Sustentabilidade
Chuvas intensas comprometem a colheita da soja e geram prejuízos para produtores em MT – MAIS SOJA

Os produtores de soja e milho em Mato Grosso enfrentam um cenário de dificuldades devido às chuvas intensas que atingem o estado, atrasando a colheita e expondo fragilidades logísticas e de armazenamento. A situação preocupa a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), que acompanha de perto os impactos para a safra 24/25.
Diego Bertuol, produtor rural em Marcelândia e diretor administrativo da Aprosoja MT, destacou que a situação é preocupante onde as chuvas intensas têm dificultado as operações. “O cenário é alarmante. Temos mais de 400 milímetros acumulados nos últimos 15 dias, impossibilitando as colheitas dos grãos prontos e também daqueles que já foram dessecados. Temos talhões com mais de 15 dias de dessecado, chegando a 20% de grãos avariados, outros com mais de 30% de umidade indo para o armazém, o que gera desconto de mais de 50% da carga. Vale lembrar ainda que o produtor, vem de uma safra de seca severa, perca agressiva no valor das comodities e, esse ano perca por chuva, então o produtor do estado do MT, vê com preocupação a crise que se encontra o setor”, relatou.
Os dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA) confirmam o atraso na colheita. Até o momento, apenas 1,41% da área plantada foi colhida, o que representa uma queda de 11,41% em relação ao mesmo período da safra anterior. Esse atraso também compromete a janela ideal para o plantio do milho, gerando ainda mais preocupação entre os produtores.
De acordo com o vice-presidente da Aprosoja MT, Luiz Pedro Bier, além das perdas na qualidade dos grãos, os produtores enfrentam dificuldades logísticas agravadas pelo período chuvoso. Estradas não pavimentadas, amplamente utilizadas para o transporte de grãos, estão em condições críticas, dificultando ainda mais o escoamento da produção.
“Em termos logísticos temos também as estradas que foram severamente danificadas. Principalmente aquelas que não têm pavimento, e a gente sabe que a grande maioria das que são utilizadas pelos produtores rurais, na parte do escoamento de grãos para esse frete curto, são estradas não pavimentadas”, destacou.
O diretor administrativo da entidade, Diego Bertuol, lembrou que um outro problema evidenciado com a colheita da safra 24/25, é o de armazenagem. “A Aprosoja MT sempre alerta para o déficit de armazenagem, não só no estado do Mato Grosso, mas em todo Brasil. Em diversas regiões nós vemos poucos armazéns gerais recebendo, temos um problema com o fornecimento de energia elétrica para viabilizar novos armazéns e aqueles que nós temos hoje já não conseguem suportar a demanda. Com esse grande índice de pluviometria, nós vemos filas se formando, algumas cargas não sendo recebidas devido ao alto teor de umidade. Os produtores veem tudo isso com preocupação ainda mais atrelado à logística, impossibilitando que o produtor consiga levar o seu grão para os poucos armazéns que temos. Tudo isso encarece o custo por saca para o produtor”, afirmou.
O produtor e delegado da Aprosoja MT, Cleverson Bertamoni, de São José do Rio Claro, relatou que as lavouras do médio norte estão em boas condições, porém o tempo de desenvolvimento da soja, atrasou. “As lavouras estão bem carregadas, bem formadas, grãos aparecem com uma formação muito boa, porém a maioria das lavouras estão verdes ainda, não estão maturadas, mas a gente espera uma boa safra de soja, a esperança nossa é que dê uma boa produção, mas tudo isso que falam depende do tempo, se o tempo não colaborar e não der para entrar as máquinas em campo na hora certa, essa projeção não vai se confirmar”, disse.
O produtor ainda lembrou a preocupação com a safra de milho. “Estamos com atraso na colheita em relação ao ano passado, de 20 a 30 dias aqui na nossa região, encurtando consideravelmente nossa janela de milho para a segunda safra e os produtores estão preocupados, porque já adquiriram as sementes de milho, já adquiriram o fertilizante, todos os insumos para a segunda safra e agora não tem como voltar atrás, talvez vai ter que plantar fora da janela, meio arriscado, mas devido aos insumos já se encontram na propriedade, não tem como fazer a devolução. Então é bem preocupante”, disse Bertamoni, ao lembrar que por conta das previsões de super safra do milho, os produtores também venderam o cereal a um preço menor.
