Sustentabilidade
Arroz/RS: Lavouras continuam sendo beneficiadas pelo clima seco e ensolarado, mas requer atenção aos níveis dos reservatórios – MAIS SOJA
As lavouras de arroz continuam sendo beneficiadas pelo clima seco e ensolarado. Entretanto, a atenção dos orizicultores permanece voltada para o rápido rebaixamento dos níveis dos reservatórios. Aqueles que plantaram áreas superiores à capacidade de armazenamento das barragens — situação recorrente em propriedades com planejamento inadequado — ainda enfrentam o risco de ficarem sem água antes do encerramento do ciclo de irrigação.
De maneira geral, a cultura segue com bom potencial produtivo. Os tratos culturais, como a segunda aplicação de nitrogênio, são realizados nas lavouras estabelecidas entre o final de novembro e início de dezembro para otimizar o desenvolvimento das plantas e garantir o máximo aproveitamento do fertilizante. Nas áreas em floração e enchimento de grãos, o monitoramento de insetos e doenças foi intensificado por meio da aplicação preventiva de fungicidas.
Na região da Fronteira Oeste, houve ampliação da área colhida em função do clima seco. Embora a amostragem ainda seja pequena, as produtividades estão elevadas, confirmando as expectativas otimistas em relação ao potencial da safra, principalmente devido às condições climáticas favoráveis durante o ciclo da cultura. Em termos de comercialização, os preços continuam satisfatórios. Segundo o Instituto Rio Grandense de Arroz (IRGA), a área implantada é de 927.885 hectares de arroz irrigado. A Emater/RS-Ascar estima produtividade inicial de 8.478 kg/ha.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Uruguaiana, as primeiras lavouras colhidas representam 1% dos 76.500 hectares plantados. Em São Borja, dos 33.965 hectares cultivados 2% foram colhidos, e 23% estão em fase de maturação. Os resultados são considerados satisfatórios. Em Santa Margarida do Sul, as lavouras dependentes de rios estão sendo irrigadas de forma intermitente através de sistemas baseados em banhos, que não garantem as condições ideais de inundação permanente.
Na de Pelotas, 71% das lavouras estão na fase de desenvolvimento vegetativo, 25% em floração e 4% em enchimento de grãos. O desenvolvimento das plantas segue conforme o esperado, com bom estado fitossanitário. Os dias de radiação solar plena e de temperaturas elevadas proporcionam otimismo quanto às produtividades, que devem variar entre 9 mil e 10 mil kg/ha.
Na de Santa Maria, o baixo volume de cursos d’água dificultam o manejo da irrigação por inundação. Em áreas irrigadas por barragens e açudes, há boa disponibilidade de água, e o desenvolvimento das lavouras está muito satisfatório.
Na de Santa Rosa, as chuvas da semana anterior não alteraram os níveis dos reservatórios para irrigação em função da baixa umidade do solo nas áreas de captação. Por essa razão, os produtores optaram por reduzir a lâmina de irrigação para evitar o bombeamento de água de cursos e reduzir os custos de produção. Observa-se a ocorrência de percevejos, que causam danos nas panículas e grãos, resultando em abortamento e provável presença de grãos gessados. Devido às pequenas áreas de cultivo, os produtores enfrentam dificuldades na contratação de serviços de pulverização aérea, seja por aviação ou VANTs – Veículo Aéreo Não Tripulado –, o que pode impactar na qualidade da safra.
Na de Soledade, o cenário é de normalidade. A irrigação continua de forma eficiente em decorrência das condições climáticas de alta radiação solar e temperaturas típicas da estação, que favorecem o avanço do ciclo e mantêm o potencial produtivo. O uso racional da água tem sido de extrema importância, especialmente para lavouras com pequenos reservatórios ou dependentes de riachos. Estão 60% das áreas em desenvolvimento vegetativo, 30% em florescimento, 8% em enchimento de grãos, e 2% em maturação.
Comercialização (saca de 50 quilos)
O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, aumentou 1,50%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 98,04 para R$ 99,51.
Confira o Informativo Conjuntura n° 1852 completo, clicando aqui!
