Sustentabilidade
Prognóstico climático para os meses de janeiro, fevereiro e março de 2025 para o Brasil – MAIS SOJA
Em dezembro de 2024, os maiores acumulados de chuva ocorreram em praticamente todo o país, com volumes que ultrapassaram 150 mm, contribuindo para a manutenção da umidade do solo nessas áreas. Já na Região Nordeste, menores acumulados de chuvas foram observados, mantendo os níveis de umidade do solo ainda baixos.
Em grande parte da Região Norte, os volumes de chuva foram superiores a 150 mm, principalmente no sul do Amazonas e Acre, mantendo a umidade do solo elevada. No norte de Roraima e noroeste do Pará, os volumes de chuva foram abaixo de 100 mm e não foram suficientes para elevar o armazenamento de água no solo em relação ao mês anterior.
Na parte leste da Região Nordeste, houve predomínio de tempo quente e seco, enquanto que em áreas do sul do Maranhão e do Piauí, bem como extremo-oeste da Bahia, os volumes de chuva ultrapassaram os 120 mm, favorecendo o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra.
Na maior parte da Região Centro-Oeste, os volumes de chuva acima de 120 mm têm contribuído para a elevação dos níveis de umidade no solo, principalmente em Mato Grosso e Goiás. Em algumas localidades do Mato Grosso do Sul, volumes de chuva mais baixos têm sido suficientes para manter os níveis de umidade do solo satisfatórios. De modo geral, o cenário continua sendo favorável para o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra.
Na Região Sudeste, foram observados acumulados de chuva acima de 150 mm, exceto no extremo-norte de Minas Gerais, onde os volumes foram mais baixos. Entretanto, o armazenamento hídrico do solo se encontra elevado, contribuindo para o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra, bem como do café e da cana-de- açúcar.
Na Região Sul, os volumes de chuva foram superiores a 150 mm, à exceção do centro-oeste do Rio Grande do Sul, onde os volumes ficaram abaixo de 120 mm. Em geral, os níveis de água no solo permaneceram elevados em boa parte da região, e as condições meteorológicas foram favoráveis para as lavouras em desenvolvimento vegetativo, floração e enchimento de grãos. Portanto, em áreas do Rio Grande do Sul, onde as chuvas foram mais reduzidas, os níveis de umidade do solo estão mais baixos e algumas plantas podem apresentar sinais de estresse hídrico.
Em dezembro, as temperaturas no Centro-Norte do país foram superiores a 30 °C, bem como no oeste do Rio Grande do Sul e noroeste do Paraná. No restante da Região Sul, leste de São Paulo e sudeste de Minas Gerais, as temperaturas médias foram mais amenas e abaixo dos 26 °C. Quanto às temperaturas mínimas, elas foram inferiores a 18 °C no extremo-sul do Paraná, Santa Catarina e grande parte do Rio Grande do Sul. Nas demais áreas, as temperaturas foram mais elevadas, principalmente na Região Norte, norte do Maranhão, do Piauí e do Ceará, além do oeste de Pernambuco e do Rio Grande do Norte, onde as temperaturas mínimas foram acima de 24 °C.
CONDIÇÕES OCEÂNICAS RECENTES E TENDÊNCIA
Na figura abaixo é mostrada a anomalia de Temperatura da Superfície do Mar (TSM), entre os dias 16 e 31 de dezembro de 2024. Foram observados valores negativos de anomalias entre -0,5 °C e -1,5 °C em toda a faixa do Pacífico Equatorial, mostrando um certo resfriamento das águas nesta região. Considerando somente a área do Niño 3.4 (área entre 170°W e 120°W), as anomalias médias de TSM têm apresentado valores abaixo de -0,5 °C desde outubro de 2024, porém a partir de dezembro de 2024 estes valores vêm se mantendo abaixo de -1 °C. Ressalta-se que, para o fenômeno La Niña ser oficialmente declarado, é necessário que estes valores permaneçam por pelo menos três meses consecutivos. Dessa forma, ainda estamos sob condições de neutralidade.
A análise do modelo de previsão do ENOS (El Niño – Oscilação Sul), realizada pelo Instituto Internacional de Pesquisa em Clima (IRI), aponta para uma transição das condições de neutralidade para o fenômeno La Niña (resfriamento anômalo das águas do Pacífico Equatorial), com probabilidade de 63% durante o trimestre janeiro, fevereiro e março de 2025.