Já na região leste, o produtor e vice-presidente Leste da Aprosoja MT, Lauri Jantsch, explicou que nas proximidades de Querência, a previsão é de que ocorra um número alto de avariados. “Após 10 dias de chuvas consecutivas, neste último sábado (18.01) abriu o sol e os produtores conseguiram retornar a colheita, pois os grãos estão bastante ruins, dando bastante avariada à soja. Na média, aqui na nossa região de Querência, está em torno de 20 a 25% de avariada essa soja colhida após a chuva”, explicou.
Jantsch ainda contou que a colaboração entre os produtores vizinhos, tem sido a estratégia na região. “As estratégias que os produtores estão tomando na região aqui é ter cautela na dessecação da soja e os vizinhos, um ajudando o outro para retirar essa soja quanto mais rápido possível, porque existe essa preocupação, ter cautela na dessecação da soja”, disse.
Sobre os impactos no plantio do milho, já atrasado devido ao início tardio das chuvas na safra de soja, Diego Bertuol criticou a divulgação de safra recorde. “O ciclo da soja, que chegaria com 110 ou 115 dias pronto para colher, está passando de 125 dias, além do aparecimento de algumas pragas. Isso acarreta em uma grande perda da produção. Essa narrativa de safra recorde não se enquadra para esse momento em Mato Grosso. Temos muitas perdas por grãos ardidos, brotados e pela dificuldade da soja em completar seu ciclo devido à nublosidade”, explicou.
A Aprosoja MT segue acompanhando a situação e reforça a necessidade de investimentos em infraestrutura e logística para mitigar os desafios enfrentados pelos produtores. A entidade trabalha ativamente para buscar soluções que garantam melhores condições para o setor agrícola e minimizem os impactos dessas adversidades climáticas e estruturais.
Autor:Bruna Lima Damasceno/Aprosoja MT
Site: APROSOJA MT
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Sustentabilidade
Panorama do Agro – Semana de 12 a 16 de maio – MAIS SOJA

1. Boletim Focus prevê arrefecimentos da inflação nas últimas semanas.
2. Desemprego aumenta para 7,0% no 1º trimestre de 2025.
3. Banco Central divulga Ata do Copom.
4. Desembolsos para produção de alho aumentam 30% desde o último levantamento.
5. Período seco se intensifica no Centro-Sul, com chuvas irregulares e calor acima da média no Brasil.
6. Moagem de cana-de-açúcar no Centro-Sul totaliza 34,26 milhões de toneladas.
7. Conab estima produção de grãos na safra 2024/2025 em 332,9 milhões de toneladas. USDA prevê novo recorde para o Brasil em 2025/2026.
prevê novo recorde para o Brasil em 2025/2026. De acordo com o 8º levantamento da safra 2024/2025 divulgado companhia, a produção de grãos deve chegar a 332,9 milhões de toneladas, aumento de 35,4 milhões de toneladas em comparação com a safra 2023/2024 e 2,6 milhões de toneladas acima do levantamento de abril. O destaque é para a soja, cuja produção deve atingir 168,3 milhões de toneladas, um aumento de 14% em relação ao ciclo anterior. A produção total de milho está prevista em 126,9 milhões de toneladas, 10% acima da safra passada.
Paralelamente, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou seu relatório mensal de oferta e demanda, com os números para a safra 2025/2026. Para a soja, o departamento projeta para o Brasil uma produção, mais otimista, de 175 milhões de toneladas para a próxima safra de soja. Para o milho, o número estimado é de 131 milhões de toneladas. A produção mundial de soja na safra 2025/2026 está estimada em 426,9 milhões de toneladas, acima das 420,9 milhões de toneladas projetadas para 2024/2025. Os estoques finais mundiais também devem crescer, passando de 123,2 milhões para 124,3 milhões de toneladas, indicando excedente na oferta global da oleaginosa. A produção mundial de milho deve crescer em 2025/26, com estimativa de 1,26 bilhão de toneladas, frente a 1,22 bilhão na safra anterior. Mesmo com o aumento da oferta, os estoques finais tendem a cair de 287,3 milhões para 277,8 milhões de toneladas, refletindo uma demanda global mais aquecida. O avanço na produção é impulsionado principalmente pelos Estados Unidos, Ucrânia e Argentina.
8. Preços da soja seguem em queda devido à ampla oferta e cenário positivo para a segunda safra de milho pressiona cotações.