Fonte: Emater RS
Autor:Informativo Conjuntural 1853
Site: EMATER/RS
Post Views: 0
Sustentabilidade
Chicago/CBOT: Soja fechou em forte baixa com tempestade perfeita para a desvalorização – MAIS SOJA

Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 15/05/2025
FECHAMENTOS DO DIA 15/05
O contrato de soja para julho, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -2,46%, ou $ -26,50 cents/bushel a $ 1051,25. A cotação de agosto, fechou em baixa de -2,54% ou $ -27,25 cents/bushel a $ 1047,25. O contrato de farelo de soja para julho fechou em alta de 1,54 % ou $ 4,5 ton curta a $ 296,4 e o contrato de óleo de soja para julho fechou em baixa de 5,73 % ou $ -3,00/libra-peso a $ 49,32.
ANÁLISE DA BAIXA
A soja negociada em Chicago fechou em baixa nesta quinta-feira. Os preços da soja tiveram uma boa alta nas últimas sessões, atingindo a maior alta em nove meses no início desta semana. No entanto, surgem preocupações sobre a política doméstica de biocombustíveis em meio a rumores de que as metas ficarão abaixo dos 5,25 bilhões de galões propostos por grupos do setor. Isso desencadeou uma rodada de vendas técnicas que empurrou os preços da soja e do óleo de soja para uma queda considerável ao longo do dia.
Além disso, o esmagamento de soja em abril foi -2,23% menor e os estoques de óleo de soja subiram 1,94% em relação a março. As vendas para exportação caíram 25% no comparativo semanal. A estimativa da safra Sul-Americana foi elevada pela Conab e Bolsa de Rosário em 3.470 milhões de toneladas. Esta quinta-feira formou uma tempestade perfeita para uma forte desvalorização do grão e seu subproduto.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-DECEPÇÃO DO MERCADO COM A AZ45 (baixista)
Após cinco sessões consecutivas de alta, a soja caiu acentuadamente na sessão diária de Chicago, puxada para baixo pelo mercado de óleo, que foi negociado quase o dia todo no limite mínimo permitido de US$ 66,14 por tonelada, devido a rumores de que o uso de biodiesel não cresceria tanto quanto o esperado sob os novos mandatos de corte obrigatório nos Estados Unidos.
Nesse sentido, sem versões oficiais, especulou-se que a proposta submetida pela Agência de Proteção Ambiental (EPA) para avaliação da Casa Branca conteria um volume sugerido de biodiesel para corte obrigatório em 2026 de 4,65 bilhões de galões, ante uma média de 5,125 bilhões de galões proposta à agência no início do mês passado por uma aliança de produtores de petróleo e biocombustíveis.
Além disso, no primeiro mau sinal para os especuladores, ontem, no primeiro dia de apresentações antes da Audiência Orçamentária do Congresso, o administrador da EPA, Lee Zeldin, disse que os novos mandatos seriam publicados nos próximos meses, mas sem especificar uma data, contrariando as expectativas dos operadores, que esperavam tal comunicação antes do final do mês passado.
EFEITOS SOBRE O ÓLEO DE SOJA (baixista)
Essa mudança nas expectativas desencadeou uma forte retração dos lucros por parte dos investidores, após a posição de petróleo de julho refletir uma alta semanal de 7,72% até ontem (o ajuste passou de US$ 1.070,77 para US$ 1.153,44 por tonelada) com base na provável extensão até 2031 dos créditos tributários para produtores de matérias-primas utilizadas na produção de combustíveis de baixo carbono. No fechamento de hoje, o contrato de julho caiu 5,73%, para US$ 1.087,30 por tonelada. Ou seja, a queda foi brusca, mas de um patamar de preços alto. Por outro lado, devido à especulação com menor utilização do petróleo e, portanto, com menor moagem, o valor do de farinha, mas de níveis muito deprimidos. A posição de julho da farinha subiu 4,96 e fechou em US$ 326,72.
EUA-ESMAGAMENTO DE ABRIL FOI MENOR (baixista)
Em seu relatório mensal, a Associação Nacional de Processadores de Oleaginosas dos Estados Unidos informou hoje que a moagem de soja em abril foi de 5,177 bilhões de toneladas, abaixo dos 5,295 bilhões de março, mas acima dos 4,611 bilhões de abril de 2024 e dos 5,025 bilhões previstos em média pelos produtores privados. Enquanto isso, a entidade reportou estoques de óleo de soja em 692.636 toneladas em 30 de abril, acima das 679.481 toneladas no final de março e das 640.472 toneladas previstas pelos traders, mas abaixo das 830.981 toneladas no mesmo período em 2024. Esse volume de óleo em estoque também pressionou o mercado.