PROGNÓSTICO CLIMÁTICO PARA O BRASIL – PERÍODO JANEIRO, FEVEREIRO E MARÇO DE 2025
As previsões climáticas para os próximos três meses, segundo o modelo do Inmet, são mostradas na figura abaixo. O modelo indica chuvas abaixo da média em grande parte das Regiões Sul, Sudeste e Nordeste. Chuvas acima da média deverão ocorrer com maior probabilidade nas Regiões Centro-Oeste e Norte, elevando a disponibilidade hídrica nessas áreas.
Analisando separadamente cada região do país, tem-se que para a Região Norte, a previsão é de chuvas predominantemente acima da climatologia do trimestre. Em áreas do Acre, Rondônia, sudoeste do Amazonas e sul do Tocantins, são previstos volumes de chuva abaixo da média histórica, o que poderá reduzir o armazenamento de água no solo.
Na Região Nordeste, há previsão de chuvas próximas e abaixo da média. Tal cenário pode manter os níveis de umidade do solo reduzidos, principalmente na parte leste da região. Em áreas do centro-norte do Maranhão, sudeste do Piauí, oeste da Bahia e Ceará, são previstas chuvas acima da média, que poderá elevar pontualmente os níveis de água no solo.
Nas Regiões Centro-Oeste e Sudeste, o modelo do Inmet indica chuvas dentro ou abaixo da média, exceto no Mato Grosso, norte do Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e áreas pontuais de Minas Gerais e Espírito Santo, onde as chuvas ainda poderão ocorrer acima da média, mantendo os níveis de umidade do solo elevados.
Em grande parte da Região Sul, são previstas chuvas abaixo da média, podendo reduzir os níveis de umidade do solo em algumas áreas. Entretanto, algumas localidades do leste e noroeste do Paraná e extremo-sul do Rio Grande do Sul, as chuvas poderão permanecer próximas ou acima da média.
Em relação à temperatura média do ar, o modelo continua indicando que durante todo o trimestre as temperaturas permanecerão acima da média climatológica em praticamente todo o país, especialmente em áreas do Centro e Norte do Brasil, com valores médios que podem ultrapassar os 24 °C. Destaque para as Regiões Norte e Nordeste, onde as temperaturas poderão ficar acima de 28 °C.
Já em áreas da Região Sul e áreas serranas da Região Sudeste, as temperaturas podem ser mais amenas, com valores menores que 22 °C devido ao aumento da nebulosidade e dias chuvosos.
Mais detalhes sobre prognóstico e monitoramento climático podem ser vistos na opção CLIMA do menu principal do site do Inmet (https://portal. inmet.gov.br).
Fonte: CONAB
Autor:Boletim da Safra de Grãos
Site: CONAB
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Sustentabilidade
Ritmo moderado e preços estáveis marcam mercado brasileiro de algodão – MAIS SOJA

Ao longo da semana, o mercado físico do algodão manteve um ritmo moderado, com negócios pontuais e interesse concentrado em contratos para entrega futura. As negociações no início da semana foram marcadas por volumes modestos e cotações variando entre estabilidade e leve alta.
Na terça-feira, houve movimentação tanto no mercado spot quanto para entrega em 30 dias, mas sem grande intensidade. A quarta-feira foi ainda mais calma, com baixa demanda para entrega imediata, embora tenha surgido algum interesse por contratos para 30 dias e para a safra de 2026. Já na quinta-feira, as praças de comercialização registraram atividade moderada, com os preços permanecendo praticamente inalterados.
Para o algodão colocado na indústria de São Paulo, o valor oscilou na faixa de R$ 4,33/libra-peso na quinta-feira, dia 8. Na semana anterior, estava cotado a R$ 4,35/libra-peso, desvalorização de 0,46%.
Em Rondonópolis, no Mato Grosso, o valor da pluma paga ao produtor ficou em R$ 4,16 por libra-peso no dia 8, o que corresponde a R$ 137,63 por arroba. Este valor recuou 0,36% em relação a R$ 4,18 por libra-peso (ou R$ 138,13 por arroba), quando a pluma trocava de mão na semana passada.
