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. . . . . . . . . . . . . . . 11 de May de 2025

Sustentabilidade

Brasil vai produzir mais algodão em 2025, diz presidente da Abrapa – MAIS SOJA

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O Brasil se tornou o maior exportador mundial de algodão em 2024, o que significou um ano para a fibra brilhar não somente nas passarelas do São Paulo Fashion Week, promovido pelo movimento Sou de Algodão, como ocorreu em novembro, mas no mundo. Os créditos para o feito são do investimento em tecnologia na cadeia e na sustentabilidade: 82% do algodão possuem certificação socioambiental Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e licenciamento Better Cotton, e 100% da produção é rastreada.

No ano passado, o Brasil faturou US$ 5,2 bilhões (R$ 31,8 bilhões na cotação atual) com as exportações de 2,8 milhões de toneladas de algodão não cardado e não penteado. Os principais mercados importadores da fibra foram China (US$ 1,7 bilhão ou R$ 10,4 bilhões), Vietnã (US$ 1 bilhão ou R$ 6 bilhões), Bangladesh (US$ 604,4 milhões ou R$ 3,7 bilhões), Paquistão (US$ 519,9 milhões ou R$ 3,1 bilhões) e Turquia (US$ 460,9 milhões ou R$ 2,8 bilhões).

Em entrevista à Forbes Agro, Gustavo Piccoli, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), comemorou o resultado do ano e contou o que espera para 2025.

Quais as suas perspectivas para a produção de algodão em 2025

A Abrapa prevê um aumento de aproximadamente 5,8% no volume de algodão a ser produzido em 2025, devendo saltar de 3,69 milhões de toneladas, no ciclo anterior, para 3,91 milhões de toneladas, no próximo. A área destinada ao cultivo também deverá crescer, alcançando 2,12 milhões de hectares, o que representa um incremento de 6,6%.

Embora ainda seja cedo para determinar a produtividade exata, as projeções iniciais da Abrapa e suas associações estaduais indicam que esta será discretamente inferior (-0,7%) à registrada na safra 2023/24, quando o país colheu aproximadamente 1.844 kg de algodão por hectare.

Quais devem ser as tendências com relação à sustentabilidade e inovação tecnológica na cadeia?

O Algodão Brasileiro Responsável (ABR) é o programa de sustentabilidade da Abrapa, consolidado no Brasil e cada vez mais conhecido e respeitado no mercado global. Na safra 2023/24, 82% do volume de algodão brasileiro foi produzido em fazendas auditadas e aprovadas pelo programa.

Uma novidade promissora para este ano é parceria da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e a Bayer, que lançou um projeto pioneiro para desenvolver perfis ambientais e calcular as pegadas de carbono do algodão em caroço, pluma e óleo, abrangendo as principais regiões produtoras do Brasil.

Com duração de 24 meses, o projeto busca estabelecer uma referência nacional, e referências regionais para diferentes modelos de produção para a pegada de carbono do algodão brasileiro, utilizando dados primários de cotonicultores e metodologias reconhecidas internacionalmente, como a Avaliação de Ciclo de Vida (ACV).

Sobre inovação tecnológica, com ênfase na sustentabilidade, pretendemos dar continuidade às ações do projeto SouABR, uma experiência pioneira na indústria têxtil nacional, de rastreabilidade total de uma coleção, desde a semente até o guarda-roupa, através da tecnologia de blockchain.

O projeto piloto do SouABR foi implantado em 2021, em parceria com a varejista de roupas masculinas Reserva. Em 2022, com a maior loja de departamentos nacional, a Renner, foi criada uma coleção feminina. O consumidor lá na loja, com o próprio celular, abre o QR Code e pode saber tudo sobre de onde veio aquela peça, a localização exata da fazenda, a foto do produtor, onde foi beneficiado, onde foi feito o tecido, quem confeccionou. Isso está totalmente em linha com a agenda mundial. Agora muitas outras marcas estão se habilitando a participar.

Quais são os desafios que a cultura deve enfrentar em 2025?

