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. . . . . . . . . . . . . . . 10 de May de 2025

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Estufas viram galinheiros e aumentam renda em sítio de MT

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Estufas que até pouco tempo atrás eram usadas na olericultura, gradativamente estão sendo transformadas em galinheiros na Estância Paraíso, no distrito Cachoeira Rica em Chapada dos Guimarães. A propriedade passou a investir na produção de ovos caipiras e há seis meses recebe atendimento do programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar Mato Grosso.

Nascido no Paraná e morando em Mato Grosso desde a década de 1980, o hoje avicultor, Pedro Alves Cassemiro por algum tempo teve um pequeno mercado em Cuiabá. Contudo, a violência, diante do crescimento de assaltos, o levou a voltar para as suas raízes: o campo.

A história da Estância Paraíso começou há 14 anos quando “seo” Pedro resolveu buscar um lugar mais tranquilo. O local possui quatro hectares, onde o verde das árvores e as águas de um rio que corre ao lado embelezam o cenário e justificam o nome da propriedade.

No início o foco do produtor era o cultivo de hortaliças. Ele instalou estufas e desenvolveu mercado em Chapada dos Guimarães e Cuiabá e estava satisfeito com a atividade.

“Foram vários anos produzindo bem. Eu atendia mercados locais aqui de Chapada e levava também para Cuiabá. Na época eu trabalhava com uma Kombi e tirava cinco, seis Kombis por semana”.

Tudo ia bem até que o aumento da presença de pragas desestimulou o produtor. Avesso ao uso de pesticidas, ele viu o desempenho dos cultivos encolher e inviabilizar a continuidade do negócio.

“Aí buscando uma alternativa, porque na roça, na pequena propriedade não é tão fácil você tirar o sustento, surgiu a ideia da galinha de postura”, conta ele ao Senar Transforma desta semana.

A troca da atividade, de acordo com “seo” Pedro, começou em agosto de 2023 com a compra das primeiras 80 aves, que passaram a ser criadas no sistema caipira, soltas no sítio e livres para comer e fazerem o que quisessem.

Produtores se unem forças por conhecimento

O “seo” Pedro, que nunca havia trabalhado com avicultura, buscou aprender sobre a nova atividade. Mesmo assim, esbarrava na falta de conhecimento técnico.

A solução surgiu após ele somar forças com outros avicultores de Chapada dos Guimarães, que também enfrentavam dificuldades.

Hoje, o “seo” Pedro é um dos 35 avicultores associados ao Grupo Produzir Chapada, que também surgiu há pouco tempo. Conforme o avicultor e presidente da Associação, João Luiz Gonçalves, a entidade tem como objetivo de conjuntamente proporcionar a alavancada, o crescimento da atividade e rentabilidade entre os produtores.

“Se formou um grupo grande. Começamos a comprar. Cada um comprou as suas galinhas e assim começamos. Estamos há um ano com esse grupo. E, por causa da Associação, do Grupo Produzir Chapada, é que o Senar está aqui hoje nos auxiliando”, diz João Luiz.

O supervisor regional do Senar Mato Grosso, Rodrigo Gonçalves, revela ao programa do Canal Rural Mato Grosso, que a assistência técnica e gerencial chegou ao grupo após os avicultores buscarem o Sindicato Rural de Chapada dos Guimarães e pedirem ajuda.

“Isso partiu dos produtores. Eles já vinham com essa possibilidade de melhoria, de crescimento. Através disso começamos a fazer reuniões e dar início a uma nova frente da ATeG, que é um projeto de três anos para cada produtor que é atendido”, explica Rodrigo.

Produção de ovos cresce em seis meses

O atendimento da ATeG Avicultura na Estância Paraíso teve início em julho de 2024 e as transformações já são visíveis no local.

Quando o atendimento começou, lembra a técnica de campo da ATeG Avicultura, Nariane Gonçalves, o “seo” Pedro tinha aproximadamente 150 galinhas em fase produtiva. Porém, eram três linhagens misturadas, além de um lote de recria recém comprado.