As negociações com soja seguem lentas no mercado brasileiro, diante da disparidade entre os preços pedidos por vendedores e os ofertados por compradores. A queda nos preços externos e nos prêmios de exportação reduziu a paridade, em um contexto de safra recorde no Brasil e aumento da oferta na Argentina. Ainda assim, as exportações seguem aquecidas. O indicador Cepea registrou média de R$ 132,73 por saca, frente a R$ 134,68 no mês anterior. Os preços do milho seguem em queda, pressionados pelo avanço da colheita da safra de verão, pelo bom desenvolvimento da segunda safra e pela retração dos compradores, que aguardam novas desvalorizações. A queda do câmbio e dos preços internacionais também contribuem para reduzir a paridade de exportação e pressionar o mercado interno. O indicador Cepea apontou média de R$ 75,72 por saca, ante R$ 83,67 no mês passado. No mercado de feijão, o avanço da colheita da primeira safra mantém os preços em queda, especialmente para o feijão preto, cuja oferta aumentou com produtores buscando liquidez. Já os feijões de maior qualidade, sobretudo do tipo carioca, seguem com cotações firmes, sustentadas pela demanda seletiva e baixa oferta de grãos de maiores notas. A colheita encaminha para o fim, e o foco do mercado começa a se voltar para a segunda safra no Sul. O indicador Cepea/CNA para o feijão preto em Itapeva (SP) registrou média de R$ 159,29, frente a R$ 180,08 do mês anterior.
9. Mercado internacional de café registra volatilidade.
10. Preços de frutas e hortaliças em maio seguem com movimentação atrelada à sazonalidade e ao clima.
11. Capacidade de suporte em propriedades de recria e engorda de bovinos e o impacto na rentabilidade.
12. Captação de leite atinge 6,4 bilhões de litros no primeiro trimestre.
13. Custo de produção do leite acumula alta de 2,4% até abril.
14. Boi gordo recua 3,4% na primeira quinzena de maio.
15. Menor demanda pressiona preço da carne suína nas indústrias.
16. Cotação dos ovos recua 6,1% na semana no atacado.
17. Abates de bovinos, suínos e aves crescem no 1ºtrimestre/25, na comparação anual
Fonte: CNA
Autor:CNA
Site: CNA
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Sustentabilidade
CNA realiza 3º workshop sobre gestão eficiente de água no campo

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realiza no próximo dia 10 de junho, em Brasília, o 3º Workshop ‘Setor Agropecuário na Gestão da Água – Irrigação e Energia’, em celebração ao Dia Nacional da Agricultura Irrigada, comemorado em 15 de junho. As inscrições para participar do evento já estão abertas e podem ser feitas online.
O encontro reunirá produtores, representantes do setor energético, parlamentares e instituições públicas e privadas para debater as soluções relacionadas à gestão de água e de energia no meio rural.
O evento terá dois momentos: na sede da CNA, durante a manhã, e à tarde no Congresso Nacional, com foco no tema ‘Energia para a Agricultura Irrigada – Demandas Atuais e Futuras’. A irrigação será abordada como ferramenta estratégica para a segurança alimentar, a adaptação às mudanças climáticas e o uso eficiente dos recursos naturais.
Um dos destaques do workshop será o lançamento de um estudo inédito sobre a demanda energética da agricultura irrigada no Brasil. A pesquisa traz dados relevantes para embasar políticas públicas, orientar o planejamento do setor e incentivar investimentos em infraestrutura energética no meio rural.
A programação também inclui mesa redonda sobre os principais desafios e oportunidades para o setor no país, além de painéis temáticos que irão tratar do cenário da irrigação no Brasil, seu papel no Plano Clima, as expectativas para a COP30 e o impacto econômico do ‘custo de não irrigar’.
Sustentabilidade
Com crescimento de 77% em 2024, Paraná ocupa segundo lugar nas exportações de milho – MAIS SOJA

As exportações de milho no Paraná alcançaram 1,18 milhão de toneladas nos primeiros quatro meses do ano, um aumento de 77% em relação ao mesmo período do ano passado, em que o Estado registrou 668,4 mil toneladas segundo dados do Agrostat/Mapa.
Esse é um dos assuntos detalhados no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 8 a 14 de maio preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).
Em relação à receita, foram gerados US$ 267,1 milhões, ou R$ 1,5 bilhão. O aumento foi de 81% em comparação com o primeiro quadrimestre de 2024, de US$ 147,9 milhões. Isso por conta do aumento no volume embarcado e pelos preços melhores.