Infelizmente, o baixo preço da fibra, que achata as margens dos produtores. Os preços em NY, que estavam perto dos USDc 85/lb (centavos de dólar por libra) no começo de 2024, atualmente, são negociados abaixo de USDc 70/lb. Uma outra questão é que estamos produzindo mais, e naturalmente, exportando mais, também, já que a indústria têxtil nacional consome cerca de 700 mil toneladas de algodão, e nós produzimos quase quatro milhões de toneladas.

Isso aumenta a pressão sobre o porto de Santos, que concentra quase 100% dos embarques. É preciso rever este modelo e investir em alternativas. Já estamos vendo resultados interessantes com a entrada do Porto de Salvador nas exportações de algodão. É importante lembrar que isso não depende apenas da decisão do produtor ou mesmo do governo. É preciso um movimento de mercado, para garantir rotas marítimas constantes partindo desses portos alternativos, o que tem a ver também com o movimento e disponibilidade de contêineres. É complexo, leva tempo, mas precisa acontecer.

Um desafio global ao algodão é a alta competitividade das fibras sintéticas fósseis, na matriz têxtil, que dificultam o aumento da demanda do algodão em um contexto global. Isso tem sido tema central nas discussões em todo o mundo. Fazer o algodão voltar a ser a fibra preferida dos consumidores passa por uma mudança de mentalidade. O algodão é uma fibra milenar, mas, ao mesmo tempo, absolutamente em dia com as pautas da contemporaneidade. É natural, biodegradável, reciclável, sustentável, mais saudável, e vem perdendo participação de mercado para um produto feito à base de petróleo, poluente, gerador de microplásticos. Precisamos investir em conscientização do consumidor.

Quais são as expectativas para as exportações?

De acordo com a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), para a safra 2024/25, as projeções indicam exportações na faixa de 2,8 milhões de toneladas, consolidando o país como o maior exportador mundial de algodão.

O foco é aumentar a participação em países que já compram algodão brasileiro. O Egito foi um mercado de destaque recente. Reconhecido por ser um algodão de algodão de qualidade, o país abriu as importações para o algodão brasileiro apenas no início de 2023. No período comercial 2023/24 o Egito foi o nono maior importador do algodão brasileiro e continua aumentando as importações em 2024/25.

Fonte: Abrapa



 

FONTE

Autor:ABRAPA

Site: Abrapa


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Sustentabilidade

Ritmo moderado e preços estáveis marcam mercado brasileiro de algodão – MAIS SOJA

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Ao longo da semana, o mercado físico do algodão manteve um ritmo moderado, com negócios pontuais e interesse concentrado em contratos para entrega futura. As negociações no início da semana foram marcadas por volumes modestos e cotações variando entre estabilidade e leve alta.

Na terça-feira, houve movimentação tanto no mercado spot quanto para entrega em 30 dias, mas sem grande intensidade. A quarta-feira foi ainda mais calma, com baixa demanda para entrega imediata, embora tenha surgido algum interesse por contratos para 30 dias e para a safra de 2026. Já na quinta-feira, as praças de comercialização registraram atividade moderada, com os preços permanecendo praticamente inalterados.

Para o algodão colocado na indústria de São Paulo, o valor oscilou na faixa de R$ 4,33/libra-peso na quinta-feira, dia 8. Na semana anterior, estava cotado a R$ 4,35/libra-peso, desvalorização de 0,46%.

Em Rondonópolis, no Mato Grosso, o valor da pluma paga ao produtor ficou em R$ 4,16 por libra-peso no dia 8, o que corresponde a R$ 137,63 por arroba. Este valor recuou 0,36% em relação a R$ 4,18 por libra-peso (ou R$ 138,13 por arroba), quando a pluma trocava de mão na semana passada.

Expectativa de produtividade da safra 2024/25 – Imea

Com o fim do beneficiamento do algodão da safra 23/24 em Mato Grosso, foi possível consolidar a produção de pluma do ciclo, a qual ficou em 2,60 milhões de toneladas. Dessa forma, o volume é 2,03% inferior ao da estimativa passada, devido ao menor rendimento para o ciclo, porém, a produção ainda é 11,91% superior ao da safra 2022/23.

