O contrato de soja para novembro fechou em baixa de 0,30% ou $ -3,00 cents/bushel, a $1.009,00. A cotação de janeiro encerrou em baixa de 0,31% ou $ -3,25 cents/bushel, a $1.028,50. O contrato de farelo de soja para outubro fechou em baixa de 1,42% ou $ 3,40/ton curta, a $ 271,2. O contrato de óleo de soja para outubro fechou em baixa de 0,12% ou $ -0,06/libra-peso, a $ 49,29.
A soja negociada em Chicago fechou em baixa nesta quarta-feira. As cotações da soja chegaram a ser negociadas em um campo positivo ao longo do dia, por compras de oportunidade, mas encerrou em leve queda como os demais grãos. O assunto nos EUA e no Brasil foram as compras chinesas na Argentina, onde a Reuters informou a compra de 20 carregamentos de soja.
“A Subsecretaria de Mercados Agroalimentares da Argentina informou hoje que, desde a entrada em vigor do Decreto 682/2025 — que reduz os direitos de exportação —, foram apresentadas declarações juramentadas para vendas ao exterior de 2.698.740 toneladas de soja em grão, com um valor FOB total de US$ 1.050.403.740; para 4.720.086 toneladas de farelo de soja, com um valor de US$ 1.359.160.292; e para 905.110 toneladas de óleo de soja, com um valor de US$ 935.798.470. Somando os demais produtos agrícolas registrados, o total chega a 11.466.129 toneladas e quase US$ 4,181 bilhões, dos US$ 7 bilhões que o governo argentino estabeleceu como limite para a vigência da redução dos direitos de exportação.” Informou a consultoria argentina Granar.
A questão agora é saber se cumprido 68,71% da meta estabelecida em poucos dias, o governo de Milei irá manter a redução dos impostos até 31 de outubro, ou se irá seguir o limite de valor que o decreto colocou. Como bônus para a decisão, o governo americano está pressionando para a volta das retenciones na Argentina.
Além disso, a pressão persiste por motivos recorrentes: a falta de interesse dos compradores chineses pela soja americana, em plena colheita, e o aumento das vendas dos produtores argentinos após a redução temporária de 26% para 0% das taxas de exportação da oleaginosa. Isso já chamou a atenção dos mesmos compradores chineses, que no primeiro dia da medida teriam reservado entre 10 e 15 embarques de soja argentina, que se tornaram bastante competitivos. Vale acrescentar que hoje a Reuters eleva esse número para 20 carregamentos negociados para a demanda chinesa, totalizando um volume aproximado de 1,3 milhão de toneladas.
Com o redirecionamento das compras chinesas do Brasil para a Argentina os prêmios no Brasil caíram e as vendas domésticas desaceleraram, com os produtores aguardando preços melhores antes de vender.
Embora o mercado possa ou não ter levado isso em consideração hoje, em seu relatório X, o Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, explicitou onde expressou o interesse do governo americano em que a Argentina deixe de reduzir a zero os impostos de exportação de matérias-primas, no âmbito do pacote de ajuda que a Casa Branca está disponibilizando ao governo Javier Milei. “O Tesouro está atualmente negociando com autoridades argentinas uma linha de swap de US$ 20 bilhões com o Banco Central. Estamos trabalhando em estreita coordenação com o governo argentino para evitar volatilidade excessiva. Além disso, os Estados Unidos estão dispostos a comprar dívida pública secundária ou primária e estamos trabalhando com o governo argentino para encerrar a isenção de impostos para produtores de commodities que convertem moeda estrangeira”, escreveu a autoridade.
Caberá à livre interpretação de pessoas de dentro e de fora determinar o quanto dessas palavras se relacionam com os interesses da Argentina e o quanto se relacionam com as necessidades dos fornecedores de matérias-primas agrícolas dos EUA, especialmente à luz do que foi discutido acima em relação aos negócios realizados por compradores chineses.
A Rússia proibiu as exportações de gasolina até o final deste mês e as autoridades afirmam que estenderão as restrições até outubro caso a escassez persista. Outras reduções no fluxo de combustível incluem o fechamento de sua usina de processamento de gás em Astrakhan, após um incêndio causado por um ataque de drones que atingiu uma unidade de produção que produzia 3 milhões de toneladas métricas de gasolina e diesel por ano. Além disso, o exército ucraniano danificou diversas usinas de produção russas. As implicações para as exportações ainda não foram avaliadas.
Fonte: T&F Agroeconômica
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