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Temporal destrói posto de saúde, restaurante e interdita avenidas em Várzea Grande e Cuiabá

Conteúdo/ODOC – O forte temporal que atingiu Cuiabá na tarde desta sexta-feira (24), causou grandes estragos em diversos estabelecimentos comerciais, e até mesmo em um Posto de Saúde, do bairro Cidade Verde.
Em imagens divulgadas nas redes sociais, é possível ver que a ventania arrancou todo telhado da frente da unidade de saúde. Segundo um cinegrafista amador, um funcionário do local ficou ferido e precisou ir para um hospital da capital, após uma viga cair sobre sua cabeça.
Já em uma peixaria no bairro da Orla do Porto, o temporal também provocou estragos. Em outro vídeo é possível ver que a forte ventania arrastou cadeiras, mesas e toldos. Até mesmo um climatizador foi arrastado pelo vento, caindo aos fundos do estabelecimento comercial, que fica às margens do Rio Cuiabá.
Na região central, mais especificamente no Córrego 8 de Abril, a água quase transbordou, devido a forte chuva.
Em Várzea Grande, na Rodovia Mario Andreazza, duas grandes árvores caíram sobre a pista, prejudicando o trafego na região.
Na Avenida da Guarita, a ventania também derrubou árvores, que caíram sobre os fios de energia elétrica, deixando os moradores desde o início da tarde sem luz.
Por meio de nota, a Prefeitura de Cuiabá informou que já está ciente do estrago no Centro de Saúde do bairro Cidade Verde, informando que o local funcionava apenas de maneira provisória para atendimento, e que a servidora teve apenas ferimentos leve.
Ainda conforme a prefeitura, o prefeito Abilio Brunini foi até o local e determinou a recuperação dos materiais que não sofreram danos, e a realocação dos atendimentos para a Unidade Básica de Saúde do bairro Cidade Alta.
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Mais de 4 milhões de toneladas de soja são esmagadas em MT

Mato Grosso acumula mais de 4,3 milhões de toneladas de soja esmagada em 2025 até abril. O volume representa um aumento de 0,20% em relação ao primeiro quadrimestre de 2024.
Somente em abril foram processadas pelas indústrias mato-grossenses 1,20 milhão de toneladas, 5,61% a mais que o observado no mesmo mês do ano passado.
O aumento da capacidade de processamento, conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), é o principal fator para o ritmo aquecido nas unidades fabris do estado. Hoje, a capacidade de esmagamento no estado é de 15 milhões de toneladas, 3,3% superior a 2024.
Outro fator apontado é a maior oferta interna de soja, somada a demanda pelos coprodutos.
Quanto à margem bruta de esmagamento, o Imea destaca que o indicador apresentou queda de 3,04% em abril frente a março, encerrando o mês com média de R$ 642,48 a tonelada.
“Ainda assim, a margem está 103,87% acima à do mesmo período do ano passado, reflexo principalmente da valorização do óleo de soja”, frisa o Instituto.
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Articulações de Mato Grosso para venda de DDG para a China começaram em abril