Expectativa de produtividade da safra 2024/25 – Imea
Com o fim do beneficiamento do algodão da safra 23/24 em Mato Grosso, foi possível consolidar a produção de pluma do ciclo, a qual ficou em 2,60 milhões de toneladas. Dessa forma, o volume é 2,03% inferior ao da estimativa passada, devido ao menor rendimento para o ciclo, porém, a produção ainda é 11,91% superior ao da safra 2022/23.
Já com relação à safra 2024/25, a estimativa, de maio/25, de área permaneceu em 1,51 milhão de hectares, elevação de 2,97% em relação à safra 2023/24. No entanto, a produtividade esperada apresentou aumento de 1,72% em relação à projeção passada, ficando em 289,15 arroba/ha, pautado pelas condições climáticas favoráveis no estado, o que permitiu o bom desenvolvimento das lavouras mesmo com 46,52% da área sendo semeada fora da janela considerada ideal.
Por fim, diante do aumento na expectativa de produtividade, a produção de algodão em caroço ficou projetada em 6,53 milhões de toneladas, aumento de 2,07% no comparativo anual. As informações partem do Imea.
Fonte: Sara Lane – Safras News
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Sustentabilidade
Exportações brasileiras de arroz patinam e mercado não ganha força – MAIS SOJA

Uma combinação de fatores internos e externos continua a pressionar o mercado brasileiro de arroz, dificultando sua competitividade no cenário internacional. A afirmação é do analista e consultor de Safras & Mercado, Evandro Oliveira.
As exportações enfrentam obstáculos crescentes, com mais um revés registrado recentemente: a perda de um carregamento de arroz em casca para o Uruguai. “A principal razão está nos preços menos atrativos praticados pelo Brasil em comparação aos vizinhos do Mercosul”, explica o analista.
Essa diferença tem inviabilizado negócios, especialmente em um mercado onde o preço continua sendo fator decisivo. “A rigidez do produtor brasileiro em manter as pedidas elevadas, embora compreensível diante dos custos internos, revela um descompasso com a estratégia mais flexível e agressiva dos vizinhos”, explica o consultor.
“Uruguai e Paraguai, tradicionalmente mais pragmáticos, tendem a escoar seus estoques mesmo com prejuízo pontual, priorizando liquidez e equilíbrio de mercado”, exemplifica Oliveira. “O Brasil, ao manter uma postura mais conservadora e menos orientada à exportação como válvula de escape, corre o risco de encerrar o ano com significativo volume estocado, enquanto os concorrentes terão limpado seus armazéns”, prevê.
Em abril, segundo dados do MDIC, a balança comercial do arroz registrou o seguinte cenário: nas exportações, foram embarcadas 28,7 mil toneladas de arroz em casca e 37,8 mil toneladas de arroz beneficiado. Nas importações, o país adquiriu 3,1 mil toneladas de casca e expressivos 71,9 mil toneladas de arroz beneficiado. Convertendo todos os volumes para base casca, o mês encerrou com déficit de 24,5 mil toneladas.
“Se não houver revisão urgente na política de comercialização externa — seja por parte dos produtores, seja por parte dos agentes exportadores — o país poderá não apenas acumular estoques volumosos, como também contribuir para a formação de um ambiente interno ainda mais pressionado pela oferta excedente e retração de preços”, finaliza.
Em relação aos preços, a média da saca de 50 quilos de arroz no Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros, pagamento à vista) fechou a quinta-feira (8) em R$ 76,46, queda de 0,08% em relação à semana anterior. Na comparação com o mesmo período do mês passado, o recuo era de 0,37%. Em relação a 2024, a desvalorização atingia 30,86%.
Fonte: Rodrigo Ramos/ Agência Safras News
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Sustentabilidade
Até quando podemos aplicar 2,4-D na pós-emergência no trigo? – MAIS SOJA

O controle de plantas daninhas no trigo é determinante para a manutenção do potencial produtivo da cultura. As plantas daninhas matocompetem com as plantas de trigo por recursos como água, radiação solar e nutrientes, prejudicando o crescimento da cultura, a produtividade da lavoura e a qualidade do trigo produzido.
Embora distintas práticas de manejo possam ser utilizadas para o controle das plantas daninhas, o controle químico por meio do emprego de herbicidas é o método mais utilizado em escala comercial. Herbicidas seletivos a base de iodosulfuron-methyl, metsulfuron-methyl, bentazone e 2,4-D, são utilizados para o controle de plantas daninhas de folha larga (dicotiledôneas) em lavouras de trigo.