Já com relação à safra 2024/25, a estimativa, de maio/25, de área permaneceu em 1,51 milhão de hectares, elevação de 2,97% em relação à safra 2023/24. No entanto, a produtividade esperada apresentou aumento de 1,72% em relação à projeção passada, ficando em 289,15 arroba/ha, pautado pelas condições climáticas favoráveis no estado, o que permitiu o bom desenvolvimento das lavouras mesmo com 46,52% da área sendo semeada fora da janela considerada ideal.

Por fim, diante do aumento na expectativa de produtividade, a produção de algodão em caroço ficou projetada em 6,53 milhões de toneladas, aumento de 2,07% no comparativo anual. As informações partem do Imea.

Fonte: Sara Lane – Safras News



 


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Sustentabilidade

Exportações brasileiras de arroz patinam e mercado não ganha força – MAIS SOJA

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Uma combinação de fatores internos e externos continua a pressionar o mercado brasileiro de arroz, dificultando sua competitividade no cenário internacional. A afirmação é do analista e consultor de Safras & Mercado, Evandro Oliveira.

As exportações enfrentam obstáculos crescentes, com mais um revés registrado recentemente: a perda de um carregamento de arroz em casca para o Uruguai. “A principal razão está nos preços menos atrativos praticados pelo Brasil em comparação aos vizinhos do Mercosul”, explica o analista.

Essa diferença tem inviabilizado negócios, especialmente em um mercado onde o preço continua sendo fator decisivo. “A rigidez do produtor brasileiro em manter as pedidas elevadas, embora compreensível diante dos custos internos, revela um descompasso com a estratégia mais flexível e agressiva dos vizinhos”, explica o consultor.

“Uruguai e Paraguai, tradicionalmente mais pragmáticos, tendem a escoar seus estoques mesmo com prejuízo pontual, priorizando liquidez e equilíbrio de mercado”, exemplifica Oliveira. “O Brasil, ao manter uma postura mais conservadora e menos orientada à exportação como válvula de escape, corre o risco de encerrar o ano com significativo volume estocado, enquanto os concorrentes terão limpado seus armazéns”, prevê.

Em abril, segundo dados do MDIC, a balança comercial do arroz registrou o seguinte cenário: nas exportações, foram embarcadas 28,7 mil toneladas de arroz em casca e 37,8 mil toneladas de arroz beneficiado. Nas importações, o país adquiriu 3,1 mil toneladas de casca e expressivos 71,9 mil toneladas de arroz beneficiado. Convertendo todos os volumes para base casca, o mês encerrou com déficit de 24,5 mil toneladas.

“Se não houver revisão urgente na política de comercialização externa — seja por parte dos produtores, seja por parte dos agentes exportadores — o país poderá não apenas acumular estoques volumosos, como também contribuir para a formação de um ambiente interno ainda mais pressionado pela oferta excedente e retração de preços”, finaliza.

Em relação aos preços, a média da saca de 50 quilos de arroz no Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros, pagamento à vista) fechou a quinta-feira (8) em R$ 76,46, queda de 0,08% em relação à semana anterior. Na comparação com o mesmo período do mês passado, o recuo era de 0,37%. Em relação a 2024, a desvalorização atingia 30,86%.

Fonte: Rodrigo Ramos/ Agência Safras News



 


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Sustentabilidade

Até quando podemos aplicar 2,4-D na pós-emergência no trigo? – MAIS SOJA

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O controle de plantas daninhas no trigo é determinante para a manutenção do potencial produtivo da cultura. As plantas daninhas matocompetem com as plantas de trigo por recursos como água, radiação solar e nutrientes, prejudicando o crescimento da cultura, a produtividade da lavoura e a qualidade do trigo produzido.

Embora distintas práticas de manejo possam ser utilizadas para o controle das plantas daninhas, o controle químico por meio do emprego de herbicidas é o método mais utilizado em escala comercial. Herbicidas seletivos a base de  iodosulfuron-methyl, metsulfuron-methyl, bentazone e 2,4-D, são utilizados para o controle de plantas daninhas de folha larga (dicotiledôneas) em lavouras de trigo.