Por outro lado, a exportação nacional registrou 6,07 milhões de toneladas no mesmo período, uma queda de 14% em relação aos primeiros quatro meses do ano passado, que foi de 7,07 milhões.
O analista do Deral, Edmar Gervásio, destaca o crescimento do Estado no âmbito nacional de exportações da cultura. “De janeiro a abril de 2024 o Paraná encontrava-se em terceiro lugar do ranking nacional em exportação de milho. No mesmo período deste ano o Estado se consolidou como segundo lugar, ficando atrás apenas do Mato Grosso” disse.
O Irã foi o principal destino do milho paranaense durante o período, que importou 52% do volume total exportado pelo Paraná, seguido do Egito com 12,8% e Turquia com 11,3%.
FRANGO – O abate de frangos no Brasil somou 1,63 bilhão de cabeças no primeiro trimestre de 2025, segundo dados do IBGE, um crescimento de 2,3% em relação ao mesmo período de 2024. Também houve alta de 0,9% na comparação com o último trimestre do ano passado. A produção de carne acompanhou esse movimento, alcançando 3,45 milhões de toneladas no período. Neste cenário, o Paraná manteve a liderança nacional. No acumulado do ano de 2024 o Paraná respondeu por 34,2% do abate e 34,9% da carne de frango produzida. O Estado teve crescimento de 2,5% no número de abates e de 3,1% no volume produzido em relação a 2023.
SUÍNOS – Com dados do Agrostat/Mapa o documento mostra que o Paraná estabeleceu um novo recorde mensal de exportação de carne suína, em que foram exportadas 21,2 mil toneladas, ou 25,5% a mais que abril de 2024, que foram registradas 4,3 mil toneladas, e 9,3% a mais que o mês de março deste ano, onde foram exportadas 1,8 mil toneladas.
Além disso, as perspectivas são positivas para os próximos meses, já que o segundo semestre é caracterizado historicamente pelo aumento de volume exportado, reforçando as chances de novos recordes ainda em 2025.
OVOS – No primeiro trimestre do ano o Paraná ficou em segundo lugar no ranking nacional de produção de ovos, segundo dados das Pesquisas Trimestrais da Pecuária, do IBGE. A produção do Estado no período foi de 459,1 milhões de dúzias produzidas (9,8% do total nacional), volume 5,5% maior que os três primeiros meses de 2024.
No âmbito de exportação, o Paraná foi o 4º no ranking nacional do primeiro quadrimestre do ano, onde exportou 2.454 toneladas que gerou uma receita de US$ 11,7 milhões, números menores em volume (-32,5%) e receita (-20,4%) em relação ao mesmo período de 2024.
CANA-DE-AÇÚCAR – Em 2025 a área destinada da cana-de-açúcar é projetada em 507 mil hectares, 1% superior à de 2024 (501 mil hectares) e, como consequência, o Estado deve colher uma safra maior da cultura neste ano, uma expectativa de 36,7 milhões de toneladas. As colheitas iniciaram em março e cerca de 8% já foram colhidos.
PITAIA – Pelo terceiro ano acompanhando a produção de pitaia, que está presente em 126 municípios do Estado, em 2023 o Deral registrou que o Paraná produziu 3,2 mil toneladas em uma área de 273 hectares, resultando em um Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 27,5 milhões.
O boletim destaca a aproximação do IV Simpósio Brasileiro e II Encontro Paranaense das Pitaias, que reunirão entre 21 e 23 de maio, em Maringá, produtores, associações e cooperativas, pesquisadores, extensionistas rurais e empresas interessados na produção da fruta.
TANGERINA – O Paraná é o 4º no ranking brasileiro de produção de tangerina, tendo produzido, em 2023, 94,5 mil toneladas da fruta em uma área de 7,1 mil hectares. Isso representa uma queda de 11,3% da área e 22% de volume entre 2014 e 2023.
A safra atual encontra-se no início da colheita e tem expectativas superiores à safra passada. As boas condições climáticas contribuíram para a antecipação da maturação e a inversão de ácidos em açúcares das frutas. Os produtores também podem se animar com a aproximação da 57ª Festa Nacional da Ponkan, entre 06 a 08 de junho, em Cerro Azul (RMC), a Capital Nacional do Cítrico.
Fonte: Assessoria de Imprensa Governo do Paraná
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