EUA-EXPORTAÇÕES FRACAS (baixista)
O relatório semanal sobre as exportações dos EUA foi neutro a ligeiramente pessimista hoje, neste caso para o segmento de 2 a 8 de maio, dado que o USDA relatou vendas de soja para 2024/2025 em 282.400 toneladas, abaixo das 376.700 toneladas do relatório anterior e próximo do mínimo esperado pelos traders, que movimentaram uma faixa entre 200.000 e 500.000 toneladas.
“As vendas líquidas diminuíram 25% em relação à semana anterior e 28% em relação à média das quatro semanas anteriores”, disse a agência, que listou o Egito como o maior comprador, com 177.100 toneladas. Os números comerciais de 2025/2026 foram melhores, com vendas atingindo 429.900 toneladas, em comparação com apenas 9.800 toneladas no relatório anterior e em comparação com uma faixa estimada por empresas privadas entre 350.000 e 500.000 toneladas.
BRASIL-CONAB ELEVOU PRODUÇÃO DE SOJA (baixista)
No Brasil, a Conab publicou hoje seu novo relatório mensal de estimativas agrícolas, elevando sua previsão para a safra de soja 2024/2025 de 167,87 para 168,34 milhões de toneladas, próximo aos 169 milhões de toneladas projetados pelo USDA na segunda-feira. A estimativa de exportação aumentou de 105,86 para 105,96 milhões de toneladas, ante 104,50 milhões estimados pela agência norte-americana.
ARGENTINA ELEVOU PRODUÇÃO DE SOJA (baixista)
Na Argentina, a Bolsa de Comércio de Rosário (BCR) revisou sua previsão ontem, elevando sua estimativa de colheita de soja de 45,50 para 48,50 milhões de toneladas.
ARGENTINA-COLHEITA ATINGE 64,9% (baixista)
Enquanto isso, em seu relatório semanal, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) informou hoje que, após um aumento semanal de 20 pontos percentuais, a colheita de soja
argentina avançou para 64,9% da área apta, o que representa um aumento anual de 1,2 pontos, mas um atraso de 5 pontos em comparação com a média das últimas cinco safras.
A produtividade média nacional é de 3200 quilos por hectare, 8% acima do ciclo anterior. A colheita de soja precoce avançou em 73,6% da área, com produtividade média de 3260 quilos, com resultados acima do esperado na região central. Em relação à soja de segunda safra, o avanço atingiu 41,9% das parcelas, com produtividade média de 2660 quilos No Núcleo Norte, com 65% de avanço, a produtividade está se consolidando, mantendo uma média de 3250 quilos, com recordes específicos que igualam ou até superam os obtidos para a soja precoce.
Nesse contexto, a projeção de produção nacional permanece em 50 milhões de toneladas”, informou a Bolsa de Valores. Na última segunda-feira, o USDA projetou a colheita da Argentina em 49 milhões de toneladas.
Fonte: T&F Agroeconômica
Post Views: 9
Sustentabilidade
Etanol de milho: a energia limpa que nasce nas lavouras de Mato Grosso – MAIS SOJA

A produção de etanol de milho em Mato Grosso tem se consolidado como um dos pilares do setor de biocombustíveis no Brasil. Líder nacional na produção, o estado desempenha um papel crucial na expansão dessa alternativa energética. Esse resultado só é possível graças aos produtores, que, além de fortalecerem a economia brasileira, contribuem diretamente para a redução das emissões de carbono, fomentam o desenvolvimento econômico e promovem um futuro mais sustentável.
De acordo com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), na safra 2024/25, a produção estadual de etanol atingiu 6,70 bilhões de litros, um crescimento de 17,09% em relação ao ciclo anterior. Esse avanço coloca Mato Grosso como o segundo maior produtor nacional, sendo que o etanol de milho é o principal responsável, representando 5,62 bilhões de litros da produção total.
O setor tem impulsionado a diversificação da matriz energética, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis, ajudando a evitar a emissão de milhões de toneladas de CO₂ por ano e promovendo a segurança energética do país. Segundo o vice-presidente da Aprosoja MT, Luiz Pedro Bier, a entidade vê o papel do etanol de milho como fundamental na construção de uma sociedade com menos emissões de carbono e poluição, além de proporcionar mais rentabilidade para todos os produtores do estado.