Sobretudo, alguns cuidados necessitam ser adotados ao empregar herbicidas na pós-emergência do trigo, para que danos à cultura não sejam observados, especialmente se tratando de herbicidas hormonais como o 2,4-D, considerado um mimetizador da auxina que atua como regulador do crescimento.

Uma das principais dificuldades relacionadas ao uso do 2,4-D do trigo diz respeito ao momento ideal de aplicação. A maioria das bulas recomenda que a realização de apenas uma pulverização do 2,4-D na pós-emergência do trigo, em período e dose recomendada, a fim de evitar efeitos fitotóxicos à cultura.

O uso do 2,4-D provoca mudanças metabólicas e bioquímicas nas plantas. O mecanismo de ação envolve os sistemas enzimáticos carboximetil celulase e RNA polimerase, que influenciam a plasticidade da membrana celular e o metabolismo de ácidos nucléicos. Altas concentrações desses produtos nas regiões meristemáticas do caule ou da raiz reduzem a síntese de ácidos nucléicos em plantas sensíveis (Rizzardi s.d.).

Embora o trigo seja considerado tolerante ao 2,4-D, essa tolerância varia de acordo com o posicionamento do produto e dose do herbicida. De acordo com Rizzardi (s.d.), aplicações muito precoces podem causar deformações morfológicas. A aplicação de 2,4-D pode reduzir o rendimento de grãos pela interferência nos primórdios de espiguetas, localizadas no ápice de crescimento (geralmente denominado “ponto de crescimento”). Já aplicações tardias (após o início do alongamento) causam redução no rendimento de grãos devido à interferência na fase de esporogênese.

Dentre os principais sintomas de toxicidade observados no trigo em função da aplicação equivocada do 2,4-D, destacam-se a má formação das espigas, folhas enroladas, a estatura reduzida das plantas e a retenção das espigas no colmo após a elongação (Figura 1).

Figura 1. Sintomas de toxidade de fitotoxidade de 2,4-D em trigo.
Fonte: OR Sementes.
Até quando aplicar 2,4-D no trigo para evitar efeitos fitotóxicos?

No geral, recomenda-se que seja realizada apenas uma pulverização de 2,4-D na pós-emergência do trigo. A fase compreendida entre o estádio do afilhamento e o início da elongação do colmo é o período de maior tolerância do trigo ao 2,4-D (Rizzardim s.d.).

Para maior eficiência no controle, o 2,4-D deve ser aplicado quando as plantas daninhas estiverem com 2 a 6 folhas. Em trigo a partir do estádio do início do perfilhamento  até o início da elongação, antes do início da diferenciação floral (Roman; Varga;, Rodrigues, 2006; Almeida, 2024; Rizzardi, s.d.), o 2,4-D pode ser aplicado sem prejuízos, desde que seguidas as orientações presentes na bula do herbicida.

Figura 2. Período recomendado para aplicação do 2,4-D em trigo, para o controle de plantas daninhas de folha larga.


Veja mais: Por que e quando aplicar regulador de crescimento no trigo?


Referências:

ALMEIDA, J. L. INFORMAÇÕES TÉCNICAS PARA TRIGO E TRITICALE: SAFRAS 2024 & 2025. Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária, 2024. Disponível em: < https://static.conferenceplay.com.br/conteudo/arquivo/infotecnitrigotriticalesafras20242025livrodigitalfinal-1721832775.pdf >, acesso em: 07/05/2025.

RIZZARDI, M. A. MANEJO QUÍMICO: 2,4-D EM TRIGO. Up. Herb. Disponível em: < https://www.upherb.com.br/int/2-4-d-em-trigo#:~:text=Em%20rela%C3%A7%C3%A3o%20a%20cultura%20do,ao%20in%C3%ADcio%20da%20diferencia%C3%A7%C3%A3o%20floral. >, acesso em: 07/05/2025.

ROMAN, E. S; VARGAS, L. RODRIGUES, O. MANEJO E CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS EM TRIGO. Embrapa, Documentos, n. 63, nov. 2006. Disponível em: < https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/852518/1/pdo63.pdf >, acesso em: 07/05/2025.


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