A técnica comenta ao Senar Transforma que de julho para cá conseguiram definir uma linhagem de galinha produtiva para o produtor trabalhar, além de separar os ambientes, ou seja, o que é ave de recria e o que é ave de produção, e as idades.

Na avaliação de “seo” Pedro, a troca da olericultura pela avicultura foi um negócio acertado.

“Pelo menos é um pouco menos de trabalho. Neste pouco tempo já deu para perceber que a galinha é mais fácil, rende mais e dá mais resultado do que a horta”.

E o resultado é visto em números. A produção, que era de aproximadamente 1,6 mil ovos por mês, saltou para cerca de quatro mil ovos neste curto espaço de tempo.

A perspectiva para 2025 é aumentar ainda mais a produção e para isso melhorias nas estufas são projetadas, visando torná-las ainda mais adequadas para o uso na atividade, segundo Nariane.

O aumento na produção, frisa a técnica de campo do Senar Mato Grosso, é a soma de um conjunto de fatores. Além do aumento do plantel de aves, a eficiência produtiva fez a diferença.

“Quando fazemos na separação dos lotes, na separação das idades e fases, a gente consegue dar uma condição melhor para aquele lote, porque conseguimos fazer um controle do consumo de ração, tipo de ração. Então conseguimos mensurar muito e fazer um controle naquele lote e, consequentemente, nisso vem a eficiência produtiva”.

E o produtor que antes sabia pouco sobre a atividade, busca hoje colocar em prática tudo o que aprende a cada visita.

“É preciso seguir as orientações. A Nariane faz uma visita mensal para cada produtor e ela sempre deixa as orientações do que é necessário fazer. E é preciso que o produtor siga o que ela deixa, porque de nada adianta ela vir aqui, perceber alguma coisa errada ou que pode ser melhorada, passar isso para você e você não executar”.

Recentemente o Grupo Produzir Chapada conseguiu a emissão do Serviço de Inspeção Municipal, o SIM. Agora, trabalha para conquistar o selo estadual para poderem comercializar os ovos para todo o estado.

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“Ser mãe no agro é inspiração”, diz ex-professora e produtora em Mato Grosso

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“Ser mãe no agro é inspiração. É cuidar da terra e das pessoas com a mesma dedicação”.

Natural do Paraná, Karine Souza cresceu no campo mexendo na ordenha das vacas e auxiliando os pais na lavoura. Há 19 anos ela migrou para Ipiranga do Norte, região do Vale do Araguaia em Mato Grosso, onde trocou a sala de aula pela terra.

“Com sete, oito anos a gente já estava mexendo na ordenha das vacas. Fui criada assim. E minha mãe falou ‘você tem que estudar’. Ela falava que na lavoura não tinha futuro”, conta a produtora.

Formada em biologia, Karine virou professora e decidiu deixar a sua terra natal e apostar no interior de Mato Grosso, mais precisamente em Ipiranga do Norte.

“Uma cidade agrícola, em plena expansão de desenvolvimento econômico”, frisa ao Canal Rural Mato Grosso.

Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural Mato Grosso

Da sala de aula ao Sindicato Rural

A decisão em deixar a sala de aula e voltar para o campo ocorreu após conhecer o marido, que era produtor rural.

Segundo ela, seus conhecimentos quanto aos trabalhos no campo foram crescendo neste meio tempo. Karine salienta que as ações realizadas pelas entidades do setor produtivo, conselhos para com os seus associados, foram de grande ajuda.

A busca e o conhecimento adquirido sobre o campo acabaram levando a produtora a presidir o Sindicato Rural de Ipiranga do Norte por três anos.

“A agricultura sempre foi um campo masculino, mas atualmente as mulheres estão se sobressaindo juntamente ao lado dos homens. Ser agricultura para mim é um grande orgulho”.

Futuro do agro preocupa

Mãe de três, Karina fala com orgulho dos gêmeos João Guilherme e Paulo Marcelo e da caçula Olívia Helena. Os três, por sinal, em especial os meninos de 17 anos, já seguem os passos do pai na lavoura.

