Dez/25 fechou em 68,18 U$c/lp (-0,8% vs. 08/mai).

Basis Ásia – Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 927 pts para embarque Mai/Jun-25 (Middling 1-1/8″ (31-3-36), fonte Cotlook 15/mai/25).

Altistas 1 – O acordo provisório entre EUA e China não impactou positivamente as cotações de algodão, mas é um bom sinal e já permite a retomada (ainda que a passos lentos) de exportação de têxteis chineses para os EUA.

Altistas 2 – Os primeiros números de oferta e demanda mundial para 2025/26 divulgados esta semana pelo USDA mostram equilíbrio entre produção e consumo, bem diferente de 2024/25, quando a produção superou a demanda em quase 1 milhão de toneladas.

Baixistas 1 – O clima no mundo ainda é de muitas incertezas com o “tarifaço” iniciado pelos EUA. Isso torna os compradores em todo o mundo ainda mais cautelosos, à espera de negociações de acordos entre os governantes.

Baixistas 2 – Notícias de chuvas no cinturão do algodão nos EUA impactaram o mercado, apesar de muita chuva ainda ser necessária nas regiões produtoras do país.

Cotton Brazil na China 1 – A participação da Abrapa na missão oficial do Brasil na China terminou nesta semana com saldo positivo. Abaixo os principais pontos:

Cotton Brazil na China 2 – A presença do alto escalão do governo brasileiro foi muito bem recebida. Em um momento de tensões crescentes entre China e EUA, nossa participação foi vista como um gesto de boa vontade e parceria.

Cotton Brazil na China 3 – Após o acordo provisório de 90 dias entre China e EUA, as tarifas sobre produtos chineses exportados para os EUA foram reduzidas para 30%, e produtos americanos exportados para a China serão taxados em 10%. No entanto, o algodão está com +15%, portanto sujeito a uma tarifa de 25%. Isso significa que, tecnicamente, ainda é possível comprar algodão dos EUA nesse período, mas os preços continuam impactados.

Cotton Brazil na China 4 – Nesse cenário, o algodão brasileiro segue sendo visto como uma alternativa confiável e estratégica. Os clientes demonstraram grande apreço pelo nosso engajamento contínuo e reafirmaram o interesse em manter e ampliar a cooperação com os produtores e exportadores do Brasil.

Cotton Brazil na China 5 – A demanda no momento é estável. Um fator importante é a safra doméstica: a China colheu cerca de 7 milhões de tons nesta safra 24/25. Com isso, garante o abastecimento local pelos próximos meses, mas ainda há interesse por algodão internacional, devido a questões de qualidade e às restrições ao algodão de Xinjiang.

Cotton Brazil na China 6 – Um gargalo crítico no momento é o sistema de cotas de importação da China. Anualmente, o governo chinês emite 894 mil tons de cota automática com tarifa reduzida, e tradicionalmente libera uma cota adicional com tarifa flexível (sliding scale) no meio do ano.

Cotton Brazil na China 7 – Algumas empresas ainda possuem saldo de cota automática, mas outras já esgotaram seus volumes. Isso impactou diretamente as exportações brasileiras: em abril, o Brasil embarcou apenas 12 mil tons para a China – o volume mensal mais baixo desde Jun/23.

Cotton Brazil na China 8 – A Abrapa tem reforçado junto às autoridades chinesas, por meio de canais diplomáticos e técnicos, a importância de liberar cotas adicionais o quanto antes, para garantir continuidade nas exportações.

Cotton Brazil na China 9 – Embora a China já tenha aprovado a importação de farelo de algodão do Brasil, o caroço ainda não está autorizado. O tema foi abordado nas reuniões com o governo chinês e com os adidos agrícolas brasileiros. O processo de autorização já foi solicitado oficialmente e está em andamento.

Cotton Brazil na China 10 – Considerando que o Brasil deverá produzir cerca de 5 milhões de tons de caroço de algodão na safra 2024/25, obter esse acesso é uma prioridade estratégica para abrir um novo mercado importante.

Safra 2025/26 1 – No primeiro relatório do USDA para a safra 2025/26, a previsão é de uma produção mundial de 25,65 milhões tons de algodão (-2,69% frente 2024/25).

Safra 2025/26 2 – A queda de quase -3% explica-se. Somente na China, a previsão é de uma quebra de -9,37% na safra (6,31 milhões tons). O número chega a -26,7% na Austrália (890 mil tons).

Safra 2025/26 3 – Quanto ao consumo, a projeção de 25,71 milhões tons significa um aumento de +1,20% em relação a 2024/25. A China destoa dos principais consumidores mundiais, com previsão de queda de -1,35%.

Safra 2025/26 4 – Já a exportação de algodão foi estimada em 9,76 milhões tons (+5,59% no ano). Destaque para a China (1,52 milhão tons; +16,7%) e para a Turquia (1,09 milhão tons; + 16,4%). Queda apenas no Paquistão: -13,8% (1,09 mihão tons).

Safra 2025/26 5 – O Brasil segue como principal exportador nas estimativas do USDA para 2025/26, com previsão de 3,05 milhões tons (+8,51%). Em seguida, estão os EUA, com 2,72 milhões tons (+12,7%).

Vietnã 1 – Em abril, o Vietnã importou 170.020 tons de algodão (+11% que em mar/25 e +28% que em abr/24). Os EUA responderam por 56% desse total, e o Brasil, por 30%.

Vietnã 2 – Na temporada 2024/25, o total acumulado é de 1,27 milhão tons importados de pluma, dos quais o algodão brasileiro corresponde a 35% e o norte-americano por 28%.

Bangladesh 1 – O volume de algodão importado por Bangladesh em abril foi de 148.449 tons (+12% a mais que em abr/24). O Brasil foi o segundo maior fornecedor, respondendo por 26% desse total.

Bangladesh 2 – No acumulado da temporada 2024/25, o total é de 1,25 milhão tons (+16% ante 2023/24). A zona do Franco Africano forneceu 40% e o Brasil, 23% .

Brasil – Conab – A última previsão de safra da Conab indicou uma produção nacional de 3,9 milhões tons (+5,5% a mais que no último relatório). A área plantada foi estimada em 2,084 milhões de hectares (+7,2% no ano).

Brasil – Exportações – As exportações brasileiras de algodão somaram 55,1 mil tons até a segunda semana de maio. A média diária de embarque é 16% menor que no mesmo mês em 2024.

Brasil – Colheita 2024/25 – As colheitas já foram iniciadas no país pelos estados do Paraná e São Paulo. Até ontem (15), aproximadamente 50% da área no Paraná e 40% em São Paulo já haviam sido colhidos. Total Brasil: 0,32%.

Preços do Algodão – Consulte tabela abaixo:

Fonte: Abrapa

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