Um manejo fitossanitário eficiente e bem planejado é essencial para alcançar altas produtividades na cultura da soja. Entre os fatores bióticos e abióticos que influenciam direta ou indiretamente o rendimento, destacam-se as doenças fúngicas, especialmente aquelas de maior impacto econômico, como a ferrugem-asiática (Phakopsora pachyrhizi), a mancha-alvo (Corynespora cassiicola), o oídio (Erysiphe diffusa), o mofo-branco (Sclerotinia sclerotiorum), a podridão dos grãos (Diaporthe spp. e Fusarium spp.) e as doenças de final de ciclo (Cercospora spp. e Septoria glycines). Essas doenças podem causar reduções expressivas na produtividade, podendo em alguns casos, representar perdas de até 90%, ou até mesmo inviabilizar a lavoura (Godoy et al., 2024).
Além de reduzir o potencial produtivo da cultura, algumas doenças podem depreciar as sementes produzidas, reduzindo a qualidade e viabilidade dessas sementes. Nesse contexto, adotar práticas de manejo que contribuam para a redução dos danos ocasionados pelas doenças em soja é crucial para a boa rentabilidade e sustentabilidade da produção.
Ainda que diferentes estratégias de manejo possam ser adotadas de forma integrada para o manejo das doenças em soja, em escala comercial, o controle químico com o emprego de fungicidas é o método mais difundido nas lavouras brasileiras. Contudo, em meio a diversidade de defensivos disponíveis para uso no manejo fitossanitário da soja, o posicionamento desses produtos de forma eficaz e eficiente nem sempre é fácil, demandando perícia e conhecimento frente ao desempenho desses defensivos no controle das doenças.
Visando facilitar o correto posicionamento de fungicidas e ampliar a compreensão sobre a performance de diferentes ingredientes ativos no controle de doenças da soja, ensaios cooperativos em rede vêm sendo conduzidos desde a safra 2003/2004 em diversas regiões produtoras do país. Em material disponibilizado pela Rede Fitossanidade Tropical e pela Embrapa, são apresentadas as médias de eficácia dos fungicidas no controle das principais doenças da cultura, com base nos resultados obtidos nas últimas quatro safras de experimentação.
Embora os resultados não contemplem todos os fungicidas registrados para cada doenças da cultura da soja, os principais, mais utilizados e avaliados ao longo dos anos pela rede de ensaios estão presentes na tabela abaixo. Vale destacar que as classificações de eficácia são baseadas nos níveis de controle da doença alcançado pelo produto em aplicações sequenciais. No entanto, isso não constitui uma recomendação de controle. As informações devem ser utilizadas dentro de um sistema de manejo, priorizando sempre a rotação de fungicidas com diferentes modos de ação para retardar o surgimento de resistência do fungo aos fungicidas (Embrapa, 2025).
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EMBRAPA. EFICÁCIA DE FUNGICIDS PARA O CONTROLE DAS PRINCIPAIS DOENÇAS NA CULTURA DA SOJA. Embrapa, 2025. Disponível em: < https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1178795/1/folder-2-eficacia-fungicidas-online.pdf >, acesso em: 07/10/2025.
GODOY, C. V. et al. EFICIÊNCIA DE FUNGICIDAS PARA O CONTROLE DA FERRUGEM ASIÁTICA DA SOJA, Phakopsora pachyrhizi, NA SAFRA 2023/2024: RESULTADOS SUMARIZADOS DOS ENSAIOS COOPERATIVOS. Embrapa Soja, 2024. Disponível em: < https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1165843/1/CT-206-Claudia-Godoy.pdf >, acesso em: 07/10/2025.
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