Sustentabilidade
Trigo/Cepea: Médias encerram primeiro mês do ano firmes – MAIS SOJA
Os preços médios do trigo estiveram firmes em janeiro. Segundo pesquisadores do Cepea, o suporte veio sobretudo da retração de produtores; a maior parte esteve afastada do spot, vendendo poucos volumes. Do lado da demanda, consumidores, abastecidos, adquiriram pequenas quantidade do cereal para completar estoques, mostrando maior interesse em fechar contratos a termo com recebimento a partir de março.
De acordo com levantamento do Cepea, em janeiro, a média mensal do trigo negociado no Rio Grande do Sul foi de R$ 1.270,02/t, alta de 1,4% frente à de dezembro/24, mas queda de 3,5% sobre a de janeiro/24, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI). No Paraná, os aumentos foram de 0,9% no comparativo mensal e de 5,3% no anual, à média de R$ 1.409,27/t. Em São Paulo, houve respectivas altas de 0,8% e de 18,4%, a R$ 1.591,94/t em janeiro/24. Em Santa Catarina, a média foi de R$ 1.438,73/t, sendo 1,2% superior à de dezembro/24, mas 0,9% abaixo da de janeiro/24.
Fonte: Cepea
Autor:Cepea
Site: CEPEA
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Sustentabilidade
Projeto Embrapii aposta em biodefensivos de macroalgas, microrganismos marinhos e óleos essenciais para substituir agrotóxicos – MAIS SOJA

Desenvolver biodefensivos agrícolas sustentáveis a partir de macroalgas, microrganismos marinhos e óleos essenciais. Este é o principal objetivo do projeto DISBIO. A iniciativa é liderada pela Unidade Embrapii Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras (ISI B&F) com investimento da Embrapii, por meio da aliança entre empresas, a partir do modelo Basic Funding Alliance (BFA).
O projeto, que tem como coexecutor estratégico a Unidade Embrapii Instituto SENAI de Inovação em Biomassa (ISI Biomassa), conta com orçamento de R$ 15 milhões e visa substituir ou reduzir o uso de agrotóxicos convencionais no controle de pragas como a lagarta-do-cartucho e o percevejo marrom nas culturas da soja e milho, além de fungos fitopatogênicos agentes causais da ferrugem asiática e mancha alvo na cultura da soja, por meio de soluções biológicas eficazes e ambientalmente seguras.
O controle de pragas e doenças são hoje um dos principais desafios técnicos, econômicos e ambientais da agroindústria brasileira, ainda fortemente dependente de tecnologias importadas e manejo através do uso massivo de defensivos químicos. O Disbio propõe justamente o desenvolvimento de produtos agrícolas a partir da biodiversidade marinha e vegetal brasileira como fonte de inovação tecnológica nacional, promovendo a soberania no desenvolvimento de biodefensivos e criando oportunidades sustentáveis para a indústria nacional.
Apesar de representar atualmente cerca de 23% da área agrícola brasileira, o setor de bioinsumos — que inclui biodefensivos, inoculantes, bioestimulantes e solubilizadores — tem apresentado um crescimento robusto. Na safra 2023/2024, o mercado movimentou aproximadamente R$ 5 bilhões, com um crescimento de 15% em relação à safra anterior. Nos últimos três anos, a taxa média anual de crescimento foi de 21%, superando significativamente a média global. A expectativa é que esse número alcance R$ 17 bilhões até 2030, estimulado por exigências ambientais internacionais, especialmente da Europa e da Ásia.
A expectativa é de que o projeto abra uma ampla gama de possíveis aplicações a partir dos resultados obtidos. O mapeamento, desenvolvimento e intensificação de métodos extrativos permitem a obtenção de novas moléculas bioativas. Além disso, segundo os pesquisadores, o desenvolvimento de novas formulações e o escalonamento dos processos permitem a identificação e aplicação de moléculas com potenciais industriais, atendendo outras áreas como, por exemplo, o setor alimentício, cosmético e farmacêutico.
O presidente da Embrapii, Alvaro Prata, destaca o potencial da bioeconomia brasileira. “A indústria nacional tem um potencial extraordinário para liderar o desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras, especialmente no setor do agronegócio”, diz. “É necessário e estratégico contribuir para desenvolvimento de ações que promovam o encontro da vocação produtiva do país com a inovação tecnológica”, complementa.
