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Decisão sobre lei antidesmatamento era esperada, avalia Cecafé

A nova legislação antidesmatamento da União Europeia deve ser adiada pela segunda vez. Com a notícia, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) avalia que a medida deixa claro que as novas regras demandam mais tempo para uma implementação completa. Nesta terça-feira (23), a Comissão Europeia manifestou a intenção de postergar a lei por mais um ano.

Para Silvia Pizzol, diretora de Responsabilidade Social e Sustentabilidade da entidade, o Regulamento para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR, na sigla em inglês) ainda é um trabalho em andamento. “É um regulamento que demanda mais tempo para a plena implementação, diante da complexidade das cadeias produtivas e da necessidade de harmonização entre as autoridades competentes”, afirma.

Ainda de acordo com ela, a medida evidencia que o desafio está na quantidade de dados exigidos e na demanda por suporte tecnológico adequado. Além disso, existem peculiaridades na adaptação dos diferentes setores produtivos.

Lei antidesmatamento: riscos para a cafeicultura brasileira

A União Europeia é o principal bloco importador de cafés do Brasil, sendo responsável por quase metade das exportações nacionais. Em 2024, foram embarcadas 23,6 milhões de sacas ao mercado europeu, aumento de 42,8%. Sendo assim, a UE representa 47% das compras totais do produto brasileiro.

Neste sentido, Pizzol lembra que a possibilidade de adiamento não foi bem uma surpresa para o setor. Em maio, o Cecafé participou de uma missão sobre os desafios da operacionalização prática da lei antidesmatamento com as partes interessadas europeias.

“A intenção de prorrogação manifestada pela Comissão Europeia reforça o que observamos durante a missão. Ficou claro que o EUDR é um trabalho em andamento”, conclui.

agro.mt

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