O mercado de soja registrou movimentação volátil nesta semana após o retorno dos relatórios do USDA, interrompidos por 43 dias. Segundo a plataforma Grão Direto, o contrato de janeiro/26 chegou a subir mais de 3% durante a semana, mas fechou em US$11,24 por bushel, com alta acumulada de 0,67%. O movimento foi impulsionado principalmente pela expectativa de dados de demanda reprimida, mais do que pelos números do relatório de oferta e demanda em si.
O relatório reduziu a estimativa de produção americana, o que poderia ter elevado as cotações, mas o mercado se voltou à redução nas exportações dos EUA e o aumento nas vendas de soja brasileira e argentina. Esse cenário diminuiu a atratividade da soja americana no mercado global, pressionando as cotações para baixo.
No Brasil, a alta externa foi quase totalmente neutralizada pela valorização do real frente ao dólar, que fechou a semana em R$5,29. O dólar mais fraco e a Selic elevada limitaram o repasse dos ganhos internacionais para os preços domésticos. Com produtores focados no plantio e compradores retraídos, o mercado físico brasileiro ficou mais travado. O índice Soja FOB Santos da Grão Direto encerrou a semana em R$144,79 por saca, queda de 0,53%, refletindo ajuste nos prêmios de exportação.
O principal fator de atenção mudou para o clima no Brasil. O plantio nacional atingiu 58,4% da área, à frente da média histórica, mas há grandes disparidades regionais: enquanto Mato Grosso avançou com 90,1% da área semeada, o Rio Grande do Sul enfrenta atraso severo, com apenas 22% da área cultivada devido a excesso de chuvas e ciclones.
Para a próxima semana, o clima será o principal vetor de preços. O Rio Grande do Sul precisa de uma janela de tempo seco para reduzir o déficit de 23 pontos porcentuais no plantio, e o Centro-Norte (Goiás e Matopiba) depende da regularização das chuvas para avançar. Problemas climáticos podem gerar prêmio de risco também em Chicago, repetindo o cenário do ano passado.
Outro ponto de expectativa é a demanda chinesa. O relatório de Export Sales divulgado pelo USDA na quinta-feira trouxe apenas dados antigos, mas novos relatórios serão publicados a partir de 20 de novembro. Internamente, a Conab projetou a safra brasileira 2025/26 em recorde de 177,6 milhões de toneladas, acima dos 175 MMT estimados pelo USDA. A perspectiva de grande oferta e o real mais firme devem limitar novas altas nos preços domésticos, exigindo atenção dos produtores na gestão de risco.
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