A Nitro, empresa brasileira de insumos agrícolas de nutrição e biológicos, é participante do projeto. “O grande diferencial do Disbio é a possibilidade de combinarmos os diferentes potenciais de ativos que vêm do oceano, tanto de origem vegetal quanto microbiana, e de plantas cultivadas, todos de origem natural e oriundos do metabolismo desses organismos”, salienta o gerente de Inovação em Biológicos da Nitro, Ítalo Férrer. “Esses ativos, além de apresentarem atividade de defesa, também apresentam propriedades de bioestímulo para diversas culturas agrícolas, com destaque para a soja e o milho. Essa combinação única pode resultar em um produto híbrido multifuncional”, complementa.
Além da Nitro, o Disbio também conta com a participação da empresa Regenera Moléculas do Mar e da startup Kohua, responsáveis por fornecer microrganismos e macroalgas tropicais com potencial de ação defensiva. “Mesmo utilizando apenas uma parcela dos microrganismos disponíveis, identificamos ativos com alto potencial de atuação contra pragas agrícolas”, destaca a gerente de P&D da Regenera, Jéssica Scherer.
A coordenadora da Unidade Embrapii e chefe de pesquisa do ISI Biomassa, Layssa Aline Okamura, celebra a parceria estabelecida com a Embrapii. “O papel da Embrapii como agente transformador e impulsionador da pesquisa e inovação no Brasil, especialmente através do modelo de Basic Funding Alliance em que o fomento chega até 90%, é essencial para projetos de baixo TRL e alto risco tecnológico”, diz. “A continuidade e ampliação desse tipo de apoio são fundamentais para que o Brasil se torne um líder em inovação e tecnologia no cenário global e eleve o potencial transformador das Instituições de Pesquisa e Indústria brasileiras”, conclui.
O ISI Biomassa ficará responsável pelos estudos de consórcios, dosagens ideais e avaliação dos impactos no solo. “O projeto representa uma oportunidade única para validar, em escala laboratorial, o uso de óleos essenciais, extratos de algas e microrganismos no controle de pragas e doenças”, afirma Desireé Soares da Silva, gestora do projeto no ISI Biomassa.
A Kohua, startup derivada da Cia das Algas, aposta no uso de tecnologia verde e extração sustentável para transformar algas em soluções agrícolas. “Nossa contribuição está ligada à sustentabilidade ambiental e social, desde a coleta responsável de macroalgas até o desenvolvimento de bioinsumos eficientes”, diz o CEO da empresa, Thiago Sampaio.
Segundo a gestora do projeto, Larissa Porciuncula, do ISI B&F, a atuação das empresas desde a fase inicial é essencial para orientar o desenvolvimento e garantir viabilidade técnica e econômica. “Trabalhar com projetos de baixo TRL exige forte integração com o setor produtivo desde o início.” A expectativa é que, até 2026, a fase laboratorial esteja concluída, com os principais ingredientes validados.
Sobre a Embrapii
A Embrapii é uma organização social que atua em cooperação com Instituições de Ciência e Tecnologia, públicas ou privadas, para atender ao setor empresarial e fomentar a inovação na indústria. Para isso, conecta centros de pesquisa e empresas, compartilhando os custos da inovação ao aportar recursos não reembolsáveis em projetos que levem à introdução de novos produtos e processos no mercado. Para ter acesso ao modelo, a empresa deve apresentar seu desafio tecnológico à Unidade Embrapii com a competência técnica que se enquadra às necessidades do projeto. A Embrapii possui contrato de gestão com o Governo Federal, por meio dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação, da Educação, da Saúde e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Além disso, possui parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Fonte: Assessoria de Imprensa Embrapii
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Sustentabilidade
Adjuvantes nas aplicações de agroquímicos será tema de apresentações em Jaboticabal e Ribeirão Preto, no dia 21 – MAIS SOJA

Coordenador do programa Adjuvantes da Pulverização, o pesquisador científico Hamilton Ramos faz duas apresentações sobre o tema no próximo dia 21. Pela manhã, o público são alunos do curso de agronomia da Unesp de Jaboticabal (SP), que promove sua anual Semana Agronômica. No período da tarde, Ramos se reúne com representantes do setor sucroenergético no evento Herbishow, na vizinha Ribeirão Preto, com ênfase no controle de plantas daninhas em cana-de-açúcar.
Resultante de uma parceria entre o setor privado e o Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, localizado na cidade de Jundiaí, o programa Adjuvantes da Pulverização celebra 18 anos em 2025. A iniciativa tem por objetivo auxiliar a indústria brasileira de adjuvantes a respaldar a qualidade de seus produtos.
Para isso, explica Ramos, foi criado há alguns anos o Selo Oficial de Funcionalidade para Adjuvantes Agrícolas. “Trata-se de uma chancela aos produtos expedida pelo Instituto Agronômico”, assinala o pesquisador. Ele celebra, por sinal, o expressivo aumento de companhias, hoje mais de 40, que submetem acima de 100 marcas de adjuvantes produzidos no Brasil às análises técnicas empreendidas no centro de pesquisas de Jundiaí.