Apesar dos ensinamentos aos filhos, Karine revela que de um modo geral há certa preocupação com o futuro do agro.

“Eu enxergo o futuro do agro com muita preocupação. Aqui na propriedade os nossos filhos já acompanham o desenvolvimento das lavouras. A gente já passa para eles. O primeiro trabalho, a primeira experiência com o agro já está sendo dentro de casa”.

Conforme a ex-professora, é muito importante disseminar “essa sucessão familiar já dentro da propriedade com os filhos”.

Outra preocupação é com relação à agricultura em si. “Estamos em um cenário de muita instabilidade jurídica e sem apoio dos governantes. Precisamos de apoio e atenção, pois a agricultura movimenta o país”.


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Rumores de possível negociação entre EUA e China impulsiona o mercado do algodão

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A possibilidade de redução nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China neste final de semana tem agitado o mercado mundial, em especial o do algodão, nos últimos dias. O encontro entre o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, e o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, ocorrerá em Genebra (Suíça).

As informações constam no Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa desta sexta-feira (9).

Confira os destaques trazidos pelo Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa:

Algodão em NY – O contrato Jul/25 fechou nesta quinta 08/mai cotado a 66,69 U$c/lp (+1,0% vs. 30/abr). O contrato Dez/25 fechou em 68,75 U$c/lp (+1,4% vs. 30/abr).

Basis Ásia – Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 887 pts para embarque Mai/Jun-25 (Middling 1-1/8″ (31-3-36), fonte Cotlook 08/mai/25).

Altistas 1 – O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, se reúnem neste final de semana em Genebra (Suíça).  Uma boa sinalização após o encontro pode animar os mercados.

Altistas 2 – Será a primeira negociação oficial dos dois países após o “Tarifaço” de Donald Trump. A disposição de Pequim em negociar com Washington animou o mercado.

Altistas 3 – A umidade do subsolo no Oeste Texas deixa muito a desejar e ainda há um longo caminho a percorrer, indicando que a safra vai depender de várias chuvas no momento certo.

Baixistas 1 – A União Europeia está preparando uma atualização em suas contramedidas contra as tarifas impostas pelos Estados Unidos, o que pode acirrar as tensões.

Baixistas 2 – O governo dos EUA demonstrou pouca disposição em reduzir as tarifas sobre produtos chineses, o que dificulta o avanço das negociações comerciais.

Baixistas 3 – O acirramento das tensões entre Índia e Paquistão, duas potências nucleares, preocupa o mundo.

China 1 – Em seu último relatório, o Cncotton manteve todas as estimativas anteriores. A produção de algodão em 2024/25 ficou em 6,68 milhões tons; o consumo em 8 milhões tons e a importação em 1,6 milhão tons.

China 2 – O presidente Lula viaja até Pequim, na China, para uma visita oficial de Estado ao país. A previsão é que sejam assinados atos de parceria nas áreas de agricultura, comércio, investimentos, infraestrutura, indústria, energia, mineração, finanças, entre outras.

China 3 – A ApexBrasil aproveita a missão oficial e realiza na quarta (14) um seminário sobre segurança alimentar. A Abrapa, por meio do programa Cotton Brazil, será uma das entidades brasileiras a participar.

EUA 1 – Com as últimas chuvas no Texas, principal estado produtor dos EUA, os níveis de umidade do solo melhoraram. De forma geral, o plantio continua à frente da média de cinco anos, embora haja atraso em partes do Delta do Mississipi.

EUA 2 – Em seu mais recente relatório de safra, o USDA informou que o plantio atingiu 21% da área plantada, um pouco acima da média de cinco anos (20%).

Índia x Paquistão 1 – Nesta semana, Índia e Paquistão trocaram ataques aéreos na fronteira da Caxemira. Pelo menos 44 pessoas morreram. O conflito começou em 1947 e preocupa o mundo por serem duas nações com armas nucleares.