“A produção de etanol de milho vem acontecendo no Brasil, especialmente no Mato Grosso, há pouquíssimo tempo. Trata-se de uma indústria em expansão, o que comprova que é uma cadeia viável. A sustentabilidade é baseada em três pilares: o econômico, o social e o ambiental. E essa expansão demonstra que a questão econômica é viável, além de ser ambientalmente correta, pois captura carbono da atmosfera e gera um produto, o etanol de milho, que realmente contribui para a descarbonização do meio ambiente”, afirma Bier.
Outro diferencial da produção de etanol de milho é o reaproveitamento de resíduos sólidos gerados durante a fabricação, como o DDG e DDGS, que se tornaram um valioso insumo na nutrição animal e na fabricação de rações, promovendo um ciclo de aproveitamento eficiente e reduzindo o desperdício. Em cinco anos, a produção desses dois resíduos aumentou 142%, fortalecendo a economia circular ao transformar resíduos em novas oportunidades.
O produtor de Primavera do Leste, Amauri Segatto, sente-se parte de algo maior ao ver sua produção contribuindo para uma energia mais sustentável no Brasil. “Eu comecei a plantar há nove anos e, há seis anos, aumentei minhas áreas de plantação de milho. Saber que o milho que estamos produzindo é utilizado para se transformar em combustível limpo e sustentável é muito bom e melhora a comercialização do nosso produto, porque está usando novos caminhos com o milho. Produzir novos produtos derivados do milho, para o produtor rural é bom”, explica o produtor.
Atualmente, 15% da produção nacional de milho é destinada ao biocombustível. Segundo o delegado coordenador do Núcleo de Sinop, João Marcos Rosa Bustamante, o avanço do setor agrega valor à cadeia produtiva.
“Antigamente, plantávamos o milho como segunda safra e chamávamos até de safrinha. Fazíamos uma produção pequena para rotação de culturas e cobertura do solo, sem grande valor comercial para o produtor. Hoje, o cenário mudou. Com o advento das indústrias de etanol de milho, essa cultura se tornou altamente rentável e competitiva até em comparação com a soja”, explica Bustamante.
O etanol de milho também tem sido um forte impulsionador da geração de empregos. Dados Anuário da Indústria de Mato Grosso 2025, do Observatório de Mato Grosso da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), mostram que nos últimos 10 anos, a indústria mato-grossense cresceu mais de 39%, alavancada pela produção de biocombustíveis, especialmente o etanol de milho.
De acordo com a União Nacional de Etanol de Milho (Unem), atualmente, Mato Grosso conta com 11 biorefinarias em operação e 13 programadas para construção. Para o produtor de Paranatinga, Jean Benetti, é um prazer ver o trabalho dos agricultores gerando resultados positivos tanto para a sociedade quanto para o mundo e impulsionar a economia circular.
“Antigamente, grande parte da nossa produção era exportada, mas hoje está sendo transformada em etanol e beneficiando a população. Além disso, o produtor brasileiro é, atualmente, o mais sustentável do mundo, acredito que seja o que mais respeita o meio ambiente. Precisamos divulgar mais essa informação para a população em geral, pois o que se fala sobre o agronegócio brasileiro nem sempre corresponde à realidade. Especialmente o mato-grossense, que bate recordes sempre e, ainda assim, faz o trabalho de casa”, ressalta o produtor.
Esse crescimento do setor reflete o compromisso da Aprosoja MT com os produtores rurais, apoiando a produção com mais eficiência, rentabilidade e responsabilidade ambiental. Segundo o Imea, a produção nacional de etanol de milho atingiu 8,25 bilhões de litros na safra 2024/25 e deve crescer para 10 bilhões na próxima safra (2025/26), demonstrando que a associação está junto ao produtor para fortalecer a cadeia produtiva e construir um futuro sustentável para todos.
Fonte: Ana Frutuoso/Aprosoja MT
Post Views: 4
Sustentabilidade
Chicago/CBOT: Milho fechou de forma mista com demanda americana e aumento da Conab – MAIS SOJA

Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 15/05/2025
FECHAMENTOS DO DIA 15/05
Chicago: A cotação de julho, referência para a nossa safra de verão, fechou em alta de 0,67% ou $ 3,00 cents/bushel a $ 448,50. A cotação para julho, fechou em baixa de -0,53% ou $ -2,25 cents/bushel a $ 425,00.
