O programa de Melhoramento Genético do Rebanho Leiteiro, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), tem transformado a realidade da produção de leite em Pontes e Lacerda (MT). Com a introdução de tecnologias reprodutivas e assistência técnica, produtores que registravam médias de 3 a 4 litros de leite por vaca/dia passaram a alcançar picos de até 16 litros, triplicando a produtividade.
Um dos exemplos é o produtor Marcus Aurélio, do Sítio Recanto, na Gleba Veado. Com o apoio do programa, uma de suas vacas passou de 3 para 16 litros diários. “Nossa meta é conseguir bons resultados sem sair do campo, manter minha família e viver aqui dentro”, afirmou. Marcus hoje conta com oito novilhas de alto padrão genético, fruto de embriões de linhagens consagradas. A contrapartida do projeto – R$ 550 por vaca prenhe, frente aos R$ 2 mil do custo de mercado – tornou o acesso possível para pequenos produtores.
Outro destaque vem da Fazenda São Judas Tadeu, na comunidade Serra Azul, onde o produtor Ildo Vicente de Souza já contabiliza um aumento de 30% na produção. Suas novas novilhas produzem 15 litros por dia, frente aos 10 litros das vacas anteriores. Já na Fazenda São Judas I, Ilton Vicente de Souza também comemora os avanços: suas vacas chegam a produzir de 9 a 10 litros por ordenha, com expectativa de atingir os 15 litros.
Segundo a médica veterinária Rafaela Sanchez de Lima, da Empaer, a média tradicional da cadeia leiteira na região era de 4 a 5 litros/vaca/dia. “Agora, vemos novilhas com potencial produtivo três vezes maior. São animais mais precoces, que entram na fase produtiva mais cedo”, explicou.
Desde o lançamento em 2020, o programa da Seaf já investiu R$ 7,2 milhões, beneficiando 1.080 produtores em 32 municípios e gerando 4.126 prenhezes confirmadas. Para a quarta fase do projeto, já estão garantidos mais R$ 6 milhões, que ampliarão a atuação da iniciativa em outras regiões do estado.
De acordo com o pesquisador Eduardo Dantas, da cadeia leiteira da Seaf, o programa é executado em parceria com prefeituras, a Empaer, produtores e a empresa especializada na reprodução bovina. “É tecnologia de ponta chegando ao pequeno produtor. A satisfação dos agricultores mostra que o esforço vale a pena”, concluiu.
*Sob supervisão de Daniel Costa
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