Índia x Paquistão 2 – A tensão afeta a cotonicultura paquistanesa, já que a Índia suspendeu o fornecimento de água a importantes províncias produtoras no Paquistão, como Punjab e Sindh.

Turquia 1 – Em março, a Turquia importou 81.395 tons de algodão, maior valor mensal desde jul/24. O Brasil foi o principal fornecedor, com 30.841 tons (37,8%).

Turquia 2 – No ano, a importação turca soma 490.780 tons, +15,9% a mais que as 423.390 tons de 2023/24. O Brasil foi responsável por 34% desse volume.

Austrália 1 – Chuvas na Austrália, que a princípio pareciam prejudicar a colheita de algodão, acabaram fornecendo a umidade necessária para o desenvolvimento das maçãs, elevando a safra a níveis quase recordes, com algumas estimativas chegando a 1.26 milhão tons (USDA estima 1,18 milhão tons).

Austrália 2 – A colheita avança em grande parte do país sob céu claro, enquanto as algodoeiras iniciam o processamento.

Agenda – Na próxima segunda-feira (12), o USDA divulga as estimativas mundiais de Oferta e Demanda de algodão, com as primeiras estimativas de 2025/26.

Brasil – Exportações – As exportações brasileiras de algodão somaram 239,1 mil tons em abril, leve queda (-0,9%) em relação aos embarques de abril/24 (241,4 mil tons).

Preços do Algodão – Consulte tabela abaixo:

Fonte: Abrapa

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Fazendas de R$ 30 milhões teriam motivado execução de advogado a mando de casal preso

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Conteúdo/ODOC – Os empresários Julinere Goulart Bentos e César Jorge Sechi, de Primavera do Leste, formam o casal preso pela Polícia Civil de Mato Grosso na manhã desta sexta-feira (9), acusados de serem os mandantes do assassinato do advogado Renato Nery, ocorrido em julho de 2024, em Cuiabá.

De acordo com a investigação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a motivação do crime está relacionada a uma longa disputa judicial por dois imóveis rurais avaliados em R$ 30 milhões, localizados no município de Novo São Joaquim.

Renato Nery havia recebido essas propriedades como pagamento de honorários advocatícios e travava uma batalha legal contra Julinere e César pela posse das terras.

Em 2020, o juiz Alexandre Meinberg Ceroy rejeitou um embargo de terceiros apresentado pelo casal, aplicando uma multa de R$ 300 mil por litigância de má-fé, após constatar a apresentação de documentos falsos no processo.

A DHPP diz ter reunido provas suficientes que indicam que o casal ordenou a execução para se livrar do advogado, visto como um obstáculo em seus negócios.

Os mandados foram cumpridos no Condomínio Cidade Jardim, onde o casal reside, que já foi alvo de buscas e prisões anteriores, e também em uma segunda casa que fica em outro endereço na cidade.

Após cumprimento das buscas e das prisões temporárias, o casal será apresentado na audiência de custódia e posteriormente encaminhado até a sede da DHPP, em Cuiabá.

Perfil dos empresários

Julinere Goulart Bentos é proprietária de uma loja de joias, AH.Julinere Goulart Joias, fundada em maio de 2024 em Primavera do Leste.

Ela também é dona de uma propriedade na zona rural de Juara. O CNPJ vinculado à fazenda foi aberto em abril de 2024.

A principal atividade descrita no registro é o cultivo de soja e, as secundárias, de arroz, milho e criação de bovinos para corte.

A empresária é conhecida por ostentar viagens e um estilo de vida luxuoso nas redes sociais.

César Jorge Sechi, seu companheiro, também atua no setor empresarial.

O assassinato

Renato Nery foi assassinado a tiros em frente ao seu escritório na Avenida Fernando Corrêa, em Cuiabá, no dia 5 de julho de 2024.

Câmeras de segurança registraram o momento em que ele foi baleado ao sair de seu veículo.

O advogado foi socorrido e submetido a uma cirurgia em um hospital privado de Cuiabá, mas morreu horas após o procedimento médico.

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