ANÁLISE DO MIX
O milho negociado em Chicago fechou de forma mista nesta quinta-feira. A primeira cotação, de julho25, conseguiu um suporte no robusto relatório de vendas externas do milho, que mesmo com todas as incertezas tarifárias dos EUA ainda mantém um bom ritmo de comercialização. As demais cotações ainda sofrem com a pressão sazonal, com a grande safra americana e o começo da colheita na América do Sul. Neste sentido a Conab elevou nesta quinta em 2,14 milhões e toneladas a previsão total da safra brasileira.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Milho B3 fechou em baixa com relatório da Conab
Os principais contratos de milho encerraram o dia em baixa nesta quinta-feira. As cotações do milho na B3 devolveram parte dos ganhos do dia anterior. Além da pressão externa vinda da queda dos preços em Chicago e a sazonal, com a eminente colheita, a Conab elevou nesta quinta-feira em 2,14 milhão de toneladas a perspectiva da safra em relação a estimativa anterior.
“O milho tem produção total estimada em 126,9 milhões de toneladas, crescimento de 9,9% em relação à temporada 2023/24. A 1ª safra do grão tem a colheita finalizada em 77,6% da área semeada, com estimativa de produção em 24,7 milhões de toneladas. Já a 2ª safra do cereal apresenta a semeadura concluída. A Conab espera uma produção em torno de 99,8 milhões de toneladas. As boas condições climáticas nas principais regiões produtoras vêm favorecendo as lavouras, predominando os estágios de floração e enchimento de grãos.” Divulgou a Conab em seu relatório mensal de oferta e demanda.
OS FECHAMENTOS DO DIA 15/05
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em baixa no dia: o vencimento de julho/25 foi de R$ 62,47 apresentando baixa de R$ -0,53 no dia, baixa de R$ -2,26 na semana; julho/25 fechou a R$ 64,15, baixa de R$ -0,62 no dia, baixa de R$ -1,50 na semana; o vencimento setembro/25 fechou a R$ 67,76, baixa de R$ -0,61 no dia e baixa de R$ -0,25 na semana.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-COLHEITA RECORDE (baixista)
Forte relatório de exportação dos EUA para 2024/2025, mas a pressão sobre o mercado veio da perspectiva real de uma colheita recorde na temporada 2025/2026, que ultrapassaria a marca de 400 milhões de toneladas nos Estados Unidos pela primeira vez. Isso ocorre em um momento em que o comércio está ameaçado pela batalha tarifária desencadeada pela Casa Branca, com acordos com compradores tradicionais demorando mais do que os comerciantes podem lidar.
OUTROS FATORES BAIXISTAS (baixista)
Além do ritmo acelerado de plantio no Centro-Oeste e das perspectivas favoráveis para a safrinha no Brasil, os acontecimentos pessimistas de hoje incluíram a queda dos preços do petróleo e especulações no setor da soja sobre novos mandatos de corte de safra, o que também incluiu a possibilidade de sinal verde da Casa Branca para isenções buscadas por pequenas refinarias de óleo para contornar esses mandatos de corte, algo que o governo Trump fez durante seu primeiro mandato.
EUA-161 PEDIDOS DE ISENÇÃO (altista)
Durante o segundo dia de audiências no Congresso, Zeldin declarou hoje que a EPA planeja agir rapidamente para resolver os 161 pedidos de isenção pendentes para pequenas refinarias e que a forma como a EPA planeja concedê-los terá implicações significativas para o mercado de crédito multibilionário e para as refinarias dos EUA. “Nenhuma dessas medidas foi aprovada durante o governo anterior (Biden)”, disse Zeldin, acrescentando: “Queremos nos atualizar o mais rápido possível”.
EUA-EXPORTAÇÕES MAIORES (altista)
O relatório semanal de exportação do USDA foi positivo para o mercado dos EUA, pois revelou vendas de 1.677.200 toneladas em 2024/2025, ligeiramente acima das 1.662.500 toneladas relatadas no relatório anterior e da faixa estimada pelos comerciantes entre 900.000 e 1.500.000 toneladas. “As vendas aumentaram 1% em relação à semana anterior e 24% em comparação à média das quatro semanas anteriores”, disse o USDA, que listou a Coreia do Sul como o principal destino, com 603.300 toneladas. Além disso, a empresa relatou negócios para 2025/2026 de 508.900 toneladas, em comparação com as escassas 18.000 toneladas da semana anterior e em comparação com uma faixa esperada por investidores privados de 350.000 a 600.000 toneladas.