Cerca de 30 dias antes da China oficializar a abertura de mercado para o DDG (grãos secos de destilaria com solúveis), Mato Grosso já havia articulado três memorandos de entendimento com o grupo chinês Donlink.
A articulação estratégica ocorreu em 16 de abril. O grupo chinês Donlink é um dos gigantes do setor agroindustrial do país asiático e possui interesse na importação de pulses (como gergelim e feijões) e, principalmente, do DDG mato-grossense.
Os documentos em abril foram firmados com a Associação dos Cerealistas de Mato Grosso (Acemat) e a Bioind (Associação das Indústrias de Bioenergia de Mato Grosso).
“Mato Grosso vai sair na frente porque foi precursor ao levar a Donlink para conhecer o potencial do Estado no mês passado e assinar os termos de cooperação. Também trouxemos a Haid Group, que é a maior empresa de ração animal da China. Agora é a hora de começar a exportação do DDG, e Mato Grosso, por meio do trabalho realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico junto aos segmentos produtivos, sai na frente”, pontua o secretário de Desenvolvimento Econômico do estado (Sedec), César Miranda.
Subproduto da produção de etanol de milho, o DDG é utilizado como ração animal, visto ser rico em proteínas, fibras e gorduras.
De acordo com a União Nacional do Etanol de Milho (Unem), nos dois últimos anos o Brasil alcançou números expressivos nas exportações de DDG/DDGS.
Em 2023 foram US$ 180,27 milhões, tendo como principais destinos o Vietnã, Nova Zelândia, Espanha, Egito e Turquia. Já em 2024 foram US$ 190,65 milhões com Vietnã, Turquia, Nova Zelândia, Espanha e Tailândia como principais mercados.
Em suas redes sociais, o presidente da Unem, Guilherme Nolasco, classificou como um momento histórico para o Brasil a tal abertura da China para o mercado do DDG.
“Um trabalho concluído em tempo recorde, essas relações entre Brasil e China. Começamos a trabalhar essa abertura de mercado em 2022. Havia uma expectativa para o final de 2025 e quem sabe até o final de 2026 e o momento geopolítico nos ajudou para que esse processo adiantasse. E com o trabalho conjunto de todos conseguimos vencer mais essa etapa”.
Abertura da China contempla outros produtos
Além do DDG, a abertura de mercado também contempla outros produtos, como é o caso dos pulses, como gergelim e feijão.
Para Zhao Yi, engenheira-chefe da Associação Nacional de Grãos da China, o Brasil se consolida como fornecedor estratégico de gergelim branco. Além disso, ela pontua que o país possui potencial para atender à crescente demanda chinesa por fibras e óleos vegetais.
“A classe média chinesa, com mais de 900 milhões de pessoas, consome, em média, 500g por dia de produtos à base de grãos. O Brasil é parte do nosso plano de garantir estoques de alimentos para os próximos 50 anos”.
Outro interesse dos chineses é a ampliação das importações de miúdos de aves e suínos, além de pescados amazônicos.
Algodão brasileiro na Ásia
A China é líder nas exportações de algodão brasileiro. Mato Grosso, como destaca o diretor de Relações Internacionais da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Marcelo Duarte, tem papel-chave nesse desempenho, uma vez que responde por 70% da produção nacional.
“Há seis anos, representávamos seis fardos de algodão de cada cem vendidos para a China. Hoje, são quarenta de cada cem. Conseguimos a liberação do farelo de algodão e estamos perto de conquistar a liberação do caroço de algodão, que também é um importante insumo para exportação. Com o apoio das autoridades estaduais e federais, o Brasil tem ganhado espaço diante da tensão comercial entre Estados Unidos e China”.
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Acordo ‘provisório’ entre EUA e China não gera impacto nas cotações de algodão