Ramos explica que os adjuvantes agrícolas constituem produtos adicionados à calda de defensivos agrícolas, anteriormente à aplicação destes últimos nas plantações, “com vistas a melhorar a eficácia de tratamentos e reduzir perdas nas pulverizações”. “Associado a um defensivo agrícola de alta tecnologia, um adjuvante de má-qualidade resulta em perdas relacionadas aos investimentos do produtor no controle de pragas, doenças e invasoras”, ele exemplifica.
“O Selo de Funcionalidade é parte importante de um processo que no médio prazo visa a auxiliar o estabelecimento de normas que ancorem um sistema oficial de certificação, unificado, para tais produtos”, finaliza Hamilton Ramos.
Parte da história da modernização da agricultura brasileira, o Centro de Engenharia e Automação do IAC está em uma área de 110 mil m², ao pé da Serra do Japi. Desenvolve pesquisas e presta serviços nas áreas de mecanização, agricultura regenerativa, meio ambiente e segurança no manuseio de agroquímicos. Conduz, hoje, mais de 30 projetos de ponta nas culturas de uva, cana-de-açúcar, agricultura por imagem e tecnologia de aplicação de agroquímicos.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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Sustentabilidade
Mato Grosso do Sul teve chuvas acima da média em abril, aponta Cemtec – MAIS SOJA

De acordo com dados do Centro de Monitoramento de Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul (Cemtec), no mês de abril de 2025 foram registrada chuvas acima da média histórica, com valores entre 150 e 300 mm, principalmente nas regiões central, sul, leste e norte do Estado.
Dentre os municípios monitorados, 38 registraram chuvas acima da média histórica. O município com maior precipitação foi Santa Rita do Pardo onde foram registrados 370 mm de chuva acumulada, o que representa 320% acima da média histórica.
“As chuvas que tivemos no mês de abril foi muito importante para o milho aqui no Mato Grosso do Sul, pois cerca de 50% das áreas passaram por esse período com estádio fenológico entre o final do desenvolvimento vegetativo e iniciando o desenvolvimento reprodutivo, sendo um momento na qual o milho demanda maior quantidade de água e nutrientes do solo. Por isso as expectativas são boas até o momento”, aponta o engenheiro agrônomo da Aprosoja/MS, Flavio Faedo Aguena.
Quando comparados os mês de março e abril de 2025, o Cemtec apurou que houve uma desintensificação das condições de seca no Estado. Já para o trimestre Maio-Junho-Julho a tendência climática indica probabilidade das chuvas ficarem abaixo da média histórica em grande parte do Estado.
Já com relação às temperaturas, o Cemtec indica que a temperatura do ar deve permanecer acima da média para o período, ou seja, há previsão de um trimestre mais quente que o normal em Mato Grosso do Sul.
Em relação à previsão do fenômeno El Niño, há 83% de probabilidade para a ocorrência de condições de neutralidade no trimestre.
“Para que nossas expectativas continuem otimistas é necessário mais algumas chuvas e dias de sol para o próximo trimestre, principalmente para aquelas áreas onde o milho foi semeado mais tarde. Além do clima, o produtor deve continuar atento em relação a pragas, doenças e ervas daninhas, as quais reduzem o potencial produtivo da planta e prejudicam a qualidade dos grãos”, finaliza Flavio.
Nível dos Rios
A estação de Dourados registrou 64% da média mensal histórica de chuvas. Apenas Pousada Taiamã e Porto Esperança ficaram com chuvas abaixo da média, com 26% e 35% da média mensal histórica, respectivamente. Nas demais estações, os volumes superaram a média histórica: 498% em Ladário, 310% em São Francisco, 271% em Miranda, 231% em Fazenda Buriti, 207% em Palmeiras, 194% em Porto Murtinho, 165% na Estrada MT-738, 157% em Coxim e 156% em Aquidauana.
O alto volume de chuva em Mato Grosso do Sul e regiões vizinhas evitou situações de estiagem. A maioria das estações manteve níveis dentro da normalidade, com alerta registrado no final do mês em Pousada Taiamã, Fazenda Buriti, Coxim, Palmeiras, Aquidauana e Miranda. Na Estrada MT-738, além do alerta, o rio transbordou, ultrapassando a cota de emergência em até 45 cm nos últimos oito dias do mês.
Foto de capa: arquivo da Aprosoja/MS
Fonte: Crislaine Oliveira/Aprosoja MS, com informação do Cemtec
Autor:Crislaine Oliveira/Aprosoja MS, com informação do Cemtec
Site: Aprosoja MS
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