BRASIL-CONAB ELEVA PRODUÇÃO (baixista)
Em relação ao Brasil, em seu relatório mensal de hoje, a Conab elevou sua estimativa para a safra total de milho de 124,74 para 126,88 milhões de toneladas, ante os 130 milhões de toneladas projetados pelo USDA na segunda-feira. A agência brasileira aumentou sua estimativa para a safrinha de 97,89 para 99,80 milhões de toneladas. As exportações permaneceram em 34 milhões, abaixo dos 43 milhões previstos pelo USDA. Em parte, essa diferença se deve ao fato de a Conab prever maior demanda interna.
De fato, estimou a produção em 89,30 milhões de toneladas, um aumento de 2,53% em relação aos 87,10 milhões de toneladas previstos em abril e de 6,31% em relação aos 84 milhões de toneladas previstos na temporada anterior. Isso, de acordo com a agência, “é impulsionado pela crescente produção de etanol”.
ARGENTINA-BC MANTÉM NÚMERO DE PRODUÇÃO (neutro)
Na Argentina, o Banco Central da Argentina manteve ontem sua estimativa para a safra de milho 2024/2025 em 48,50 milhões de toneladas. “Por enquanto, os números de abril permanecem os mesmos, com uma produtividade média nacional de 69,2 quintais por hectare, com base em uma área plantada de 8,3 milhões de hectares (dos quais 1,30 milhão de hectares não serão comercializados)”, disse a agência.
ARGENTINA-BCBA COLHEITA AVANÇOU PARA 37,2% (BAIXISTA)
Enquanto isso, a BCBA-Bolsa de Cereales de Buenos Aires informou hoje que a colheita de milho argentina avançou para 37,2% da área adequada, após um aumento semanal de 2,3 pontos, com um rendimento médio de 81,2 quintais por hectare.
O trabalho concentrou-se nas parcelas de plantio precoce na parte sul da área agrícola, onde os rendimentos foram majoritariamente bons, embora em alguns casos tenham sido observadas perdas associadas ao estresse hídrico e térmico registrado durante o verão. Enquanto se aguarda a generalização dos trabalhos de plantio tardio na parte central da área agrícola, as perspectivas iniciais para este segmento são favoráveis. Em particular, em regiões como a região Centro-Norte de Córdoba e o Núcleo Norte, espera-se uma recuperação significativa dos rendimentos em comparação com a temporada anterior, quando essas áreas foram severamente afetadas pela cigarrinha.
No entanto, essa recuperação dos rendimentos é compensada por uma redução acentuada na área plantada com milho tardio, o que limita o crescimento da produção total. Nesse contexto, a projeção nacional de produção de milho permanece em 49 milhões de toneladas, afirmou a entidade. Na última segunda-feira, o USDA projetou a colheita de milho da Argentina em 50 milhões de toneladas.
EUROPA-PRODUÇAO MENOR (altista)
A consultoria Strategie Grains reduziu hoje sua previsão para a produção de milho da União Europeia de 60,10 para 59,90 milhões de toneladas.
Fonte: T&F Agroeconômica
Post Views: 3
- MaisAgro17 horas ago
Oportunidades e deveres em solo chinês
- Sustentabilidade24 horas ago
Chicago cai forte e deve contaminar mercado brasileiro de soja – MAIS SOJA
- Featured21 horas ago
Operação da PF mira esquema de contrabando de equipamentos agrícolas em MT
- Sustentabilidade20 horas ago
Entendendo os Grupos de maturidade relativa (GMR) – MAIS SOJA
- Sustentabilidade23 horas ago
Prognóstico climático para os meses de maio, junho e julho no Brasil – MAIS SOJA
- Sustentabilidade21 horas ago
Chicago/CBOT: A soja fechou em leve alta com esperança de uma retomada de negócios com a China – MAIS SOJA
- Sustentabilidade18 horas ago
Óleo de soja despenca quase 6% por preocupação com metas de biocombustíveis e grão também cai forte em Chicago – MAIS SOJA
- Sustentabilidade22 horas ago
Em abril, IBGE prevê safra de 328,4 milhões de toneladas para 2025 – MAIS SOJA