As cotações de algodão em Nova York encerraram a semana em queda, mesmo com o acordo provisório anunciado entre Estados Unidos e China. O contrato para julho registrou recuo de 1,9% ante o dia 8 de maio, enquanto para dezembro de 0,8%.
As informações constam no Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa desta sexta-feira (16).
Confira os destaques trazidos pelo Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa:
Algodão em NY – O contrato Jul/25 fechou nesta quinta 15/mai cotado a 65,43 U$c/lp (-1,9% vs. 08/mai). O contrato Dez/25 fechou em 68,18 U$c/lp (-0,8% vs. 08/mai).
Basis Ásia – Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 927 pts para embarque Mai/Jun-25 (Middling 1-1/8″ (31-3-36), fonte Cotlook 15/mai/25).
Altistas 1 – O acordo provisório entre EUA e China não impactou positivamente as cotações de algodão, mas é um bom sinal e já permite a retomada (ainda que a passos lentos) de exportação de têxteis chineses para os EUA.
Altistas 2 – Os primeiros números de oferta e demanda mundial para 2025/26 divulgados esta semana pelo USDA mostram equilíbrio entre produção e consumo, bem diferente de 2024/25, quando a produção superou a demanda em quase 1 milhão de toneladas.
Baixistas 1 – O clima no mundo ainda é de muitas incertezas com o “tarifaço” iniciado pelos EUA. Isso torna os compradores em todo o mundo ainda mais cautelosos, à espera de negociações de acordos entre os governantes.
Baixistas 2 – Notícias de chuvas no cinturão do algodão nos EUA impactaram o mercado, apesar de muita chuva ainda ser necessária nas regiões produtoras do país.
Cotton Brazil na China 1 – A participação da Abrapa na missão oficial do Brasil na China terminou nesta semana com saldo positivo. Abaixo os principais pontos:
Cotton Brazil na China 2 – A presença do alto escalão do governo brasileiro foi muito bem recebida. Em um momento de tensões crescentes entre China e EUA, nossa participação foi vista como um gesto de boa vontade e parceria.
Cotton Brazil na China 3 – Após o acordo provisório de 90 dias entre China e EUA, as tarifas sobre produtos chineses exportados para os EUA foram reduzidas para 30%, e produtos americanos exportados para a China serão taxados em 10%. No entanto, o algodão está com +15%, portanto sujeito a uma tarifa de 25%. Isso significa que, tecnicamente, ainda é possível comprar algodão dos EUA nesse período, mas os preços continuam impactados.
Cotton Brazil na China 4 – Nesse cenário, o algodão brasileiro segue sendo visto como uma alternativa confiável e estratégica. Os clientes demonstraram grande apreço pelo nosso engajamento contínuo e reafirmaram o interesse em manter e ampliar a cooperação com os produtores e exportadores do Brasil.
Cotton Brazil na China 5 – A demanda no momento é estável. Um fator importante é a safra doméstica: a China colheu cerca de 7 milhões de tons nesta safra 24/25. Com isso, garante o abastecimento local pelos próximos meses, mas ainda há interesse por algodão internacional, devido a questões de qualidade e às restrições ao algodão de Xinjiang.
Cotton Brazil na China 6 – Um gargalo crítico no momento é o sistema de cotas de importação da China. Anualmente, o governo chinês emite 894 mil tons de cota automática com tarifa reduzida, e tradicionalmente libera uma cota adicional com tarifa flexível (sliding scale) no meio do ano.
Cotton Brazil na China 7 – Algumas empresas ainda possuem saldo de cota automática, mas outras já esgotaram seus volumes. Isso impactou diretamente as exportações brasileiras: em abril, o Brasil embarcou apenas 12 mil tons para a China – o volume mensal mais baixo desde Jun/23.
Cotton Brazil na China 8 – A Abrapa tem reforçado junto às autoridades chinesas, por meio de canais diplomáticos e técnicos, a importância de liberar cotas adicionais o quanto antes, para garantir continuidade nas exportações.
Cotton Brazil na China 9 – Embora a China já tenha aprovado a importação de farelo de algodão do Brasil, o caroço ainda não está autorizado. O tema foi abordado nas reuniões com o governo chinês e com os adidos agrícolas brasileiros. O processo de autorização já foi solicitado oficialmente e está em andamento.
Cotton Brazil na China 10 – Considerando que o Brasil deverá produzir cerca de 5 milhões de tons de caroço de algodão na safra 2024/25, obter esse acesso é uma prioridade estratégica para abrir um novo mercado importante.
Safra 2025/26 1 – No primeiro relatório do USDA para a safra 2025/26, a previsão é de uma produção mundial de 25,65 milhões tons de algodão (-2,69% frente 2024/25).
Safra 2025/26 2 – A queda de quase -3% explica-se. Somente na China, a previsão é de uma quebra de -9,37% na safra (6,31 milhões tons). O número chega a -26,7% na Austrália (890 mil tons).
Safra 2025/26 3 – Quanto ao consumo, a projeção de 25,71 milhões tons significa um aumento de +1,20% em relação a 2024/25. A China destoa dos principais consumidores mundiais, com previsão de queda de -1,35%.
Safra 2025/26 4 – Já a exportação de algodão foi estimada em 9,76 milhões tons (+5,59% no ano). Destaque para a China (1,52 milhão tons; +16,7%) e para a Turquia (1,09 milhão tons; + 16,4%). Queda apenas no Paquistão: -13,8% (1,09 mihão tons).
Safra 2025/26 5 – O Brasil segue como principal exportador nas estimativas do USDA para 2025/26, com previsão de 3,05 milhões tons (+8,51%). Em seguida, estão os EUA, com 2,72 milhões tons (+12,7%).
Vietnã 1 – Em abril, o Vietnã importou 170.020 tons de algodão (+11% que em mar/25 e +28% que em abr/24). Os EUA responderam por 56% desse total, e o Brasil, por 30%.
Vietnã 2 – Na temporada 2024/25, o total acumulado é de 1,27 milhão tons importados de pluma, dos quais o algodão brasileiro corresponde a 35% e o norte-americano por 28%.
Bangladesh 1 – O volume de algodão importado por Bangladesh em abril foi de 148.449 tons (+12% a mais que em abr/24). O Brasil foi o segundo maior fornecedor, respondendo por 26% desse total.
Bangladesh 2 – No acumulado da temporada 2024/25, o total é de 1,25 milhão tons (+16% ante 2023/24). A zona do Franco Africano forneceu 40% e o Brasil, 23% .
Brasil – Conab – A última previsão de safra da Conab indicou uma produção nacional de 3,9 milhões tons (+5,5% a mais que no último relatório). A área plantada foi estimada em 2,084 milhões de hectares (+7,2% no ano).
Brasil – Exportações – As exportações brasileiras de algodão somaram 55,1 mil tons até a segunda semana de maio. A média diária de embarque é 16% menor que no mesmo mês em 2024.
Brasil – Colheita 2024/25 – As colheitas já foram iniciadas no país pelos estados do Paraná e São Paulo. Até ontem (15), aproximadamente 50% da área no Paraná e 40% em São Paulo já haviam sido colhidos. Total Brasil: 0,32%.
Preços do Algodão – Consulte tabela abaixo:

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