Sobretudo, alguns cuidados necessitam ser adotados ao empregar herbicidas na pós-emergência do trigo, para que danos à cultura não sejam observados, especialmente se tratando de herbicidas hormonais como o 2,4-D, considerado um mimetizador da auxina que atua como regulador do crescimento.
Uma das principais dificuldades relacionadas ao uso do 2,4-D do trigo diz respeito ao momento ideal de aplicação. A maioria das bulas recomenda que a realização de apenas uma pulverização do 2,4-D na pós-emergência do trigo, em período e dose recomendada, a fim de evitar efeitos fitotóxicos à cultura.
O uso do 2,4-D provoca mudanças metabólicas e bioquímicas nas plantas. O mecanismo de ação envolve os sistemas enzimáticos carboximetil celulase e RNA polimerase, que influenciam a plasticidade da membrana celular e o metabolismo de ácidos nucléicos. Altas concentrações desses produtos nas regiões meristemáticas do caule ou da raiz reduzem a síntese de ácidos nucléicos em plantas sensíveis (Rizzardi s.d.).
Embora o trigo seja considerado tolerante ao 2,4-D, essa tolerância varia de acordo com o posicionamento do produto e dose do herbicida. De acordo com Rizzardi (s.d.), aplicações muito precoces podem causar deformações morfológicas. A aplicação de 2,4-D pode reduzir o rendimento de grãos pela interferência nos primórdios de espiguetas, localizadas no ápice de crescimento (geralmente denominado “ponto de crescimento”). Já aplicações tardias (após o início do alongamento) causam redução no rendimento de grãos devido à interferência na fase de esporogênese.
Dentre os principais sintomas de toxicidade observados no trigo em função da aplicação equivocada do 2,4-D, destacam-se a má formação das espigas, folhas enroladas, a estatura reduzida das plantas e a retenção das espigas no colmo após a elongação (Figura 1).
Figura 1. Sintomas de toxidade de fitotoxidade de 2,4-D em trigo.
Até quando aplicar 2,4-D no trigo para evitar efeitos fitotóxicos?
No geral, recomenda-se que seja realizada apenas uma pulverização de 2,4-D na pós-emergência do trigo. A fase compreendida entre o estádio do afilhamento e o início da elongação do colmo é o período de maior tolerância do trigo ao 2,4-D (Rizzardim s.d.).
Para maior eficiência no controle, o 2,4-D deve ser aplicado quando as plantas daninhas estiverem com 2 a 6 folhas. Em trigo a partir do estádio do início do perfilhamento até o início da elongação, antes do início da diferenciação floral (Roman; Varga;, Rodrigues, 2006; Almeida, 2024; Rizzardi, s.d.), o 2,4-D pode ser aplicado sem prejuízos, desde que seguidas as orientações presentes na bula do herbicida.
Figura 2. Período recomendado para aplicação do 2,4-D em trigo, para o controle de plantas daninhas de folha larga.
Veja mais: Por que e quando aplicar regulador de crescimento no trigo?
Referências:
ALMEIDA, J. L. INFORMAÇÕES TÉCNICAS PARA TRIGO E TRITICALE: SAFRAS 2024 & 2025. Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária, 2024. Disponível em: < https://static.conferenceplay.com.br/conteudo/arquivo/infotecnitrigotriticalesafras20242025livrodigitalfinal-1721832775.pdf >, acesso em: 07/05/2025.
RIZZARDI, M. A. MANEJO QUÍMICO: 2,4-D EM TRIGO. Up. Herb. Disponível em: < https://www.upherb.com.br/int/2-4-d-em-trigo#:~:text=Em%20rela%C3%A7%C3%A3o%20a%20cultura%20do,ao%20in%C3%ADcio%20da%20diferencia%C3%A7%C3%A3o%20floral. >, acesso em: 07/05/2025.
ROMAN, E. S; VARGAS, L. RODRIGUES, O. MANEJO E CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS EM TRIGO. Embrapa, Documentos, n. 63, nov. 2006. Disponível em: < https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/852518/1/pdo63.pdf >, acesso em: 07/05/2025.
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