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Proposta cria pacto de conformidade ambiental da soja

A proposta da deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT), de criar o Pacto de Conformidade Ambiental da Soja, colocando na mesma mesa produtores rurais e indústrias que compram e exportam o grão, começa a entrar em debate no setor produtivo.
A ideia é construir, com base no diálogo e na soma de forças, um acordo focado na regularidade da produção e na construção de uma imagem sólida e positiva da soja brasileira no mercado internacional.
Para buscar uma solução viável, ficou definido a criação de um Grupo de Trabalho, coordenado pela deputada que se reuniu na sede da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) para debater a proposta.
O Grupo é composto pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT) e Ministério Público Federal.
Entre as ações propostas está o esforço coletivo em atestar e averiguar a produção mato-grossense, garantindo transparência e certificando ao mercado que o grão é produzido de forma sustentável e que cumpre o Código Florestal.
Outro compromisso é o de não impor nenhuma restrição que não esteja amparada na legislação brasileira. Produtores rurais afirmaram que o avanço só irá acontecer, após a extinção definitiva da moratória da soja.
Conforme a deputada estadual Coronel Fernanda, ao Conexão FPA-MT desta semana, o pacto é uma ação para resolver questões de regularizações que impactam na vida do produtor rural.
“Eu gosto muito de ações propositivas. Essa é a nossa segunda reunião e melhorou ainda mais com a presença da Sema-MT. Achamos algumas questões importantes, e é importante a visão da indústria e do produtor rural. Nesse momento queremos que o produtor tenha voz na Europa, queremos que o produtor seja reconhecido por tudo o que ele faz de bom”, diz.

O vice-presidente da Aprosoja-MT, Luiz Bier, afirma que a principal proposta do Pacto é trazer quem está ilegal na atividade e criar mecanismos para que ele se torne legal.
“A preocupação é algo que possa tornar uma pressão ambiental em cima dos produtores rurais. A gente precisa conseguir enxergar de maneira clara e efetiva os benefícios que isso trará para o meio ambiente e para o produtor rural”, afirma.
Visão da indústria sobre a proposta
O presidente executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Andre Nassar, explica que existem dois lados nesse pacto.
Um lado é o produtor que está de forma legal e os que estiverem irregular, irão buscar formas para se regularizar.
“Esse pacto coloca as indústrias, produtores e Aprosoja para conversarem de novo. E a gente conseguir viabilizar algum trabalho conjunto nesta área de sustentabilidade e legalidade. O Ministério Público Federal tem que estar porque ele cuida da lei no brasil, a Sema-MT e o Ibama também, devido aos embargos. Com todos juntos, a gente valida o produtor que está legal”, pontua.
Nassar ainda comenta que com esse pacto, os clientes da Abiove poderão entender como “as coisas funcionam” em Mato Grosso, mostrando a legalidade dos produtores rurais e a origem da soja.
“Existe um divisor de águas entre a gente e a Aprosoja que é a moratória da soja. Na minha visão, a moratória não impede que um pacto desse nasça, porque ele tem muito mais a contribuir para o Brasil e para nós como compradores que temos clientes. Estou convencido que a gente vai mostrar para fora que este pacto vale muito mais que a moratória da soja”, diz Nassar.
Aprosoja-MT avalia participação no pacto
O vice-presidente da Aprosoja-MT diz que a entidade ainda está avaliando a participação efetiva na proposta.
Para ele, ainda é preciso ver os pormenores e que, enquanto a moratória da soja não cair, não irão aumentar a pressão ambiental aos produtores rurais que já é muito grande.
“Vamos estudar isso com carinho, a intenção é boa e iremos avaliar nos próximos meses”, finaliza.
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Produtores negociam 45,04% do milho 24/25 em Mato Grosso

Enquanto a comercialização do milho 2023/24 caminha para o seu fim, somando 99,17% da produção, as negociações do cereal em Mato Grosso referente a safra 2024/25 alcançam 45,04% da produção esperada de 48,885 milhões de toneladas.
A valorização de 2,88% do preço médio da saca de 60 quilos em abril, ante março, foi um dos principais fatores para o impulsionamento de 4,73 pontos percentuais nas vendas na variação mensal.
Dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) mostram que a saca do cereal fechou em abril negociada em média a R$ 47,71.
“Além disso, a definição mais precisa do volume a ser produzido pelos produtores favoreceu o aumento das vendas no mês. Com esse desempenho, a comercialização está 12,29 pontos percentuais adiantada em relação ao mesmo período da safra passada. No entanto, ainda permanece 11,97 pontos percentuais inferior à média registrada nas cinco safras anteriores”.
Em relação ao ciclo 2025/26 de milho, cujo plantio inicia em janeiro do próximo ano, já foram negociadas 3,81% da produção estimada, avanço de 2,13 pontos percentuais na variação mensal.
“Esse cenário reflete a valorização de 6,03% no preço no último mês, com média de R$ 46,09 a saca. Desse modo, o volume negociado está 2,35 pontos percentuais acima do registrado no mesmo período da safra 2024/25”.
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Mato Grosso comercializa 70,55% da soja 2024/25

A comercialização de soja em Mato Grosso alcançou 70,55% das 50,893 milhões de toneladas produzidas na safra 2024/25 no mês de abril.
A informação é do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgada nesta segunda-feira (12). O avanço na variação mensal foi de 11,57 pontos percentuais, conforme o levantamento.
Entre as explicações para esse volume negociado está a necessidade de liberação de espaço nos armazéns para a chegada da safra de milho, bem como a valorização nos preços da oleaginosa frente ao mês de março.
O preço médio da soja fechou abril em média a R$ 112,05 a saca, representando uma alta de 2,66% em comparação ao mês anterior.
Soja 2025/26 alcança 10,71%
Em relação ao ciclo 2025/26, cuja previsão “conservadora” é colher 47,1 milhões de toneladas de soja, as negociações antecipadas alcançaram 10,71% da produção prevista.
Na variação mensal o avanço das vendas foi de 2,61 pontos percentuais, segundo o Imea.
“Apesar desse progresso, o ritmo de vendas permanece abaixo da média dos últimos cinco anos. Por fim, o preço médio da soja para a safra futura em abril foi de R$ 109,95 a saca, registrando uma queda de 0,28% em relação ao mês anterior”.
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Vietnã, Egito e Irã representam 60% das exportações de milho de Mato Grosso

As exportações de milho da safra 2023/24 totalizaram 23,62 milhões de toneladas até o mês de abril. Deste volume, 60,51% foram adquiridos pelo Vietnã, Egito e Irã.
De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), Mato Grosso registra uma retração de 18,25% nos embarques da safra 2023/24 em comparação com o ciclo 2022/23.
O recuo é creditado à menor produção registrada na temporada. Na safra 2023/24 foram produzidas no estado 47,171 milhões de toneladas do grão, enquanto na 2022/23 um volume recorde de 52,504 milhões de toneladas.
Juntos, Vietnã, Egito e Irã compraram do estado 9,33 milhões de toneladas do cereal.
A China, por sua vez, representa apenas 2,50% do total exportado por Mato Grosso. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a queda de 27,90% de participação observada em 2022/23 para a atual fatia decorre “a fatores econômicos do país, além da maior produção chinesa para o ciclo”.
A expectativa para a safra 2023/24, aponta o Imea, é que 25,43 milhões de toneladas de milho sejam exportadas pelo estado.
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